Como foi a infância e a adolescência de Tony Soprano? Essa pergunta é a premissa desse filme. Com o fim da série e a morte do ator James Gandolfini, a HBO ficou sem sua galinha dos ovos de ouro. A solução encontrada pelos produtores foi retornar ao passado para contar os primeiros anos do mafioso Tony Soprano. O resultado é esse filme que até é muito bom. Começa um pouco disperso, quase sem foco, mas vai se acertando até trazer um final realmente muito bom. Quando a história começa Tony é apenas um garotinho da família Soprano que vive apenas com a mãe e a irmã pois seu pai está preso. Ele adora um tio em particular chamado Dickie Moltisanti que logo se torna chefe do clã, da família. Todos gostam dele dentro do núcleo familiar. Acham ele um homem forte, com pulso firme, mas isso vai se revelar apenas uma frágil fachada.
Na verdade ele tem um temperamento desequilibrado, dado a atos violentos insanos. Não tem o sangue frio necessário para ser o chefão. Dois assassinatos, de pessoas muito próximas a ele, demonstram bem isso. Enquanto o tio vai tropeçando em suas próprias fraquezas, Tony cresce. Ele se torna um adolescente que sonha se tornar jogador de futebol americano profissional, mas isso, de certa forma, parece cada vez mais distante. A máfia surge mais próxima a ele. Além das qualidades de um bom roteiro esse filme ainda tem atores coadjuvantes muito bons. Vera Farmiga interpreta a mãe de Tony. Uma mulher no limte. Ray Liotta é o tio preso que passa a ser conselheiro informal de Dickie Moltisanti. Em conclusão, gostei bastante do filme. Certamente os fãs de "Os Sopranos" vão gostar ainda mais.
The Many Saints of Newark (Estados Unidos, 2021) Direção: Alan Taylor / Roteiro: David Chase, Lawrence Konner / Elenco: Alessandro Nivola, Vera Farmiga, Ray Liotta, Michael Gandolfini / Sinopse: O filme conta os primeiros anos do futuro mafioso Tony Soprano (Michael Gandolfini) quando ele era apenas uma criança e um adolescente vivendo em Newark, New Jersey. História sobre o passado dos principais personagens da série de sucesso "Os Sopranos".
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 1 de novembro de 2021
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Desobediência
Título no Brasil: Desobediência
Título Original: Disobedience
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Braven Films, Element Pictures
Direção: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio, Rebecca Lenkiewicz
Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola, Nicholas Woodeson, David Fleeshman, Bernice Stegers
Sinopse:
Após a morte de seu pai, um rabino muito querido numa comunidade judaica de Londres, a fotógrafa Ronit Krushka (Rachel Weisz) decide voltar para sua antiga casa, com a intenção de participar das homenagens finais do pai falecido que não via há anos. E o retorno dela ao velho lar acaba criando um clima de constrangimento entre os religiosos da sinagoga. O passado dela era algo que todos gostariam de esquecer. Filme premiado no British Independent Film Awards.
Comentários:
Excelente filme produzido e atuado pela talentosa atriz Rachel Weisz. O tema é dos mais delicados, mostrando o choque que pode existir entre membros de uma comunidade de judeus ortodoxos e o passado da filha do rabino que acabou de falecer. Ele era muito querido por todos, mas ela sempre foi um problema pois desde muito cedo assumiu sua condição de lésbica. Quando ela volta para o funeral do pai tudo parece voltar. Pior do que isso, no passado ela teve um caso apaixonado com Esti Kuperman (Rachel McAdams) que agora está casada justamente com o novo rabino. Esti não é uma mulher feliz no casamento de fachada, pois no fundo continua apaixonada perdidamente pela personagem interpretada por Rachel Weisz. Imagine o clima tenso que se forma. Como resolver uma situação assim? Os religiosos judeus tendo que lidar com um caso tórrido de amor homossexual entre duas judias que sempre fizeram parte da comunidade. O roteiro é sutil e muito bem escrito, jamais adotando uma postura de desrespeito com a crença religiosa do povo judeu. Ao contrário disso apenas mostra que as pessoas são livres em suas escolhas, pois até mesmo nas antigas escrituras está escrito que Deus deu o livre-arbítrio para todos os seres humanos. Cada um deve escolher a melhor maneira de ser feliz em sua vida. Enfim, um filme britânico que está facilmente entre os melhores que assisti nesses últimos anos. Especialmente recomendado para o público LGBT.
Pablo Aluísio.
Título Original: Disobedience
Ano de Produção: 2017
País: Inglaterra
Estúdio: Braven Films, Element Pictures
Direção: Sebastián Lelio
Roteiro: Sebastián Lelio, Rebecca Lenkiewicz
Elenco: Rachel Weisz, Rachel McAdams, Alessandro Nivola, Nicholas Woodeson, David Fleeshman, Bernice Stegers
Sinopse:
Após a morte de seu pai, um rabino muito querido numa comunidade judaica de Londres, a fotógrafa Ronit Krushka (Rachel Weisz) decide voltar para sua antiga casa, com a intenção de participar das homenagens finais do pai falecido que não via há anos. E o retorno dela ao velho lar acaba criando um clima de constrangimento entre os religiosos da sinagoga. O passado dela era algo que todos gostariam de esquecer. Filme premiado no British Independent Film Awards.
Comentários:
Excelente filme produzido e atuado pela talentosa atriz Rachel Weisz. O tema é dos mais delicados, mostrando o choque que pode existir entre membros de uma comunidade de judeus ortodoxos e o passado da filha do rabino que acabou de falecer. Ele era muito querido por todos, mas ela sempre foi um problema pois desde muito cedo assumiu sua condição de lésbica. Quando ela volta para o funeral do pai tudo parece voltar. Pior do que isso, no passado ela teve um caso apaixonado com Esti Kuperman (Rachel McAdams) que agora está casada justamente com o novo rabino. Esti não é uma mulher feliz no casamento de fachada, pois no fundo continua apaixonada perdidamente pela personagem interpretada por Rachel Weisz. Imagine o clima tenso que se forma. Como resolver uma situação assim? Os religiosos judeus tendo que lidar com um caso tórrido de amor homossexual entre duas judias que sempre fizeram parte da comunidade. O roteiro é sutil e muito bem escrito, jamais adotando uma postura de desrespeito com a crença religiosa do povo judeu. Ao contrário disso apenas mostra que as pessoas são livres em suas escolhas, pois até mesmo nas antigas escrituras está escrito que Deus deu o livre-arbítrio para todos os seres humanos. Cada um deve escolher a melhor maneira de ser feliz em sua vida. Enfim, um filme britânico que está facilmente entre os melhores que assisti nesses últimos anos. Especialmente recomendado para o público LGBT.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 7 de maio de 2020
A Arte da Autodefesa
Título no Brasil: A Arte da Autodefesa
Título Original: The Art of Self-
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: End Cue
Direção: Riley Stearns
Roteiro: Riley Stearns
Elenco: Jesse Eisenberg, Alessandro Nivola, Imogen Poots, Steve Terada, David Zellner, Phillip Andre Botello
Sinopse:
Casey Davies (Jesse Eisenberg) é um sujeito comum com um emprego bem chato. Uma noite, ao voltar do supermercado, ele é violentamente espancado por assaltantes em motos. Após ficar alguns dias hospitalizado ele decide mudar de vida. E encontra o que esperava numa academia de Karatê, onde começa a ficar obcecado pela arte marcial milenar.
Comentários:
Não, não é uma comédia. Não pelos padrões que você está acostumado. Tampouco é uma versão de "Karatê Kid", apesar da sinopse levar a crer que é isso. Apesar dos enredos parecidos esse filme aqui tem um toque mais sombrio, diria até mórbido. A cena do tiro na cabeça, já no final do filme, deixa isso bem claro. Não é uma brincadeira de criança e nem um filme puramente juvenil. Tem seu lado dark. O curioso é ver Jesse Eisenberg nesse papel. Não que saia completamente do que ele está habituado a fazer no cinema. Não, o personagem é bem seu tipo, um sujeito meio tímido, sem jeito, com problemas de relacionamentos sociais, que leva uma vidinha muito chata e sem graça. E de repente ele encontra uma razão de vida ao entrar nessa academia de Karatê. Como tem uma vida vazia logo fica obcecado pela arte marcial, a ponto de usar seu cinto com as mesmas cores da faixa que ganha ao subir um degrau nessa arte. Porém seus sonhos duram pouco, principalmente ao descobrir a verdadeira face de seu mestre. Enquanto destila ensinamento profundos aos seus alunos, age de maneira criminosa nas sombras. Enfim, veja o filme e tire suas próprias conclusões. Embora tenha uma narrativa até convencional, o roteiro procurou trazer coisas novas, coisas que vão até chocar o espectador mais comum.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Art of Self-
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: End Cue
Direção: Riley Stearns
Roteiro: Riley Stearns
Elenco: Jesse Eisenberg, Alessandro Nivola, Imogen Poots, Steve Terada, David Zellner, Phillip Andre Botello
Sinopse:
Casey Davies (Jesse Eisenberg) é um sujeito comum com um emprego bem chato. Uma noite, ao voltar do supermercado, ele é violentamente espancado por assaltantes em motos. Após ficar alguns dias hospitalizado ele decide mudar de vida. E encontra o que esperava numa academia de Karatê, onde começa a ficar obcecado pela arte marcial milenar.
Comentários:
Não, não é uma comédia. Não pelos padrões que você está acostumado. Tampouco é uma versão de "Karatê Kid", apesar da sinopse levar a crer que é isso. Apesar dos enredos parecidos esse filme aqui tem um toque mais sombrio, diria até mórbido. A cena do tiro na cabeça, já no final do filme, deixa isso bem claro. Não é uma brincadeira de criança e nem um filme puramente juvenil. Tem seu lado dark. O curioso é ver Jesse Eisenberg nesse papel. Não que saia completamente do que ele está habituado a fazer no cinema. Não, o personagem é bem seu tipo, um sujeito meio tímido, sem jeito, com problemas de relacionamentos sociais, que leva uma vidinha muito chata e sem graça. E de repente ele encontra uma razão de vida ao entrar nessa academia de Karatê. Como tem uma vida vazia logo fica obcecado pela arte marcial, a ponto de usar seu cinto com as mesmas cores da faixa que ganha ao subir um degrau nessa arte. Porém seus sonhos duram pouco, principalmente ao descobrir a verdadeira face de seu mestre. Enquanto destila ensinamento profundos aos seus alunos, age de maneira criminosa nas sombras. Enfim, veja o filme e tire suas próprias conclusões. Embora tenha uma narrativa até convencional, o roteiro procurou trazer coisas novas, coisas que vão até chocar o espectador mais comum.
Pablo Aluísio.
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