sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Missão: Impossível
Esse primeiro filme é o mais charmoso de todos. As cenas de ação não eram tão exageradas, nem os efeitos especiais. O roteiro procurava ser também mais inteligente. É cinema pipoca por excelência. Nesse primeiro filme ainda há a preocupação de se apresentar os agentes e sua organização aos espectadores (que obviamente eram jovens demais para conhecer a série original). Uma vez explicado tudo, começa a ação - que não cessa mais até os letreiros finais. O maior interesse para os cinéfilos em geral vem da presença do diretor Brian De Palma. Eu o considero um dos grandes cineastas de sua geração, até mesmo quando aceitou participar de filmes mais comerciais como esse, onde seu lado autoral foi meio que deixado de lado para a criação de um genérico de puro entretenimento de massas. Brian De Palma realizou um filme esteticamente bonito de se ver, com excelentes cenas de ação e um roteiro redondinho que nunca perde o ritmo. Exatamente o que queria Tom Cruise. O resultado assim se mostra bastante satisfatório. Um filme aliás bem melhor do que a série que era meio capenga, vamos ser sinceros.
Missão: Impossível (Mission: Impossible, Estados Unidos, 1996) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Bruce Geller, David Koepp / Elenco: Tom Cruise, Jon Voight, Emmanuelle Béart / Sinopse: Acusado de traição e deslealdade contra seu próprio país um agente luta para provar sua inocência. Filme baseada na sétie de TV criada originalmente por Bruce Geller.
Pablo Aluísio.
Tempo Esgotado
O filme só funciona mesmo em termos. Depp, de óculos e figurino de jovem trabalhador, não convence muito. Ele corre pra lá e pra cá, com cara de espanto, em uma obra que me decepcionou, ainda mais se tratando do grande John Badham (de tantos filmes bons como "Tocaia", "Drácula" ou "Jogos de Guerra"). Realmente ficou faltando algo mais interessante. Para os fãs de Depp porém nunca será uma perda de tempo total conferir esse trabalho quando ele ainda era bem jovem e prestes a explodir nas telas de cinema. No mínimo valerá pela curiosidade.
Tempo Esgotado (Nick of Time, Estados Unidos, 1995) Direção: John Badham / Roteiro: Patrick Sheane Duncan / Elenco: Johnny Depp, Christopher Walken, Courtney Chase./ Sinopse: Homem comum precisa cometer um crime para salvar uma vida. Thriller de suspense e tensão dos anos 90.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
Sobre Meninos e Lobos
O romance escrito pelo autor Dennis Lehane, que deu origem ao roteiro do filme, é tão rico em nuances psicológicas que apenas um cineasta talentoso como Eastwood poderia transpor algo assim para a tela. No final das contas é uma história sobre traumas, culpas e redenção pessoal. Sem sombra de dúvida uma brilhante obra cinematográfica que vai fundo na alma humana. E coroando tudo, o filme recebeu vários prêmios. Foi vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Sean Penn) e Melhor Ator Coadjuvante (Tim Robbins). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Roteiro Adaptado, Direção e Atriz Coadjuvante (Marcia Gay Harden). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Sean Penn) e Melhor Ator Coadjuvante (Tim Robbins). Igualmente indicado ainda nas categorias de Melhor Filme - Drama, Direção e Roteiro Adaptado.
Sobre Meninos e Lobos (Mystic River, Estados Unidos, 2003) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Brian Helgeland, Dennis Lehane / Elenco: Sean Penn, Tim Robbins, Kevin Bacon, Laurence Fishburne, Marcia Gay Harden / Sinopse: Traumas de um passado que parecia distante retornam quando o corpo de uma menina é encontrado. Ela foi vítima de um crime brutal.
Pablo Aluísio.
007 - O Mundo Não é o Bastante
Assim que chegou nas telas a fita logo se revelou outro grande êxito de bilheteria, o que abriu as portas para um quarto filme, "007 - Um Novo Dia Para Morrer" em 2002, o último que faria na pele de Bond. Curiosamente o estúdio ofereceu a Brosnan um novo contrato para a realização de mais três filmes, mas ele preferiu assinar para a produção de apenas mais um filme. Parecia preocupado em ser marcado para sempre por apenas um papel, algo que havia atingido outros atores que passaram pela série como no caso de Roger Moore. "The World Is Not Enough" fica na média de sua passagem pela franquia. É bem movimentado, tem uma trama que lembra os primeiros livros de Ian Fleming e conta com um vilão bacana. Em poucas palavras tem tudo o que fez da fórmula Bond uma das mais bem sucedidas da história do cinema. É divertido, movimentado e tem um bom ator no papel principal. Sinceramente não vejo como ter algo a mais do que isso em um filme da série do mais famoso agente secreto do cinema. Está realmente de bom tamanho.
007 - O Mundo Não é o Bastante (The World Is Not Enough, Inglaterra, Estados Unidos, 1999) Direção: Michael Apted / Roteiro: Neal Purvis, Robert Wade / Elenco: Pierce Brosnan, Sophie Marceau, Robert Carlyle, Denise Richards, Judi Dench, John Cleese / Sinopse: O agente James Bond (Brosnan) enfrenta um novo vilão, um estranho sujeito que parece ser imune à dor física. Ao mesmo tempo ele precisa proteger uma rica herdeira do mundo do petróleo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de novembro de 2021
A Verdade sobre Marlon Brando
Como li sua autobiografia pude perceber também que parte desses tapes foram gravados para serem usados no livro. Alguns trechos, algumas frases, estão lá, sem tirar, nem colocar uma só vírgula. A novidade veio nas fitas em que ele fala dos filhos e das ex-esposas, algo que se recusou a fazer no livro. Como todos sabemos o ator enfrentou muitos problemas familiares, como ter um filho condenado por assassinato e uma filha que se matou com apenas 25 anos de idade. Uma sucessão de tragédias. E para dar mais vivacidade em alguns trechos surge um Brando virtual na tela, declamando seus últimos pensamentos. Algo meio fantasmagórico, mas que funcionou muito bem, para minha surpresa!
A Verdade sobre Marlon Brando (Listen to Me Marlon, Estados Unidos, 2015) Direção: Stevan Riley / Roteiro: Stevan Riley / Elenco: Marlon Brando, Stella Adler, Bernardo Bertolucci / Sinopse: Documentário realizado usando trechos de fitas gravadas por Marlon Brando onde ele fala sobre sua vida, seus filmes e seus problemas familiares.
Pablo Aluísio.
A Batalha do Rio da Prata
Título Original: The Battle of the River Plate
Ano de Produção: 1956
País: Inglaterra
Estúdio: Powell Pressburger Productions
Direção: Michael Powell, Emeric Pressburger
Roteiro: Michael Powell, Emeric Pressburger
Elenco: John Gregson, Anthony Quayle, Ian Hunter, Jack Gwillim, Bernard Lee, Anthony Bushell
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial três cruzadores da Marinha Real Britânica (H.M.S. Exeter, H.M.S. Ajax e H.M.N.Z.S. Achilles) saem na caça do encouraçado alemão Graf Spee que está afundando navios mercantes no Atlântico Sul. Após encurralar a máquina de guerra de Hitler nas águas internacionais perto da fronteira do Uruguai com a Argentina, o Graf Spee foge em direção ao Rio da Prata onde se dará a batalha definitiva da embarcação nazista. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Filme Britânico e Melhor Roteiro.
Comentários:
Excelente filme de guerra que narra um evento até bem pouco conhecido da Segunda Guerra Mundial, uma batalha naval que se travou fora do eixo da guerra, na América do Sul, onde três navios ingleses de menor porte se uniram para destruir um super encouraçado alemão, fortemente armado, que estava afundando navios mercantes civis desarmados nas costas do Atlântico Sul. O roteiro é bem dividido em três atos básicos - no primeiro o espectador entra em contato com o Graf Spee em sua missão de destruir navios ingleses, tentando dessa forma criar um bloqueio completo da Grã-Bretanha, a deixando isolada do resto do mundo. Nesse momento conhecemos o capitão alemão, um sujeito educado, fino e até mesmo cordial com seus prisioneiros inimigos. No segundo ato somos apresentados às tripulações ingleses dos três navios que vão atrás do encouraçado alemão. Por fim, fechando o filme, chegamos no terceiro ato quando o Graf Spee, fortemente avariado, vai parar no porto de Montevidéu. Sendo o Uruguai um país neutro na guerra criou-se toda uma disputa diplomática entre ingleses e alemães sobre o destino do navio de Hitler. Poderia os ingleses entrarem em águas territoriais uruguaias para dar o golpe final no Graf Spee? Embora interessante essa terça parte final do filme perde um pouco o interesse. De bom mesmo o filme traz a batalha naval em si, com ótima reconstituição dos acontecimentos. Um confronto entre potências pelo domínio dos mares do sul. Vale certamente a indicação para quem aprecia filmes da Segunda Guerra Mundial pois esse é um dos mais interessantes já produzidos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Psicose
Com que finalidade? Para que serve um remake como esse? A versão definitiva já foi realizada, assinada pelo mestre do suspense e é considerada uma obra prima absoluta da sétima arte. Para que tentar refazer a perfeição? Obviamente que aquele que se arrisca a algo assim já teve estar preparado para fracassar. E foi justamente isso que aconteceu com essa nova versão. A crítica odiou e o público não pagou para ver, deixando as salas de cinema vazias. Pior ainda foi a escalação do elenco. Quem conseguiria levar à sério o comediante Vince Vaughn como o sinistro e perturbado Norman Bates? Absolutamente ninguém! A única que escapa é a atriz Julianne Moore que consegue mesmo sobreviver a qualquer coisa! Enfim, se teve o desprazer de assistir, é bem melhor esquecer e se nunca viu, não se preocupe, você não perdeu absolutamente nada!
Psicose (Psicose, Estados Unidos, 1998) Direção: Gus Van Sant / Roteiro: Robert Bloch, Joseph Stefano / Elenco: Vince Vaughn, Anne Heche, Julianne Moore, Viggo Mortensen, William H. Macy / Sinopse: Norman Bates Trabalha em um pequeno motel de beira de estrada. E ele não é um sujeito normal.
Pablo Aluísio.
Despedida em Las Vegas
"Despedida em Las Vegas" tem aquele tipo de roteiro ideal para grandes atuações. Sem uma excelente dupla de atuação a história simplesmente não funcionaria. Felizmente tanto Cage como Shue estão particularmente inspirados em seu trabalho. O cenário não poderia ser mais adequado, uma Las Vegas completamente kitsch e excessiva, mas ao mesmo tempo pouco acolhedora e impessoal. Como se trata de um script desenvolvido completamente para os atores o filme acabou rendendo excelentes frutos para sua dupla central. Os dois personagens centrais são almas perdidas. Estão naquela fase da vida em que tudo já pareceu dar errado. Os sonhos e planos naufragaram. Não resta mais esperanças. Então eles decidem afundar na bebida, em festas sem sentido e em muitos excessos etílicos. Dizem que Cage se embebedou de verdade para fazer várias cenas. Talvez por isso esteja tão convincente. O seu trabalho lhe valeu um merecido Oscar. Então é isso, "Despedida em Las Vegas" é uma excelente opção caso você esteja em busca de grandes atuações. Também apresenta um roteiro bem humano, visceral e verdadeiro que expõe a fragilidade de uma pessoa buscando o caminho da redenção através de sua própria destruição física e psicológica. Uma jornada sem parada rumo ao fim.
Despedida em Las Vegas (Leaving Las Vegas, Estados Unidos, 1995) Direção: Mike Figgis / Roteiro: Mike Figgis, baseado no romance escrito por John O'Brien / Elenco: Nicolas Cage, Elisabeth Shue, Julian Sand / Sinopse: Um homem decepcionado com sua própria vida parte para uma jornada de excessos e auto destruição em Las Vegas durante um fim de semana alucinado. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Nicolas Cage).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
A Batalha Esquecida
Uma das personagens centrais é uma garota holandesa. O pai médico trabalha em um hospital para onde soldados alemães são enviados. Só que ele cai em desgraça depois que o filho se une ao grupo de resistência. Outro personagem importante é o filho de um comandante da RAF que acaba caindo em terras alagadas da Holanda, após um pouco forçado de seu planador. E por falar em planadores, essa é a melhor cena do filme, quando eles são atacados em pleno ar por baterias antiaéreas do exército alemão. Outra cena excelente é a final, quanto tropas canadenses partem para cima do exército nazista que ocupava uma região vital para o sucesso dos aliados. Enfim, filme bem realizado, história bem conduzida. Um filme de guerra que recomendo.
A Batalha Esquecida (De slag om de Schelde, Holanda, Bélgica, 2020) Direção: Matthijs van Heijningen Jr / Roteiro: Paula van der Oest / Elenco: Gijs Blom, Jamie Flatters, Susan Radder, Jan Bijvoet / Sinopse: A história da libertação da Holanda durante a II Guerra Mundial, vista sob a ótica de uma jovem holandesa e um piloto inglês da RAF. Roteiro baseado em fatos históricos reais, ocorridos durante a guerra na Europa.
Pablo Aluísio.
The Many Saints of Newark
Na verdade ele tem um temperamento desequilibrado, dado a atos violentos insanos. Não tem o sangue frio necessário para ser o chefão. Dois assassinatos, de pessoas muito próximas a ele, demonstram bem isso. Enquanto o tio vai tropeçando em suas próprias fraquezas, Tony cresce. Ele se torna um adolescente que sonha se tornar jogador de futebol americano profissional, mas isso, de certa forma, parece cada vez mais distante. A máfia surge mais próxima a ele. Além das qualidades de um bom roteiro esse filme ainda tem atores coadjuvantes muito bons. Vera Farmiga interpreta a mãe de Tony. Uma mulher no limte. Ray Liotta é o tio preso que passa a ser conselheiro informal de Dickie Moltisanti. Em conclusão, gostei bastante do filme. Certamente os fãs de "Os Sopranos" vão gostar ainda mais.
The Many Saints of Newark (Estados Unidos, 2021) Direção: Alan Taylor / Roteiro: David Chase, Lawrence Konner / Elenco: Alessandro Nivola, Vera Farmiga, Ray Liotta, Michael Gandolfini / Sinopse: O filme conta os primeiros anos do futuro mafioso Tony Soprano (Michael Gandolfini) quando ele era apenas uma criança e um adolescente vivendo em Newark, New Jersey. História sobre o passado dos principais personagens da série de sucesso "Os Sopranos".
Pablo Aluísio.