terça-feira, 5 de setembro de 2017

Minha Prima Raquel

Esse filme é um remake de um antigo clássico romântico lançado em 1952 e que tinha no elenco Olivia de Havilland e Richard Burton. A trama se passa na era vitoriana quando dois primos muito próximos são separados quando um deles é diagnosticado com tuberculose. Em busca de um lugar com clima mais ameno ele vai para uma região distante onde acaba conhecendo Rachel Ashley (Rachel Weisz), também sua prima de um outro ramo da família. Não demora muito e eles se casam, mas pelas cartas que envia ao seu primo as coisas não seguem muito bem. Em pouco tempo chega a notícia de sua morte. O primo sobrevivente,  Philip (Sam Claflin), se convence que ele foi morto pela esposa, que estaia de olho em seus bens, mas será que essa suspeita teria base na realidade? Uma vez que ele não tem provas sobre isso...

Eu gosto de chamar esse tipo de narrativa de "trama Dom Casmurro", isso porque assim como aconteceu no famoso livro de Machado de Assis nunca ficamos sabendo da culpabilidade ou não da personagem principal. A Rachel dessa história em muito se assemelha a personagem Capitu de Machado de Assis. Ao longo de toda a estória você nunca saberá com certeza se ela é uma boa moça (isso levando-se em conta seu modo de ser e personalidade que aparenta ter) ou se ela é na realidade uma viúva negra, uma mulher sem escrúpulos, disposta a matar seu próprio marido para ficar com sua herança! O filme tem uma bela fotografia e aquela ambientação que já bem conhecemos, tudo remetendo ao charme da era vitoriana, com seus belos figurinos e cenários. Com um desenvolvimento bem próprio, mais ao estilo europeu de fazer cinema, essa nova versão não decepciona, mas também não inova em quase nada. Um velho problema que parece se repetir em todos os tipos de remakes cinematográficos.

Minha Prima Raquel (My Cousin Rachel, Inglaterra, Estados Unidos, 2017) Direção: Roger Michell / Roteiro: Roger Michell / Elenco: Rachel Weisz, Sam Claflin, Holliday Grainger / Sinopse: Baseado na novela romântica escrita por Daphne Du Maurier, esse filme conta a história da enigmática Rachel (Welsz), que tanto pode ser uma viúva em luto, como também uma assassina fria e inescrupulosa. O primo de seu falecido marido não consegue chegar a uma conclusão sobre isso. Pior, ele aos poucos começa a se apaixonar perdidamente por Rachel e seus encantos femininos. Filme premiado no Golden Trailer Awards.

Pablo Aluísio.

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