terça-feira, 6 de junho de 2017

Vingança ao anoitecer

Nicolas Cage interpreta um agente da CIA que está prestes a se aposentar. Ele foi diagnosticado com um sério problema de saúde, um mal que o atinge neurologicamente. Antes de vestir o pijama da aposentadoria porém ele está disposto a ir atrás de um fundamentalista islâmico, um terrorista que o torturou anos atrás, quando seu disfarce foi revelado. Esse criminoso internacional também está passando por uma grave doença, o que o faz procurar por médicos e remédios no ocidente, justamente a pista que Nick Cage está há tanto tempo procurando. Ele quer matar o líder terrorista islâmico, para só então se aposentar e se tratar. "Vingança ao Anoitecer" é até um bom filme. O roteiro não foge muito daquela velha fórmula de vingança, que já estamos acostumados a assistir, porém o desenvolvimento até que traz algumas surpresas. Uma delas é o fato dos dois personagens principais (o protagonista e o antagonista) estarem com os dias contados. Ambos estão morrendo, com doenças severas, mas não desistem de acertar contas entre si. O agente da CIA interpretado por Cage já demonstra problemas de saúde bem visíveis, com as mãos tremendo, esquecimentos e mudanças de humor bruscas. Seu mal é diagnosticado como uma fase de demência que o deixará totalmente incapacitado com o tempo. Com isso a vingança não poderá mais tardar, tem que ser feita o quando antes, com ou sem a ajuda da sua agência de inteligência.

O diretor Paul Schrader fez recentemente um filme com o próprio Nicolas Cage chamado "Cães Selvagens". Se aquele tinha algumas passagens mais autorais, com toques cult, esse aqui é bem mais convencional. Não há espaço para momentos surreais e inusitados. Tudo se desenvolve numa fórmula mais quadrada, nunca fugindo do normal. Também é o filme mais arroz com feijão da filmografia de Schrader. Para quem escreveu o roteiro de "Taxi Driver" e dirigiu filmes diferentes como "A Marca da Pantera" e "Hardcore - No Submundo do Sexo" esse "Vingança ao anoitecer" vai parecer mesmo uma Sessão da Tarde sem maiores novidades ou saltos de genialidade. Os anos em que ele quis revolucionar o cinema americano ficaram definitivamente para trás.

Vingança ao anoitecer (Dying of the Light, Estados Unidos, 2014) Direção: Paul Schrader / Roteiro:  Paul Schrader / Elenco: Nicolas Cage, Anton Yelchin, Alexander Karim / Sinopse: Agente da CIA se torna obcecado em colocar as mãos no terrorista fundamentalista islâmico que o torturou anos atrás. O tal sujeito está morrendo de uma grave doença o que acaba deixando pistas para seguir. O plano do americano é se infiltrar na organização do terror para matar pessoalmente o criminoso internacional, procurado há tantos anos.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Depois do, ótimo, Senhor das Armas, eu dei uma desanimada com o Nicolas Cage, mas acho que este ator já deve estar bilionário de tantos filmes que ele tem feito desde então.

    Off topic: Pablo, lembra que falávamos sobre a questão de panfletarismo dos personagens gays no cinema e nas séries? Bom, acabei de ver Star Trek - Sem Fronteiras e, pasme: em uma cena o piloto da Enterprise Hikaru Sulu olha para o seu painel e vê a foto de uma criança de a cena da a entender ser a sua filha. Bom, logo após a nave ancora em uma super base espacial e todos os tripulantes desembarcam e começam a encontrar alguns parentes e é quando o Sulu vai de encontro aquela menina da foto do painel da nave que está acompanhada do... marido dele, isso mesmo, marido do piloto Sulu. Sentiu a "homenagem" ao George Takei, o antigo Sulu, que que se declarou gay é inclusive um ativista da causa?
    Agora veja o descalabro: pra fazer a apologia gay os caras tornaram um personagem que nunca foi gay em gay, numa suposta homenagem a um ator que não pediu e inclusive ficou muito aborrecido, com várias declarações de desaprovação na impressa por terem feito isso com seu icônico personagem. Cara, da pra aguentar uma coisa dessa? Essa gente é idiota?

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  2. O Sulu não era gay.
    O Takei sim.
    Eu me lembro disso, até porque faz até um certo tempo que vi esse filmes. Achei também forçada a situação. Como o Gene está morto há muitos anos o pessoal da Paramount anda fazendo o que bem entender com a franquia Star Trek. Sinal dos tempos. Fazer o quê? Basicamente, nada. rsrsrs

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  3. Se eu sou gay você também tem que ser. É essa a premissa? Tô fora.

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  5. Em relação a causa gay há dois aspectos. O primeiro é a conscientização de que todos devem respeitar a opção sexual de cada um. Isso traz respeito às pessoas e evita a violência contra homossexuais. Muito louvável. O outro aspecto, negativo ao meu ver, é a propaganda gay, a ideologia de se tentar impor um modo de vida. É igualmente equivocado criticar pessoas religiosas que dizem que o homossexualismo é um pecado. O respeito deve ser mútuo, mas infelizmente isso nem sempre acontece, principalmente dentro dos grupos mais radicais dessa ala LGBT

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