Título no Brasil: Kardec
Título Original: Kardec
Ano de Produção: 2019
País: Brasil
Estúdio: Conspiração Filmes
Direção: Wagner de Assis
Roteiro: L.G. Bayão, Wagner de Assis
Elenco: Leonardo Medeiros, Letícia Braga, Sandra Corveloni, Genésio de Barros, Christian Baltauss,
Sinopse:
Professor francês de ensino fundamental pede demissão e aposta numa carreira de escritor. Após ter contato com um novo fenômeno chamado de "mesas falantes" ele decide escrever sobre o tema. Adota o pseudônimo de Allan Kardec e escreve o primeiro de uma série de livros sobre o assunto. Seu primeiro livro chamado "O Livro dos Espíritos" se torna um grande sucesso de vendas na França.
Comentários:
O filme tem pontos positivos e negativos. Seguramente é um filme bem produzido, Figurinos, cenários, reconstituição histórica, nada a reclamar. Tem também um fotografia bonita de se ver. Os problemas surgem mesmo no roteiro. Ao invés de adotar uma postura imparcial da figura de Kardec, os roteiristas caíram na velha armadilha de fazer propaganda do espiritismo. Assim o filme deixa de se comunicar com todos os públicos para focar apenas naquele pequeno nicho de membros dessa religião. Apesar disso são louváveis as tentativas de se segurar um pouco mais na história, mostrando aspectos negativos da personalidade de Kardec. Uma delas foi o fato dele ter plagiado a obra de uma conhecida, sem lhe dar os devidos créditos, ficando com todo o lucro da venda de seu primeiro livro sobre os espíritos. Pois é, até hoje paira sobre sua biografia a acusação de ter sido um escritor plagiador, que colheu os frutos de obra alheia.
E no meio disso também encontramos erros históricos cuja culpa não é diretamente dos roteiristas, mas da própria história do espiritismo contada por espíritas. Uma delas é a idade das meninas que recebiam recados do além. No filme elas são retratadas como duas garotinhas. Na vida real eram senhoritas de mais de 30 anos de idade, com muita experiência em ocultismo. Um erro histórico que os próprios livros de espiritismo repetem, justamente para dar maior credibilidade à história de Kardec. Também soa cansativo essa coisa de colocar os membros do clero católico como vilões. Sempre que eles aparecem o diretor os coloca em sombras, com fotografia escura. Que bobagem! Puro maniqueísmo para manipular o público. Enfim, se tem algo que prejudicou esse filme foi justamente isso, a vontade de fazer propaganda dessa religião que inclusive anda bem esquecida na própria França onde nasceu. Isso de certa forma estragou um filme que poderia ser bem mais promissor.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
A Máquina do Tempo
Acabei gostando dessa nova versão cinematográfica para o clássico livro escrito por H.G. Wells. Ok, eu posso até concordar com algumas críticas da época do lançamento original do filme nos cinemas que diziam que exageraram um bocadinho na computação gráfica, tirando de certa maneira um pouco do charme vitoriano da estória do Wells. Isso realmente aconteceu. Porém também não se pode negar que a direção de arte do filme é de encher os olhos. O que hoje em dia é mais conhecido como design de produção está mais do que caprichado. Tudo surge na tela muito brilhante, muito dourado, bem no estilo do universo que esse genial escritor um dia imaginou em seus escritos.
O enredo continua o mesmo - afinal não poderia mudar. Um homem do século XIX resolve construir uma incrível máquina que o faz viajar pelo tempo, visitando eras distantes, passados remotos, interagindo com personagens históricos, etc. Esse é um dos velhos sonhos do homem, ter a possibilidade de um dia visitar o próprio passado, talvez para consertar certos erros, mudar algumas coisas que depois se tornam arrependimentos pela vida afora ou até mesmo mudar o próprio rumo da história da humanidade. Enfim, algo tão presente na mente dos seres humanos que foi explorado com perfeição pelo maravilhoso H.G. Wells, que diga-se de passagem era um gênio não apenas da literatura. Em seus inúmeros livros ele previu a invenção de máquinas que só iriam surgir muitos anos depois de sua morte como o avião, o helicóptero e o submarino. Ainda não conseguimos inventar uma máquina do tempo como bem imaginou Wellls, mas quem sabe um dia chegaremos lá... no mundo da ciência nada parece ser realmente impossível.
A Máquina do Tempo (The Time Machine, Estados Unidos, 2002) Direção: Simon Wells / Roteiro: David Duncan / Elenco: Guy Pearce, Yancey Arias, Mark Addy / Sinopse: Baseado na famosa novela de ficção escrita pelo genial escritor H.G. Wells em 1895, o filme conta a estória de um jovem cientista que consegue criar algo magnífico, uma máquina do tempo que consegue levar seus tripulantes para o passado e o futuro. Dentro da cabina da maravilhosa máquina ele passa então a viajar pelas eras passadas e futuras, se envolvendo em inúmeras aventuras. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Maquiagem (John M. Elliott Jr e Barbara Lorenz).
Pablo Aluísio.
O enredo continua o mesmo - afinal não poderia mudar. Um homem do século XIX resolve construir uma incrível máquina que o faz viajar pelo tempo, visitando eras distantes, passados remotos, interagindo com personagens históricos, etc. Esse é um dos velhos sonhos do homem, ter a possibilidade de um dia visitar o próprio passado, talvez para consertar certos erros, mudar algumas coisas que depois se tornam arrependimentos pela vida afora ou até mesmo mudar o próprio rumo da história da humanidade. Enfim, algo tão presente na mente dos seres humanos que foi explorado com perfeição pelo maravilhoso H.G. Wells, que diga-se de passagem era um gênio não apenas da literatura. Em seus inúmeros livros ele previu a invenção de máquinas que só iriam surgir muitos anos depois de sua morte como o avião, o helicóptero e o submarino. Ainda não conseguimos inventar uma máquina do tempo como bem imaginou Wellls, mas quem sabe um dia chegaremos lá... no mundo da ciência nada parece ser realmente impossível.
A Máquina do Tempo (The Time Machine, Estados Unidos, 2002) Direção: Simon Wells / Roteiro: David Duncan / Elenco: Guy Pearce, Yancey Arias, Mark Addy / Sinopse: Baseado na famosa novela de ficção escrita pelo genial escritor H.G. Wells em 1895, o filme conta a estória de um jovem cientista que consegue criar algo magnífico, uma máquina do tempo que consegue levar seus tripulantes para o passado e o futuro. Dentro da cabina da maravilhosa máquina ele passa então a viajar pelas eras passadas e futuras, se envolvendo em inúmeras aventuras. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Maquiagem (John M. Elliott Jr e Barbara Lorenz).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Resident Evil: O Hóspede Maldito
Esse é o primeiro filme da franquia. Engraçado, nunca consegui levar essa série de filmes muito à sério, em época nenhuma. Quando o filme saiu em vídeo no Brasil ainda gastei meu dinheiro para conferir, afinal muita gente estava falando sobre ele. Pessoalmente tinha ficado com um pé atrás por vários motivos. O primeiro deles por puro preconceito (admito!). Afinal nunca havia assistido um filme baseado em games que fosse bom! Bastava saber que era baseado em vídeogame para muitas vezes desistir de assistir. Além disso a "atriz" Milla Jovovich nem era considerada uma atriz de verdade. Era uma modelo que começava a fazer carreira no cinema. Coisas diferentes Então tinha assim um filme que não era bem um filme, mas um game, e uma atriz que não bem uma atriz, mas uma modelo ucraniana. Complicado.
Mesmo assim resolvi locar o filme em um daqueles pacotes do tipo alugue 5 filmes e pague 4 (quem lembra disso?). Pois é, no fim de semana você acabava levando um desses para completar o pacote. Depois de conferir vi que meus preconceitos em relação ao filme tinham sido parcialmente comprovados. O roteiro era muito derivativo, aquela velha coisa de zumbis sedentos atrás de cérebros. Para mudar um pouco inseriram um universo high tech na estorinha, com uma empresa multinacional malvada. Outro preconceito que se cumpriu foi com a Milla Jovovich. Ela realmente não era boa atriz. Com papel muito físico (correl pula, salta, luta, etc) ela até conseguiu disfarçar sua falta de talento, enganando muita gente, mas comigo não colou. Essa coisa de modelos tentando ser atrizes... já conhecemos bem essa história. O que salva o filme da pura perda de tempo são seus efeitos especiais, todos ótimos para a época. Fora isso, nada que George Romero já não tivesse feito antes e com muito mais talento e originalidade.
Resident Evil: O Hóspede Maldito (Resident Evil, Estados Unidos, 2002) Direção: Paul W.S. Anderson / Roteiro: Paul W.S. Anderson / Elenco: Milla Jovovich, Michelle Rodriguez, Ryan McCluskey / Sinopse: Após um apocalipse zumbi poucos são os sobreviventes. A maioria da humanidade foi infectada por um vírus mortal, que transformou todos em mortos-vivos. Por trás de tudo parece existir interesses corporativos de uma grande empresa.
Pablo Aluísio.
Mesmo assim resolvi locar o filme em um daqueles pacotes do tipo alugue 5 filmes e pague 4 (quem lembra disso?). Pois é, no fim de semana você acabava levando um desses para completar o pacote. Depois de conferir vi que meus preconceitos em relação ao filme tinham sido parcialmente comprovados. O roteiro era muito derivativo, aquela velha coisa de zumbis sedentos atrás de cérebros. Para mudar um pouco inseriram um universo high tech na estorinha, com uma empresa multinacional malvada. Outro preconceito que se cumpriu foi com a Milla Jovovich. Ela realmente não era boa atriz. Com papel muito físico (correl pula, salta, luta, etc) ela até conseguiu disfarçar sua falta de talento, enganando muita gente, mas comigo não colou. Essa coisa de modelos tentando ser atrizes... já conhecemos bem essa história. O que salva o filme da pura perda de tempo são seus efeitos especiais, todos ótimos para a época. Fora isso, nada que George Romero já não tivesse feito antes e com muito mais talento e originalidade.
Resident Evil: O Hóspede Maldito (Resident Evil, Estados Unidos, 2002) Direção: Paul W.S. Anderson / Roteiro: Paul W.S. Anderson / Elenco: Milla Jovovich, Michelle Rodriguez, Ryan McCluskey / Sinopse: Após um apocalipse zumbi poucos são os sobreviventes. A maioria da humanidade foi infectada por um vírus mortal, que transformou todos em mortos-vivos. Por trás de tudo parece existir interesses corporativos de uma grande empresa.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de agosto de 2019
A Cor do Dinheiro
Título no Brasil: A Cor do Dinheiro
Título Original: The Color of Money
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Walter Tevis, Richard Price
Elenco: Paul Newman, Tom Cruise, Mary Elizabeth Mastrantonio, Helen Shaver, John Turturro, Bill Cobbs
Sinopse:
Vincent Lauria (Tom Cruise) é o jovem jogador de sinuca que quer vencer na vida, aprender todos os segredos e manhas do esporte. Eddie Felson (Paul Newman) é o veterano que vê naquele rapaz impiedoso uma cópia dele mesmo em seu passado. Filme premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Ator (Paul Newman).
Comentários:
Martin Scorsese sempre adorou o clássico "Desafio à Corrupção" de 1961. Em meados dos anos 80 ele decidiu que iria filmar uma sequência tardia dessa obra prima. Paul Newman que havia interpretado o personagem "Fast" Eddie Felson topou o convite de trazer o jogador de bilhar de volta às telas. Agora ele iria contracenar com o astro Tom Cruise, naquele momento no auge do sucesso, colhendo os frutos do blockbuster "Top Gun - Ases Indomáveis". O resultado dessa união não poderia ser melhor. O filme foi elogiado por público e crítica e de quebra deu finalmente o Oscar para Paul Newman, um mito da história do cinema que deveria ter sido premiado décadas antes. Corrigindo uma velha injustiça o filme acabou sendo sua redenção pessoal e profissional dentro da Academia. Anos depois, após a morte de Paul Newman, o diretor Martin Scorsese diria em uma entrevista que tinha muito orgulho desse filme, justamente pelo Oscar vencido por Paul Newman. E por falar nele, não há como comparar seu maravilhoso trabalho com o de Tom Cruise. Embora o jovem astro tenha se saído bem, não havia mesmo comparação. No caso a arte imitou a vida, já que assim como seus personagens, na vida real Tom Cruise não passava mesmo de um aluno diante de seu mestre. Foi um momento marcante na carreira de todos os envolvidos. Clássico moderno dos anos 80 que não pode passar em branco na coleção de nenhum cinéfilo que se preze.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Color of Money
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Walter Tevis, Richard Price
Elenco: Paul Newman, Tom Cruise, Mary Elizabeth Mastrantonio, Helen Shaver, John Turturro, Bill Cobbs
Sinopse:
Vincent Lauria (Tom Cruise) é o jovem jogador de sinuca que quer vencer na vida, aprender todos os segredos e manhas do esporte. Eddie Felson (Paul Newman) é o veterano que vê naquele rapaz impiedoso uma cópia dele mesmo em seu passado. Filme premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Ator (Paul Newman).
Comentários:
Martin Scorsese sempre adorou o clássico "Desafio à Corrupção" de 1961. Em meados dos anos 80 ele decidiu que iria filmar uma sequência tardia dessa obra prima. Paul Newman que havia interpretado o personagem "Fast" Eddie Felson topou o convite de trazer o jogador de bilhar de volta às telas. Agora ele iria contracenar com o astro Tom Cruise, naquele momento no auge do sucesso, colhendo os frutos do blockbuster "Top Gun - Ases Indomáveis". O resultado dessa união não poderia ser melhor. O filme foi elogiado por público e crítica e de quebra deu finalmente o Oscar para Paul Newman, um mito da história do cinema que deveria ter sido premiado décadas antes. Corrigindo uma velha injustiça o filme acabou sendo sua redenção pessoal e profissional dentro da Academia. Anos depois, após a morte de Paul Newman, o diretor Martin Scorsese diria em uma entrevista que tinha muito orgulho desse filme, justamente pelo Oscar vencido por Paul Newman. E por falar nele, não há como comparar seu maravilhoso trabalho com o de Tom Cruise. Embora o jovem astro tenha se saído bem, não havia mesmo comparação. No caso a arte imitou a vida, já que assim como seus personagens, na vida real Tom Cruise não passava mesmo de um aluno diante de seu mestre. Foi um momento marcante na carreira de todos os envolvidos. Clássico moderno dos anos 80 que não pode passar em branco na coleção de nenhum cinéfilo que se preze.
Pablo Aluísio.
Minority Report - A Nova Lei
Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.
Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.
Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.
Pablo Aluísio.
Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.
Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 19 de agosto de 2019
Annabelle 3 - De Volta Para Casa
Título no Brasil: Annabelle 3 - De Volta Para Casa
Título Original: Annabelle Comes Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Atomic Monster, New Line Cinema
Direção: Gary Dauberman
Roteiro: James Wan, Gary Dauberman
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mckenna Grace, Madison Iseman, Katie Sarife, Michael Cimino
Sinopse:
O casal Warren consegue trazer a boneca amaldiçoada Annabelle para sua casa. Ela então é trancafiada em um armário de madeira, para nunca mais sair dali. Só que a amiga da babá de sua filha tem uma ideia diferente. Ela quer invocar o espírito de seu pai falecido e para isso decide usar a boneca. Uma péssima ideia que acabará criando o caos naquela casa.
Comentários:
Para quem acreditava que esses filmes dessa boneca amaldiçoada não iriam muito longe, aí está o terceiro filme da franquia. O fato é que essas produções são lucrativas demais. Cada filme não chega a custar nem 10 milhões de dólares e sempre apresentam um retorno seguro de bilheteria, muitas vezes ultrapassando os 250 milhões de faturamento. É uma mina de ouro cinematográfica. Então enquanto houver público, haverá novos filmes. Esse terceiro achei apenas mediano. Sigo dizendo que o segundo foi o melhor de todos em minha opinião. Esse número 3 é inegavelmente o mais fraquinho. Todo a trama se passa em apenas uma noite, dentro da casa do casal Warren. Só que eles estão fora e a filha fica sob responsabilidade da babá. Esse é uma daquelas jovens que conhece uma amiga que vai colocar tudo a perder. Ela entra na sala onde são guardados todos os objetos de maldição e bruxaria e resolve mexer em todos eles, colocando para fora até mesmo a boneca Annabelle. E aí o roteiro abre espaço para todo tipo de assombração com direito a um cão enviado do inferno, uma noiva com uma faca e outras bizarrices. É tudo muito simples e direto e o mais interessante é que a velha fórmula ainda funciona. Os sustinhos são garantidos. O diretor desse terceiro filme é um roteirista com experiência em filmes de terror, então ele sabia bem o que estava fazendo. Assim fica o veredito. È o mais fraco da trilogia, mas mesmo assim ainda consegue ser bem melhor do que muito filme de terror que anda sendo exibido por aí.
Pablo Aluísio.
Título Original: Annabelle Comes Home
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Atomic Monster, New Line Cinema
Direção: Gary Dauberman
Roteiro: James Wan, Gary Dauberman
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mckenna Grace, Madison Iseman, Katie Sarife, Michael Cimino
Sinopse:
O casal Warren consegue trazer a boneca amaldiçoada Annabelle para sua casa. Ela então é trancafiada em um armário de madeira, para nunca mais sair dali. Só que a amiga da babá de sua filha tem uma ideia diferente. Ela quer invocar o espírito de seu pai falecido e para isso decide usar a boneca. Uma péssima ideia que acabará criando o caos naquela casa.
Comentários:
Para quem acreditava que esses filmes dessa boneca amaldiçoada não iriam muito longe, aí está o terceiro filme da franquia. O fato é que essas produções são lucrativas demais. Cada filme não chega a custar nem 10 milhões de dólares e sempre apresentam um retorno seguro de bilheteria, muitas vezes ultrapassando os 250 milhões de faturamento. É uma mina de ouro cinematográfica. Então enquanto houver público, haverá novos filmes. Esse terceiro achei apenas mediano. Sigo dizendo que o segundo foi o melhor de todos em minha opinião. Esse número 3 é inegavelmente o mais fraquinho. Todo a trama se passa em apenas uma noite, dentro da casa do casal Warren. Só que eles estão fora e a filha fica sob responsabilidade da babá. Esse é uma daquelas jovens que conhece uma amiga que vai colocar tudo a perder. Ela entra na sala onde são guardados todos os objetos de maldição e bruxaria e resolve mexer em todos eles, colocando para fora até mesmo a boneca Annabelle. E aí o roteiro abre espaço para todo tipo de assombração com direito a um cão enviado do inferno, uma noiva com uma faca e outras bizarrices. É tudo muito simples e direto e o mais interessante é que a velha fórmula ainda funciona. Os sustinhos são garantidos. O diretor desse terceiro filme é um roteirista com experiência em filmes de terror, então ele sabia bem o que estava fazendo. Assim fica o veredito. È o mais fraco da trilogia, mas mesmo assim ainda consegue ser bem melhor do que muito filme de terror que anda sendo exibido por aí.
Pablo Aluísio.
O Dom da Premonição
Os anos 90 não foram muito bons para o terror. Houve muitos filmes recheados de adolescentes passando por sustinhos na escola. Terror teen mesmo. A maioria deles insuportável. "O Dom da Premonição" foi lançado em 2000, mas filmado em 1999, o último ano daquela década perdida. Aqui pelo menos já notamos uma mudança para melhor nos roteiros. Ao invés das gatinhas dando gritos estridentes, fugindo de assassinos em séries com máscaras, o roteiro procurava ser pelo menos um pouco mais adulto. Afinal a maioria do público não estava mais no banco escolar. Era hora de crescer. Com isso os roteiros voltaram a ser mais bem elaborados, como nos anos 70, onde ai sim tivemos inúmeras obras primas do terror (alguém lembrou de "O Exorcista" por aí? Pois é...)
Assim vamos ao enredo. Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) é uma jovem viúva com dons sobrenaturais. Ela consegue ver o futuro das pessoas. Para sobreviver começa a realizar sessões de espiritualismo, leitura de cartas e até magia. Praticando o que se costumava conhecer no mundo antigo como necromancia (o nome original do que hoje alguns chamam de espiritismo, adivinhação, etc), ela acaba atraindo também intrigas e inimizades com alguns moradores da cidade onde mora. As coisas ficam ainda piores quando ocorre um assassinato. Poderia ela ajudar a resolver o crime com seus poderes de clarividência? Como se pode perceber esse filme tem uma pegada mais séria, mais terror das antigas. Por isso gostei do resultado. Não é bobinho, nem teen, o que já garante o interesse. Some-se a isso a presença da sempre enigmática e talentosa Cate Blanchett e você entenderá porque o filme se destacou no meio do lamaçal de tolices dos anos 90.
O Dom da Premonição (The Gift, Estados Unidos, 2000) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Billy Bob Thornton, Tom Epperson / Elenco: Cate Blanchett, Katie Holmes, Keanu Reeves / Sinopse: Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) tem dons de premonição. Ela então passa a colaborar na solução de um mistério, um assassinato brutal acontecido na cidade onde mora, algo que acaba despertando a ira de alguns moradores mais tradicionais. Indicado ao prêmio Film Independent Spirit Awards e a cinco categorias do Saturn Award da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, entre eles o de Melhor Filme de Terror do ano.
Pablo Aluísio.
Assim vamos ao enredo. Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) é uma jovem viúva com dons sobrenaturais. Ela consegue ver o futuro das pessoas. Para sobreviver começa a realizar sessões de espiritualismo, leitura de cartas e até magia. Praticando o que se costumava conhecer no mundo antigo como necromancia (o nome original do que hoje alguns chamam de espiritismo, adivinhação, etc), ela acaba atraindo também intrigas e inimizades com alguns moradores da cidade onde mora. As coisas ficam ainda piores quando ocorre um assassinato. Poderia ela ajudar a resolver o crime com seus poderes de clarividência? Como se pode perceber esse filme tem uma pegada mais séria, mais terror das antigas. Por isso gostei do resultado. Não é bobinho, nem teen, o que já garante o interesse. Some-se a isso a presença da sempre enigmática e talentosa Cate Blanchett e você entenderá porque o filme se destacou no meio do lamaçal de tolices dos anos 90.
O Dom da Premonição (The Gift, Estados Unidos, 2000) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Billy Bob Thornton, Tom Epperson / Elenco: Cate Blanchett, Katie Holmes, Keanu Reeves / Sinopse: Annabelle 'Annie' Wilson (Cate Blanchett) tem dons de premonição. Ela então passa a colaborar na solução de um mistério, um assassinato brutal acontecido na cidade onde mora, algo que acaba despertando a ira de alguns moradores mais tradicionais. Indicado ao prêmio Film Independent Spirit Awards e a cinco categorias do Saturn Award da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, entre eles o de Melhor Filme de Terror do ano.
Pablo Aluísio.
domingo, 18 de agosto de 2019
Assassinato em Hollywood
Título no Brasil: Assassinato em Hollywood
Título Original: Sunset
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Rod Amateau, Blake Edwards
Elenco: Bruce Willis, James Garner, Malcolm McDowell, Mariel Hemingway, Kathleen Quinlan, M. Emmet Walsh
Sinopse:
Tom Mix e Wyatt Earp se unem para solucionar um crime, um assassinato, na Hollywood dos anos 1920. E tudo acontecendo na semana da entrega dos prêmios da academia cinematográfica. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Patricia Norris).
Comentários:
Bruce Willis como o lendário ator e cowboy Tom Mix? Sim, o roteiro prometia bastante pois a premissa era realmente muito interessante, especialmente para quem sempre apreciou a história de Hollywood desde os seus primórdios, ainda nos tempos do cinema mudo. O problema é que o diretor Blake Edwards mais uma vez pesou a mão. Cineasta dado a excessos, principalmente na questão do humor, aqui ele novamente colocou elementos que não cabiam. Essa coisa de muitas vezes cair no pastelão de fato cansou muito em termos de filmografia de Edwards. De positivo não podemos deixar de elogiar a bonita fotografia e a bela reconstituição de época, inclusive contando com uma réplica do espalhafatoso carro de Tom Mix, uma ode ao exagero (e à breguice também!). A produção de fato é impecável, mas com um roteiro meio indeciso o filme deixou um pouco a desejar. Também foi pouco visto pois foi um tremendo fracasso de bilheteria, o primeiro da carreira de Bruce Willis. Pois é, não tem como acertar sempre.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sunset
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Rod Amateau, Blake Edwards
Elenco: Bruce Willis, James Garner, Malcolm McDowell, Mariel Hemingway, Kathleen Quinlan, M. Emmet Walsh
Sinopse:
Tom Mix e Wyatt Earp se unem para solucionar um crime, um assassinato, na Hollywood dos anos 1920. E tudo acontecendo na semana da entrega dos prêmios da academia cinematográfica. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Figurino (Patricia Norris).
Comentários:
Bruce Willis como o lendário ator e cowboy Tom Mix? Sim, o roteiro prometia bastante pois a premissa era realmente muito interessante, especialmente para quem sempre apreciou a história de Hollywood desde os seus primórdios, ainda nos tempos do cinema mudo. O problema é que o diretor Blake Edwards mais uma vez pesou a mão. Cineasta dado a excessos, principalmente na questão do humor, aqui ele novamente colocou elementos que não cabiam. Essa coisa de muitas vezes cair no pastelão de fato cansou muito em termos de filmografia de Edwards. De positivo não podemos deixar de elogiar a bonita fotografia e a bela reconstituição de época, inclusive contando com uma réplica do espalhafatoso carro de Tom Mix, uma ode ao exagero (e à breguice também!). A produção de fato é impecável, mas com um roteiro meio indeciso o filme deixou um pouco a desejar. Também foi pouco visto pois foi um tremendo fracasso de bilheteria, o primeiro da carreira de Bruce Willis. Pois é, não tem como acertar sempre.
Pablo Aluísio.
Olha Quem Está Falando
Título no Brasil: Olha Quem Está Falando
Título Original: Look Who's Talking
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures,
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: Amy Heckerling
Elenco: John Travolta, Kirstie Alley, Bruce Willis, Olympia Dukakis, George Segal, Jason Schaller
Sinopse:
Um casal jovem acaba recebendo a visita da cegonha de surpresa! Assim nasce o bebezinho Mikey (na voz de Bruce Willis) que passa a compartilhar com o espectador os seus pensamentos e visões do novo mundo que se abre ao seu redor.
Comentários:
Foi um dos filmes mais lucrativos dos anos 80. Custou a bagatela de 7 milhões de dólares e nas bilheterias faturou mais de 460 milhões de dólares! Números que realmente surpreendem. E qual era o segredo do sucesso? Simples, colocar os pensamentos de um bebezinho na voz irônica e mordaz de Bruce Willis. Claro, nada de muita acidez, a tônica aqui era meio bobinha mesmo, um típico produto "family friendly", feito para toda a família. Para John Travolta foi um alívio, pois o ator vinha colecionando fracassos por duas décadas e então surgiu esse sucesso estrondoso na carreira. Ele deve ter levantado as mãos aos céus agradecendo a Deus. Caso ficasse mais alguns anos na baixa sua carreira seguramente chegaria ao fim. E Bruce Willis, bem, ele não precisou fazer muitos esforços. Seu trabalho de dublagem foi muito bem feito, porém como ele mesmo disse depois não levou mais de três dias para ficar pronto. Alvo certo, dinheiro no bolso de todo mundo, a má notícia só veio pelo fato de que uma continuação bem ruinzinha iria ser realizada. Essa porém é uma outra história que depois contaremos por aqui. E sobre esse primeiro filme, bom, a coisa pode ser resumida em apenas poucas palavras: bobinho, mas simpático.
Pablo Aluísio.
Título Original: Look Who's Talking
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures,
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: Amy Heckerling
Elenco: John Travolta, Kirstie Alley, Bruce Willis, Olympia Dukakis, George Segal, Jason Schaller
Sinopse:
Um casal jovem acaba recebendo a visita da cegonha de surpresa! Assim nasce o bebezinho Mikey (na voz de Bruce Willis) que passa a compartilhar com o espectador os seus pensamentos e visões do novo mundo que se abre ao seu redor.
Comentários:
Foi um dos filmes mais lucrativos dos anos 80. Custou a bagatela de 7 milhões de dólares e nas bilheterias faturou mais de 460 milhões de dólares! Números que realmente surpreendem. E qual era o segredo do sucesso? Simples, colocar os pensamentos de um bebezinho na voz irônica e mordaz de Bruce Willis. Claro, nada de muita acidez, a tônica aqui era meio bobinha mesmo, um típico produto "family friendly", feito para toda a família. Para John Travolta foi um alívio, pois o ator vinha colecionando fracassos por duas décadas e então surgiu esse sucesso estrondoso na carreira. Ele deve ter levantado as mãos aos céus agradecendo a Deus. Caso ficasse mais alguns anos na baixa sua carreira seguramente chegaria ao fim. E Bruce Willis, bem, ele não precisou fazer muitos esforços. Seu trabalho de dublagem foi muito bem feito, porém como ele mesmo disse depois não levou mais de três dias para ficar pronto. Alvo certo, dinheiro no bolso de todo mundo, a má notícia só veio pelo fato de que uma continuação bem ruinzinha iria ser realizada. Essa porém é uma outra história que depois contaremos por aqui. E sobre esse primeiro filme, bom, a coisa pode ser resumida em apenas poucas palavras: bobinho, mas simpático.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Sob o Domínio do Medo
Título no Brasil: Sob o Domínio do Medo
Título Original: Straw Dogs
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: ABC Pictures
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman, Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Donald Webster, Ken Hutchison
Sinopse:
O pacato matemático David Sumner (Hoffman) e sua esposa ficam encurralados por um grupo de psicóticos violentos e perigosos. O casal precisa então arranjar um jeito de sair daquela situação insana. Enquanto isso a violência vai se tornando cada vez mais sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Jerry Fielding).
Comentários:
Sam Peckinpah foi um cineasta que transformou a estética da violência em uma nova forma de fazer cinema, de trazer renovação para os filmes dos anos 60 e 70. Claro, em um primeiro momento ele foi bastante criticado, principalmente por causa da violência explícita que trazia em seus filmes, porém com o tempo sua maneira de fazer cinema foi sendo compreendida melhor, perfeitamente entendida. Hoje seu status de grande diretor é uma unanimidade entre os especialistas em sétima arte. Esse filme aqui gerou bastante polêmica e controvérsia em seu lançamento original. Ele foi produzido e lançado na década de 1970, em uma época em que esse tipo de narrativa ainda era uma grande novidade. Por isso o diretor foi acusado de valorizar e glamorizar a brutalidade, a violência extrema. Nada mais longe da realidade. O filme é justamente uma bandeira contra essa mesma violência. A intenção de Sam Peckinpah foi justamente a oposta das acusações que lhe foram feitas. Com Dustin Hoffman ainda bem jovem e um elenco de apoio excelente, o filme é um dos mais marcantes da filmografia do diretor. Tentaram fazer um remake alguns anos depois, mas o resultado foi péssimo. Fique com o original. Esse sim é uma obra de arte do cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Straw Dogs
Ano de Produção: 1971
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: ABC Pictures
Direção: Sam Peckinpah
Roteiro: David Zelag Goodman, Sam Peckinpah
Elenco: Dustin Hoffman, Susan George, Peter Vaughan, T.P. McKenna, Donald Webster, Ken Hutchison
Sinopse:
O pacato matemático David Sumner (Hoffman) e sua esposa ficam encurralados por um grupo de psicóticos violentos e perigosos. O casal precisa então arranjar um jeito de sair daquela situação insana. Enquanto isso a violência vai se tornando cada vez mais sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (Jerry Fielding).
Comentários:
Sam Peckinpah foi um cineasta que transformou a estética da violência em uma nova forma de fazer cinema, de trazer renovação para os filmes dos anos 60 e 70. Claro, em um primeiro momento ele foi bastante criticado, principalmente por causa da violência explícita que trazia em seus filmes, porém com o tempo sua maneira de fazer cinema foi sendo compreendida melhor, perfeitamente entendida. Hoje seu status de grande diretor é uma unanimidade entre os especialistas em sétima arte. Esse filme aqui gerou bastante polêmica e controvérsia em seu lançamento original. Ele foi produzido e lançado na década de 1970, em uma época em que esse tipo de narrativa ainda era uma grande novidade. Por isso o diretor foi acusado de valorizar e glamorizar a brutalidade, a violência extrema. Nada mais longe da realidade. O filme é justamente uma bandeira contra essa mesma violência. A intenção de Sam Peckinpah foi justamente a oposta das acusações que lhe foram feitas. Com Dustin Hoffman ainda bem jovem e um elenco de apoio excelente, o filme é um dos mais marcantes da filmografia do diretor. Tentaram fazer um remake alguns anos depois, mas o resultado foi péssimo. Fique com o original. Esse sim é uma obra de arte do cinema.
Pablo Aluísio.
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