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sábado, 17 de novembro de 2018

Fúria Cannabis

O filme mostra o abismo em que a sociedade americana está afundada atualmente no tocante à questão das drogas. Os personagens são pessoas comuns, não criminosos, que acabam se envolvendo de uma forma ou outra com a chamada guerra das drogas. Um dos protagonistas é um jovem que fica desempregado. Sem dinheiro ele decide roubar alguns pés de maconha da plantação de um traficante. Tudo para revender e ter o que comer no fim do dia. A história se passa em uma das regiões mais pobres dos Estados Unidos, bem no meio do sul pantanoso.

Outro personagem curioso é um homem que viu sua vida acadêmica ser arruinada. Ele tinha tudo para vencer como professor universitário, era articulado e inteligente, mas no final deu tudo errado. Para sobreviver ele passa então a também vender maconha. E assim segue esse bom filme, mostrando pessoas que acabam se envolvendo no tráfico de uma forma ou outra. Embora existam boas cenas de ação, o principal mérito dessa produção é mostrar mesmo a vida barra pesada desse grupo de personagens sem futuro e sem esperança. Um bom retrato de uma América repleta de drogas e viciados, uma sociedade perdida nesse ponto de vista.

Fúria Cannabis (The World Made Straight, Estados Unidos, 2015) Direção: David Burris / Roteiro: Ron Rash, Shane Danielsen / Elenco: Noah Wyle, Jeremy Irvine, Minka Kelly / Sinopse: O filme mostra a realidade de pessoas comuns, empobrecidas, que vivem numa cidade do sul dos Estados Unidos. Para sobreviverem elas acabam entrando de uma forma ou outra no tráfico de drogas, em especial da maconha, nessas regiões.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Fúria Cannabis

Título no Brasil: Fúria Cannabis
Título Original: The World Made Straight
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreambridge Films
Direção: David Burris
Roteiro: Shane Danielsen
Elenco: Noah Wyle, Jeremy Irvine, Minka Kelly, Adelaide Clemens, Haley Joel Osment, Marcus Hester
  
Sinopse:
Travis (Jeremy Irvine) é um jovem sulista desempregado que resolve roubar maconha nas terras pertencentes a um violento traficante de sua cidade. Ele corta um pequeno arbusto da erva e a leva para vender ao professor Leonard (Noah Wyle). Esse vive da venda de drogas desde que perdeu seu emprego na escola da região. Morando em um trailer, pobre e em dificuldades financeiras, ele procura um novo sentido para sua vida.

Comentários:
O título nacional pode enganar. "Fúria Cannabis" certamente dará a impressão que se trata de um filme com muita violência e ação, tudo se passando no meio da guerra contra as drogas. Não é bem isso. Na verdade o filme aposta mais no drama, mostrando duas pessoas comuns que acabam se envolvendo com o tráfico de maconha por não ter muitas opções. O sul dos Estados Unidos é a região mais atrasada daquela nação. As pequenas cidades não possuem economias robustas e nem parque industrial. Assim os mais jovens, geralmente sem emprego, procuram por algum tipo de trabalho ou renda no que encontram pela frente. O protagonista desse filme é um desses jovens. Trabalhando em um emprego sem futuro, em um mercadinho, ele acaba sendo demitido e fica no limbo. Para piorar não se dá bem com o pai, que é um daqueles caipiras mal encarados. Sem grana e sem perspectivas ele acaba encontrando apoio e amizade em um professor que vive em um trailer vendendo drogas para a matutada local. O sujeito é inteligente, mas foi alvo de um incidente infeliz em seu passado que enterrou sua carreira no mundo acadêmico. O ator Noah Wyle que interpreta esse personagem é uma das boas coisas do filme. Ele tem muito interesse por história e durante uma viagem ao interior acaba descobrindo que os parentes de seu pupilo Travis foram assassinados durante uma chacina ocorrida na Guerra Civil. Do elenco de apoio eu destaco a bela Minka Kelly e a aparição do antigo astro mirim Haley Joel Osment. Pois é, ele cresceu, não é mais uma criança e pouco lembra do garotinho que via almas penadas em "O Sexto Sentido". De forma em geral é um bom drama mostrando o lado mais pobre e sem perspectivas de uma América que parece ter perdido o brilho e o futuro.

Pablo Aluísio.