Título no Brasil: Migração Alada
Título Original: Le Peuple Migrateur
Ano de Produção: 2001
País: França, Alemanha
Estúdio: Galatée Films, France 2 Cinéma
Direção: Jacques Perrin, Jacques Cluzaud
Roteiro: Jean Dorst, Stéphane Durand
Elenco: Jacques Perrin, Philippe Labro, Jacques Cluzaud, Christophe Barratier, Reinhard Brundig, Jean de Trégomain
Sinopse:
Documentário sobre os padrões migratórios das aves, filmado ao longo de três anos nos sete continentes, ao redor de todo o Planeta Terra. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor documentário (Jacques Perrin).
Comentários:
Documentários sobre a natureza formam a principal atração de muitos canais a cabo, tais como Dicovery, National Geographic, Animal Planet, etc. É um tipo bem popular de programa. No cinema, por outro lado, eles são um pouco mais raros. Aqui temos um longa-metragem feito para exibição em cinemas que concorreu ao Oscar e ganhou fartos elogios da crítica em geral na ocasião de seu lançamento original. Além do cronograma de filmagens ter sido feito todo baseado em estudos da ciência, o filme ainda se destaca por seus próprios méritos cinematográficos, com uso de técnicas inovadoras de filmagens, inclusive captando as aves em pleno voo pelo oceano. Ficou tudo muito bonito e de bom gosto. Um filme indispensável se você aprecia toda a exuberância da vida natural ao redor de nosso planeta azul.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 17 de março de 2021
terça-feira, 16 de março de 2021
Ponto Vermelho
Título no Brasil: Ponto Vermelho
Título Original: Red Dot
Ano de Produção: 2021
País: Suécia
Estúdio: SF Studios
Direção: Alain Darborg
Roteiro: Alain Darborg, Per Dickson
Elenco: Nanna Blondell, Johannes Kuhnke, Anastasios Soulis, Anna Azcárate, Thomas Hanzon, Kalled Mustonen
Sinopse:
Um casal, ainda em Lua de Mel, decide acampar no norte da Suécia, em uma região de nevascas, para curtir juntos a Aurora Boreal. Na viagem eles se envolvem em problemas com caçadores locais. Quando chegam no lugar onde pretendem passar a noite, descobrem que estão na mira de um rifle de alta precisão. O jogo vira, agora o importante é sobreviver.
Comentários:
Esse filme se chama "Ponto Vermelho" por causa da mira de um rifle equipado com mira a laser. Quando a mira aponta para você, o que se vê? Um ponto vermelho percorrendo seu corpo. É um filme de caçada humana, vamos colocar nesses termos. Como é uma produção sueca não espere pelos malabarismos dos filmes de ação de Hollywood, porém se equivoca quem pensa que o filme não é bem realizado. Já perto do final o roteiro apresenta uma reviravolta envolvendo um vizinho do casal, um sujeito que parecia amigável e boa gente. Só que não era nada disso. Havia um plano de vingança por trás. E o aspecto do racismo também está presente no roteiro. O casal protagonista é formado por uma mulher negra e um homem branco e eles são alvo também de racismo por parte dos caçadores das montanhas geladas. Enfim, bom filme, gostei. Como última observação é importante destacar que esse filme faz parte do catálogo da Netflix. Então é fácil de assistir. Basta querer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Red Dot
Ano de Produção: 2021
País: Suécia
Estúdio: SF Studios
Direção: Alain Darborg
Roteiro: Alain Darborg, Per Dickson
Elenco: Nanna Blondell, Johannes Kuhnke, Anastasios Soulis, Anna Azcárate, Thomas Hanzon, Kalled Mustonen
Sinopse:
Um casal, ainda em Lua de Mel, decide acampar no norte da Suécia, em uma região de nevascas, para curtir juntos a Aurora Boreal. Na viagem eles se envolvem em problemas com caçadores locais. Quando chegam no lugar onde pretendem passar a noite, descobrem que estão na mira de um rifle de alta precisão. O jogo vira, agora o importante é sobreviver.
Comentários:
Esse filme se chama "Ponto Vermelho" por causa da mira de um rifle equipado com mira a laser. Quando a mira aponta para você, o que se vê? Um ponto vermelho percorrendo seu corpo. É um filme de caçada humana, vamos colocar nesses termos. Como é uma produção sueca não espere pelos malabarismos dos filmes de ação de Hollywood, porém se equivoca quem pensa que o filme não é bem realizado. Já perto do final o roteiro apresenta uma reviravolta envolvendo um vizinho do casal, um sujeito que parecia amigável e boa gente. Só que não era nada disso. Havia um plano de vingança por trás. E o aspecto do racismo também está presente no roteiro. O casal protagonista é formado por uma mulher negra e um homem branco e eles são alvo também de racismo por parte dos caçadores das montanhas geladas. Enfim, bom filme, gostei. Como última observação é importante destacar que esse filme faz parte do catálogo da Netflix. Então é fácil de assistir. Basta querer.
Pablo Aluísio.
Pânico Abaixo de Zero
Título no Brasil: Pânico Abaixo de Zero
Título Original: Centigrade
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Manhattan Productions, Phiphen Pictures
Direção: Brendan Walsh
Roteiro: Daley Nixon
Elenco: Vincent Piazza, Genesis Rodriguez
Sinopse:
Um casal de norte-americanos viaja até a Noruega para o lançamento de um livro. Durante a noite eles pegam uma estrada secundário e são surpreendidos por uma forte nevasca. O carro é totalmente encoberto pela neve. O motor não dá partida e as portas congelam. E eles ficam presos, à espera de um socorro que parece nunca chegar.
Comentários:
A história desse filme aconteceu de fato, é baseado em fatos reais. O problema é que fazer todo um filme com apenas dois atores em cena e ainda assim presos dentro de um carro soterrado por uma tempestade de neve pode se tornar um exercício de paciência fora do comum. Confesso que em muitos momentos achei o filme bem chato, caindo na vala comum do puro tédio. Tudo bem que há elementos para se prender a atenção do espectador, como o fato da esposa estar grávida, prestes a ter um filho naquela situação terrível, mas mesmo assim a falta de outros ambientes, pois tudo se passa dentro de um carro, torra a paciência de qualquer espectador. Embora seja um filme curto, penso que a falta de maiores diversidades na narrativa poderia gerar um filme ainda menor, quem sabe um media-metragem. Para um longa-metragem a coisa toda se torna bem cansativa. Esse é o meu veredito final.
Pablo Aluísio.
Título Original: Centigrade
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Manhattan Productions, Phiphen Pictures
Direção: Brendan Walsh
Roteiro: Daley Nixon
Elenco: Vincent Piazza, Genesis Rodriguez
Sinopse:
Um casal de norte-americanos viaja até a Noruega para o lançamento de um livro. Durante a noite eles pegam uma estrada secundário e são surpreendidos por uma forte nevasca. O carro é totalmente encoberto pela neve. O motor não dá partida e as portas congelam. E eles ficam presos, à espera de um socorro que parece nunca chegar.
Comentários:
A história desse filme aconteceu de fato, é baseado em fatos reais. O problema é que fazer todo um filme com apenas dois atores em cena e ainda assim presos dentro de um carro soterrado por uma tempestade de neve pode se tornar um exercício de paciência fora do comum. Confesso que em muitos momentos achei o filme bem chato, caindo na vala comum do puro tédio. Tudo bem que há elementos para se prender a atenção do espectador, como o fato da esposa estar grávida, prestes a ter um filho naquela situação terrível, mas mesmo assim a falta de outros ambientes, pois tudo se passa dentro de um carro, torra a paciência de qualquer espectador. Embora seja um filme curto, penso que a falta de maiores diversidades na narrativa poderia gerar um filme ainda menor, quem sabe um media-metragem. Para um longa-metragem a coisa toda se torna bem cansativa. Esse é o meu veredito final.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 15 de março de 2021
O Mauritano
Título no Brasil: O Mauritano
Título Original: The Mauritanian
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Wonder Street
Direção: Kevin Macdonald
Roteiro: Michael Bronner, Rory Haines
Elenco: Jodie Foster, Shailene Woodley, Tahar Rahim, Benedict Cumberbatch, Nouhe Hamady Bari, Saadna Hamoud
Sinopse:
A atriz Jodie Foster interpreta Nancy Hollander, uma advogada norte-americana que passa a defender um prisioneiro na prisão de segurança máxima de Guantánamo. Ele foi preso em seu país natal, não lhe informaram sobre o que estava sendo acusado e acabou sendo vítima de reiteradas sessões de tortura física e psicológicas. Filme com história baseada em fatos históricos reais. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Jodie Foster).
Comentários:
Rever Jodie Foster foi algo esperado. Já estava esperando por um bom filme com ela há muito tempo, até porque Jodie estava desaparecida das telas há uns bons anos. E esse seu retorno foi muito bom. Com cabelos totalmente grisalhos, obrigação da personagem que interpreta, ela dá vida a essa advogada de direitos humanos que aceita defender pro bono um detento na prisão de Guantánamo. Já sabemos hoje que nessa parte da ilha de Cuba, as autoridades dos Estados Unidos abusavam de suas prerrogativas. A tortura estava na ordem do dia e as confissões arrancadas em sessões de tortura tinham pouco ou nenhum valor jurídico. O protagonista do filme foi preso apenas porque um primo dele ligou para Bin Laden. Depois de 11 de setembro muitos dentro do governo americano perderam a razão. Esse Mauritano ficou 16 anos preso sem julgamento e sem ter uma acusão formal contra ele, algo completamente absurdo do ponto de vista jurídico. O filme assim soa como denúncia e como alerta para que atrocidades como essa não sejam mais cometidas. É uma bela lição da importância e do valor dos princípios jurídicos civilizatórios do mundo moderno. Sem eles, não há salvação.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Mauritanian
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Wonder Street
Direção: Kevin Macdonald
Roteiro: Michael Bronner, Rory Haines
Elenco: Jodie Foster, Shailene Woodley, Tahar Rahim, Benedict Cumberbatch, Nouhe Hamady Bari, Saadna Hamoud
Sinopse:
A atriz Jodie Foster interpreta Nancy Hollander, uma advogada norte-americana que passa a defender um prisioneiro na prisão de segurança máxima de Guantánamo. Ele foi preso em seu país natal, não lhe informaram sobre o que estava sendo acusado e acabou sendo vítima de reiteradas sessões de tortura física e psicológicas. Filme com história baseada em fatos históricos reais. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor atriz (Jodie Foster).
Comentários:
Rever Jodie Foster foi algo esperado. Já estava esperando por um bom filme com ela há muito tempo, até porque Jodie estava desaparecida das telas há uns bons anos. E esse seu retorno foi muito bom. Com cabelos totalmente grisalhos, obrigação da personagem que interpreta, ela dá vida a essa advogada de direitos humanos que aceita defender pro bono um detento na prisão de Guantánamo. Já sabemos hoje que nessa parte da ilha de Cuba, as autoridades dos Estados Unidos abusavam de suas prerrogativas. A tortura estava na ordem do dia e as confissões arrancadas em sessões de tortura tinham pouco ou nenhum valor jurídico. O protagonista do filme foi preso apenas porque um primo dele ligou para Bin Laden. Depois de 11 de setembro muitos dentro do governo americano perderam a razão. Esse Mauritano ficou 16 anos preso sem julgamento e sem ter uma acusão formal contra ele, algo completamente absurdo do ponto de vista jurídico. O filme assim soa como denúncia e como alerta para que atrocidades como essa não sejam mais cometidas. É uma bela lição da importância e do valor dos princípios jurídicos civilizatórios do mundo moderno. Sem eles, não há salvação.
Pablo Aluísio.
Carandiru
Título no Brasil: Carandiru
Título Original: Carandiru
Ano de Produção: 2003
País: Brasil, Argentina
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Fernando Bonassi
Elenco: Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milton Gonçalves, Enrique Diaz
Sinopse:
Com roteiro inspirado no livro de memórias escrito pelo médico Drauzio Varella, o filme Carandiru explora os dramas humanos e sociais dos detentos de um dos maiores sistemas prisionais no mundo. Filme indicado a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais viscerais do cinema brasileiro. Uma obra bem importante que mostra os problemas enfrentados por uma massa carcerária vivendo no presídio do Carandiru, em São Paulo. Como todos sabemos esse sistema prisional foi palco de uma das maiores tragédias da história do Brasil, quando centenas de prisioneiros foram mortos durante uma rebelião. O filme também conta esse episódio, entretanto antes disso procura expor uma série de dramas pessoais dos presos. Muitas dos dramas mostrados no filme foram baseados em fatos reais, pois parte do roteiro foi retirado do livro do médico Drauzio Varella, que trabalhou por anos dentro do presídio, conhecendo os presos, seus relacionamentos e enfrentando a questão da AIDS naquele ambiente prisional. Enfim, belo e trágico filme. Uma grande lição de história que não se aprende nos bancos escolares.
Pablo Aluísio.
Título Original: Carandiru
Ano de Produção: 2003
País: Brasil, Argentina
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Fernando Bonassi
Elenco: Rodrigo Santoro, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat, Milton Gonçalves, Enrique Diaz
Sinopse:
Com roteiro inspirado no livro de memórias escrito pelo médico Drauzio Varella, o filme Carandiru explora os dramas humanos e sociais dos detentos de um dos maiores sistemas prisionais no mundo. Filme indicado a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.
Comentários:
Esse é certamente um dos filmes mais viscerais do cinema brasileiro. Uma obra bem importante que mostra os problemas enfrentados por uma massa carcerária vivendo no presídio do Carandiru, em São Paulo. Como todos sabemos esse sistema prisional foi palco de uma das maiores tragédias da história do Brasil, quando centenas de prisioneiros foram mortos durante uma rebelião. O filme também conta esse episódio, entretanto antes disso procura expor uma série de dramas pessoais dos presos. Muitas dos dramas mostrados no filme foram baseados em fatos reais, pois parte do roteiro foi retirado do livro do médico Drauzio Varella, que trabalhou por anos dentro do presídio, conhecendo os presos, seus relacionamentos e enfrentando a questão da AIDS naquele ambiente prisional. Enfim, belo e trágico filme. Uma grande lição de história que não se aprende nos bancos escolares.
Pablo Aluísio.
domingo, 14 de março de 2021
Relatos do Mundo
Esse novo filme do ator Tom Hanks é realmente excelente. Ele interpreta um ex-capitão do exército que com o fim da guerra civil procura por outro meio para ganhar a vida. E esse novo trabalho seria dos mais interessantes. Basicamente ele iria ler as notícias dos principais jornais americanos nas cidades mais distantes e inóspitas do oeste americano. É bom lembrar que nos tempos do velho oeste a maioria da população não era alfabetizada. O personagem de Tom Hanks assim lia para toda essa massa de pessoas sem qualquer instrução formal de educação.
E numa dessas viagens ele acaba se deparando com uma carruagem virada no meio da estrada. Ela foi atacada. Apenas uma sobrevivente, uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis. O que não combina é o fato dela estar vestida com roupas de índios. Pior do que isso, ela não fala uma palavra em inglês, só sabendo se comunicar com o idioma Kiowa. O que teria acontecido com aquela menina? Olhando documentos encontrados dentro da carruagem, o velho capitão descobre que ela foi resgatada de uma tribo indígena. Seus pais foram mortos e ela foi raptada por nativos. Acabou sendo criada por eles.
O filme então se desenvolve na busca pelos únicos parentes brancos ainda vivos da menina. O capitão e a garota então passam a viajar em direção ao sul do Texas, onde ele pretende entregá-la para seus tios, que ainda vivem em uma comunidade agrícola. Acontece que nessa jornada quem acaba encontrando um novo sentido para sua vida é o próprio ex-capitão. E essa viagem, toda feita em cima de uma precária carruagem com poucos pertences, não será isenta de problemas e perigos, principalmente por bandoleiros e bandidos de todas as espécies.
Filme realmente excelente. O curioso é que não me lembro de ter visto Tom Hanks em um filme de faroeste. E ele se sai muito bem. Parece que nessa altura de sua carreira o ator simplesmente não faz mais filmes ruins ou fracos. Dono de sua própria produtora de cinema, ele só escolhe o melhor. Alguns poderão encontrar algumas semelhanças com o clássico do western "Bravura Indômita", porém acho essa comparação um pouco precipitada. A despeito dos dois personagens principais serem um veterano e uma garota, pouco mais se assemelha entre as duas produções. De qualquer forma é cinema de primeira qualidade. Um dos melhores filmes do ano, sem a menor sombra de dúvidas. Está mais do que recomendado aos cinéfilos em geral.
Relatos do Mundo (News of the World, Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Greengrass / Roteiro: Paul Greengrass / Elenco: Tom Hanks, Helena Zengel, Tom Astor / Sinopse: Veterano da guerra civil que ganha sua vida lendo jornais para trabalhadores e bandoleiros analfabetos no velho oeste, encontra em uma de suas viagens uma garotinha loira que foi criada por índios. Ele então decide que a levará para seus parentes brancos ainda vivos. Uma jornada longa e perigosa aos confins do Texas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som, melhor design de produção, melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard) e melhor direção de fotografia (Dariusz Wolski). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante (Helena Zengel).
Pablo Aluísio.
E numa dessas viagens ele acaba se deparando com uma carruagem virada no meio da estrada. Ela foi atacada. Apenas uma sobrevivente, uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis. O que não combina é o fato dela estar vestida com roupas de índios. Pior do que isso, ela não fala uma palavra em inglês, só sabendo se comunicar com o idioma Kiowa. O que teria acontecido com aquela menina? Olhando documentos encontrados dentro da carruagem, o velho capitão descobre que ela foi resgatada de uma tribo indígena. Seus pais foram mortos e ela foi raptada por nativos. Acabou sendo criada por eles.
O filme então se desenvolve na busca pelos únicos parentes brancos ainda vivos da menina. O capitão e a garota então passam a viajar em direção ao sul do Texas, onde ele pretende entregá-la para seus tios, que ainda vivem em uma comunidade agrícola. Acontece que nessa jornada quem acaba encontrando um novo sentido para sua vida é o próprio ex-capitão. E essa viagem, toda feita em cima de uma precária carruagem com poucos pertences, não será isenta de problemas e perigos, principalmente por bandoleiros e bandidos de todas as espécies.
Filme realmente excelente. O curioso é que não me lembro de ter visto Tom Hanks em um filme de faroeste. E ele se sai muito bem. Parece que nessa altura de sua carreira o ator simplesmente não faz mais filmes ruins ou fracos. Dono de sua própria produtora de cinema, ele só escolhe o melhor. Alguns poderão encontrar algumas semelhanças com o clássico do western "Bravura Indômita", porém acho essa comparação um pouco precipitada. A despeito dos dois personagens principais serem um veterano e uma garota, pouco mais se assemelha entre as duas produções. De qualquer forma é cinema de primeira qualidade. Um dos melhores filmes do ano, sem a menor sombra de dúvidas. Está mais do que recomendado aos cinéfilos em geral.
Relatos do Mundo (News of the World, Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Greengrass / Roteiro: Paul Greengrass / Elenco: Tom Hanks, Helena Zengel, Tom Astor / Sinopse: Veterano da guerra civil que ganha sua vida lendo jornais para trabalhadores e bandoleiros analfabetos no velho oeste, encontra em uma de suas viagens uma garotinha loira que foi criada por índios. Ele então decide que a levará para seus parentes brancos ainda vivos. Uma jornada longa e perigosa aos confins do Texas. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som, melhor design de produção, melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard) e melhor direção de fotografia (Dariusz Wolski). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante (Helena Zengel).
Pablo Aluísio.
Sin City
Título no Brasil: Sin City - A Cidade do Pecado
Título Original: Sin City
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller, Robert Rodriguez
Elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Jessica Alba, Benicio Del Toro, Alexis Bledel, Rosario Dawson, Michael Clarke Duncan
Sinopse:
Adaptação cinematográfica das histórias em quadrinhos da linha "Sin City". A história se passa no submundo, onde strippers, bandidos e criminosos, convivem em um mundo sombrio e perigoso. O mais importante nessa cidade sufocante é chegar ao fim do dia simplesmente vivo.
Comentários:
A Nona arte encontra a sétima arte. Assim podemos conceituar esse filme "Sin City" que foi um sucesso do cinema quando lançado. E quando digo que as duas expressões artísticas se encontraram, não foi por pura retórica de palavras. O conceito do filme foi justamente passar a impressão ao espectador de que ele estaria vendo literalmente uma história em quadrinhos na tela grande do cinema. A linguagem é basicamente a mesma, os enquadramentos e até mesmo as cores do filme procuram capturar o espírito das comics. Apesar de uma certa estranheza inicial penso que o resultado ficou muito bom, criando uma linguagem única, fruto do encontro dos quadrinhos com os fotogramas de cinema. Celuloide em páginas impressas, se você captar bem o que quiseram fazer nesse filme. Fruto pioneiro de um novo estilo de fazer cinema, só podemos lamentar que seu senso estético não tenha criado maiores frutos. Até tentaram em algumas outras produçoes, mas como a bilheteria não foi das melhores resolveram encerrar por aqui. Enfim, se você gosta de quadrinhos e cinema, poucos filmes lhe seriam mais indicados do que esse.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sin City
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller, Robert Rodriguez
Elenco: Bruce Willis, Mickey Rourke, Clive Owen, Jessica Alba, Benicio Del Toro, Alexis Bledel, Rosario Dawson, Michael Clarke Duncan
Sinopse:
Adaptação cinematográfica das histórias em quadrinhos da linha "Sin City". A história se passa no submundo, onde strippers, bandidos e criminosos, convivem em um mundo sombrio e perigoso. O mais importante nessa cidade sufocante é chegar ao fim do dia simplesmente vivo.
Comentários:
A Nona arte encontra a sétima arte. Assim podemos conceituar esse filme "Sin City" que foi um sucesso do cinema quando lançado. E quando digo que as duas expressões artísticas se encontraram, não foi por pura retórica de palavras. O conceito do filme foi justamente passar a impressão ao espectador de que ele estaria vendo literalmente uma história em quadrinhos na tela grande do cinema. A linguagem é basicamente a mesma, os enquadramentos e até mesmo as cores do filme procuram capturar o espírito das comics. Apesar de uma certa estranheza inicial penso que o resultado ficou muito bom, criando uma linguagem única, fruto do encontro dos quadrinhos com os fotogramas de cinema. Celuloide em páginas impressas, se você captar bem o que quiseram fazer nesse filme. Fruto pioneiro de um novo estilo de fazer cinema, só podemos lamentar que seu senso estético não tenha criado maiores frutos. Até tentaram em algumas outras produçoes, mas como a bilheteria não foi das melhores resolveram encerrar por aqui. Enfim, se você gosta de quadrinhos e cinema, poucos filmes lhe seriam mais indicados do que esse.
Pablo Aluísio.
sábado, 13 de março de 2021
Adeus, Professor
Título no Brasil: Adeus, Professor
Título Original: The Professor
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Global Road Entertainment
Direção: Wayne Roberts
Roteiro: Wayne Roberts
Elenco: Johnny Depp, Rosemarie DeWitt, Odessa Young, Danny Huston, Zoey Deutch, Devon Terrell
Sinopse:
O professor universitário Richard (Depp) recebe o diagnóstico que está com um câncer, um tumor maligno. Se ele fizer um tratamento terá mais ou menos um ano e meio de vida. Se não optar por se tratar morrerá em seis meses. Contrariando a opinião de seu médico, Richard decide não se submeter a esse tratamento, preferindo morrer em paz.
Comentários:
Bom filme, que retrata uma situação que não é tão incomum como muitas pessoas podem pensar. Uma vez diagnosticado com câncer, muitas pessoas também recebem a expectativa de vida que as esperam. Certamente é uma das situações mais aflitivas que um ser humano pode passar em sua vida pessoal. Afinal o que seria mais terrível do que saber quando se vai morrer? Apesar do tema pesado, o roteiro procura injetar pequenas doses de humor, humor negro, mas mesmo assim ainda humor. Quando descobre que vai morrer provavelmente em seis meses, o professor decide reavaliar seus próprios valores pessoais, procurando entender o que é realmente importante na vida. Assim ele parte para novas experiências, coisas que ele nunca havia tentado fazer antes. E ele também para de dar importância ao que no fundo não tem importância nenhuma, embora as pessoas geralmente se importem muito com isso durante suas vidas. Como escrevi no começo do texto é sem dúvida um bom filme, valorizado por uma boa atuação do ator Johnny Depp, aqui mais contido do que de costume.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Professor
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Global Road Entertainment
Direção: Wayne Roberts
Roteiro: Wayne Roberts
Elenco: Johnny Depp, Rosemarie DeWitt, Odessa Young, Danny Huston, Zoey Deutch, Devon Terrell
Sinopse:
O professor universitário Richard (Depp) recebe o diagnóstico que está com um câncer, um tumor maligno. Se ele fizer um tratamento terá mais ou menos um ano e meio de vida. Se não optar por se tratar morrerá em seis meses. Contrariando a opinião de seu médico, Richard decide não se submeter a esse tratamento, preferindo morrer em paz.
Comentários:
Bom filme, que retrata uma situação que não é tão incomum como muitas pessoas podem pensar. Uma vez diagnosticado com câncer, muitas pessoas também recebem a expectativa de vida que as esperam. Certamente é uma das situações mais aflitivas que um ser humano pode passar em sua vida pessoal. Afinal o que seria mais terrível do que saber quando se vai morrer? Apesar do tema pesado, o roteiro procura injetar pequenas doses de humor, humor negro, mas mesmo assim ainda humor. Quando descobre que vai morrer provavelmente em seis meses, o professor decide reavaliar seus próprios valores pessoais, procurando entender o que é realmente importante na vida. Assim ele parte para novas experiências, coisas que ele nunca havia tentado fazer antes. E ele também para de dar importância ao que no fundo não tem importância nenhuma, embora as pessoas geralmente se importem muito com isso durante suas vidas. Como escrevi no começo do texto é sem dúvida um bom filme, valorizado por uma boa atuação do ator Johnny Depp, aqui mais contido do que de costume.
Pablo Aluísio.
Longe do Paraíso
Título no Brasil: Longe do Paraíso
Título Original: Far from Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Focus Features
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Todd Haynes
Elenco: Julianne Moore, Dennis Quaid, Dennis Haysber, Patricia Clarkson, Viola Dav, James Rebhorn
Sinopse:
Nos Estados Unidos, no estado de Connecticut, durante os anos 1950, Cathy Whitaker (Julianne Moore), uma dona de casa comum, enfrenta uma crise conjugal com seu marido, em um casamento infeliz. E suas novas escolhas causam um escândalo na comunidade em que vive.
Comentários:
Muito bom esse drama de época. Tão bom que concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor atriz para Julianne Moore (que ficou muito bonita com o estilo da época, cabelos e figurinos), melhor roteiro original (tem realmente uma excelente história), melhor direção de fotografia (em ótimo trabalho de Edward Lachman, com muitas cores vibrantes na tela) e melhor trilha sonora incidental. Todas as indicações merecidas, só que eu esperava por mais, principalmente em figurino e direção de arte que são primorosos. O tema que esse filme propõe também é bem significativo, pois discute a posição da mulher naquela época. No passado as mulheres eram estigmatizadas negativamente se optassem pelo divórcio. Agora imagine uma mulher divorciada que ainda se envolvesse com um homem negro após o fim de seu casamento. Pois é, a situação, principalmente em um país com fortes raízes racistas, como os Estados Unidos, ficava ainda mais insustentável. O roteiro desse filme discute tudo isso com uma grande sensibilidade e uma ótima trilha sonora. Enfim, um excelente filme em praticamente todos os aspectos que importam.
Pablo Aluísio.
Título Original: Far from Heaven
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Focus Features
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Todd Haynes
Elenco: Julianne Moore, Dennis Quaid, Dennis Haysber, Patricia Clarkson, Viola Dav, James Rebhorn
Sinopse:
Nos Estados Unidos, no estado de Connecticut, durante os anos 1950, Cathy Whitaker (Julianne Moore), uma dona de casa comum, enfrenta uma crise conjugal com seu marido, em um casamento infeliz. E suas novas escolhas causam um escândalo na comunidade em que vive.
Comentários:
Muito bom esse drama de época. Tão bom que concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor atriz para Julianne Moore (que ficou muito bonita com o estilo da época, cabelos e figurinos), melhor roteiro original (tem realmente uma excelente história), melhor direção de fotografia (em ótimo trabalho de Edward Lachman, com muitas cores vibrantes na tela) e melhor trilha sonora incidental. Todas as indicações merecidas, só que eu esperava por mais, principalmente em figurino e direção de arte que são primorosos. O tema que esse filme propõe também é bem significativo, pois discute a posição da mulher naquela época. No passado as mulheres eram estigmatizadas negativamente se optassem pelo divórcio. Agora imagine uma mulher divorciada que ainda se envolvesse com um homem negro após o fim de seu casamento. Pois é, a situação, principalmente em um país com fortes raízes racistas, como os Estados Unidos, ficava ainda mais insustentável. O roteiro desse filme discute tudo isso com uma grande sensibilidade e uma ótima trilha sonora. Enfim, um excelente filme em praticamente todos os aspectos que importam.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de março de 2021
A Ilha da Fantasia
Título no Brasil: A Ilha da Fantasia
Título Original: Fantasy Island
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Blumhouse Productions
Direção: Jeff Wadlow
Roteiro: Jeff Wadlow, Christopher Roach
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday
Sinopse:
Um grupo de turistas chega em um point turístico conhecido como "A Ilha da Fantasia". Além do cenário de paraíso, o dono do hotel local, Mr. Roarke (Michael Peña), promete aos seus visitantes a realização de todos os seus sonhos e desejos. O problema é que nem sempre a realização de uma fantasia pode ser uma coisa boa.
Comentários:
Os mais jovens não lembram, mas a série "A Ilha da Fantasia" foi um grande sucesso na TV, inclusive no Brasil. Agora temos esse remake para o cinema, porem com mudanças. A principal delas é que tudo se passa agora em um clima de filme de terror. E aqui temos o primeiro grande problema desse filme. Embora tente seguir as premissas básicas da série, não há como realizar um bom filme de terror em uma ilha ao estilo paradisíaco, com muito sol, praias e cenários deslumbrantes. O clima se perde completamente. Além disso vamos convir que o ator Michael Peña como o senhor Roarke não convence. Fiquei com saudades de Ricardo Montalbán. E onde foi parar o anão Tattoo? Na série ele era interpretado pelo ator Hervé Villechaize, que se matou. Dizem que os produtores não queriam essa vibe negativa no novo filme, por isso o roteiro traz uma pequena linha na cena final como uma mera desculpa a quem sentiu sua falta. Muito pouco. Em termos de destaque de elenco nesse novo filme apenas a jovem atriz Lucy Hale da série "Pretty Little Liars" vai chamar alguma atenção. Com os cabelos pintados de loiro, ela se tornou a grande vilã dessa história. Quem diria... Enfim, um filme de mediano para fraco, demonstrando acima de tudo que não se faz bons filmes de terror com sol, praia e lugares bonitos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fantasy Island
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Blumhouse Productions
Direção: Jeff Wadlow
Roteiro: Jeff Wadlow, Christopher Roach
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday
Sinopse:
Um grupo de turistas chega em um point turístico conhecido como "A Ilha da Fantasia". Além do cenário de paraíso, o dono do hotel local, Mr. Roarke (Michael Peña), promete aos seus visitantes a realização de todos os seus sonhos e desejos. O problema é que nem sempre a realização de uma fantasia pode ser uma coisa boa.
Comentários:
Os mais jovens não lembram, mas a série "A Ilha da Fantasia" foi um grande sucesso na TV, inclusive no Brasil. Agora temos esse remake para o cinema, porem com mudanças. A principal delas é que tudo se passa agora em um clima de filme de terror. E aqui temos o primeiro grande problema desse filme. Embora tente seguir as premissas básicas da série, não há como realizar um bom filme de terror em uma ilha ao estilo paradisíaco, com muito sol, praias e cenários deslumbrantes. O clima se perde completamente. Além disso vamos convir que o ator Michael Peña como o senhor Roarke não convence. Fiquei com saudades de Ricardo Montalbán. E onde foi parar o anão Tattoo? Na série ele era interpretado pelo ator Hervé Villechaize, que se matou. Dizem que os produtores não queriam essa vibe negativa no novo filme, por isso o roteiro traz uma pequena linha na cena final como uma mera desculpa a quem sentiu sua falta. Muito pouco. Em termos de destaque de elenco nesse novo filme apenas a jovem atriz Lucy Hale da série "Pretty Little Liars" vai chamar alguma atenção. Com os cabelos pintados de loiro, ela se tornou a grande vilã dessa história. Quem diria... Enfim, um filme de mediano para fraco, demonstrando acima de tudo que não se faz bons filmes de terror com sol, praia e lugares bonitos.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)