Mostrando postagens com marcador Sarah Jones. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sarah Jones. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 25 de março de 2022

For All Mankind

Quando o primeiro episódio começa você pensa que está assistindo a uma série normal sobre a corrida espacial. O mundo fica em silêncio acompanhando a chegada do homem à Lua. As mesmas imagens, o módulo lunar pousa e o astronauta finalmente pisa em solo lunar. Só que quando o astronauta começa a falar algo parece errado... suas frases soam estranhas... tudo parece estranho... e aí você percebe que o astronauta está falando russo! Pois é, essa é a primeira surpresa do roteiro. Na história não teria sido um americano o primeiro homem a pisar na Lua, mas sim um cosmonauta soviético. E tem mais... E se os americanos corressem depois desse desastre para colocar o mais rapidamente possível um americano na Lua? E se a Apollo 11 se espatifasse ao tentar pousar na Lua?

Tudo vai acontecendo no primeiro episódio e o espectador que nada leu sobre a série vai ter uma série de surpresas nesse estilo. Obviamente é uma série distópica, não sobre o futuro, mas curiosamente sobre o passado. Esse tipo de roteiro me lembrou muito de outra série, "O Homem do Castelo Alto", que também mostrava o mundo caso os nazistas tivessem vencido a II Guerra Mundial. É um novo estilo de se contar histórias fantasiosas, onde o passado é modificado, tudo em prol da diversão. Funciona? Algumas vezes sim, vamos ver como será nessa nova série.

For All Mankind 1.01 - The Grey (Estados Unidos, 2019) Direção: Sergio Mimica-Gezzan / Roteiro: Ronald D. Moore / Elenco: Joel Kinnaman, Michael Dorman, Sarah Jones  / Sinopse: Em 1969 a União Soviética vence a corrida espacial da conquista da Lua e leva o primeiro cosmonauta russo a pisar em solo lunar.

Pablo Aluísio.


Guia de Episódios - For All Mankind;

For All Mankind 1.02 - The Bleeding Edge
Assisti mais um episódio da série For All Mankind. É o segundo episódio da primeira temporada. Como eu já deixelaro aqui no blog essa série traz uma do distópico mundo onde o primeiro homem a pisar na Lua não foi um norte-americano mas sim um soviético. Neste segundo episódio temos os preparativos para o lançamento da Apollo 12. A Apollo 11 trouxe o primeiro norte-americano a pisar na Lua mesmo na série, mais problemas técnicos fizeram com que a nave quase fosse destruída após o pouso lunar. Depois de uma série de manobras eles conseguem escapar da morte e voltam para a Terra. Nesse episódio vemos tramas de bastidores dentro da NASA, onde um piloto é cortado dentro do programa espacial por fazer críticas a Von Braun, o alemão que projetou a maioria dos foguetes americanos. Isso cria um clima ruim para ele dentro da agência espacial. E ele pensa em voltar para a marinha depois de tudo. Uma das razões que me levaram à assistir essa série é a presença da atriz Sarah Jones. Nesse segundo episódio ela tem a primeira oportunidade de interpretar e desenvolver bem sua personagem, uma esposa de um astronauta infiel no casamento. Como a história se passa nos anos 60, o divórcio não era tão fácil de se concretizar como nos dias atuais. / For All Mankind 1.02 - The Bleeding Edge  (Estados Unidos, 2021) Direção: Michael Morris.

For All Mankind 1.03 - Nixon's Women
Finalmente o episódio o que eu estava esperando, aquele que me convenceu a assistir a série até o final. Nesse episódio, cuja história se passa em 1970, temos a chegada da primeira astronauta soviética na lua. Esse fato faz com que os Estados Unidos corra atrás do prejuízo, ao abrir um programa para treinamento daquela que será a primeira mulher americana a pousar na Lua. Uma dessas escolhidas para fazer parte do programa é esposa do astronauta Gordon, a bela Tracy Stevens, interpretada pela atriz Sarah Jones. É um episódio que mostra o treinamento delas em busca do sonho de se tornarem astronautas, um excelente episódio com um final bem dramático quando uma das pilotas caem durante um treinamento especialmente perigoso. / For All Mankind 1.03 - Nixon's Women (Estados Unidos, 2019) Direção: Allen Coulter / Elenco: Sarah Jones, Joel Kinnaman.

For All Mankind 1.04 - Prime Crew
Nesse episódio a missão Apollo 15 sofre modificações em sua tripulação, saindo o piloto Gordon para entrar uma das astronautas aprovadas no programa feminino especial da NASA. Tudo isso claro, cria um certo desconforto nos demais tripulantes pois Gordon sempre foi um piloto muito experiente e capaz, só que é aquela coisa, tudo é uma jogada de marketing, mesmo que sem o aval do presidente Nixon, que fica mais interessado em uma estação lunar permanente, algo que no mundo real não aconteceu, mas que na série que se passa em um universo de distopia tudo seria possível. / For All Mankind 1.04 - Prime Crew (Estados Unidos, 2019) Direção: Allen Coulter / Elenco: Joel Kinnaman, Michael Dorman, Sarah Jones.

For All Mankind 1.05 - Into the Abyss
Esse episódio mostra a missão Apollo 15. Eles vão até a Lua em busca de gelo, que seria uma grande descoberta científica. Uma vez em órbita do astro, eles descobrem que estão indo no lugar errado. Então o comandante, de forma audaciosa, decide mudar os planos. Eles vão parar na beira de uma grande cratera. O curioso é que, para decidir se há ou não água, a astronauta acaba sendo içada dentro daquele buraco sem fim. O que causa uma grande comoção, um grande suspense nas pessoas, na Terra e no grupo de comando da missão. Será que ela sobreviveria a algo tão extremo? Bom episódio, pena que a atriz Norah Jones, minha Diva subliminar, apareça tão pouco. / For All Mankind 1.05 - Into the Abyss (Estados Unidos, 2019) Direção: Sergio Mimica-Gezzan / Elenco: Joel Kinnaman, Michael Dorman, Sarah Jones.

For All Mankind 1.06 - Home Again
O foguete da Apollo 23 explode. Um grande desastre para a NASA. Claro que isso é pura ficção, porque essa missão nunca existiu na realidade. Essa série se baseia em um mundo de distopia. De qualquer forma, existem alguns paralelos reais com o que aconteceu. O aspecto interessante desse episódio é o surgimento de um personagem histórico que realmente existiu. Estou falando do projetista de foguetes Von Braun. Ele realmente foi da Alemanha para os Estados Unidos após a guerra. E foi uma figura central no desenvolvimento da corrida espacial pelos americanos. Nesse episódio ele não apenas está como um dos  personagens principais, mas também serve como uma espécie de denunciador da corrupção que existia dentro do governo. Não deixa de ser algo esclarecedor. / For All Mankind 1.06 - Home Again (Estados Unidos, 2019) Direção: Sergio Mimica-Gezzan / Elenco: Joel Kinnaman, Michael Dorman, Sarah Jones.

For All Mankind 1.10 
Último episódio da primeira temporada, onde os esforços se concentram no salvamento da nave Apolo 24 que está correndo risco de não conseguir entrar na órbita da Lua, o que iria condená-la a vagar pelo universo, pelo espaço profundo. Para isso o astronauta americano na base lunar passa a contar com a ajuda de um cosmonauta russo! 

For All Mankind - Episódios Finais
Como termina a primeira temporada da série For All Mankind? Bom, em seus episódios finais temos algumas surpresas. A base lunar está consolidada. Ainda é algo pequeno, com apenas dois astronautas americanos. Há uma certa tensão entre eles, se tornando cada dia maior. E para piorar ainda mais a situação existe sempre o fantasma da presença soviética na Lua. Quando um astronauta russo bate em sua base o comandante americano não pensa direito e o agride, tornando o soviético seu refém. É um momento de crise, ainda mais quando ele fica sabendo que seu filho morreu na Terra. Ou seja, tudo vai se tornando pior e mais tenso, principalmente quando se descobre que as crises e até mesmo a rivalidade contra os comunistas soviéticos se transferiu também para a superfície da Terra. Onde o homem vai, sua guerra vai junto! 

Pablo Aluísio. 

domingo, 17 de outubro de 2021

The Path - Segunda Temporada

The Path - Segunda Temporada
Embora tenha assistido a todos os episódios da segunda temporada da série The Path (O Caminho, no Brasil), não escrevi muito sobre os episódios. De qualquer maneira colocarei aqui os que tive a oportunidade de resenhar. Nessa segunda temporada temos a grande crise de fé de Eddie Lane (Aaron Paul). Ele descobre algumas verdades sobre o fundador do movimento e aos poucos vai perdendo sua fé na doutrina da seita. Só que ao mesmo tempo estranhos acontecimentos parecem rondar sua mente. Isso tudo sugere que ele seria o portador da luz, apesar de seu crescente ceticismo sobre tudo ao seu redor. Essa segunda temporada contou com 13 apisódios ao total que foram exibidos entre os meses de janeiro a abril de 2017. Segue abaixo os reviews sobre episódios da temporada.

The Path 2.09 - Oz
Eddie Lane (Aaron Paul) começa a se conscientizar que ele será o futuro líder do movimento. Ele sofre algumas manifestações físicas, inclusivo na mão, em sangramentos, justamente quando estava com uma medalha do grupo em mãos. Só que as coisas não são tão sagradas como ele pensa. Enquanto ele entra nessa crise existencial, sua esposa cai nos braços de Cal Roberts. O novo casal estava em uma palestra com vários outros grupos religiosos. Após a apresentação um clima pinta entre eles. A noite termina numa cama de hotel. Sarah Lane aliás está enrolada e não apenas com Cal. Ela também sabe que no passado chantageou membros da comunidade em troca de dinheiro. Todos os segredos estavam gravados em fitas, com as confissões dessas pessoas. Assim não foi nada complicado chantagear um a um. Pelo visto há algo de podre bem no meio do movimento. Bom episódio que vai aos poucos demolindo a seita retratada na série. Aliás a série se destaca justamente por essa crítica que faz a esses movimentos, que são bem populares na costa oeste da América / The Path 2.09 - Oz (Estados Unidos, 2017) Estúdio: Hulu / Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell, Rockmond Dunbar, Kyle Allen, Paul James

The Path 2.10 - Restitution
É a tal coisa, seitas geralmente afundam em fanatismo e desespero. Não seria diferente na seita que é retratada nessa boa série. Aqui nenhum membro da estranha religião (com ares até de movimento hippie) consegue se sobressair. A grande maioria das pessoas que convivem ali dentro da comunidade são vis. Eddie Lane (Aaron Paul) abandonou o grupo, adotando uma postura cética e crítica sobre sua doutrina. Porém após sofrer alucinações começou a duvidar de suas convicções. Nesse episódio ele está visivelmente abalado, sem saber que caminho tomar. E tudo piora em um ritual que os membros colocam em pequenos caixões seus sentimentos negativos. É uma espécie de expurgo de energias negativas. O problema mesmo é achar alguma energia positiva no meio de membros que traem, chantageiam e até cometem crimes em prol de uma suposta (e absurda) ideia de pureza espiritual! / The Path 2.10 - Restitution (Estados Unidos, 2017) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro:  Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

Pablo Aluísio.

The Path - Primeira Temporada

The Path - Primeira Temporada
Essa primeira temporada conta com 10 episódios. A série conta a história de um grupo de pessoas religiosas que seguem uma seita surgida na década de 1960.Seu fundador foi um hippie que afirmava aos seus seguidores que havia finalmente descoberto o caminho para a iluminação espiritual completa. Quando a série começa seu fundador agoniza na cama de um hospital, em coma. E dentro da seita começa as primeiras disputas para decidir quem vai sucedè-lo no caminho do movimento. Essa primeira temporada foi exibida entre os meses de março a maio de 2016. No Brasil a série recebeu o título nacional de "O Caminho". Segue abaixo comentários sobre os principais episódios dessa primeira temporada.

The Path 1.01 - What the Fire Throws  
Esse é o primeiro episódio dessa nova série "The Path" (em bom português, "O Caminho"). O enredo gira em torno de uma seita americana que promove uma lavagem cerebral em seus membros. Embora os produtores não assumam isso de forma pública, o roteiro é claramente uma crítica à cientologia, uma seita muito bizarra que é seguida por celebridades na Califórnia. Esse tipo de seita religiosa é muito comum de aparecer na sociedade americana. Aquela é tradicionalmente uma nação evangélica. E como bem sabemos o protestantismo tem a natural tendência de se dividir e se transformar numa imensa gama de igrejas diferentes, com suas próprias doutrinas religiosas - algumas pra lá de esquisitas. No caso da cientologia (que é seguida por gente como Tom Cruise) nada faz muito sentido. Eles idolatram um escritor de ficção científica que dizia saber a origem da humanidade. Ela teria surgido de uma colonização de extraterrestres de três metros de altura em um passado distante. Acredite, muita gente segue isso como uma verdadeira doutrina religiosa, por mais estranha que pareça ser. Tem louco pra tudo nesse mundo... Pois bem, em "The Path" somos apresentados a um jovem casal que vive dentro de uma comunidade rigidamente controlada por uma dessas seitas. Depois do suicídio do irmão, Eddie Lane (Aaron Paul) fica devastado. Ao encontrar um livro dessa seita em uma livraria ele acaba se interessando muito pelo que lê e em pouco tempo se torna um de seus membros. O problema é que após uma experiência com um chá alucinógeno, ao estilo santo daime, ele começa a desconfiar das tais verdades absolutas propagados por seu grupo e resolve se encontrar com Allison Kemp (Sarah Jones) que parece ser uma ativista contra o grupo. Ex-integrante da seita ela conseguiu se livrar da lavagem cerebral pelo qual passou e começa uma campanha pela internet visando a recuperação de ex-membros daquela loucura pseudo-religiosa. Tudo muito bom. O primeiro episódio é muito interessante e a série promete. Aaron Paul, para quem não lembra, foi o jovem noiado Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Já a loirinha Sarah Jones é nossa velha conhecida, de tantas séries como "Vegas" e "Alcatraz". Além do elenco promissor a série também tem roteiros bem escritos e essa estória que é baseada nessas seitas religiosas malucas que proliferam por toda a (doentia) sociedade americana. / The Path 1.01 - What the Fire Throws (Estados Unidos, 2016) Série criada por Jessica Goldberg / Direção: Mike Cahill / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell, Annie Weisman / Elenco: Sarah Jones, Aaron Paul, Michelle Monaghan, Hugh Dance.

The Path 1.02 - The Era of the Ladder
A dissidente da seita Alison Kemp (Sarah Jones, mais gata do que nunca) abre o jogo para Eddie Lane (Aaron Paul) e conta para ele que seu marido foi morto meses atrás por membros fanáticos do "caminho", simplesmente porque ele quis ir embora. Depois do assassinato ela mesma passou a ser perseguida, precisando correr de uma cidade a outra, procurando escapar. Lane fica chocado... Ele ainda não aceita que os religiosos que só falam em paz e harmonia poderiam matar um homem apenas pela decisão de abandonar o grupo. Mesmo em dúvida Lane volta atrás e volta para a comunidade. Com o casamento em crise ele aceita participar de uma "cura" de 14 dias onde é trancado em um quarto, sofrendo todo tipo de agressão física, psicológica e moral. Uma verdadeira tortura. Enquanto isso o novo CEO da seita parte para a ofensiva. Cal Roberts (Hugh Dancy) entende que só há uma forma de ter mais convertidos: usando o poder da TV. Ele quer ter um programa televisivo e para isso aceita sair da discrição que até então vinha caracterizando aquela comunidade religiosa para chamar a atenção do público em geral. A intenção é atrair mais adeptos. O que ele não ousa confessar para ninguém é que o fundador da nova religião agoniza numa cama de um quarto no Peru, em coma. O líder religioso que se afirmava quase como uma entidade superiora dos demais mortais está ligado a aparelhos, em vida vegetativa. Pelo visto sua mensagem em nada serviu para salvá-lo dessa linha que o separa da vida e da morte. / The Path 1.02 - The Era of the Ladder (EUA, 2016) Direção: Mike Cahill / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Hugh Dancy, Sarah Jones, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.03 - A Homecoming
Cal Roberts (Hugh Dancy) viaja em segredo para visitar o Dr. Meyer. Ele está em coma há muitos anos e os médicos lhe informam que ele nunca mais se recuperará. Seu estado de saúde é irreversível. Assim Cal começa a cogitar assumir a liderança da seita. Antes disso porém ele resolve visitar sua mãe. Ela tem problemas com alcoolismo, uma personalidade forte e bem ofensiva com ele e se recusa a deixar sua casa. Cal quer que ela vá morar em uma casa de repouso para pessoas idosas, mas ela é durona e desbocada e resolve jogar algumas coisas desagradáveis em sua cara. O clima fica péssimo e depois de muitos anos sóbrio Cal finalmente toma um porre. Ele se sente frustrado e pressionado com tudo. Eddie Lane (Aaron Paul) por sua vez continua com o casamento em frangalhos. A situação com sua esposa parece ter entrado em um beco sem saída. As discussões voltam e nem a doutrina da seita consegue amenizar os ânimos. Para piorar o que já estava bem ruim ele precisa lidar com a presença de Alison (Sarah Jone) que insiste que ele vá embora daquela comunidade de fanáticos. Eddie diz a ele que está em busca da verdade, mas Alison insiste dizendo que tudo não passa de uma grande mentira. Por fim o episódio mostra as dificuldades de um jovem da seita que acaba se apaixonando por uma garota comum de sua escola. Ele fica entre a doutrina e a fé da seita e o amor que sente pela jovem. Um grande dilema. / The Path 1.03 - A Homecoming (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Hugh Dancy, Sarah Jones, Michelle Monaghan, Emma Greenwell..

The Path 1.04 - The Future
Esse episódio se chama "O Futuro" justamente porque Cal começa a pensar sobre o futuro da comunidade. O líder está em coma no Peru, quase morto, e todos se perguntam o que acontecerá dali para frente. Para Cal as coisas são cristalinas, ele é o novo líder, aquele que levará os seis mil membros da seita para a iluminação espiritual. E isso será feito fazendo concessões cada vez maiores, como evitar de dar o alucinógeno símbolo do grupo para o filho drogado de um figurão e levar a seita para a TV, para ganhar novos membros. Os mais velhos tentam confrontar Cal, mas levam a pior. Ele deixa claro que eles vivem da seita, ganham dinheiro com ela e não devem se intrometer em seus planos. Na verdade podemos perceber que Cal é um homem pragmático, que visa levar à frente aquele grupo. No fundo ele parece saber que nenhum milagre vai salvar seu mestre e que alguém precisa tomar conta de tudo. Enquanto Cal domina tudo, Eddie tenta salvar seu casamento, que vai de mal a pior. Esse é um bom episódio, que ficará marcado pelos fãs da série por causa da constrangedora cena de Cal se masturbando ao lado de uma jovem garota da seita. Homem santo certamente ele não é! / The Path 1.04 - The Future  (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.05 - The Hole  
O nome desse episódio é literalmente em português "O Buraco". É um exercício dentro da seita em que o sujeito fica cavando um buraco no solo para ter "visões" e Eddie (Aaron Paul) as tem ao ver sua esposa nos braços de outro homem - justamente a do líder atual dos membros da comunidade. Obviamente isso logo se torna um problema. E isso é apenas um dos vários problemas que Cal (Dancy) precisa resolver. O ricaço que confiou na seita para tirar seu filho do mundo das drogas fica furioso ao saber que ele foi levado para o Peru, para tomar o chá de Ayahuasca, o poderoso alucinógeno que faz parte da crença básica dessa seita. O curioso é que esse evento também nos serve para irmos ao passado e entender como Sarah entrou no grupo. Ela estava grávida, mas os médicos perceberam que seu filho não apresentava mais batimentos cardíacos. Após uma sessão com o Ayahuasca ele voltou a viver, como em um milagre! A partir daí Sarah ficou com uma firme convicção e fé nos dogmas da estranha e exótica religião. Doutrinas essas que impedem o namoro entre membros da seita e "ignorantes" (pessoas que não fazem parte dela!). Acontece que seu filho está apaixonado por uma garota da escola e isso deve ser combatido por Sarah, de todas as maneiras. Por fim a dissidente Alison Kemp (Sarah Jones) decide falar com um agente do FBI. Ela está convencida que seu marido foi morto por membros da seita após revelar a eles que estava indo embora. Infelizmente Alison não encontra muito apoio e nem proteção por parte do agente Abe Gaines que apenas garante a ela que vai continuar as investigações. / The Path 1.05 - The Hole (Estados Unidos, 2016) Direção: Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg, Coleman Herbert / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.06 - Breaking and Entering
Mentalidade de seita é isso aí. Quando alguém resolve sair dela logo começa a ser perseguida e em casos extremos acontece crimes e assassinatos. Sem saber nem direito o que está fazendo, Eddie Lane (Aaron Paul) vai ao lado do líder sua seita em um motel barato. Lá se esconde Alison Kemp (Sarah Jones). Ela é viúva de um dos ex-membros da seita que morreram em circunstâncias misteriosas. Eddie a conhece de tempos atrás e a protege nessa invasão. Ela é acusada pelo atual líder religioso de ter roubado 40 mil dólares de um escritório de San Diego, mas isso ainda é uma questão nebulosa, sem comprovação nenhuma. E outro aspecto muito presente em seitas é a velha regra de que o membro só pode se relacionar com outro membro. Pessoas de fora são consideradas nocivas à doutrina religiosa. Pior para o jovem adolescente filho de Eddie, que está apaixonado por uma garota da escola. Ele a leva na seita, ao lado de sua mãe e irmã, e a garota obviamente entende tudo o que acontece por lá. Malucos reunidos em uma crença meio sem sentido, mistura de resquícios do movimento hippie, uso de drogas alucinógenas e muito papo furado vazio sobre a "verdade" absoluta. / The Path 1.06 - Breaking and Entering (Estados Unidos, 2016) Direção:  Patrick R. Norris / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.07 - Refugees
Outra série que venho acompanhando com regularidade é The Path. Se você não sabe do que se trata a história gira em torno de uma seita na Califórnia. Algo que é bem comum nos Estados Unidos. O "Messias" dessa seita está em coma, morrendo no Peru, mas todos fingem que ele está escrevendo o livro sagrado definitivo deles, sobre como encontrar o tal caminho da sabedoria. Tudo balela. Como toda seita eles escondem mentiras inconfessáveis por trás de supostas boas intenções. Nesse sétimo episódio da primeira temporada intitulado "Refugees" os membros da seita precisam decidir sobre um grupo de imigrantes ilegais que foram acolhidos por eles. É um tempo ruim para o suposto líder Cal, uma vez que ele quer dar proteção aos imigrantes, mas não conta com o apoio do conselho. Pior do que isso, ele acaba matando um velho membro que vai até ele dizer que a seita acabou, pois seu profeta está morrendo. Para piorar o que já era desastroso Cal pega Eddie em flagrante, tentando ajudar a uma dissidente, cujo marido foi morto justamente por deixar a tal seita para trás. Pois é, a velha mentalidade de seita se impõe, seja qual for a denominação que essa gente tenta seguir. / The Path 1.07 - Refugees (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.08 - The Shore
E deixando a Igreja Católica de lado e indo para o lado das seitas malucas que proliferam nos Estados Unidos, vi mais um episódio de "The Path". O personagem de Aaron Paul começa sua caminhada de descoberta, enquanto o líder da seita que ele segue precisa se livrar de um "presunto". Ele matou o sujeito depois de uma discussão sobre o controle de poder dentro da seita. Acabou abrindo seu pescoço com uma faca. Uma cena curiosa surge quando Aaron Paul na pele de seu personagem começa a recitar a oração de São Francisco em um abrigo mantido pela Igreja, onde ele passa a noite. Ao lado de um padre ele ora e momentos depois encontra a si mesmo em uma praia da Califórnia. Pelo visto sua mente finalmente está se livrando dessa mentalidade perigosa que se alastra entre seitas da nova era. Algo de fato bem perigoso. / The Path 1.08 - The Shore (Estados Unidos, 2016) Direção: Roxann Dawson / Roteiro: Jessica Goldberg, Annie Weisman / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.09 - A Room of One's Own
Penúltimo episódio da primeira temporada. Pois é, estou quase chegando lá! Quem diria... Pois bem, então vamos ao resumo desse episódio. Depois da longa caminhada Eddie Lane (Aaron Paul) já chegou na conclusão que a seita é uma mentira, que seus dogmas não se sustentam e tudo não passa de fundamentalismo religioso, ou melhor dizendo, fanatismo puro mesmo! Ele quer sair de lá, mas vai ser parada dura pois sua esposa ainda é fortemente doutrinada. Ele tem dúvidas se seu casamento sobreviveria se ele caísse fora. Dureza! A seita é atualmente comandada por Cal Roberts (Hugh Dancy), mas ele é um mentiroso dizendo que o fundador e mestre vai voltar, quando na verdade ele está em coma no Peru, praticamente morto! Pior do que isso, ele se envolve nos problemas particulares dos membros, subornando uma garota que ele gosta! Ele oferece uma casa desde que ela suma da vida do jovem! Por fim, nesse episódio a gatinha Sarah Jones aparece! Ela, não vou mentir, é a principal razão que me fez acompanhar essa série. Mesmo com cabelos desarrumados e nada glamorosa, ela é certamente o ponto focal que me faz ver todos os episódios e os que virão. Sinceridade é tudo! / The Path 1.09 - A Room of One's Own (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell / Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell.

The Path 1.10 - The Miracle
Eddie Lane (Aaron Paul) está fora da seita. Ele só não assina um termo de negador da doutrina porque isso o impediria de ver sua família. Assim ele fica à distância, mas não a ponto de romper formalmente com aquelas pessoas. Essa pressão o leva a ter visões estranhas, com cobras e pássaros mortos. Ele também decide ir atrás do fundador da seita, afinal o tal sujeito ainda vive? Ele estava morrendo de câncer no Peru. Enquanto Eddie vai juntando suas provas sua esposa Sarah começa a desconfiar de Cal. Silas, um membro importante da seita está desaparecido há tempos (na verdade ele foi morto por Cal com uma facada na garganta). Aos poucos Sarah vai juntando os pedaços dessa história muito mal contada. Alison Kemp (Sarah Jones) volta aos braços da seita através de Cal, que usa até a mensagem de Jesus para que todos a perdoem. Enfim, esse foi certamente um bom episódio final da primeira temporada. Deixou pontas soltas mais do que interessantes para continuarmos a acompanhar. Por falar nisso a terceira temporada acaba de ser confirmada nos Estados Unidos, então vamos seguindo em frente. / The Path 1.10 - The Miracle (Estados Unidos, ) Direção: Michael Weaver / Roteiro: Jessica Goldberg / Elenco:  Aaron Paul, Michelle Monaghan, Emma Greenwell, Sarah Jones.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

The Path - O Caminho

Título Original: The Path
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Television
Direção: Michael Weaver, Mike Cahill
Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell
Elenco: Aaron Paul, Michelle Monaghan, Sarah Jones, Hugh Dancy, Emma Greenwell
  
Sinopse:
A série mostra um grupo de pessoas que vive em uma comunidade que segue os ensinamentos de uma seita fundada por um sujeito chamado Dr. Meyer. Na década de 1960 ele criou as bases doutrinárias dessa nova religião, onde se prega uma vida de correção e busca por uma elevada inspiração espiritual. Todos vivem nessa comunidade onde trabalham, vivem e tentam chegar em um grau elevado de espiritualidade.

Comentários:  
The Path, que no Brasil recebeu o nome de "O Caminho" é uma série muito boa. Sua história, embora meramente ficcional, compila muitas coisas que fazem parte de seitas reais nos Estados Unidos, principalmente em estados como Califórnia. Nessas regiões, durante os anos 60, surgiram diversas seitas, com doutrinas levantadas por líderes carismáticos, alguns deles vindo diretamente do movimento hippie. É justamente o que vemos aqui. Um fundador que tem visões e começa a liderar um grupo de seguidores devotos do tal caminho que levará para a luz espiritual máxima. Só que apesar da doutrina trazer toda essa espiritualidade, os membros não são assim tão evoluídos espiritualmente como era de se supor. Eles brigam por poder dentro do movimento, perseguem os que abandonam a religião e não raro cometem crimes para esconder os "podres" do tal movimento. Uma série excelente mostrando a verdadeira face dessas seitas modernas. 

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de setembro de 2016

The Path

Ontem assisti ao primeiro episódio dessa nova série "The Path" (em bom português, "O Caminho"). O enredo gira em torno de uma seita americana que promove uma lavagem cerebral em seus membros. Embora os produtores não assumam isso de forma pública, o roteiro é claramente uma crítica à cientologia, uma seita muito bizarra que é seguida por celebridades na Califórnia.

Esse tipo de seita religiosa é muito comum de aparecer na sociedade americana. Aquela é tradicionalmente uma nação evangélica. E como bem sabemos o protestantismo tem a natural tendência de se dividir e se transformar numa imensa gama de igrejas diferentes, com suas próprias doutrinas religiosas - algumas pra lá de esquisitas. No caso da cientologia (que é seguida por gente como Tom Cruise) nada faz muito sentido. Eles idolatram um escritor de ficção científica que dizia saber a origem da humanidade. Ela teria surgido de uma colonização de extraterrestres de três metros de altura em um passado distante. Acredite, muita gente segue isso como uma verdadeira doutrina religiosa, por mais estranha que pareça ser. Tem louco pra tudo nesse mundo...

Pois bem, em "The Path" somos apresentados a um jovem casal que vive dentro de uma comunidade rigidamente controlada por uma dessas seitas. Depois do suicídio do irmão, Eddie Lane (Aaron Paul) fica devastado. Ao encontrar um livro dessa seita em uma livraria ele acaba se interessando muito pelo que lê e em pouco tempo se torna um de seus membros. O problema é que após uma experiência com um chá alucinógeno, ao estilo santo daime, ele começa a desconfiar das tais verdades absolutas propagados por seu grupo e resolve se encontrar com Allison Kemp (Sarah Jones) que parece ser uma ativista contra o grupo. Ex-integrante da seita ela conseguiu se livrar da lavagem cerebral pelo qual passou e começa uma campanha pela internet visando a recuperação de ex-membros daquela loucura pseudo-religiosa.

Tudo muito bom. O primeiro episódio é muito interessante e a série promete. Aaron Paul, para quem não lembra, foi o jovem noiado Jesse Pinkman de "Breaking Bad". Já a loirinha Sarah Jones é nossa velha conhecida, de tantas séries como "Vegas" e "Alcatraz". Além do elenco promissor a série também tem roteiros bem escritos e essa estória que é baseada nessas seitas religiosas malucas que proliferam por toda a (doentia) sociedade americana.

The Path (EUA, 2016)
Série criada por Jessica Goldberg
Roteiro: Jessica Goldberg, Julia Brownell, Annie Weisman
Elenco: Sarah Jones, Aaron Paul, Michelle Monaghan, Hugh Dance

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Mr. Jones

Título no Brasil: Mr. Jones
Título Original: Mr. Jones
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Anchor Bay Films
Direção: Karl Mueller
Roteiro: Karl Mueller
Elenco: Jon Foster, Sarah Jones, Mark Steger
  
Sinopse:
Um jovem casal decide ir para uma cabana no meio da floresta. Lá eles pretendem revitalizar o relacionamento ao mesmo tempo em que Scott (Jon Foster), o marido, pretende rodar um documentário sobre a natureza. Eventualmente acabam esbarrando em uma figura estranha, um homem que vive isolado no meio da mata, sem contato com ninguém há anos. Penny (Sarah Jones) acaba descobrindo ser Mr. Jones, um nome bem conhecido no mundo das artes em Nova Iorque. Há anos ele havia enviado suas peças (na verdade espantalhos criados com objetivos desconhecidos) para várias pessoas ao redor do mundo e essas esculturas acabaram sendo reconhecidas como grandes obras de arte. Mas a dúvida sempre permaneceu na mente de todos: afinal quem seria mesmo esse misterioso Mr. Jones?

Comentários:
Filme de terror que procura seguir a estética do sucesso "A Bruxa de Blair". Claro que esse estilo de filme já aborreceu muita gente, mas podem ficar mais tranquilos pois "Mr. Jones" não é tão intencionalmente mal filmado como esse "clássico" que acabou dando origem ao subgênero Mockumentary. O roteiro não me surpreendeu muito, a não ser nos vinte minutos finais quando ele dá uma guinada e joga todos os personagens em um verdadeiro mundo de delírios e pesadelos, isso literalmente falando. Se você é daquele tipo de espectador que gosta de ter tudo explicadinho, certamente vai ficar desapontado com esse roteiro, pois na realidade ele não parece estar preocupado em decifrar muita coisa. Depois que o filme termina o público terá que catar pequenas pistas que são dadas ao longo da duração para montar seu próprio painel explicativo sobre tudo o que assistiu. O estreante diretor Karl Mueller merece, pelo menos pela coragem, algum tipo de elogio por ter escolhido ir por esse caminho. Em termos de elenco o destaque vai para a atriz Sarah Jones no papel de Penny. Eu sempre gostei muito do trabalho dela, principalmente em séries como "Vegas", "Alcatraz" e "Justified". Aqui ela surge mais bonitinha do que nunca, o que ajudou bastante a passar o tempo enquanto as coisas não ficavam muito claras. No final das contas ela acaba sendo mesmo o grande atrativo para conferir mais essa fita de terror.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de abril de 2015

Sarah Jones

Sarah Jones
É uma das deusas da telinha. A atriz nascida em Winter Springs, Florida, já estrelou diversas séries de TV. Ela começou a carreira aos 21 anos participando de um episódio da série "Medical Investigation". Depois vieram participações em "Cold Case", "Judging Amy", Ugly Betty", "Big Love" e "The Riches". Sempre trabalhando na TV ela ainda intercalou todas essas participações com vários telefilmes como por exemplo "Love Finds a Home", "Still Green" (no qual foi premiada no Spirit Awards) e "H.M.S.: White Coat", sendo que infelizmente muitos deles permanecem ainda inéditos no Brasil. Também atuou muito bem no terror "Mr. Jones". A virada na carreira começou com sua participação na popular série "Sons of Anarchy" onde interpretou a jovem personagem Polly Zobelle. Nessa série Sarah Jones também acabou encontrando a paixão ao se relacionar com o ator Theo Rossi, que interpretava o motoqueiro Juan Carlos 'Juice' Ortiz. O casal teve um longo relacionamento, mas hoje em dia não se sabe se ainda continuam juntos (coisas de Hollywood, ou melhor dizendo, de Los Angeles). Depois disso Sarah continuou a ser requisitada aparecendo em "House" e "Justified".

Como se pode perceber, com tantas séries no currículo, Sarah Jones já podia se considerar uma veterana. Sua chance de sair de papéis coadjuvantes veio na série "Alcatraz" de 2012. O programa foi esperado com grande expectativa por ter sido idealizado pelo diretor J. J. Abrams, o mesmo de "Lost". Nela a linda Sarah Jones interpretava a detetive Rebecca Madsen que ia atrás de prisioneiros que pareciam fugir de uma Alcatraz da década de 1960, embora toda a trama se passasse nos tempos atuais. O roteiro, meio confuso, não conseguia explicar direito essa diferença temporal, o que provavelmente levou o público americano a rejeitar a ideia. Embora tenha sido premiada com o ASCAP Film and Television Music Awards na categoria de Melhor Série de TV, as coisas não andaram muito bem em termos de audiência. O público não comprou a proposta e após apenas 13 episódios a série foi sumariamente cancelada por falta de audiência. Uma pena pois "Alcatraz" tinha potencial, só não houve tempo de desenvolver melhor seus roteiros. Talvez a falha tenha sido introduzir esse estranho elemento Sci-fi. Se fosse uma série policial convencional, passada nos anos 60, provavelmente teria dado certo.

Depois disso a loirinha de olhos azuis teve uma nova chance com "Vegas" em 2013. Nessa série passada toda na década de 1960 ela interpretava uma linda contadora chamada Mia Rizzo. Filha de um mafioso ela ia trabalhar em um hotel-cassino da cidade, se apaixonando por um dos xerifes de Vegas, justamente os mesmos tiras que queriam colocar as mãos nos membros da máfia que controlavam o jogo na conhecida cidade do pecado. O papel de Sarah Jones nessa série não teve tanto destaque como em "Alcatraz" já que seu personagem era inegavelmente coadjuvante. Mesmo assim os fãs da loira foram presenteados com ela em um momento particularmente maravilhoso de sua beleza, usando um lindo figurino de época. Pena que "Vegas" também não durou muito, sendo cancelada também na sua primeira temporada. Agora a beldade procura por novos caminhos na carreira. Aos 32 anos ela estará na nova série "Texas Rising" que deve chegar nas telas no fim de 2015. Desejamos toda a sorte do mundo para a linda Sarah Jones.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de março de 2013

Vegas

Há uma mudança de paradigma na indústria de entretenimento americano atualmente. Antigamente o sonho de todo ator de TV era conseguir fazer a complicada transição para o mundo do cinema. Eddie Murphy, Bruce Willis e George Clooney foram alguns que conseguiram fazer essa mudança com sucesso, se tornando astros da sétima arte. Hoje em dia porém estamos vendo uma mudança de rumos, os astros do cinema estão cada vez mais indo para o mundo dos seriados de TV nos Estados Unidos. Kevin Costner (Hatfields & McCoys) , Kevin Spacey (House of Cards), Glenn Close (Damages), Jeremy Irons (The Borgias), Kevin Bacon (The Following), Anjelica Huston (Smash), Dustin Hoffman (Luck) e agora Dennis Quaid, todos estão migrando para as séries de TV. O motivo é até simples de explicar: o cinema americano está muito infatilizado, juvenilizado, e muito centrado em blockbusters sem muito conteúdo e por isso não há mais tanto espaço para atores que queiram desenvolver um trabalho mais consistente e sério. O advento das emissoras a cabo ajudou muito nesse processo. Empresas como HBO, Showtime, ITV e tantas outras tem investido em programas de altíssima qualidade, alguns melhores do que muitos filmes por aí. Os argumentos são ousados, bem escritos. Além do mais o formato de séries abre espaço para se desenvolver melhor os personagens, criando nuances e traços de personalidades que seriam impossíveis em filmes de duas horas de duração. 

“Vegas” é um retrato disso. Dennis Quaid resolveu seguir o caminho de seus colegas e agora produz e atua nessa nova série do canal CBS. Até o momento assisti aos cinco primeiros episódios. Antes de uma análise vale uma pequena explicação aqui. Em termos de roteiro existem dois tipos básicos de séries dramáticas nos EUA. O primeiro tipo é conhecido como seqüencial, onde os episódios contam uma só estória que se desenvolve geralmente em uma temporada completa. É o caso de Damages, Dexter, Downton Abbey, The Killing e várias outras. Já os seriados de exibição em TVs abertas investem em episódios fechados em si mesmo (onde há uma estória com começo, meio e fim dentro de cada episódio). É o caso de Hawaii 5-0, Gossip Girl, Justified, etc. “Vegas” procura inovar transitando nos dois tipos básicos de formato. Há uma linha narrativa principal seqüencial e casos esporádicos que vão acontecendo e sendo solucionados em cada episódio (o personagem principal interpretado por Dennis Quaid é um xerife durão nos primórdios de Las Vegas o que significa que sempre há casos policiais para ele resolver em cada episódio). A reconstituição de época é muito bem realizada (Vegas se passa na virada das décadas de 1950 e 1960). O elenco é muito bom, inclusive com a presença da linda atriz Sarah Jones (recém saída do mal sucedido seriado “Alcatraz” de J.J. Abrams mas com longo currículo em boas séries como “Sons of Anarchy”). Outro destaque é Michael Chiklis, veterano de séries como “The Shield”. Ele interpreta um gerente de um dos Cassinos de Vegas que pertence à máfia de Chicago. Os primeiros episódios ainda se detém a apresentar todos os personagens mas uma vez feito isso a série realmente começa a decolar. Os enredos são bem elaborados e o clima de nostalgia ajuda muito. De uma maneira em geral é um confronto entre cowboys (personificados pelo xerife interpretado por Dennis Quaid e seus familiares) e mafiosos (a gangue que controla os cassinos). Tudo muito bem feito e realizado. Se você estiver em busca de algo realmente interessante no mundo da TV fica então a dica de “Vegas”! E por favor, não fique por fora, acompanhe o máximo de séries que puder pois realmente o melhor do entretenimento americano na atualidade está sendo disponibilizado nesse formato.

Vegas (Vegas, Estados Unidos, 2012, 2013) Criado por: Nicholas Pileggi, Greg Walker / Direção: Matt Earl Beesley / Roteiro: Nicholas Pileggi, Greg Walker, Nick Santora / Elenco: Dennis Quaid, Michael Chiklis, Carrie-Anne Moss, Sarah Jones /  Sinopse: Recém empossado xerife em Las Vegas o cowboy Ralph Lamb (Dennis Quaid) tem que lidar com um grupo de mafiosos de Chicago que controlam um dos principais cassinos da cidade.

Pablo Aluísio.