quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Pronta Para Amar

O filme foi vendido na época de seu lançamento de forma equivocado. Parecia um romance ou até mesmo uma comédia romântica, porém se trata de um roteiro que conta uma história triste e dramática. A protagonista é uma jovem profissional chamada Marley Corbett (Kate Hudson), As coisas vão bem em sua vida, ela tem um bom emprego e está apaixonada pelo homem que ela acredita ser o amor de sua vida, só que tudo acaba ruindo de repente quando ela é diagnosticada com um câncer agressivo de intestino.

A diretora Nicole Kassell até tentou tratar esse tema tão pesado de forma mais leve, trazendo uma suavidade na própria personagem de Kate Hudson, só que vamos convir que não há como ter um enredo desses em um filme e ser tudo flores e risos. Por falar na Kate Hudson ela está muito bem no papel. Chegou até mesmo a engordar para trazer mais veracidade ao seu desempenho. A intenção era reproduzir o natural inchaço do corpo quando se é submetido à quimioterapia. O resto do elenco traz duas outras excelentes atrizes, Kathy Bates e Whoopi Goldberg. Por fim não custa elogiar o cenário de New Orleans, uma das cidades mais ricas do ponto de vista cultural dos Estados Unidos. Então é isso, um filme que se propunha a ser leve e alto astral, mas que não conseguiu esse objetivo justamente por causa do tema pesado que trata.

Pronta Para Amar (A Little Bit of Heaven, EUA, 2011) Direção: Nicole Kassell / Roteiro: Gren Wells / Elenco: Kate Hudson, Kathy Bates, Whoopi Goldberg, Peter Dinklage, Gael García Bernal / Sinopse: Marley Corbett (Kate Hudson) é uma jovem profissional que no momento mais feliz de sua vida descobre que tem uma doença incurável, um câncer no intestino que lhe dará poucos meses de vida  A partir daí ela começa a repensar sua vida e seus relacionamentos.

Pablo Aluísio.

Operação Resgate

Nesse filme Bruce Willis interpreta um agente da CIA que no passado sofreu uma grande perda. Sua esposa foi morta por criminosos, justamente como um plano de se vingar dele pessoalmente. Seu filho sobrevive e cria um trauma pessoal por não ter salvo a vida da mãe. Os anos passam. O rapaz cresce e decide seguir os passos do pai, também entrando na CIA. Sua chance de mostrar finalmente coragem e bravura surge quando o pai é sequestrado por uma quadrilha do crime organizado. Teria ele capacidade agora de salvar seu pai, superando todos os traumas psicológicos do passado?

Apesar de ter Bruce Willis no elenco esse é um filme bem fraco que deixa a desejar. Na verdade o velho e bom Bruce (mais conhecido como "Bruno" pelos amigos mais próximos) apenas é um chamariz de bilheteria com seu nome e rosto estampados no cartaz. Sua participação é bem pequena e pontual. Assim sobra para o jovem casal Kellan Lutz e Gina Carano segurar o filme quando Bruce Willis não está em cena. A má notícia é que eles não conseguem isso. O filme assim vai se arrastando numa sucessão de cenas de ação sem muita novidade ou originalidade. Fraco em seu resultado final esse "Operação Resgate" falha como boa diversão para os fãs de filmes de ação.

Operação Resgate (Extraction, Canadá, 2015) Direção: Steven C. Miller / Roteiro: Max Adams, Umair Aleem / Elenco: Bruce Willis, Kellan Lutz, Gina Carano / Sinopse: Harry Turner (Lutz) é um agente da CIA novato que deseja provar ao pai, um veterano da agência de inteligência, que ele tem coragem e garra para enfrentar situações perigosas. Quando seu pai Harry (Willis) cai nas mãos de terroristas internacionais que querem uma moderna arma tecnológica para dominar os meios de comunicação do globo, ele vê a grande chance de provar seu valor.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Além da Morte

Esse filme nada mais é do que o remake de "Linha Mortal" de 1990. Naquele filme original tínhamos um excelente elenco formado por Kiefer Sutherland, Kevin Bacon e Julia Roberts, Aqui a premissa segue basicamente a mesma: um grupo de estudantes de medicina decide ir além, sondar a fronteira que separa a vida da morte. Para isso eles fazem uma experiência no mínimo imprudente: são levados a sofrerem uma parada cardíaca, ficam "mortos" por mais ou menos 60 segundo e depois são trazidos de volta à vida pelos próprios colegas. Enquanto estão no lado de lá passam por experiências espirituais e sensoriais, só que ao retornaram não voltam sozinhos, algo maligno os acompanham.

Eu pensava que seria um filme no mínimo dispensável ou ruim, mas me enganei. É um bom filme, valorizado por um roteiro que procura trabalhar melhor o passado de cada personagem, além de explorar um visual do além morte que ficou bem realizado, diria até que os efeitos especiais são de extremo bom gosto. Para fazer uma ligação com o primeiro filme dos anos 90 o ator Kiefer Sutherland interpreta um grisalho professor de medicina. Sua participação é pequena e sem grande ligação com a trama principal, mas vale como referência justamente para "Linha Mortal". No final é um bom thriller de suspense e terror que em nenhum momento ofende a inteligência do espectador. Vale a pena.

Além da Morte (Flatliners, Estados Unidos, 2017) Direção: Niels Arden Oplev / Roteiro: Ben Ripley, baseado na trama original escrita por Peter Filardi / Elenco: Ellen Page, Diego Luna, Nina Dobrev, James Norton, Kiersey Clemons, Kiefer Sutherland / Sinopse: A estudante de medicina  Courtney (Page) que no passado perdeu a irmã em um acidente de carro, decide levar seus amigos de faculdade a uma experiência perigosa e imprudente: sondar o mundo dos mortos, através de uma parada cardíaca induzida seguida de um breve momento de falecimento, por mais ou menos 60 segundos. A tal "experiência" acaba resultando em efeitos colaterais indesejados através de alucinações e aparições de pessoas mortas.

Pablo Aluísio.

Vampiros do Deserto

Quando você fala em Vampiros no deserto lembra logo daquele filme de John Carpenter. Não, esse aqui é outro filme, lançado três anos depois do original "Vampiros". São ideias parecidas, mas claramente com resultados diferentes. O roteiro é o básico do básico. Você coloca um grupo de jovens (sempre com loirinhas lindas) para ser encurralado no meio do nada por um grupo de seres famintos, sim, os tais vampiros. Apesar de ser sempre legal ver vampiros nesse tipo de cenário desértico sempre me perguntei o que diabos um vampiro iria fazer no meio do deserto... Afinal não há alimento (não há pessoas, logo também não há sangue), de dia o sol é escaldante (o que seria o fim de qualquer criatura feita para andar na escuridão) e por fim eles não teriam onde se esconder pois basicamente não há casas e nem construções por perto.

De uma forma ou outra o diretor J.S. Cardone fez o seu filme. O elenco é formado por atores e atrizes desconhecidos, por isso não espere por encontrar nenhum rosto familiar. No final das contas o interesse vai se resumir mesmo em ver como essa moçada vai ser morta pelos dentuços sedentos por sangue. E basicamente é só. 

Vampiros do Deserto (The Forsaken, Estados Unidos, 2001) Direção: J.S. Cardone / Roteiro: J.S. Cardone / Elenco: Kerr Smith, Brendan Fehr, Izabella Miko / Sinopse: Jovens ficam à mercê de vampiros famintos bem no meio do deserto. Agora cada um deles tentará sobreviver até que o dia amanheça e eles consigam encontrar alguma rota de fuga.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Visões Perigosas

Filmes sobre detetives em busca de assassinos em série sempre são, de uma maneira em geral, realmente bons. O chamado thriller policial é sempre um subgênero que reserva algumas boas surpresas ao espectador de cinema. Esse aqui tem duas novidades. A primeira é que o investigador, interpretado por Kiefer Sutherland, não é um cara comum. Ele tem visões e vidência, o que o ajuda em suas buscas e investigações. A outra novidade vem no próprio vilão, um serial killer que tem obsessão com o livro infantil "Alice no País das Maravilhas".

O clima soturno e sombrio tenta resgatar um pouco do velho estilo noir, aquele mesmo que foi muito utilizado nas décadas de 1940 e 1950. Embora não mergulhe completamente nessa estética, o filme vai bastante nessa fonte cinematográfica clássica. No mais o roteiro é bom, bem desenvolvido, e conta com um elenco que parece bem interessado no filme. O diretor Paul Marcus veio do mundo das séries de TV onde dirigiu muitos programas com temática justamente policial, por isso de certa maneira estava em casa. Então é isso, deixo a dica desse filme sobre um assassino em série fora do comum e de um detetive ainda mais fora dos padrões.

Visões Perigosas (After Alice, Estados Unidos, 2000) Direção: Paul Marcus / Roteiro: Jeff Miller / Elenco: Kiefer Sutherland, Henry Czerny, Polly Walker / Sinopse: O detetive Mickey Hayden (Kiefer Sutherland) vai atrás de um serial killer que mata suas vítimas deixando pistas relacionadas ao livro infantil "Alice no País das Maravilhas". O investigador tem um ás na manga para prende-lo pois tem visões paranormais sobre seu paradeiro.

Pablo Aluísio.

Gostosa Loucura

Filmes sobre romances adolescentes sempre terão seu espaço dentro do cinema. Esse aqui foi lançado discretamente no Brasil, apenas no mercado de vídeo. A história é bem convencional, o que não quer dizer que não seja boa. Aqui temos o namoro entre uma garota americana e um jovem latino. A garota se chama Nicole Oakley (Kirsten Dunst). Ela é a filhinha rica de um político e empresário da cidade. No histórico pessoal uma longa lista de comportamentos rebeldes contra a opressão do pai. O novo namorado é o latino Carlos Nuñez (Jay Hernandez). É um rapaz esforçado que trabalha e estuda e está tentando vencer na vida.

Como todo jovem a aproximação começa com um simples flerte, mas aos poucos o relacionamento vai ficando mais sério. O problema é que o casal tem origens diferentes, vidas completamente diversas. Obviamente que um filme com essa temática teria que lidar com a questão do preconceito racial e ético. Nos Estados Unidos há essas categorias bem diferenciadas. Se você não vem de uma família americana e tem um nome espanhol ou português é logo colocado na categoria dos latinos. É um bom filme que poderia ser melhor se o roteiro fosse mais a fundo nessa questão.

Gostosa Loucura (Crazy/Beautiful, Estados Unidos, 2001) Direção: John Stockwell / Roteiro: Phil Hay, Matt Manfredi / Elenco: Kirsten Dunst, Jay Hernandez, Bruce Davison / Sinopse: O filme conta a história do romance de um jovem casal, Nicole Oakley (Kirsten Dunst) e Carlos Nuñez (Jay Hernandez). Ela, rica e filha de um homem influente na sociedade, ele, pobre e de origem latina. Filme indicado ao prêmio ALMA Awards.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Ella e John

Esse filme conta a história de um casal de idosos que certo dia resolve viajar... assim, sem mais, nem menos. Não avisam aos filhos, não dizem nada para ninguém. Apenas pegam o grande Motor Home em sua garagem e vão embora, ganhando a estrada. Tudo estaria bem se ele não fosse portador do Mal de Alzheimer e ela tivesse uma doença grave que lhe daria poucos meses de vida. Assim o filme vai se desenvolvendo, com o casal viajando, rumo ao sul, para a antiga cidade dela. No caminho começam os problemas. Por causa da doença John (Donald Sutherland) tem muitos lapsos de memória. Em certos momentos ele não consegue lembrar de onde está, do nome dos filhos e nem da esposa que está viajando ao seu lado. Também se confunde com o tempo, pensando ser ainda um estudante na universidade (ele é na realidade um professor de literatura americana aposentado). 

Uma de suas metas é visitar a casa que pertenceu ao grande escritor Ernest Miller Hemingway, seu grande ídolo nas letras. O curioso é que John consegue se lembrar de trechos inteiros dos livros dele, só que ao mesmo tempo não consegue lembrar do que aconteceu minutos atrás em sua vida. A esposa é interpretada pela grande atriz Helen Mirren. Ela é seguramente uma das grandes atrizes de sua geração e um dos melhores motivos para conferir esse filme. Com tantas qualidades em termos de elenco o filme só derrapa mesmo no final. Achei a conclusão da história um tanto absurda e eticamente condenável. Esse problema nem pode ser creditado apenas ao filme em si, pois o roteiro apenas adaptou o livro que lhe deu origem. O desfecho é em certo aspecto bem decepcionante porque acaba passando uma mensagem final errada. Particularmente me incomodei com tudo o que aconteceu. Você vai acompanhando esse casal de idosos ao longo de todo o filme, cria uma simpatia por eles e de repente tudo se resume naquele final ruim... de certa maneira estragou mesmo tudo. 

Ella e John (The Leisure Seeke, Estados Unidos, 2017) Direção: Paolo Virzì / Roteiro: Stephen Amidon, baseado no romance escrito por Michael Zadoorian / Elenco: Helen Mirren, Donald Sutherland, Christian McKay, Janel Moloney, Dana Ivey / Sinopse: Ella (Helen Mirren) e seu marido John (Donald Sutherland) decidem viajar para o sul pois querem fazer sua última grande viagem de turismo pois ambos estão com doenças graves. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Hellen Mirren).
 
Pablo Aluísio.

O Último Suspeito

Esse "City by the Sea" não é um grande filme policial, mas até que tem seus bons momentos. O assisti já no apagar das luzes da era dos videocassetes, quando as locadoras começavam a fechar suas portas por causa da popularização da internet. Um caminho sem volta. Pois bem, aqui temos um enredo interessante. Um policial, que dedicou toda a sua vida na preservação da lei, passa a ser suspeito de um crime bárbaro! Teria alguma lógica nas suspeitas, sendo que ele sempre foi tão íntegro e honesto? Aparentemente sim, já que seu passado esconde algo que ele sempre quis esconder, varrer para debaixo do tapete.

Acontece que seu pai foi um assassino. Nos anos 50 ele passou medo e terror para a pequena cidadezinha onde morava. Após matar um inocente com requintes de crueldade acabou sendo condenado à morte, em um tipo bem primitivo e selvagem de punição, a corda da forca! Isso mesmo, o pai do policial era um criminoso condenado à morte por enforcamento. O roteiro assim tenta, num viés Darwiniano, confundir o espectador! Teria ele herdado os genes podres de seu pai? Ok, no mundo real praticamente ninguém levaria algo assim à sério, mas em um filme... por que não? Eu particularmente coloco o filme lado a lado com as dezenas de fitas policiais apagadas que De Niro atuou ao longo de sua carreira, mas aqui pelo menos há o charme desse roteiro que brinca com o passado negro de um homem que se dedicou a ser um bom tira por toda a sua miserável vida.

O Último Suspeito (City by the Sea, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Warner Bros / Data de Lançamento: 10 de novembro de 2002 (EUA) / Direção: Michael Caton-Jones / Roteiro: Mike McAlary, Ken Hixon / Elenco: Robert De Niro, James Franco, Frances McDormand.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de agosto de 2018

Capitão América: Guerra Civil

Bem mais simples do que a saga Guerra Civil dos quadrinhos, esse filme acabou sendo uma espécie de preview do que se viria depois na saga dos vingadores. Para falar a verdade todos os filmes da Marvel caminham juntos o que não deixa de ser um grande e complexo desafio para os roteiristas. Imagine ter que combinar de uma forma ou outra todos os filmes que são lançados de forma avulsa a cada ano. A Marvel acabou criando assim uma fábrica de grandes bilheterias, algo que nem mesmo a DC Comics conseguiu chegar perto. Provavelmente em um futuro próximo o estúdio venha a reunir todos os filmes em um grande box, onde eles finalmente vão fazer mais sentido juntos.

Aqui temos o começo dos problemas envolvendo o Capitão América de um lado e o Homem de Ferro do outro. Em torno deles se formam dois grupos rivais de heróis. E a partir daí, como é de praxe nos quadrinhos e nos filmes adaptados, começa um grande quebra pau entre os personagens. Os efeitos especiais obviamente são de última geração, mas o roteiro deixa a desejar. Afirmo isso não apenas em relação aos quadrinhos em si, que trazia dezenas de outros personagens, mas também no desenvolvimento de cada um herói. É claro que edições e mais edições de revistas jamais poderiam ser compiladas de forma satisfatória em apenas um filme de pouco mais de duas horas. Assim, se você conseguir passar por cima dessa impossibilidade técnica, pode até mesmo vir a se divertir com tudo o que acontece na tela. É um típico filme blockbuster de Hollywood com tudo de bom e ruim que isso possa significar.

Capitão América: Guerra Civil (Captain America: Civil War, EUA, 2016) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson, Don Cheadle, Jeremy Renner, Elizabeth Olsen, Paul Rudd, Emily VanCamp / Sinopse: O grupo de super-heróis dos Vingadores racha ao meio quando um tratado internacional é ratificado por centenas de países ao redor do mundo colocando um freio em suas atividades. O Homem de Ferro concorda com as novas medidas, mas o Capitão América se recusa a concordar com ele. Assim duas equipes antagônicas são formadas dentro dos Vingadores e elas logo entram em conflito.

Pablo Aluísio. 

Adeus Christopher Robin

O filme conta a história do relacionamento entre um pai e seu filho. O pai é um dramaturgo de sucesso em Londres que precisa superar os traumas da guerra. Veterano na Primeira Guerra Mundial ele retorna para a Inglaterra com problemas psicológicos pelas coisas que viu e viveu no campo de batalha. Acaba encontrando no filho um suporte para isso. Aos poucos vai recuperando o prazer de escrever e de viver. E é justamente nas brincadeiras que tem ao lado do filho em um bosque próximo de sua casa que o inspira a escrever um livro infantil. Esse livro se tornaria um enorme sucesso de vendas, dando origem a uma série de personagens que ainda hoje povoam o imaginário das crianças. O escritor era Alan Alexander Milne, o livro recebeu o nome de "Winnie the Pooh" (no Brasil, "O Ursinho Pooh") e o filho que se tornaria célebre por também fazer parte do livro era o pequeno Christopher Robin.

O roteiro assim apresenta duas linhas narrativas. Na primeira acompanhamos a infância de Robin. De repente ele se torna conhecido mundialmente por causa do livro escrito pelo pai. Entrevistas, aparições públicas e todo o desgaste de ter se tornado uma figura pública mundial ainda quando era apenas uma criança. Na outra linha narrativa, já encontramos Robin como adulto. Ele tem ressentimentos por nunca ter tido paz (justamente por causa da notoriedade do livro) e por essa razão passa a ter um relacionamento conturbado com o pai, que tenta recuperar o afeto do filho. Meio que por rebeldia, meio por tentar seguir seus próprios caminhos, acaba se alistando no exército inglês, justamente no auge da Segunda Grande Guerra Mundial. Embora seja apenas na média o filme se sobressai por trazer a biografia desse autor, o que certamente vai interessar aos apreciadores de literatura inglesa. Também tem um bom elenco, com destaque mais uma vez para a bela Margot Robbie como a mãe de Robin. Nada convencional para a época ela estava mais interessada na fama e no dinheiro vindos do grande sucesso do livro do que propriamente nas necessidades do filho por afeto e carinho materno.

Adeus Christopher Robin (Goodbye Christopher Robin, Inglaterra, 2017) Direção: Simon Curtis / Roteiro: Frank Cottrell Boyce, Simon Vaughan / Elenco: Domhnall Gleeson, Margot Robbie, Kelly Macdonald, Will Tilston, Alex Lawther / Sinopse: O filme conta a história do autor e dramaturgo A.A. Milne que escreveu um dos mais populares livros infantis de todos os tempos, o best-seller "Winnie the Pooh". Na estorinha ele contava as brincadeiras de seu filho único, C.R. Milne, com seus brinquedos, numa casa de campo nos arredores de Londres.

Pablo Aluísio.