Está em cartaz nos cinemas brasileiros o western histórico "Um Estado de Liberdade". O filme mostra a história (baseada em fatos reais) do soldado confederado Newton Knight (Matthew McConaughey). Durante a guerra civil ele testemunha todas as atrocidades de um dos mais sangrentos conflitos armados da história. Depois da morte de um parente, que era apenas um garoto, mal saído da infância, ele decide largar tudo. Coloca sua farda cinza de lado, monta em seu cavalo e vai embora, se tornando um desertor. Dentro do exército sulista a deserção era punida com a pena de morte. Para não ser enforcado ele então parte para os pântanos de seu estado natal, onde acaba encontrando um grupo de escravos negros fugidos.
Da convivência vem a aproximação e Newton acaba formando seu próprio bando de resistência, cuja única bandeira são eles mesmos e sua luta pela liberdade. O filme também explora a vida de um dos descendentes de Newton, cujos direitos são contestados no tribunal por ele ter tido descendência negra - algo muito bem explicado pela próprio roteiro do filme que mostra duas linhas narrativas históricas. No geral é um bom filme, valorizado pela lição histórica que apresenta. Infelizmente não obteve sucesso nos cinemas americanos. Como sabemos aquele país vive um momento político turbulento, principalmente depois das recentes eleições presidenciais. Assim o público não parece muito interessado nessa temática, tanto que outro filme, também com tema semelhante, "O Nascimento de uma Nação", igualmente fracassou nos cinemas. Ignore tudo isso e procure conferir esse filme, pois ele tem seus méritos cinematográficos. Particularmente gostei bastante do resultado.
Um Estado de Liberdade (Free State of Jones, Estados Unidos, 2016) Direção: Gary Ross / Roteiro: Leonard Hartman, Gary Ross / Elenco: Matthew McConaughey, Gugu Mbatha-Raw, Mahershala Ali / Sinopse: Soldado confederado foge do campo do batalha e se refugia em um pântano, onde acaba se unindo a um grupo de escravos negros fugitivos, onde forma sua própria milícia de luta pela liberdade. Roteiro baseado em fatos históricos reais.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de junho de 2017
sexta-feira, 9 de junho de 2017
T2 Trainspotting
Vinte anos após os acontecimentos que vimos no filme "Trainspotting - Sem Limites (1996)", o personagem Renton (Ewan McGregor) retorna para Edimburgo, Escócia. Ele quer resolver velhos problemas do passado e reencontrar seus amigos de infância e juventude. O problema é que Renton os traiu, os roubou e agora precisa acertar contas com todos eles. O tempo passou e deixou marcas em todos. O próprio Renton está com problemas de coração, tentando superar seu antigo vício em heroína. Pior está Spud (Ewen Bremner) que nunca conseguiu superar a droga e agora tenta se matar. Já Begbie (Robert Carlyle) não quer saber de conversa e está decidido a enfiar uma faca no coração de Renton assim que o encontrar novamente. É a tal coisa, sequências tardias são necessárias ou não! Alguns filmes soam como meros caça-níqueis, tentando aproveitar bilheteria em cima do nome de velhos sucessos, clássicos modernos que marcaram época. Sem dúvida o primeiro filme "Trainspotting - Sem Limites" foi um marco no cinema britânico dos anos 1990. Tinha uma linguagem inovadora, ritmo alucinado (como a mente de seus personagens, todos jovens viciados em cocaína e heroína) e procurava retratar uma juventude perdida, sem rumos, valores ou ética. O roteiro explorava esses punks que só queriam saber de usar drogas, roubar e tocar o terror em sua cidade, uma Edimburgo tradicional, histórica, mas também velha e maltratada.
O filme também praticamente lançou as carreiras do diretor Danny Boyle e do jovem ator Ewan McGregor, que depois iria para Hollywood construir uma carreira de sucesso, se tornando até mesmo o mestre Obi-Wan Kenobi de "Star Wars". Nada mal para quem havia começado interpretando um junkie marginalizado de rua. No ano passado "Trainspotting" completou vinte anos de seu lançamento original, então o elenco, o diretor e a equipe técnica resolveram celebrar essa data justamente rodando esse segundo filme. Afinal o que teria acontecido com todos aqueles jovens, tanto tempo depois? Os anos passaram, eles tiveram vários problemas para se livrarem das drogas, alguns foram parar na cadeia e outros não conseguiram dar certo na vida, se tornando eternos fracassados. Embora muitos tenham afirmado que essa continuação seria desnecessária, penso que esse filme não foi de todo gratuito ou em vão. Pelo contrário, gostei de seu proposta, de seu roteiro e principalmente das atuações dos atores. Um caso raro de sequência bem tardia que realmente tem sua razão de ser.
T2 Trainspotting (T2 Trainspotting, Inglaterra, 2017) Direção: Danny Boyle / Roteiro: John Hodge, Irvine Welsh / Elenco: Ewan McGregor, Ewen Bremner, Robert Carlyle, Jonny Lee Miller / Sinopse: Vinte anos depois de ter enganado e passado a perna em seus antigos amigos, fugindo com todo o dinheiro de um roubo bem sucedido, Renton (Ewan McGregor) retorna a Edimburgo. Ele quer se desculpar com todos eles, aparando velhos problemas do passado. A volta porém não será será pacífica pois alguns deles querem saciar sua sede de vingança.
Pablo Aluísio.
O filme também praticamente lançou as carreiras do diretor Danny Boyle e do jovem ator Ewan McGregor, que depois iria para Hollywood construir uma carreira de sucesso, se tornando até mesmo o mestre Obi-Wan Kenobi de "Star Wars". Nada mal para quem havia começado interpretando um junkie marginalizado de rua. No ano passado "Trainspotting" completou vinte anos de seu lançamento original, então o elenco, o diretor e a equipe técnica resolveram celebrar essa data justamente rodando esse segundo filme. Afinal o que teria acontecido com todos aqueles jovens, tanto tempo depois? Os anos passaram, eles tiveram vários problemas para se livrarem das drogas, alguns foram parar na cadeia e outros não conseguiram dar certo na vida, se tornando eternos fracassados. Embora muitos tenham afirmado que essa continuação seria desnecessária, penso que esse filme não foi de todo gratuito ou em vão. Pelo contrário, gostei de seu proposta, de seu roteiro e principalmente das atuações dos atores. Um caso raro de sequência bem tardia que realmente tem sua razão de ser.
T2 Trainspotting (T2 Trainspotting, Inglaterra, 2017) Direção: Danny Boyle / Roteiro: John Hodge, Irvine Welsh / Elenco: Ewan McGregor, Ewen Bremner, Robert Carlyle, Jonny Lee Miller / Sinopse: Vinte anos depois de ter enganado e passado a perna em seus antigos amigos, fugindo com todo o dinheiro de um roubo bem sucedido, Renton (Ewan McGregor) retorna a Edimburgo. Ele quer se desculpar com todos eles, aparando velhos problemas do passado. A volta porém não será será pacífica pois alguns deles querem saciar sua sede de vingança.
Pablo Aluísio.
CHIPS
Título no Brasil: CHIPS
Título Original: CHIPS
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Dax Shepard
Roteiro: Dax Shepard, Rick Rosner
Elenco: Michael Peña, Dax Shepard, Vincent D'Onofrio, Adam Brody, Rosa Salazar, Jessica McNamee
Sinopse:
Um agente do FBI é infiltrado dentro do departamento de polícia de Los Angeles para descobrir uma quadrilha de tiras corruptos. Ele assume então a identidade do patrulheiro Frank 'Ponch' Poncherello (Michael Peña). Ao lado de seu parceiro Jon Baker (Dax Shepard), um ex-piloto de motos de competição, ele quer descobrir quais policiais estariam envolvidos no roubo de carros de transporte de valores. Tudo indica que eles são patrulheiros da CHIPS.
Comentários:
A série "CHiPs" foi um grande sucesso da história da TV americana. Durou seis temporadas e foi exibida (inclusive no Brasil) entre os anos de 1978 a 1983. Marcou época e deixou saudades, sem dúvida. Agora temos essa adaptação para o cinema desse programa que durante anos foi líder de audiência. Os dois personagens principais foram mantidos (Ponch e Baker), mas de resto tudo mudou. Se a série original era um programa policial ao velho estilo enlatado, aqui optou-se por uma linha com mais humor. Não chega a ser uma comédia besteirol, manteve-se ainda um certo pé no chão, porém o lado da comédia falou mais alto. Não é um filme de todo ruim, tem lá seus bons momentos, inclusive no quesito diversão, porém é óbvio que deixará muito a desejar em relação aos fãs da série original. Essa nova dupla de atores obviamente não consegue repetir o carisma da velha dupla (onde se destacava o ator Erik Estrada, que aqui faz uma pontinha na cena final, dentro da ambulância), mas no geral também não aborrece. A conhecida trilha sonora da série, que tinha uma abertura que também ficou muito famosa nos anos 70 e 80, foi timidamente aproveitada, o que achei um erro, já que CHips, queiram ou não, já virou uma peça de nostalgia. Eles deveriam ter investido mais nisso. Assim no saldo final, tirando certos exageros, principalmente no aspecto mais vulgar de certas piadas, até que essa adaptação para o cinema dos patrulheiros californianos não chega a ser tão ruim. É assistível e não enche a paciência, o que em relação a comédias americanas da atualidade já é um feito e tanto!
Pablo Aluísio.
Título Original: CHIPS
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Dax Shepard
Roteiro: Dax Shepard, Rick Rosner
Elenco: Michael Peña, Dax Shepard, Vincent D'Onofrio, Adam Brody, Rosa Salazar, Jessica McNamee
Sinopse:
Um agente do FBI é infiltrado dentro do departamento de polícia de Los Angeles para descobrir uma quadrilha de tiras corruptos. Ele assume então a identidade do patrulheiro Frank 'Ponch' Poncherello (Michael Peña). Ao lado de seu parceiro Jon Baker (Dax Shepard), um ex-piloto de motos de competição, ele quer descobrir quais policiais estariam envolvidos no roubo de carros de transporte de valores. Tudo indica que eles são patrulheiros da CHIPS.
Comentários:
A série "CHiPs" foi um grande sucesso da história da TV americana. Durou seis temporadas e foi exibida (inclusive no Brasil) entre os anos de 1978 a 1983. Marcou época e deixou saudades, sem dúvida. Agora temos essa adaptação para o cinema desse programa que durante anos foi líder de audiência. Os dois personagens principais foram mantidos (Ponch e Baker), mas de resto tudo mudou. Se a série original era um programa policial ao velho estilo enlatado, aqui optou-se por uma linha com mais humor. Não chega a ser uma comédia besteirol, manteve-se ainda um certo pé no chão, porém o lado da comédia falou mais alto. Não é um filme de todo ruim, tem lá seus bons momentos, inclusive no quesito diversão, porém é óbvio que deixará muito a desejar em relação aos fãs da série original. Essa nova dupla de atores obviamente não consegue repetir o carisma da velha dupla (onde se destacava o ator Erik Estrada, que aqui faz uma pontinha na cena final, dentro da ambulância), mas no geral também não aborrece. A conhecida trilha sonora da série, que tinha uma abertura que também ficou muito famosa nos anos 70 e 80, foi timidamente aproveitada, o que achei um erro, já que CHips, queiram ou não, já virou uma peça de nostalgia. Eles deveriam ter investido mais nisso. Assim no saldo final, tirando certos exageros, principalmente no aspecto mais vulgar de certas piadas, até que essa adaptação para o cinema dos patrulheiros californianos não chega a ser tão ruim. É assistível e não enche a paciência, o que em relação a comédias americanas da atualidade já é um feito e tanto!
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Além da Ilusão
A sinopse pode até animar o espectador, mas infelizmente não espere por grande coisa. Na história duas irmãs americanas, Laura (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp), chegam a Paris com a intenção de ganhar muito dinheiro com a elite local. Elas promovem sessões de espiritismo, conversando com entes queridos falecidos. Inicialmente elas se apresentam com um agente circense em apresentações públicas e depois começam a realizar sessões privadas, particulares. As coisas porém não andam tão bem. A única saída aparece quando um produtor de cinema, André Korben (Emmanuel Salinger), se interessa pelas irmãs. Poderia haver alguma forma de ganhar dinheiro com elas no cinema? Não demora muito e um roteiro é escrito, justamente para explorar nas bilheterias os supostos poderes mediúnicos das irmãs americanas, mas tudo acaba saindo do controle rapidamente.
Com uma premissa tão promissora, "Além da Ilusão" acaba ficando pelo meio do caminho. Não é um filme sobre espiritismo e nem charlatanismo, não vai pela linha do terror e falha como drama romântico. No fundo é aquele tipo de roteiro que acaba não indo para lugar nenhum, causando grande frustração no espectador. A atriz Natalie Portman está apagada em uma personagem ruim. Nem a cena de nudez dela vai despertar muito interesse. A atriz Lily-Rose Depp, que é filha de Johnny Depp com a cantora francesa Vanessa Paradis, também não diz a que veio. Com um semblante de tédio e marasmo ela não chama atenção. Para piorar aparece com um estranho visual de sobrancelha cortada, algo que nunca é explicado pelo roteiro do filme. Assim só sobra mesmo um enredo devagar, quase parando. O cinema francês geralmente é dito como chato, arrastado, em contraposição com o cinema americano. Pois bem, essa produção francesa só serve mesmo para confirmar esse velho preconceito.
Além da Ilusão (Planetarium, França, Bélgica, 2016) Direção: Rebecca Zlotowski / Roteiro: Rebecca Zlotowski, Robin Campillo / Elenco: Natalie Portman, Lily-Rose Depp, Emmanuel Salinger / Sinopse: Duas irmãs americanas, Laura (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp), decidem ir até Paris para ganhar dinheiro com supostas sessões de espiritismo e acabam caindo nas graças de um produtor de cinema, André Korben (Emmanuel Salinger), que começa a produzir um filme sobre o tema envolvendo a comunicação entre vivos e mortos. Filme indicado ao César Awards na categoria de Melhor Design de Produção (Katia Wyszkop). Também indicado ao Lumiere Awards na categoria de Melhor Música (Robin Coudert).
Pablo Aluísio.
Com uma premissa tão promissora, "Além da Ilusão" acaba ficando pelo meio do caminho. Não é um filme sobre espiritismo e nem charlatanismo, não vai pela linha do terror e falha como drama romântico. No fundo é aquele tipo de roteiro que acaba não indo para lugar nenhum, causando grande frustração no espectador. A atriz Natalie Portman está apagada em uma personagem ruim. Nem a cena de nudez dela vai despertar muito interesse. A atriz Lily-Rose Depp, que é filha de Johnny Depp com a cantora francesa Vanessa Paradis, também não diz a que veio. Com um semblante de tédio e marasmo ela não chama atenção. Para piorar aparece com um estranho visual de sobrancelha cortada, algo que nunca é explicado pelo roteiro do filme. Assim só sobra mesmo um enredo devagar, quase parando. O cinema francês geralmente é dito como chato, arrastado, em contraposição com o cinema americano. Pois bem, essa produção francesa só serve mesmo para confirmar esse velho preconceito.
Além da Ilusão (Planetarium, França, Bélgica, 2016) Direção: Rebecca Zlotowski / Roteiro: Rebecca Zlotowski, Robin Campillo / Elenco: Natalie Portman, Lily-Rose Depp, Emmanuel Salinger / Sinopse: Duas irmãs americanas, Laura (Natalie Portman) e Kate Barlow (Lily-Rose Depp), decidem ir até Paris para ganhar dinheiro com supostas sessões de espiritismo e acabam caindo nas graças de um produtor de cinema, André Korben (Emmanuel Salinger), que começa a produzir um filme sobre o tema envolvendo a comunicação entre vivos e mortos. Filme indicado ao César Awards na categoria de Melhor Design de Produção (Katia Wyszkop). Também indicado ao Lumiere Awards na categoria de Melhor Música (Robin Coudert).
Pablo Aluísio.
O Último Ato
Um filme que de certa forma passeia por vários gêneros cinematográficos. Começa como drama, quando encontramos o velho ator de teatro Simon Axler (Al Pacino) tentando atuar em sua última apresentação. Com a idade surgem inúmeras dificuldades em decorar suas falas. Perdido no palco, ele resolve tomar uma atitude absolutamente inesperada e se joga da borda, indo parar no chão, bem no meio das pessoas que ficam completamente atônitas! A partir daí sua carreira, que já vinha em decadência, fica praticamente destruída de vez. Ele então resolve se isolar de tudo e de todos, começando um tratamento de análise com seu terapeuta via Skype. Recluso em sua casa, ele acaba recebendo a visita da filha de um casal amigo, Pegeen Mike Stapleford (Greta Gerwig). A última vez que a tinha visto ela era apenas uma criança. Agora é uma mulher adulta, dona de si, muito bem resolvida. Ele brigou com os pais por ter se tornado lésbica, mas nem isso a impede de ter um relacionamento com o velho ator decadente. Quando era jovem Pegeen teve uma paixão platônica por ele e agora parece decidida a transformar esse sentimento em realidade.
Assim o filme que começa como drama, passa pelo romance, começa a desenvolver situações de humor. Isso porque o personagem de Pacino é bem mais velho que sua jovem namorada, que sendo uma mulher liberal, não deixa de ter seus casinhos por fora com outras mulheres lésbicas. O curioso é que o roteiro vai deixando algumas pistas contraditórias pelo meio do caminho, levando o espectador a desconfiar que tudo não passaria apenas de algum tipo de alucinação do próprio personagem. Essa situação porém nunca é claramente resolvida pelo roteiro, deixando muita coisa apenas subentendida, a critério da visão de cada um. Uma situação bem curiosa aliás.De qualquer maneira Al Pacino continua excelente, segurando todas as pontas. Mesmo que o roteiro não seja grande coisa e mesmo que seu personagem seja de certa forma até mesmo um alter ego do ator, tudo acaba funcionando bem. Claro que a pequena reviravolta final, quando Simon (Pacino) é surpreendido por uma revelação sobre Pegeen que ele jamais cogitara existir, vai pegar muita gente de surpresa. Isso porém é de pouca importância. O que vale a pena é realmente conferir mais uma atuação do veterano Pacino, aqui reconhecendo de uma vez por todas o peso da idade e dos anos passados.
O Último Ato (The Humbling, Estados Unidos, 2014) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Buck Henry, Michal Zebede / Elenco: Al Pacino, Greta Gerwig, Dianne Wiest, Charles Grodin, Kyra Sedgwick, Nina Arianda / Sinopse: Simon Axler (Al Pacino) é um ator decadente, envelhecido, que se apaixona por uma mulher muitos anos mais jovem do que ele, chamada Pegeen Mike Stapleford (Greta Gerwig). Ela é filha de um casal de amigos de Axler, algo que lhe trará inúmeros problemas, agora que já está na velhice e praticamente aposentado da sua profissão.
Pablo Aluísio.
Assim o filme que começa como drama, passa pelo romance, começa a desenvolver situações de humor. Isso porque o personagem de Pacino é bem mais velho que sua jovem namorada, que sendo uma mulher liberal, não deixa de ter seus casinhos por fora com outras mulheres lésbicas. O curioso é que o roteiro vai deixando algumas pistas contraditórias pelo meio do caminho, levando o espectador a desconfiar que tudo não passaria apenas de algum tipo de alucinação do próprio personagem. Essa situação porém nunca é claramente resolvida pelo roteiro, deixando muita coisa apenas subentendida, a critério da visão de cada um. Uma situação bem curiosa aliás.De qualquer maneira Al Pacino continua excelente, segurando todas as pontas. Mesmo que o roteiro não seja grande coisa e mesmo que seu personagem seja de certa forma até mesmo um alter ego do ator, tudo acaba funcionando bem. Claro que a pequena reviravolta final, quando Simon (Pacino) é surpreendido por uma revelação sobre Pegeen que ele jamais cogitara existir, vai pegar muita gente de surpresa. Isso porém é de pouca importância. O que vale a pena é realmente conferir mais uma atuação do veterano Pacino, aqui reconhecendo de uma vez por todas o peso da idade e dos anos passados.
O Último Ato (The Humbling, Estados Unidos, 2014) Direção: Barry Levinson / Roteiro: Buck Henry, Michal Zebede / Elenco: Al Pacino, Greta Gerwig, Dianne Wiest, Charles Grodin, Kyra Sedgwick, Nina Arianda / Sinopse: Simon Axler (Al Pacino) é um ator decadente, envelhecido, que se apaixona por uma mulher muitos anos mais jovem do que ele, chamada Pegeen Mike Stapleford (Greta Gerwig). Ela é filha de um casal de amigos de Axler, algo que lhe trará inúmeros problemas, agora que já está na velhice e praticamente aposentado da sua profissão.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
A Senhora da Van
O cinema inglês sempre foi particularmente inspirado para contar histórias como a desse filme. Tudo foi baseado parcialmente em fatos reais. A personagem central se chama Miss Shepherd (interpretada pela maravilhosa Maggie Smith). Ela vive pelas ruas de Londres, dirigindo uma velha van. Sem ter onde morar, ela vai estacionando pelas redondezas. De certa maneira é uma homeless (sem-teto) em versão motorizada. Casualmente acaba indo parar na frente da casa do dramaturgo Alan Bennett (Alex Jennings). Ele obviamente se sente incomodado pela presença nada comum de Miss Shepherd, já que ela tem um comportamento muito excêntrico e bizarro, mas aos poucos vai criando uma afinidade com seu jeito de ser. O roteiro desse filme foi escrito pelo próprio Alan Bennett que inicialmente escreveu uma peça teatral de suas experiências ao lado de Miss Shepherd. De fato, em determinado momento Alan resolveu mudar de casa, mas para sua surpresa percebeu que independente de onde fosse morar a van de Miss Shepherd o acompanhava. Claro que ele jamais iria ser rude ou grosseiro com uma velhinha como aquela (isso nunca passaria na mente de um inglês), mas a situação que começou constrangedora acabou se tornando divertida, exótica, quase surreal. Intrigado pela vida dela o dramaturgo então começou a pesquisar sobre seu passado e acabou descobrindo que na juventude ela teria sido uma pianista clássica de primeira linha. Para sua surpresa também descobriu que ela havia se tornado freira em um período de sua vida!
"A Senhora da Van" assim se desenvolve, dentro do relacionamento entre Alan e a Miss Shepherd. Ele um tímido escritor de peças, homossexual enrustido, um homem introvertido e ela o oposto disso. Rabugenta, espaçosa, invasiva em sua vida particular. O roteiro tem um aspecto bem inteligente, ao dividir o personagem de Alan em dois! Um deles é o sujeito que precisa lidar com os problemas do dia a dia (inclusive lidando com a presença da senhora da van) e o outro é o intelectual que escreve todas as peças de teatro. O resultado é muito bom. Para quem aprecia o trabalho de Maggie Smith esse é certamente um de seus filmes mais recomendados. Ela está ótima como essa simpática e nada comum velhinha sobre rodas.
A Senhora da Van (The Lady in the Van, Inglaterra, 2015) Direção: Nicholas Hytner / Roteiro: Alan Bennett / Elenco: Maggie Smith, Alex Jennings, Jim Broadbent / Sinopse: Miss Shepherd (Maggie Smith) é uma velhinha inglesa que não tem onde morar. Na verdade ela vive dentro de sua van. Um dia conhece por acaso o dramaturgo Alan Bennett (Alex Jennings) e resolve lhe seguir. Sempre que Alan mudava de casa, lá estava a senhora Shepherd com sua van, estacionando perto. O que parecia uma situação constrangedora no começo logo se torna uma amizade cheia de calor humano (pelo menos da parte dele!). Filme indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Atriz (Maggie Smith). Premiado pelo Evening Standard British Film Awards na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
"A Senhora da Van" assim se desenvolve, dentro do relacionamento entre Alan e a Miss Shepherd. Ele um tímido escritor de peças, homossexual enrustido, um homem introvertido e ela o oposto disso. Rabugenta, espaçosa, invasiva em sua vida particular. O roteiro tem um aspecto bem inteligente, ao dividir o personagem de Alan em dois! Um deles é o sujeito que precisa lidar com os problemas do dia a dia (inclusive lidando com a presença da senhora da van) e o outro é o intelectual que escreve todas as peças de teatro. O resultado é muito bom. Para quem aprecia o trabalho de Maggie Smith esse é certamente um de seus filmes mais recomendados. Ela está ótima como essa simpática e nada comum velhinha sobre rodas.
A Senhora da Van (The Lady in the Van, Inglaterra, 2015) Direção: Nicholas Hytner / Roteiro: Alan Bennett / Elenco: Maggie Smith, Alex Jennings, Jim Broadbent / Sinopse: Miss Shepherd (Maggie Smith) é uma velhinha inglesa que não tem onde morar. Na verdade ela vive dentro de sua van. Um dia conhece por acaso o dramaturgo Alan Bennett (Alex Jennings) e resolve lhe seguir. Sempre que Alan mudava de casa, lá estava a senhora Shepherd com sua van, estacionando perto. O que parecia uma situação constrangedora no começo logo se torna uma amizade cheia de calor humano (pelo menos da parte dele!). Filme indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Atriz (Maggie Smith). Premiado pelo Evening Standard British Film Awards na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
Uma Noite de Aventuras
Título no Brasil: Uma Noite de Aventuras
Título Original: Adventures in Babysitting
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Chris Columbus
Roteiro: David Simkins
Elenco: Elisabeth Shue, Maia Brewton, Keith Coogan
Sinopse:
Chris (Elisabeth Shue) é uma babysister que se vê em uma situação completamente incomum. Ela precisará sobreviver às armadilhas de uma grande cidade enquanto tenta manter as crianças de que está cuidando em segurança. Filme indicado ao Kids' Choice Awards nas categorias de Melhor Atriz (Shue) e Melhor filme para o público adolescente. Premiado pelo Paris Film Festival na categoria de Melhor Atriz (Shue).
Comentários:
Essa safra de filmes de 1987 foi muito boa. Até mesmo comédias adolescentes que na maioria das vezes eram lançadas diretamente no mercado de vídeo VHS eram acima da média. Esse filme não tive a oportunidade de assistir na época. Só depois quando ele foi exibido na TV tive a oportunidade de conferir - e mesmo assim apenas uma única vez. Minha maior atração para ver o filme era a presença da atriz Elisabeth Shue. Linda, talentosa e inteligente ela deu um tempo na carreira para se formar na prestigiada universidade de Harvard. É a tal coisa, mulheres inteligentes estão em outro nível. Pois bem, como era de praxe a direção do cineasta Chris Columbus, temos aqui uma diversão bem familiar, feito para toda a família assistir. Por isso o roteiro é até mesmo meio bobo, mas isso faz parte do jogo. Era algo comum até na época. O enredo é igualmente adolescente. Mesmo assim tudo se salva pela presença carismática de Shue. Anos depois, já formada, ela voltou para o mundo do cinema se tornando dessa vez uma grande atriz, ao ponto de ter sido indicada ao Oscar pela sua ótima atuação em "Leaving Las Vegas". Nada como o passar dos anos para amadurecer ainda mais um talento natural.
Pablo Aluísio.
Título Original: Adventures in Babysitting
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Chris Columbus
Roteiro: David Simkins
Elenco: Elisabeth Shue, Maia Brewton, Keith Coogan
Sinopse:
Chris (Elisabeth Shue) é uma babysister que se vê em uma situação completamente incomum. Ela precisará sobreviver às armadilhas de uma grande cidade enquanto tenta manter as crianças de que está cuidando em segurança. Filme indicado ao Kids' Choice Awards nas categorias de Melhor Atriz (Shue) e Melhor filme para o público adolescente. Premiado pelo Paris Film Festival na categoria de Melhor Atriz (Shue).
Comentários:
Essa safra de filmes de 1987 foi muito boa. Até mesmo comédias adolescentes que na maioria das vezes eram lançadas diretamente no mercado de vídeo VHS eram acima da média. Esse filme não tive a oportunidade de assistir na época. Só depois quando ele foi exibido na TV tive a oportunidade de conferir - e mesmo assim apenas uma única vez. Minha maior atração para ver o filme era a presença da atriz Elisabeth Shue. Linda, talentosa e inteligente ela deu um tempo na carreira para se formar na prestigiada universidade de Harvard. É a tal coisa, mulheres inteligentes estão em outro nível. Pois bem, como era de praxe a direção do cineasta Chris Columbus, temos aqui uma diversão bem familiar, feito para toda a família assistir. Por isso o roteiro é até mesmo meio bobo, mas isso faz parte do jogo. Era algo comum até na época. O enredo é igualmente adolescente. Mesmo assim tudo se salva pela presença carismática de Shue. Anos depois, já formada, ela voltou para o mundo do cinema se tornando dessa vez uma grande atriz, ao ponto de ter sido indicada ao Oscar pela sua ótima atuação em "Leaving Las Vegas". Nada como o passar dos anos para amadurecer ainda mais um talento natural.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 6 de junho de 2017
Vingança ao anoitecer
Nicolas Cage interpreta um agente da CIA que está prestes a se aposentar. Ele foi diagnosticado com um sério problema de saúde, um mal que o atinge neurologicamente. Antes de vestir o pijama da aposentadoria porém ele está disposto a ir atrás de um fundamentalista islâmico, um terrorista que o torturou anos atrás, quando seu disfarce foi revelado. Esse criminoso internacional também está passando por uma grave doença, o que o faz procurar por médicos e remédios no ocidente, justamente a pista que Nick Cage está há tanto tempo procurando. Ele quer matar o líder terrorista islâmico, para só então se aposentar e se tratar. "Vingança ao Anoitecer" é até um bom filme. O roteiro não foge muito daquela velha fórmula de vingança, que já estamos acostumados a assistir, porém o desenvolvimento até que traz algumas surpresas. Uma delas é o fato dos dois personagens principais (o protagonista e o antagonista) estarem com os dias contados. Ambos estão morrendo, com doenças severas, mas não desistem de acertar contas entre si. O agente da CIA interpretado por Cage já demonstra problemas de saúde bem visíveis, com as mãos tremendo, esquecimentos e mudanças de humor bruscas. Seu mal é diagnosticado como uma fase de demência que o deixará totalmente incapacitado com o tempo. Com isso a vingança não poderá mais tardar, tem que ser feita o quando antes, com ou sem a ajuda da sua agência de inteligência.
O diretor Paul Schrader fez recentemente um filme com o próprio Nicolas Cage chamado "Cães Selvagens". Se aquele tinha algumas passagens mais autorais, com toques cult, esse aqui é bem mais convencional. Não há espaço para momentos surreais e inusitados. Tudo se desenvolve numa fórmula mais quadrada, nunca fugindo do normal. Também é o filme mais arroz com feijão da filmografia de Schrader. Para quem escreveu o roteiro de "Taxi Driver" e dirigiu filmes diferentes como "A Marca da Pantera" e "Hardcore - No Submundo do Sexo" esse "Vingança ao anoitecer" vai parecer mesmo uma Sessão da Tarde sem maiores novidades ou saltos de genialidade. Os anos em que ele quis revolucionar o cinema americano ficaram definitivamente para trás.
Vingança ao anoitecer (Dying of the Light, Estados Unidos, 2014) Direção: Paul Schrader / Roteiro: Paul Schrader / Elenco: Nicolas Cage, Anton Yelchin, Alexander Karim / Sinopse: Agente da CIA se torna obcecado em colocar as mãos no terrorista fundamentalista islâmico que o torturou anos atrás. O tal sujeito está morrendo de uma grave doença o que acaba deixando pistas para seguir. O plano do americano é se infiltrar na organização do terror para matar pessoalmente o criminoso internacional, procurado há tantos anos.
Pablo Aluísio.
O diretor Paul Schrader fez recentemente um filme com o próprio Nicolas Cage chamado "Cães Selvagens". Se aquele tinha algumas passagens mais autorais, com toques cult, esse aqui é bem mais convencional. Não há espaço para momentos surreais e inusitados. Tudo se desenvolve numa fórmula mais quadrada, nunca fugindo do normal. Também é o filme mais arroz com feijão da filmografia de Schrader. Para quem escreveu o roteiro de "Taxi Driver" e dirigiu filmes diferentes como "A Marca da Pantera" e "Hardcore - No Submundo do Sexo" esse "Vingança ao anoitecer" vai parecer mesmo uma Sessão da Tarde sem maiores novidades ou saltos de genialidade. Os anos em que ele quis revolucionar o cinema americano ficaram definitivamente para trás.
Vingança ao anoitecer (Dying of the Light, Estados Unidos, 2014) Direção: Paul Schrader / Roteiro: Paul Schrader / Elenco: Nicolas Cage, Anton Yelchin, Alexander Karim / Sinopse: Agente da CIA se torna obcecado em colocar as mãos no terrorista fundamentalista islâmico que o torturou anos atrás. O tal sujeito está morrendo de uma grave doença o que acaba deixando pistas para seguir. O plano do americano é se infiltrar na organização do terror para matar pessoalmente o criminoso internacional, procurado há tantos anos.
Pablo Aluísio.
Belas e Perseguidas
Título no Brasil: Belas e Perseguidas
Título Original: Hot Pursuit
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Anne Fletcher
Roteiro: David Feeney, John Quaintance
Elenco: Reese Witherspoon, Sofía Vergara, Matthew Del Negro, Michael Mosley, Robert Kazinsky, Richard T. Jones
Sinopse:
A policial Rose Cooper (Reese Witherspoon) é designada para acompanhar a viagem de Daniella Riva (Sofía Vergara) e seu marido até o Texas. Eles vão depor contra um traficante de drogas, um chefão de um poderoso cartel mexicano. O que parecia ser uma missão de rotina acaba se transformando em uma aventura quando eles são atacados por membros da quadrilha do criminoso.
Comentários:
Eu fico impressionado como a atriz Reese Witherspoon sai de um filme tão bom como "Livre" para uma porcaria como essa! Uma verdadeira montanha russa em sua filmografia, indo da extrema qualidade cinematográfica para o lixo absoluto de um filme para o outro! Onde está o agente dessa atriz? Esse "Belas e Perseguidas" não tem salvação. Hoje em dia está mais fácil encontrar político brasileiro honesto do que arranjar uma boa comédia americana para se assistir. De todos os gêneros cinematográficos da indústria de cinema dos Estados Unidos, o gênero comédia é o mais saturado, o que mais passa por crise. Não há bons comediantes na atualidade e os filmes de humor são péssimos, péssimos. Esse aqui não tem graça nenhuma. A dupla formada por Reese Witherspoon e Sofía Vergara não funciona em nenhum momento! A Sofia foi descoberta interpretando uma latina espalhafatosa e vulgar na série "Modern Family" e segue no mesmo estereótipo! É lamentável que o público americano tenha essa visão preconceituosa das mulheres latinas, sempre retratadas como burras, vulgares e bonecas de sexo em todos os filmes. Aqui a Vergara apenas reforça essa visão banalizada. Já a Reese Witherspoon é alvo de todos os tipos de piadas infames durante o filme, pena que nenhuma delas funcione. O roteiro é ridículo. E olha que o filme foi dirigido por uma mulher! As feministas não terão nem do que reclamar! É mais do que difícil entender como Reese, que vinha em um bom momento na carreira, aceitou fazer essa bomba! Enfim, uma comédia sem graça que não serve para absolutamente nada!
Pablo Aluísio.
Título Original: Hot Pursuit
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Anne Fletcher
Roteiro: David Feeney, John Quaintance
Elenco: Reese Witherspoon, Sofía Vergara, Matthew Del Negro, Michael Mosley, Robert Kazinsky, Richard T. Jones
Sinopse:
A policial Rose Cooper (Reese Witherspoon) é designada para acompanhar a viagem de Daniella Riva (Sofía Vergara) e seu marido até o Texas. Eles vão depor contra um traficante de drogas, um chefão de um poderoso cartel mexicano. O que parecia ser uma missão de rotina acaba se transformando em uma aventura quando eles são atacados por membros da quadrilha do criminoso.
Comentários:
Eu fico impressionado como a atriz Reese Witherspoon sai de um filme tão bom como "Livre" para uma porcaria como essa! Uma verdadeira montanha russa em sua filmografia, indo da extrema qualidade cinematográfica para o lixo absoluto de um filme para o outro! Onde está o agente dessa atriz? Esse "Belas e Perseguidas" não tem salvação. Hoje em dia está mais fácil encontrar político brasileiro honesto do que arranjar uma boa comédia americana para se assistir. De todos os gêneros cinematográficos da indústria de cinema dos Estados Unidos, o gênero comédia é o mais saturado, o que mais passa por crise. Não há bons comediantes na atualidade e os filmes de humor são péssimos, péssimos. Esse aqui não tem graça nenhuma. A dupla formada por Reese Witherspoon e Sofía Vergara não funciona em nenhum momento! A Sofia foi descoberta interpretando uma latina espalhafatosa e vulgar na série "Modern Family" e segue no mesmo estereótipo! É lamentável que o público americano tenha essa visão preconceituosa das mulheres latinas, sempre retratadas como burras, vulgares e bonecas de sexo em todos os filmes. Aqui a Vergara apenas reforça essa visão banalizada. Já a Reese Witherspoon é alvo de todos os tipos de piadas infames durante o filme, pena que nenhuma delas funcione. O roteiro é ridículo. E olha que o filme foi dirigido por uma mulher! As feministas não terão nem do que reclamar! É mais do que difícil entender como Reese, que vinha em um bom momento na carreira, aceitou fazer essa bomba! Enfim, uma comédia sem graça que não serve para absolutamente nada!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Mulher-Maravilha
De maneira em geral ando meio cansado dessas adaptações de quadrinhos. A DC Comics não tem tido a mesma sorte que a Marvel nesse tipo de transposição de seus personagens para as telas de cinema, mas agora até que se chegou em um bom resultado. O fato é que esse novo filme da "Mulher-Maravilha" surpreende por ser bem acima da média. O roteiro é muito bem escrito, eficiente, mostrando as origens da personagem sem torrar a paciência do espectador, principalmente se ele conhecer apenas superficialmente a personagem principal. É justamente o meu caso. Conheço muito pouco sobre a Mulher-Maravilha. Até me lembro vagamente da antiga série de TV, mas isso deve valer de pouca coisa. Não sou leitor de quadrinhos e meu conhecimento sobre ela é, para dizer o mínimo, bem básico. Mesmo para o público que pouco conhece sobre essa guerreira amazona chamada Diana, o filme vai funcionar muito bem. Outro ponto que achei bem positivo foi o fato do enredo se passar na I Guerra Mundial. Isso traz muito para o filme em termos de produção, figurinos, cenários, enfim, direção de arte. É uma produção bonita de se ver, com momentos nostálgicos, em boa reconstituição histórica.
A israelense Gal Gadot que interpreta Diana, a Mulher-Maravilha, não é lá uma grande atriz, mas dá conta muito bem do recado, fazendo uma boa caracterização da heroína, uma vez que tem preparo físico e treinamento militar (ela chegou a servir o exército de Israel por dois anos). Personagens em quadrinhos exigem esse tipo de atuação física, acima de tudo, uma vez que a parte dramática sempre fica em segundo plano. Até porque, vamos ser bem sinceros, as publicações da DC Comics não são obras de Shakespeare. O que vale mesmo é ser capaz de fazer as cenas de ação e não fazer feio nos momentos que exigem um pouco mais do trabalho de atriz.
Comercialmente o filme vai muito bem. Já faturou mais de 200 milhões de dólares só nos Estados Unidos, batendo seus principais concorrentes em dois finais de semana seguintes. Pelo visto a Warner Bros agora tem uma nova franquia já que novos filmes certamente virão pela frente. Nem Tom Cruise e sua múmia foram capazes de bater de frente com a amazona guerreira. Assim o cinema ganha mais um blockbuster para os próximos verões. Não é uma má notícia, pelo contrário, pois pelo que se viu nesse primeiro filme a qualidade cinematográfica está garantida. Pode assistir sem receios, seja você um fã ou não de quadrinhos. É um bom filme, diversão garantida.
Mulher-Maravilha (Wonder Woman, Estados Unidos, 2017) Direção: Patty Jenkins / Roteiro: Allan Heinberg, Zack Snyder / Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, David Thewlis, Danny Huston, Elena Anaya / Sinopse: Criada em uma ilha de amazonas guerreiras, Diana (Gadot) descobre que é a filha do poderoso Zeus e que possui a capacidade de enfrentar as demais divindades do Olimpo. Quando ela fica sabendo que há uma grande guerra mundial resolve agir, indo até o centro do conflito para enfrentar Áries, o Deus da Guerra.
Pablo Aluísio.
A israelense Gal Gadot que interpreta Diana, a Mulher-Maravilha, não é lá uma grande atriz, mas dá conta muito bem do recado, fazendo uma boa caracterização da heroína, uma vez que tem preparo físico e treinamento militar (ela chegou a servir o exército de Israel por dois anos). Personagens em quadrinhos exigem esse tipo de atuação física, acima de tudo, uma vez que a parte dramática sempre fica em segundo plano. Até porque, vamos ser bem sinceros, as publicações da DC Comics não são obras de Shakespeare. O que vale mesmo é ser capaz de fazer as cenas de ação e não fazer feio nos momentos que exigem um pouco mais do trabalho de atriz.
Comercialmente o filme vai muito bem. Já faturou mais de 200 milhões de dólares só nos Estados Unidos, batendo seus principais concorrentes em dois finais de semana seguintes. Pelo visto a Warner Bros agora tem uma nova franquia já que novos filmes certamente virão pela frente. Nem Tom Cruise e sua múmia foram capazes de bater de frente com a amazona guerreira. Assim o cinema ganha mais um blockbuster para os próximos verões. Não é uma má notícia, pelo contrário, pois pelo que se viu nesse primeiro filme a qualidade cinematográfica está garantida. Pode assistir sem receios, seja você um fã ou não de quadrinhos. É um bom filme, diversão garantida.
Mulher-Maravilha (Wonder Woman, Estados Unidos, 2017) Direção: Patty Jenkins / Roteiro: Allan Heinberg, Zack Snyder / Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Robin Wright, David Thewlis, Danny Huston, Elena Anaya / Sinopse: Criada em uma ilha de amazonas guerreiras, Diana (Gadot) descobre que é a filha do poderoso Zeus e que possui a capacidade de enfrentar as demais divindades do Olimpo. Quando ela fica sabendo que há uma grande guerra mundial resolve agir, indo até o centro do conflito para enfrentar Áries, o Deus da Guerra.
Pablo Aluísio.
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