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sábado, 2 de outubro de 2021

Rei dos Ladrões

Título no Brasil: Rei dos Ladrões
Título Original: King of Thieves
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra
Estúdio: StudioCanal
Direção: James Marsh
Roteiro: Joe Penhall
Elenco: Michael Caine, Francesca Annis, Olivia Le Andersen, Jim Broadbent, Tom Courtenay, Ray Winstone

Sinopse:
Um grupo de velhos ladrões, veteranos no mundo do crime, decide roubar um depósito de valores em Londres. Ali pessoas ricas depositam jóias, ações e objetos de valor, a maioria em ouro. O roubo acaba dando muito certo. O valor roubado fica em 300 milhões de libras. Os problemas começam na hora de dividir toda essa fortuna.

Comentários:
"Rei dos Ladrões" é um filme muito bom. Imagine esse grupo de velhinhos na terceira idade se organizando para dar um último golpe. Eles conhecem um sujeito que tem uma chave mestra. Que é possível entrar na sala do cofre. Então eles topam fazer esse último grande roubo. O grupo é formado por idosos, o mais jovem ali já passou dos 70 anos. Vale mais a ousadia do roubo do que o perigo da prisão. Afinal se eles forem para a prisão qual vai ser a diferença? Porém ladrões são ladrões. Quando o roubo é realizado com sucesso começam os problemas. Uns querendo passar a perna nos outros. E para Brian (Caine), o suposto líder daquele bando, as coisas vão ter que ser resolvidas ao velho estilo. Afinal até mesmo no mundo dos ladrões de bancos há conceitos éticos que precisam ser respeitados. E ele está disposto a colocar aquele bando de velhos na disciplina do mundo do crime... mas será que os policiais vão deixar isso acontecer? Assista para descobrir.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Somente o Mar Sabe

Desconhecia totalmente a história que é baseada em fatos reais. Nos anos 60 um prêmio foi prometido ao primeiro navegador que conseguisse dar a volta ao mundo em um veleiro. Detalhe importante: o navegador teria que viajar completamente sozinho, sem o apoio de ninguém. Isso chama imediatamente a atenção de Donald Crowhurst (Colin Firth). Ele é inventor nas horas vagas e apesar de ter um pequeno barco sua experiência em alto-mar é zero. Mesmo assim ele resolve ir atrás de investidores para a aventura. Representando a Inglaterra, logo começa a colocar em prática seus planos. Ele mesmo desenha o projeto do veleiro e após alguns atrasos finalmente consegue colocar o barco no mar. Não há tempo a perder e no mesmo dia em que a embarcação fica pronta ele entra na competição.

O que mais me deixou surpreso nesse filme é que ele conta na verdade uma história que de certa maneira envergonha os ingleses em geral. Não vou soltar spoiler, mas o fato é que o personagem de Colin Firth passa longe de ser um herói da história britânica. No começo do filme você é levado a pensar que se trata de mais um daqueles heróis improváveis que vencendo todas as adversidades acaba fazendo um grande feito pessoal, mas não é nada disso. Embora retratado como bom pai de família, logo que se vê no meio do oceano começa a surgir nele uma personalidade mesquinha, trapaceira, que parece disposto a tudo para alcançar a fama. Conforme o tempo passa, ele também começa a demonstrar sinais de desequilíbrio mental, talvez e muito provavelmente, por ter ficado meses isolado no meio do oceano. Enfim, não é um filme para todos os públicos. Não há heroísmo e nem orgulho, mas apenas muita vergonha em cima de tudo o que aconteceu.

Somente o Mar Sabe (The Mercy, Inglaterra, 2018) Direção: James Marsh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Rachel Weisz, Colin Firth, David Thewlis / Sinopse: Um homem comum, bom pai de família, decide participar de uma competição de volta ao mundo em um veleiro. O navegador precisa viajar completamente sozinho pelo oceano, dar a volta ao mundo e voltar para a Inglaterra no menor tempo possível. O primeiro lugar receberá uma bela bolada em dinheiro. O problema é que a viagem acaba se tornando um desafio acima das possibilidades, levando o navegador solitário a tomar atitudes completamente desprezíveis sob o ponto de vista ético e moral.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A Teoria de Tudo

Título no Brasil: A Teoria de Tudo
Título Original: The Theory of Everything
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: Working Title Films
Direção: James Marsh
Roteiro: Anthony McCarten
Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Tom Prior
  
Sinopse:
Ao entrar numa das melhores universidades da Inglaterra o jovem Stephen Hawking (Eddie Redmayne) pensa que está indo no caminho certo em sua vida. Ele prevê uma brilhante carreira acadêmica em seu futuro. Para completar seu quadro de felicidade Hawking também encontra o amor na presença de Jane (Felicity Jones). Dono de uma inteligência única Hawking só não contava desenvolver os primeiros sintomas de uma série doença que o deixaria preso a uma cadeira de rodas pelo resto de sua vida. Filme premiado no Oscar e no Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Eddie Redmayne).

Comentários:
Esse filme teve seu roteiro escrito a partir do livro de memórias de Jane Hawking, esposa de Stephen. Assim o espectador acaba tendo uma visão muito íntima e familiar da história desse brilhante cientista, o mundialmente conhecido Stephen Hawking. O olhar feminino de tudo o que acontece serve não apenas para mostrar o aspecto mais humano de Hawking como também desvendar sua própria história de superação. Fica óbvio desde o começo do filme que o ator que viesse a interpretar o protagonista teria que ter uma incrível capacidade não apenas dramática, mas também física. Nesse aspecto Eddie Redmayne realmente brilha em cena. Ele está perfeito em sua caracterização. Embora seja cedo ainda para tal afirmação temos que reconhecer que esse seja muito provavelmente o filme de sua vida, aquele pelo qual ficará marcado para sempre. Outro ponto positivo além das atuações vem do próprio roteiro e direção da fita. Não há espaço para sensacionalismo ou exploração da deficiência física que se abateu sobre Hawking. Ao invés disso o filme lida tudo até mesmo com uma fria neutralidade, o que é muito bem-vindo já que o aspecto mais importante da história desse físico nem é tanto sua história pessoal, seus dramas, mas sim sua obra, essa realmente insuperável até os dias atuais. Uma lição de obra e vida para todos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A Teoria de Tudo

Título no Brasil: A Teoria de Tudo
Título Original: The Theory of Everything
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: Working Title Films
Direção: James Marsh
Roteiro: Anthony McCarten, baseado no livro de Jane Hawking
Elenco: Eddie Redmayne, Felicity Jones, Tom Prior
  
Sinopse:
Stephen Hawking (Eddie Redmayne) é um jovem estudante universitário, um talento promissor no mundo da física, que conhece a bela e simpática Jane (Felicity Jones) em uma festa. Tímido e até sem jeito com as mulheres, ele resolve se aproximar para conhecer melhor a garota. Em pouco tempo eles acabam formando um lindo casal. No começo de suas vidas estão prontos para um dia se casarem para constituir um lar e uma família. Seus planos mudam completamente quando Hawking começa a ter pequenos problemas de locomoção. Ele não consegue mais se equilibrar ou caminhar normalmente. Preocupado, acaba indo procurar por ajuda médica e descobre estar com uma síndrome devastadora. Filme vencedor do Oscar, do Globo de Ouro e do Bafta Awards na categoria de Melhor Ator (Eddie Redmayne). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Felicity Jones), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Música.

Comentários:
Nem faz muito tempo assisti a um filme sobre essa mesma história chamado "Hawking". Particularmente gostei muito e talvez por isso tenha levado tanto tempo para ver esse "The Theory of Everything", produção que a crítica adorou. O roteiro de "A Teoria de Tudo" foi baseado no livro autobiográfico escrito por Jane Hawking, uma mulher corajosa e de grande personalidade que foi casada com Stephen Hawking de 1965 a 1995. Como se pode perceber a história do filme, seguindo os passos do livro, começa justamente quando Jane conhece Stephen numa pista de dança durante uma festa na universidade. Ela se interessa imediatamente por ele, em um caso típico de amor à primeira vista e em pouco tempo começam um relacionamento. O que parecia ser um promissor caso amoroso entre dois jovens começando suas vidas acaba sofrendo um revés terrível quando Stephen é diagnosticado com uma devastadora doença neurológica que segundo seu médico o deixará completamente incapacitado em um curto período de tempo. O pior é que portadores dessa síndrome possuem uma pequena expectativa de vida de no máximo dois anos. Imagine o efeito devastador de algo assim sendo comunicado a um brilhante rapaz que teria um futuro promissor pela frente, principalmente por ser um gênio em sua área de estudos do cosmos e da física que rege os grandes astros do universo. E é justamente nesse lado mais humano, bem mais centrado em seu drama pessoal, que o filme se desenvolve, o que convenhamos já era de esperar já que o roteiro foi inteiramente baseado nas experiências de vida narrados pela própria esposa do cientista. Por essa razão o admirador da obra científica escrita por Stephen Hawking não vai encontrar muita coisa interessante para se ver.

O filme é indicado apenas para quem deseja conhecer o aspecto mais pessoal da vida do cientista e não suas teorias que inovaram a ciência de uma forma espetacular. Pessoalmente senti a falta de uma maior profundidade nesse campo, mas tudo bem, a proposta do filme certamente nunca foi essa. Diante disso resta elogiar o perfeito trabalho de atuação do ator Eddie Redmayne como Hawking. Certamente não deve ser nada fácil encarnar uma pessoa com tantos problemas físicos como Stephen. Redmayne se doa ao papel e é justamente isso que separa e destaca as grandes atuações dentro da arte de representar. Ele é a principal razão para se conferir o filme como um todo. Sua atuação inclusive me lembrou muito de Daniel Day-Lewis como Christy Brown em "Meu Pé Esquerdo", película dirigida por Jim Sheridan em 1989, outra fita oscarizada que marcou muito em termos de intensidade dramática, explorando com maestria a vida de um outro brilhante portador de necessidades especiais. A grande lição de todos esses filmes é ensinar ao público o valor da superação do ser humano, acima de tudo. Assim se você estiver em busca da vida mais íntima e pessoal de Hawking essa produção virá bem de acordo com o que você espera encontrar, caso contrário, se você estiver procurando saber quais foram as principais razões do mundo da ciência que transformaram o físico em um dos nomes mais aclamados da física sugiro procurar por outra fonte, a começar por uma biblioteca mais próxima de você.

Pablo Aluísio.