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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

O Estranho que Nós Amamos

Título no Brasil: O Estranho que Nós Amamos
Título Original: The Beguiled
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: American Zoetrope
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Albert Maltz
Elenco: Colin Farrell, Nicole Kidman, Kirsten Dunst, Elle Fanning, Oona Laurence, Addison Riecke

Sinopse:
Roteiro baseado no romance escrito por Thomas Cullinan. Durante a guerra civil americana um cabo das tropas da União é gravemente ferido. Encontrado sob uma árvore, próximo a uma escola só para moças, ele é resgatado e levado para dentro da velha mansão. Aos poucos se recupera e começa a virar objeto de desejo de todas aquelas mulheres.

Comentários:
Esse é um remake de um filme de 1971 com Clint Eastwood. Ao contrário do filme original porém, que ia mais para uma linha de western tradicional, esse aqui procura investir em um lado mais cult, sofisticado, como é bem característico dentro da filmografia da diretora Sofia Coppola. Assim ela valoriza muito mais as personagens femininas, deixando em segundo plano a figura do militar ferido, aqui interpretado por Colin Farrell. Produzido pela companhia do pai, o grande Francis Ford Coppola, Sofia realizou um filme com uma bonita fotografia, mas também demasiadamente lento, sem muito ritmo, o que certamente vai causar um certo cansaço no público. Na tentativa de realizar uma obra cinematográfica mais cultural ela acabou mesmo errando na dose, transformando seu filme em algo chato e enfadonho. Mesmo assim, se você conseguir sobreviver ao ritmo lento, quase parando, vai ao menos conhecer uma boa história, mesmo que ela já tenha sido contada melhor antes com o ícone dos filmes de western Clint Eastwood.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Segredos de Sangue

Não parece, mas esse é um filme sobre psicopatas, psicopatas em família. Quando começa somos apresentados a mãe e filha, ambas em luto pela morte do pai. A filha, chamada India (Mia Wasikowska), era muito próxima dele. Provavelmente era além de seu pai, seu único amigo nesse mundo. A garota não é muito comum. Vista como esquisita na escola, ela tem um jeito de ser introvertido, embora seja extremamente inteligente. Com a mãe nunca se deu muito bem, até porque ela esperava outro comportamento da filha. A mãe é interpretada por Nicole Kidman, aqui novamente esbanjando beleza, como sempre aliás. Com a morte do pai chega para os funerais seu irmão, Charles (Matthew Goode), que elas pouco conhecem e praticamente nada sabem de seu passado. Aos poucos tudo vai se revelando, inclusive um passado trágico.

A linguagem que o diretor Chan-wook Park impôs ao filme lembra bastante a própria personalidade da jovem protagonista India, ou seja, contemplativo, meio silencioso, bem esquisito. A narrativa em certos momentos lembra uma fábula absurda, com muitos toques de humor negro. Como não poderia deixar de ser, quem brilha no elenco é justamente ela, a atriz australiana Mia Wasikowska. Ela sempre me chama atenção nos filmes em que atua. O público em geral a associa ao filme "Alice" de Tim Burton, que chegou a render absurdos 1 bilhão de dólares nas bilheterias. Mia porém não se resume a Alice. Aliás esse pode ser considerado um de seus momentos mais fracos no cinema. Ela tem uma filmografia bem mais interessante, inclusive nesse "Segredos de Sangue" ela surge com os cabelos pintados de preto, para ajudar na composição de sua personagem, que tem uma simbiose natural com o sombrio e o soturno. Ficou bastante diferente, mas também sedutora, de uma maneira até bem doentia.

O grande mérito desse filme porém vem realmente de seu roteiro. Ele começa como um tipo de drama emocional (ou nada emocional se formos levar em conta o jeito de Mia). O pai está morto, a mãe não está com muita disposição de ficar em luto eterno e o tio chega na casa. Um cara bonitão, com jeito de boa praça, bem sucedido, carrão conversível. Para a bizarrice ser completa ele acaba seduzindo a viúva do irmão, pior do que isso, se insinua para a própria sobrinha! Ecos de incesto por todos os lados. O roteiro porém não cai em armadilhas e situações clichês. Ao invés disso dá uma guinada ainda mais estranha para o lado mais bizarro dessa família. Como escrevi no começo do texto, é um filme sobre psicopatas com laços familiares. Assim não espere por nada muito convencional pois definitivamente esse filme não se enquadra em algo comum, do tipo que você está acostumado a assistir.

Segredos de Sangue (Stoker, Estados Unidos, Inglaterra, 2013) Direção: Chan-wook Park / Roteiro: Wentworth Miller / Elenco: Mia Wasikowska, Nicole Kidman, Matthew Goode, Dermot Mulroney / Sinopse: Depois da morte do pai, mãe e filha, India (Mia Wasikowska) e Evelyn Stoker (Nicole Kidman) respectivamente, recebem a visita do irmão dele, o desconhecido e misterioso tio Charles (Matthew Goode). Onde ele estava durante todos esses anos? O que fez? Quais são seus segredos mais bem guardados? Filme premiado no Fangoria Chainsaw Awards e CinEuphoria Awards.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de outubro de 2017

O Estranho que Nós Amamos

Quando você ler o título desse filme muito provavelmente vai ficar com a impressão de que já o assistiu antes. De fato, esse é um remake de um filme estrelado por Clint Eastwood em 1971, com direção do excelente Don Siegel. A história segue sendo a mesma: um soldado ianque, das tropas da União, durante a guerra civil americana, é encontrado morrendo debaixo de uma árvore, perto de uma tradicional escola de moças no sul dos Estados Unidos. As garotas então resolvem ajudá-lo, mesmo sendo do exército inimigo. Uma questão de misericórdia cristã. Ela pensam salvar sua vida para depois entregá-lo aos confederados.

Assim o cabo John McBurney (Colin Farrell) é levado para dentro do casarão para ser tratado. Ele tem a perna em frangalhos, muito provavelmente morrerá, mas as damas sulistas não desistem. Comandadas pela diretora da escola, a senhorita Martha Farnsworth (Nicole Kidman), todas tentam salvar sua vida. Depois de um tempo ele começa a se recuperar e então começam os problemas. Não precisa ser muito perspicaz para entender que a presença de um homem naquela escola só para moças logo desperta desejos, atração e ciúme entre todas elas. As garotas, na flor da idade, vivem isoladas e reclusas, sem ver nenhum homem por perto. Por mais bem educadas que fossem não haveria mesmo como soterrar todos os desejos delas. O militar sabe bem disso e começa a jogar com elas, o que obviamente vai lhe custar muito caro.

Esse remake não diz muito a que veio. Quem assistiu ao filme original certamente vai ver que um Colin Farrell jamais conseguirá substituir um Clint Eastwood à altura! É uma comparação até mesmo injusta. Não há como compará-los mesmo. Quando fez o primeiro filme Clint Eastwood era ainda bem jovem, convencendo completamente como um soldado da guerra civil. Já Farrell parece muito frágil, fraco, nada convincente. Nem nas cenas de fúria ele passa muita credibilidade. Clint era claramente mais viril e áspero. Outro problema é que a diretora Sofia Coppola resolveu aproveitar o uso da luz natural de velas do ambiente onde se passa quase toda a história (dentro da escola de moças) para iluminar as cenas. Ficou péssimo! O filme é escuro demais, você mal vai conseguir ver as atrizes e o ator no meio da penumbra, da escuridão! Muito ruim. Fora isso é mais do mesmo. Remakes, como eu já disse inúmeras vezes, geralmente são apenas filmes inúteis. Melhor rever o classicão faroeste com Clint Eastwood, sem dúvida!

O Estranho que Nós Amamos (The Beguiled, Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Direção: Sofia Coppola / Roteiro: Albert Maltz, baseado no romance escrito por Thomas Cullinan / Elenco: Colin Farrell, Nicole Kidman, Kirsten Dunst, Elle Fanning / Sinopse: Durante a guerra civil americana um soldado ianque é encontrado morrendo em um bosque perto de uma escola sulita para moças e damas da sociedade. Levado para dentro do casarão ele passa a ser tratado pelas jovens e pela diretora do estabelecimento, a senhorita Martha (Kidman). Conforme o tempo passa sua presença começa a despertar os desejos de todas aquelas mulheres solitárias, isoladas e reclusas por causa da guerra.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Nicole Kidman - Primeiros Filmes

Terror a Bordo (1989) 
O primeiro filme com Nicole Kidman a ter sucesso internacional foi essa produção australiana chamada "Terror a Bordo". Era um suspense dirigido pelo cineasta veterano Phillip Noyce. O roteiro contava a estória de suspense e terror passada em um veleiro, no meio do oceano. O filme chamou a atenção da crítica internacional, ganhou status de cult movie e abriu as portas de Hollywood para a atriz.

Dias de Trovão (1990)
O primeiro filme de repercussão internacional que a atriz participou foi esse "Dias de Trovão". Foi a primeira grande produção da carreira da atriz que contracenava com o astro e ídolo Tom Cruise. O romance dos personagens acabou passando para fora das telas e Nicole e Cruise começaram a namorar, em um dos romances mais badalados dos anos 90. Romance esse que iria virar casamento que infelizmente não iria terminar muito bem, anos depois. "Dias de Trovão" foi dirigido por Tony Scott que em suas próprias palavras quis realizar um "Ases Indomáveis com carros de corrida"

Flertando - Aprendendo a Viver (1990)
Depois do blockbuster "Dias de Trovão", ao lado do namorado Tom Cruise, Nicole resolveu alisar seus cabelos que chamavam a atenção por causa de seus longos cachos ondulados, para atuar nesse pequeno filme independente chamado "Flirting", dirigido por John Duigan. O filme se passava todo em um ambiente escolar nada saudável. A produção australiana foi premiada em seu país, pelo Australian Film Institute, ganhando uma boa receptividade por parte da crítica internacional de um modo em geral.

Billy Bathgate: O Mundo a Seus Pés (1991)
Filme passado na era dos grandes gangsters americanos. Nicole Kidman interpretou uma personagem chamada Drew Preston, em um papel não muito significativo. Foi complicado para a atriz se sobressair em um elenco com tantos astros como Dustin Hoffman e Bruce Willis. Dirigido pelo cineasta Robert Benton, o filme não conseguiu fazer sucesso, ficando no meio do caminho. Com orçamento milionário o filme foi mal nas bilheterias. Uma das poucas coisas boas, segundo a crítica da época de lançamento da produção, era justamente a presença de Kidman, que com figurino de época ficou ainda mais bonita e glamorosa.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Big Little Lies

Série: Big Little Lies
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Jean-Marc Vallée, entre outros
Roteiro: Liane Moriarty, David E. Kelley, entre outros
Elenco: Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Alexander Skarsgård, Laura Dern

Episódios Comentados:


Big Little Lies 1.01 - Somebody's Dead
Essa nova série tem um elenco muito bom, acima da média, além de ter sido muito bem recomendada pela crítica. Esse primeiro episódio porém não me convenceu muito. Fiquei com a impressão de estar assistindo a uma versão adulta de "Pretty Little Liars". Saem as adolescentes e entram mulheres mais velhas, donas de casa, mães de famílias. Há um crime - não muito explicado - e durante as investigações um longo flashback é aberto, mostrando as principais envolvidas no assassinato de uma pessoa numa festa (o roteiro não explica muito além disso). Assim voltamos no tempo e encontramos uma série de personagens bem chatas (para dizer o mínimo). Todas parecem ser altamente falsas, frívolas e arrogantes.

A principal que puxa o coro é Madeline Martha Mackenzie (Reese Witherspoon) que fala pelos cotovelos e parece ter amizades (falsas) com todas as mulheres da região. Completam o quadro a recém chegada (e esquisita) Jane Chapman (Shailene Woodley) e a tímida e introvertida Celeste Wright (Nicole Kidman). O ponto alto da "dramaticidade" desse primeiro episódio é uma briguinha de pré-escola envolvendo os filhinhos delas. Muito chato. Certamente eu não faço parte do público que esse tipo de série quer alcançar, pois parece mesmo um novelão Made in USA. Não gostei muito desse primeiro episódio e muito provavelmente não irei acompanhar. Assisti mesmo por mera curiosidade e de fato não apreciei muito o que vi. A palavra chatice parece resumir tudo por aqui. / Big Little Lies 1.01 - Somebody's Dead (Estados Unidos, 2017) Direção: Jean-Marc Vallée / Roteiro: Liane Moriarty, David E. Kelley / Elenco: Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Shailene Woodley, Alexander Skarsgård, Laura Dern. 

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de março de 2017

Lion - Uma Jornada Para Casa

Título no Brasil: Lion - Uma Jornada Para Casa
Título Original: Lion
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Austrália, Inglaterra
Estúdio: The Weinstein Company
Direção: Garth Davis
Roteiro: Luke Davies
Elenco: Dev Patel, Nicole Kidman, Rooney Mara, Sunny Pawar, Abhishek Bharate, David Wenham
  
Sinopse:
Com roteiro baseado no livro de memórias "A Long Way Home" de Saroo Brierley, o filme conta a história real desse autor. Quando ele tinha apenas 6 anos de idade ele se perdeu de seu irmão, em uma estação de trem na Índia. Ao entrar em um vagão ele acabou indo parar em Calcutá, 1600 km de distância da casa de sua mãe. Acabou virando por um tempo um menino de rua, perdido, sem destino. Resgatado por autoridades acabou sendo colocado para adoção, sendo finalmente enviado para a Austrália, onde foi adotado por um casal de australianos. Vinte anos depois ele decide reencontrar o caminho de seu lar original.

Comentários:
Mais um que concorreu ao Oscar de melhor filme nessa última premiação do Oscar. No total foram seis indicações, além de melhor filme concorreu também aos prêmios de melhor ator coadjuvante (Dev Patel), atriz coadjuvante (Nicole Kidman), roteiro adaptado (Luke Davies), fotografia (Greig Fraser) e música (Dustin O'Halloran e Volker Bertelmann). Não ganhou nenhum prêmio na noite. Uma pena porque realmente gostei desse "Lion". No começo fiquei com um pé atrás porque esse ano tivemos uma seleção irregular no Oscar. Inicialmente achei que não seria um grande filme, mas acabei me equivocando. Realmente é uma bela obra cinematográfica que se destaca não apenas por causa de sua história (bem impressionante) como também pelo excelente roteiro, muito bem estruturado. O enredo se baseia na história de um garotinho que se perde de sua família na Índia (um dos países mais populosos do mundo). Tão jovem, sem saber nem direito pronunciar o nome de seu vilarejo, ele acaba indo parar nas ruas, ao lado de outras milhares de crianças que vagueiam sem destino e sem futuro. Depois de quase ir parar nas mãos de uma rede de pedofilia (um aspecto apenas sugerido pelo roteiro), ele é salvo pelas autoridades indianas que logo o colocam no sistema de adoção para casais estrangeiros. 

Assim o garoto Saroo acaba indo parar no outro lado do mundo, na Austrália, sendo adotado por um casal (onde a esposa é interpretada por uma envelhecida e nada glamorosa Nicole Kidman). O tempo passa e vinte anos depois, usando o programa Google Earth, ele acaba descobrindo o nome de sua vila, o lugar e como chegar lá. Já universitário na Austrália faz a viagem de retorno para casa, para tentar encontrar a mãe e o irmão que ficaram para trás há tanto tempo. Um dos aspectos mais interessantes de "Lion - Uma Jornada Para Casa" é o contraste entre a infância pobre e miserável na Índia e as inúmeras possibilidade que se abrem ao garoto após ele ir parar na ensolarada e desenvolvida Austrália. Um choque de realidades realmente de impressionar. Essa experiência única de vida do protagonista Saroo Brierley daria origem a uma organização de ajuda humanitária às crianças desaparecidas (são milhares todos os anos na Índia). Um final bem feliz para uma história pessoal que poderia muito bem terminar em uma grande tragédia.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de outubro de 2016

De Olhos Bem Fechados

Stanley Kubrick foi inegavelmente um gênio da história do cinema. Infelizmente sua despedida da sétima arte deixou bastante a desejar. Em 1999 o cineasta realizou seu último filme "Eyes Wide Shut" (que no Brasil recebeu o título de "De Olhos Bem Fechados"). Era um drama com toques eróticos estrelado pelo casal Tom Cruise e Nicole Kidman. Como Kubrick faleceu antes da estreia do filme criou-se uma sensação de que estava por vir mais uma obra prima do diretor, a sua obra prima final. Os críticos criaram muitas expectativas e o público (pelo menos aquele formado por cinéfilos mais interessados na história do cinema) prestigiaram a chegada da película nas telas. Posso dizer, com conhecimento de causa, que a expectativa alta logo se transformou em decepção amarga. Nem os mais fervorosos fãs da obra de Kubrick conseguiram esconder o desapontamento. O filme se revelava na tela inconclusivo, arrastado e até mesmo chato. Pior do que isso, sua carga de erotismo, que deveria seu forte, se revelava pífia, sem sedução alguma.

Kubrick parecia interessado em explorar o mundo de uma sexualidade mais doentia, misteriosa, fora dos padrões. Em alguns momentos até conseguiu captar algumas belas cenas, tudo valorizado por uma bonita direção de arte, mas foi pouco para quem estava esperando um grande filme.A reação negativa do filme também não se limitou ao círculo restrito ao público que pagou e se decepcionou com o resultado. O próprio casal que estrelou o filme viu sua relação ser abalada, tudo desencadeando para o divórcio. Alguns afirmam que Kidman teria reclamado da exposição a que foi submetida (ela tinha cenas de nudez), mas outros acreditam que Tom Cruise se separou dela apenas por motivos financeiros. A poucas semanas dela ter direito à metade de sua fortuna (algo que teria sido estabelecido em uma cláusula contratual de seu casamento), Cruise teria encerrado o relacionamento. Enfim, ao que parece a experiência de "Eyes Wide Shut" acabou não sendo boa para absolutamente ninguém.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Rainha do Deserto

Título no Brasil: Rainha do Deserto
Título Original: Queen of the Desert
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Marrocos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Werner Herzog
Roteiro: Werner Herzog
Elenco: Nicole Kidman, James Franco, Robert Pattinson, Damian Lewis, Mark Lewis Jones, Jenny Agutter
  
Sinopse:
Inglaterra, 1906. A britânica Gertrude Bell (Kidman) decide ir embora para o Oriente Médio para trabalhar na embaixada de seu país naquela região desértica. O Império Otomano que dominou a política por anos está desmoronando. Em seu lugar começam a surgir colônias das principais potências européias da época. Para Gertrude porém o mais importante é ter encontrado o homem de sua vida, o secretário diplomático Henry Cadogan (James Franco). Seus planos de felicidade porém são interrompidos por um trágico acontecimento.

Comentários:
Teria o veterano Werner Herzog tentado recriar o clima dos antigos épicos no deserto como, por exemplo, "Lawrence da Arábia"? Bom, saber suas reais intenções é bem complicado, porém foi justamente essa a impressão que tive assistindo a esse seu novo filme. Tudo faz lembrar o clássico de David Lean, inclusive a presença do próprio T.E. Lawrence no filme (em fraca atuação do ator Robert Pattinson). Ele é apenas mais um estrangeiro tentando entender a política existente entre todas aquelas tribos de beduínos do deserto. A personagem de Nicole Kidman também, só que ela tem outros objetivos em vista. Amargurada pela morte de um grande amor ela parte para as areias sem fim do Oriente Médio numa espécie de busca por si mesma. Uma viagem existencial, acima de tudo. Claro que no meio da jornada ela acaba encontrando todos os tipos que vivem naquelas terras perdidas no tempo. As relações tribais seguem sendo as mesmas de tempos imemoriais, assim como as guerras, conflitos e violência que sempre caracterizaram aqueles povos árabes. O curioso, do ponto de vista histórico, é que essa inglesa interpretada por Kidman, Gertrude Bell, acabou sendo peça central na demarcação das fronteiras dos países que surgiram no meio das ruínas do antigo império Otomano. Foi dela as linhas traçadas separando as novas colônias inglesas do Iraque, Síria e Jordânia. 

Conforme o futuro provou não foi uma boa ideia. Muitas dessas nações não demoraram a entrar em guerras que duram até os dias de hoje. Politicamente porém é bom salientar que nada de muito profundo você encontrará nesse roteiro. A Gertrude desse filme, ao contrário da mulher real que viveu no começo do século XX, estava mais para uma lady tentando curar as feridas de um coração destroçado. Visualmente o filme é belíssimo, com longas tomadas de Herzog desfrutando a beleza natural das areias do deserto, porém senti realmente falta de uma maior densidade dramática em seu roteiro. Com longa duração o filme poderia explorar mais o cenário geopolítico daquela região, mas perde tempo demais com os relacionamentos amorosos da protagonista. Tragicamente todos eles acabam terminando muito mal. De qualquer forma ainda deixo a indicação dessa produção, não apenas pelas belas imagens (algumas parecendo até mesmo pinturas clássicas) como também pelo fato de que resgata o interesse em torno dessa mulher pioneira que de certa forma acabou sendo esquecida pela história. Por fim, um aspecto curioso: o filme foi todo rodado no Marrocos e não no Oriente Médio. A razão é bem simples de entender pois seria extremamente perigoso levar toda uma equipe de filmagem norte-americana para uma região tão desestabilizada como aquela. Com a Síria e o Iraque em guerra civil isso seria simplesmente impossível. Filme indicado ao Urso de Ouro no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O Mestre dos Gênios

Título no Brasil: O Mestre dos Gênios
Título Original: Genius
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Riverstone Pictures
Direção: Michael Grandage
Roteiro: John Logan
Elenco: Colin Firth, Jude Law, Nicole Kidman, Guy Pearce, Laura Linney, Dominic West, Vanessa Kirby
  
Sinopse:
O filme narra a história real do editor de livros Maxwell Evarts Perkins (Colin Firth). Trabalhando em uma editora de Nova Iorque ele acaba trabalhando ao lado de alguns dos maiores escritores da história americana como F. Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway. Recebendo dezenas de textos novos todos os dias para analisar, ele acaba se interessando por um novo romance escrito por um jovem desconhecido chamado Thomas Wolfe (Jude Law). Com imenso talento para escrever, ele é um tipo explosivo, complicado de se lidar no dia a dia. Mesmo assim Maxwell resolve contratá-lo, iniciando a partir daí um relacionamento dos mais marcantes da história da literatura. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.

Comentários:
Esse é exatamente o tipo de filme que mais sinto falta nos dias atuais. Apostando em um roteiro mais sofisticado, inteligente e sutil, o texto aposta suas fichas no conturbado relacionamento profissional entre um famoso editor de livros e um jovem escritor, cheio de ideias inovadoras e com muita vontade de se consagrar no mundo da literatura. Certamente não é o tipo de produção que vai arrecadar milhões nas bilheterias, mas certamente será aquele tipo de filme que vai lhe trazer muito prazer em assistir, ainda mais se você faz do hábito da leitura um companheiro em suas horas vagas. E não estamos aqui falando de literatura de bolso de baixa qualidade ou importância, mas sim de alguns dos escritores mais importantes da literatura mundial em todos os tempos. O filme traz para a tela três deles: F. Scott Fitzgerald (em plena crise de criatividade, passando por um sério problema pessoal com o gradual processo de enlouquecimento de sua esposa), Ernest Hemingway (ainda expansivo como só ele sabia ser, prestes a escrever sua maior obra prima, "Por Quem os Sinos Dobram") e finalmente o novato do trio, o esfuziante Thomas Wolfe (chegando ao ponto de ser um figura constrangedora por causa de seu temperamento explosivo). O ponto de ligação de todos eles era justamente o veterano editor Maxwell Perkins (em contida interpretação do sempre correto Colin Firth). 

O enredo se passa na década de 1940, em um tempo em que os lares sequer tinham televisão (e onde todos se reuniam ao redor do rádio para ouvir as notícias e as radionovelas). Há uma deliciosa narrativa explorando a vida (muitas vezes sofrida) de todos esses consagrados escritores, mostrando que ser um editor naqueles tempos pioneiros não era certamente algo fácil, pois além de trabalhar bastante nos próprios livros, esse ainda tinha que ser amigo pessoal, psicólogo e braço direito. Era realmente um tipo de relação muito próxima, que ultrapassava em muito a mera aproximação profissional. Todo o elenco está bem, porém o destaque mesmo vai para Jude Law. O seu Thomas Wolfe lhe abre as melhores oportunidades de declarar os mais bem escritos diálogos do filme. Já o mesmo não se pode falar da estrela Nicole Kidman. Ela interpreta uma mulher perturbada psicologicamente por ter se envolvido com Wolfe, chegando ao ponto inclusive de tentar suicídio na própria editora de seu amado! De qualquer forma, mesmo em papel reduzido, Kidman acrescenta sempre algo nos filmes em que trabalha. Então é isso. Essa é uma boa indicação para quem esteja procurando por um tipo de produção mais sofisticada, como escrevi. Um filme de muito bom gosto, ótima produção, excelente direção de arte e reconstituição de época, que seguramente vai satisfazer até mesmo o gosto dos cinéfilos mais exigentes. É sem dúvida um filme altamente recomendado.

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de julho de 2016

A Feiticeira

Fracasso de público e crítica essa comédia "A Feiticeira" é na realidade um remake camuflado para o cinema de uma série que foi muito popular na década de 1960. Durante oito temporadas o público acompanhou as aventuras de Samantha (interpretada na série por Elizabeth Montgomery), uma típica dona de casa americana que também tinha poderes mágicos. Era uma sitcom com uma pitadinha de fantasia que cativou a audiência. Era divertido, engraçado e carismático. Bom, infelizmente nada se repete nesse remake. Estrelado pela linda Nicole Kidman o estúdio tinha esperanças que se tornasse uma nova franquia com a atriz, mas tudo foi mesmo por água abaixo. 

A crítica malhou impiedosamente e o público deixou os cinemas vazios. Hoje, por uma ironia do destino, a Rede Globo está exibindo o filme na Sessão da Tarde. Pois bem, na época de lançamento do filme foi dito que ele seria ao estilo Sessão da Tarde, o que acabou se confirmando. Embora conte também em seu elenco com um dos comediantes mais insuportáveis de todos os tempos (o sem graça Will Ferrell) o filme tem pelo menos um presente para os cinéfilos de plantão: a presença da sempre exuberante Shirley MacLaine. Mito do cinema clássico não merecia ter um abacaxi desses listado em sua maravilhosa filmografia. Mostra que infelizmente nem as deusas da sétima arte estão livres de pagar grandes micos na carreira.

A Feiticeira (Bewitched, Estados Unidos, 2005) Direção: Nora Ephron / Roteiro: Nora Ephron, Delia Ephron / Elenco: Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine / Sinopse: Jack Wyatt (Ferrell) é um ator fracassado que decide jogar todas as suas fichas na produção de uma nova versão da conhecida série "A Feiticeira". O que ele nem desconfia é que a atriz que contrata tem um poder real, sendo uma verdadeira feiticeira.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de abril de 2016

Reencontrando a Felicidade

Título no Brasil: Reencontrando a Felicidade
Título Original: Rabbit Hole
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Olympus Pictures, Blossom Films
Direção: John Cameron Mitchell
Roteiro: David Lindsay-Abaire
Elenco: Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Dianne Wiest

Sinopse:
A vida de um jovem casal desmorona após a morte do filho, vítima de um carro em uma estrada perto de sua casa. A partir desse trágico acontecimento sua mãe, Becca (Nicole Kidman), entra em profunda depressão, destruindo aos poucos todos os aspectos de sua vida pessoal. Seu único consolo parece vir de um relacionamento não definido com um rapaz que parece possuir uma ligação direta com os nefastos acontecimentos do passado. Filme indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Atriz (Nicole Kidman).

Comentários:
Nicole Kidman vinha em baixa na carreira, acumulando fracassos de bilheteria e de público quando lhe caiu em mãos o roteiro desse drama. É de fato uma história muito triste mostrando uma mãe tentando encontrar algum sentido em sua vida após a morte do pequeno filho. Não é um filme indicado para pessoas que sofram de depressão ou que possuam uma personalidade mais melancólica já que nem a roteirista e nem o diretor optaram por contar uma trama de redenção ou final feliz. Na verdade a personagem de Kidman mergulha no que há de mais obscuro da alma humana para tentar entender as armadilhas do destino. O grande triunfo para Nicole Kidman veio do fato de sua atuação ter sido considerada uma das mais inspiradas do ano, a ponto inclusive dela ser indicada para os três principais prêmios da indústria cinematográfica. A própria atriz, sendo mãe, afirmou que tentou mergulhar nesse sentimento terrível de perda de seu próprio filho, numa imersão completa dentro do papel que desempenhava. Um trabalho maravilhoso que mereceu todo o reconhecimento possível. "Rabbit Hole" é sem dúvida um dos melhores dramas dos últimos anos.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de março de 2016

Malícia

Título no Brasil: Malícia
Título Original: Malice
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Harold Becker
Roteiro: Aaron Sorkin, Jonas McCord
Elenco: Alec Baldwin, Nicole Kidman, Bill Pullman
  
Sinopse:
Um conto sobre um casal, há pouco tempo casado, que gostaria muito de realizar o sonho de ter filhos. A esposa Tracy (Nicole Kidman) ensina arte e Andy (Bill Pullman) está no topo de sua carreira, exercendo a função de reitor em uma bela Universidade. A vida do casal muda repentinamente quando Tracy passa mal e é levada ao hospital, onde acaba conhecendo o médico Jed (Alec Baldwin), que tem planos sombrios para o futuro daquele casal. Filme vencedor do festival Cognac Festival du Film Policier na categoria de Melhor Direção (Harold Becker).

Comentários:
Nicole Kidman, quando jovem, foi uma das mulheres mais bonitas do cinema. Hoje, claro, ela ainda continua charmosa e mais elegante do que nunca, naquele tipo de sensualidade que apenas a maturidade consegue trazer para o sexo feminino, mas no começo de sua carreira ela era realmente algo impressionante. Uma beleza estupenda, de fechar quarteirão. Não sei exatamente a razão (ou talvez até saiba demais), mas o fato é que sempre associei sua figura à da princesa e musa Grace Kelly. Como não tive a oportunidade de viver na época de Kelly, transportei, até de forma inconsciente, aquela imagem para a Nicole Kidman, que acabou se tornando assim em minha mente a Grace Kelly da minha vida de cinéfilo na modernidade. Dito isso não vou me alongar muitos nos supostos méritos desse filme. Ele é apenas ok em minha opinião. É um daqueles Thrillers típicos dos anos 1990. Bem feito, com roteiro redondinho. Bom para ver em casa no VHS. Sem receios de parecer vazio ou superficial escrevo que o grande atrativo de "Malice" é mesmo a presença luminosa de uma jovem Kidman, linda de morrer! Impossível não se apaixonar. Todo o resto é secundário.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Olhos da Justiça

O agente do FBI Ray (Chiwetel Ejiofor) é transferido para a promotoria de Los Angeles, para trabalhar na divisão de combate ao terrorismo. Lá encontra Claire (Nicole Kidman) que também está começando no novo departamento. Formada em direito em Harvard ela tem muitas ambições na carreira. Eles inicialmente investigam as atividades de uma mesquita na cidade até que o corpo de uma jovem é encontrado nas proximidades, em um depósito de lixo. O que deixa o grupo ainda mais consternado é o fato dela ser a filha da investigadora Jess (Julia Roberts). A partir desse homicídio, Ray começa a ficar obcecado em colocar as mãos no assassino, dando origem a uma jornada obsessiva que durará anos a fio. "Olhos da Justiça" é o remake americano do filme espanhol e argentino "El Secreto de sus Ojos", produção dirigida por Juan José Campanella em 2009. A versão original foi premiada com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro naquele ano. Agora ganha sua versão americana com um belo elenco.

A história se desenvolve intercalando inúmeros flashbacks ao longo do enredo. Assim a trama avança e recua no tempo a todo momento. Isso causa alguns problemas, principalmente em relação ao elenco. A diferença entre os dois fios narrativos é de 13 anos, mas personagens como a da atriz Julia Roberts não parecem envelhecer com o tempo. Ela na verdade aparece bem envelhecida nas duas linhas do tempo (o passar dos anos não foi muito generoso com Julia, temos que reconhecer). Apesar dessa artimanha narrativa o fato é que a trama em si é bem básica, tudo se resumindo nos esforços de Ray em descobrir quem teria assassinado a filha de Jess. Não há muitas explicações convincentes sobre as causas que dão origem a essa verdadeira obsessão em sua vida, mas tudo bem, não é algo que vá atrapalhar o desenvolvimento do filme. O curioso mesmo é ver duas estrelas de primeira escalão em Hollywood como Kidman e Roberts servindo de escada para o ator Chiwetel Ejiofor. O grande problema do filme ao meu ver tem mais a ver com o final, o desfecho dos acontecimentos. A solução para o tormento do protagonista é completamente ilegal, antiético, até mesmo criminoso. O final do filme assim me pareceu completamente absurdo (e soará da mesma forma para os que tiverem o mínimo de bom senso). A única que passa incólume de tudo isso é justamente a personagem de Nicole Kidman. Ela aliás é um dos grandes atrativos para se conferir esse filme, que é bem interessante, embora nunca consiga se tornar muito acima da média. De qualquer maneira pelo elenco em si vale a pena ao menos conhecer.

Olhos da Justiça (Secret in Their Eyes, EUA, 2015) Direção: Billy Ray / Roteiro: Billy Ray, baseado no filme "El secreto de sus ojos" de Juan José Campanella / Elenco: Chiwetel Ejiofor, Nicole Kidman, Julia Roberts, Dean Norris, Alfred Molina / Sinopse: Um agente do FBI se torna completamente obcecado em resolver um caso de assassinato envolvendo a filha de uma colega de trabalho. Ao longo dos anos ele passa a perseguir suspeitos, reais e imaginários, do homicídio, até se dar conta da assombrosa verdade dos fatos. Filme vencedor do Image Awards na categoria de Melhor ator (Chiwetel Ejiofor).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Grace de Mônaco

Fui ver com a maior boa vontade do mundo. Ok, eu estava com um pé atrás pois li uma quantidade considerável de críticas negativas. Como sou uma criança pura e santa, cheia de bons sentimentos de açúcar no coração ainda acreditei que veria um filme ao menos bom. Até porque o elenco contava com a maravilhosa Nicole Kidman, uma das minhas paixões subliminares. Não colou. Perdi meu olhar inocente. O filme é muito, muito fraco e ruim. Chega a ser constrangedor. O pior é que me decepcionou justamente naquilo que considerava jogo ganho, ou seja, na produção fina e elegante. Não é nada disso. Havia um canal na Inglaterra de nome Hallmark que era especialista nisso. Ele tentava fazer filmes sobre a realeza britânica porém quase nunca tinha grana para isso. Então as coisas saiam bem mal feitas, parecendo telefilme barato. Acabava virando comédia involuntária com todas aquelas encenações de jantares finos da realeza com talheres ordinários e cenários da plebe. Um horror!

Grace de Mônaco parece telefilme barato, sinto muito dizer. A Grace Kelly era um símbolo de glamour em Hollywood e depois foi ser princesa em Mônaco. Quer coisa mais fina do que isso santa? Se não tinham recursos para contar uma história dessas então era melhor nem fazer o filme. Fizesse da Dilma, mostrando ela como guerrilheira fuinha nos anos 60. Seria mais adequado. Pior foi colocar Kidman como isca para os desavisados (inclusive esse que aqui está lamentando em breves e decepcionadas linhas). Tenham consideração senhores produtores. Esse filme tal como ficou merecia no máximo ser exibido numa quarta-feira à noite no Hallmark e olhe lá! Tudo para rirmos somente. No Brasil resolveram jogar Grace nos cinemas e pegaram muita gente pelo pé. E antes que termine fica o recado: se você for cinéfilo e fã da Grace atriz, esqueça. O roteiro, insosso até o osso, se concentra mesmo no romancezinho fake de Grace com o Príncipe Rainer II, que de Príncipe tinha pouca coisa pois era feio e tinha rosto de furão de árvore (com aquele bigodinho fora de moda e patético que o deixava ainda mais freak). Melhor para a Marilyn Monroe que convidada pelo sapo se recusou a se casar com ele. De burra a loira não tinha nada. Pelo menos a eterna deusa do cinema se safou de depois pagar mico na tela grande com um filme tão fraquinho como esse. Grace, a verdadeira, merecia destino melhor e a Kidman, com quem ainda vou me casar, não merecia participar de um filme tão sem importância e esquecível.  Desce o pano!

Grace de Mônaco (Grace of Monaco, Estados Unidos, França, Bélgica, Itália, Suíça, 2014) Direção: Olivier Dahan / Roteiro: Arash Amel / Elenco: Nicole Kidman, Frank Langella,Tim Roth, André Penvern / Sinopse: Adaptação para o cinema de parte da vida da atriz Grace Kelly que largou uma carreira de estrela em Hollywood em seu auge para se tornar princesa do pequeno reino de Mônaco na Europa. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A Feiticeira

Título no Brasil: A Feiticeira
Título Original: Bewitched
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron, Delia Ephron
Elenco: Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine

Sinopse:
Isabel Bigelow (Nicole Kidman) tem poderes especiais mas prefere a todo custo levar uma vida normal. Seus dias de tranquilidade acabam quando ela é escolhida pelo ator decadente Jack Wyatt (Will Ferrell) para ser a nova estrela de um remake da antiga série "A Feiticeira". O que parecia inicialmente uma boa ideia acaba causando uma série de confusões para Isabel, Jack e todos os envolvidos no novo programa.

Comentários:
Eu não sei como um filme dirigido pela talentosa Nora Ephron, estrelada pela gracinha Nicole Kidman e com um material tão simpático como a do antigo seriado cult "A Feiticeira" consegue ser tão ruim! Por falar na série original ela foi um sucesso e tanto, inclusive no Brasil. Ficou no ar de 1964 a 1972 e foi cancelada não por falta de audiência mas sim por puro esgotamento pois não havia mais como levar aquele enredo em frente. Oito temporadas depois e a carismática atriz Elizabeth Montgomery ficou marcada para sempre como a dona de casa e "feiticeira" Samantha Stephens. O projeto de levar a personagem para o cinema durou muitos anos, com idas e vindas até que em 2005 finalmente saiu do papel e... decepcionou todo mundo! Esse filme é muito ruim e credito essa ruindade toda ao sem noção do Will Ferrell! Que sujeito chato, pelo amor de Deus... é complicado de aguentar o mala em cena. Nem o mito Shirley MacLaine conseguiu escapar do buraco negro que é o filme. Desista de ver, caso não tenha assistido. Corra atrás das temporadas da série original que já foram lançadas em DVD nos Estados Unidos e Europa. Esse aqui nem reza braba salva!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Cold Mountain

"Cold Moutain" narra a estória de duas mulheres que, sozinhas, terão que enfrentar o desafio de sobreviver em um dos períodos mais conturbados da história norte-americana. A Guerra Civil levou todos os homens para o campo de batalha. Para trás ficaram apenas as mulheres, crianças e idosos, tentando levar em frente suas propriedades rurais da melhor forma possível. Ada (Nicole Kidman) é uma dessas mulheres. Ao lado de Ruby (Renée Zellweger) ela tenta tocar a fazenda deixada por seu pai. Não é algo fácil ou simples. Como se não bastassem os efeitos danosos da guerra elas ainda tem que lidar com o clima hostil e a falta de uma melhor infra-estrutura na região, o que torna tudo mais complicado. Ada tem esperanças que seu namorado Inman (Jude Law) volte vivo do front mas tudo se torna incerteza e apreensão. Enquanto o país se destroça a pequena vila de Cold Mountain tenta sobreviver ao caos em volta. "Cold Mountain" é um bom filme mas há alguns aspectos importantes a se considerar. Há um certo artificialismo na condução do roteiro. As situações em cena tentam imitar os grandes épicos clássicos do passado mas o resultado pode ser definido como irregular.

O projeto original tencionava ser estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman. Como eles tinham muitos problemas pessoais envolvidos, Cruise desistiu do filme, ficando apenas Nicole que sinceramente acreditava no bom roteiro. Seu objetivo era voltar ao topo, quem sabe até vencer um Oscar, pois seu papel era suficientemente forte e complexo para tal. Curiosamente ela acabou sendo esnobada pela Academia que resolveu premiar Renée Zellweger com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Uma premiação controvertida pois em nenhum momento gostei plenamente de seu trabalho. O fato é que ela definitivamente confundiu um pouco o tipo de produção que participava. Sua personagem, a irascível Ruby, caiu na caricatura. Renée Zellweger surge exagerada em cena, com muitas caras e bocas e um sotaque completamente exagerado, beirando a fanfarronice. Quando ela foi premiada não fiquei menos do que surpreso. Em minha opinião Nicole Kidman está muito melhor. Ela certamente continua com aquela classe que lhe é inerente. Enquanto sua partner exagera para aparecer ela surge com fina delicadeza. Já Jude Law é o tipo de ator que nunca me agradou completamente. No saldo final "Cold Mountain" é sim um bom filme, que diverte mas que ficou no meio do caminho para se tornar uma obra importante. Enfim, entre mortos e feridos "Cold Mountain" apesar de não ser brilhante mantém um certo status. Vale a pena conhecer.

Cold Mountain (Cold Mountain, Estados Unidos, 2003) Direção: Anthony Minghella / Roteiro: Anthony Minghella / Elenco: Nicole Kidman, Renée Zellweger, Jude Law, Natalie Portman, Philip Seymour Hoffman, Giovanni Ribisi, Ray Winstone./ Sinopse: Durante a Guerra Civil duas mulheres tentam sobreviver ao caos reinante. Tentando levar a propriedade de seu pai em frente, a bela e jovem Ada (Nicole Kidman) e sua parceira Ruby (Renée Zellwegger) enfrentarão muitos desafios juntas. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Renée Zellwegger, contando ainda com indicações para Melhor Ator (Jude Law), Fotografia, Edição, Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Scarlet Tide" por Elvis Costello e "You Will Be My Ain True Love" por Sting);

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de julho de 2015

Terra Estranha

Depois de um escândalo sexual envolvendo a própria filha adolescente e o seu professor do ensino médio, uma família decide se mudar para uma cidadezinha isolada, bem no meio do deserto australiano. O lugar é atrasado e possui um clima insuportavelmente quente. A instabilidade emocional acaba sendo agravada pela própria hostilidade natural da região. A vida familiar não é das melhores, mesmo na nova casa. Há uma tensão sempre presente envolvendo todos os membros. A filha Lily Parker (Maddison Brown) não suporta mais o que ela considera pura opressão de seus pais e por isso desenvolve uma personalidade muito complicada de se lidar. Não demora muito e ela começa a se insinuar para todos os rapazes de sua idade, o que acaba lhe trazendo uma má fama entre os jovens da cidade. Em pouco tempo ela ganha o infame rótulo de vadia do bairro. Para piorar frequenta uma pista de skate onde rola muitas drogas e sexo casual. O pai Matthew (Joseph Fiennes) é um pacato funcionário de uma farmácia e não tem muita força para impor uma disciplina mais rígida em relação a ela e o filho caçula é um garoto com problemas emocionais, sem amigos, absorvido em si mesmo. Como se a rotina já não fosse ruim e pesada o bastante a família enfrenta um novo problema, esse bem maior do que qualquer outra complicação de relacionamento pessoal entre seus membros. Pela manhã, ao acordar, a mãe Catherine (Nicole Kidman) descobre que seus filhos simplesmente desapareceram, sem deixar rastros. Desesperada, ela busca ajuda com o xerife local e intensas buscas são organizadas para localizar os jovens pela região deserta ao redor da cidade, mas tudo parece ser em vão. Os moradores da cidade tampouco parecem também dispostos a ajudar na solução do mistério, o que aumenta ainda mais o desespero de Catherine. O que afinal de contas poderia ter acontecido com seus filhos?

Esse é o mais novo filme estrelado pela atriz Nicole Kidman. É uma produção australiana, país onde ela cresceu e considera seu lar, apesar de ser havaiana de nascimento. O roteiro explora o tema do desaparecimento de crianças, algo que é muito mais comum e rotineiro do que muitas pessoas pensam. Obviamente que a perda de um filho, sem saber de seu paradeiro ou destino, é devastador para qualquer mãe. O pior acontece quando a jovem garota adolescente (sempre uma fase complicada na vida de toda garota) tem sérios problemas emocionais causadas por um envolvimento impróprio com seu professor na escola, algo que destruiu sua reputação entre seus amigos, criando uma situação tão ruim que a família precisou até mesmo mudar de cidade. A família mostrada é desfuncional e cheia de problemas. O próprio passado da mãe, Catherine (Kidman), parece piorar ainda tudo, pois o pai associa o comportamento promíscuo da filha com a dela em seu passado. Kidman está muito bem no papel, uma mulher que começa a entrar em colapso quando percebe que sua família está desmoronando. Ela inclusive tem cenas bem corajosas, como aquela em que entra bem no meio da rua principal da cidade completamente nua e com os nervos em frangalhos após passar a noite no deserto numa busca desesperada e sem rumo pela filha. Com cabelos escuros, pintados de preto, ela consegue ainda ficar mais bela na tela, embora sua personagem não seja naturalmente sensual ou atraente, isso por causa do próprio roteiro que explora dramaticamente a perda de seus filhos. O final do filme pode vir a decepcionar alguns, principalmente aos que esperavam uma solução muito mais bem elaborada do mistério do desaparecimento dos jovens. Esse aspecto porém não me pareceu negativo, muito pelo contrário. Gostei do desfecho mais realista, pé no chão e que no final das contas faz todo o sentido. A proximidade com a realidade contou pontos a favor do roteiro e não o contrário. Muitas vezes a vida em família se torna insuportável, o que faz certas pessoas tomarem atitudes impensadas e irresponsáveis. Assim temos aqui um bom drama, bem escrito e atuado, que merecerá sua atenção.

Strangerland (Idem, Austrália, Irlanda, 2015) Direção: Kim Farrant / Roteiro: Michael Kinirons, Fiona Seres / Elenco: Nicole Kidman, Hugo Weaving, Joseph Fiennes, Maddison Brown / Sinopse: Após ir para uma nova cidade em busca de uma nova vida, uma família fugindo do escândalo sexual da filha adolescente que se envolveu com seu professor no passado, precisa lidar com o desaparecimento dela e do irmão. Para investigar o caso o xerife local David Rae (Hugo Weaving) começa intensas buscas pelo deserto, ao mesmo tempo em que procura sondar o que teria acontecido dentro da própria família antes dos filhos desaparecerem.

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de maio de 2015

Grace - A Princesa de Mônaco

Título no Brasil: Grace - A Princesa de Mônaco
Título Original: Grace of Monaco
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, França, Bélgica, Itália, Suíça
Estúdio: Stone Angels
Direção: Olivier Dahan
Roteiro: Arash Amel
Elenco: Nicole Kidman, Frank Langella,Tim Roth, André Penvern
  
Sinopse:
O filme narra a história da famosa atriz e estrela de Hollywood Grace Kelly (Nicole Kidman). Em meados dos anos 1950 ela decidiu abandonar uma bem sucedida carreira no cinema americano para se casar com o príncipe Rainier III, de Mônaco. Suas convicções pessoais em viver um verdadeiro conto de fadas porém logo ficam abaladas quando o aclamado diretor Alfred Hitchcock a procura novamente para que ela faça parte de seu novo filme, "Marnie". Será que Grace deixaria sua vida de princesa para retomar sua vida de estrela nos Estados Unidos? Filme baseado em fatos reais.

Comentários:
Quando Nicole Kidman foi anunciada para viver Grace Kelly no cinema particularmente criamos boas expectativas, afinal de contas sempre consideramos Kidman uma espécie de sucessora do charme e glamour da princesa Grace. Esse roteiro vinha há tempos rodando em Hollywood e nenhum grande estúdio parecia interessado em o levar para as telas. O que desanimava os produtores eram os altos custos envolvidos e o fato de que o nome de Grace Kelly hoje em dia já não é mais tão conhecido entre o público jovem (que é o maior consumidor de cinema mundo afora). Assim, com bastante luta e força de vontade, se conseguiu investimento na Europa e o filme finalmente pôde ser realizado. Ao custo de 30 milhões de dólares (um orçamento considerado bem enxuto em termos de Hollywood) e com Kidman no papel principal tudo parecia bem promissor. A produção acabou inclusive abrindo o Festival de Cannes em 2014. O problema é que apesar de toda a boa vontade temos que reconhecer que o resultado final é bem fraco, abaixo das expectativas. O roteiro se concentra em um período bem delimitado da vida da atriz, exatamente alguns anos após ela abandonar sua carreira. Seus filhos já estão um pouco crescidos e ela começa a se sentir frustrada com a vida que leva. 

Ser dona de casa com dois filhos pequenos para criar pode certamente deixar um sentimento bem decepcionante para uma mulher como ela, que viveu as glórias da fama. Para piorar o próprio principado de Mônaco vivia momentos turbulentos, causados pelos constantes atritos com a França. Grace assim tinha que conciliar suas obrigações como mãe e esposa com a vontade de protagonizar um retorno à Hollywood pelas mãos de Alfred Hitchcock e acima de tudo apoiar o marido em sua crise política com os franceses. O maior pecado desse filme é que ele se mostra polido e tímido demais ao contar sua história. A crua verdade é que após alguns anos casada com o príncipe, Grace Kelly começou a afundar em uma grande depressão e decepção com o que sua vida havia se transformado. Embora gostasse de Rainier ela nunca o amou de verdade. Foi mais um impulso para se tornar uma princesa e viver dias de nobreza na Europa do que qualquer outra coisa. Depois que vieram os filhos, ela acabou ficando presa nessa gaiola de ouro, que apesar da riqueza e luxo não deixava de ser uma gaiola. As coisas foram melancolicamente seguindo em frente até sua morte trágica em um acidente de carro (que o filme solenemente resolveu ignorar). Assim no final chegamos na conclusão de que além de medroso e fraco, o filme também perdeu a chance de contar uma grande história. O mito de Grace Kelly certamente merecia algo melhor.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dias de Trovão

Tom Cruise namorava a maravilhosa Nicole Kidman quando fez esse filme. Era o casal sensação de Hollywood nos anos 90. Ele, o ator mais bem pago da indústria cinematográfica americana. Ela, a jovem australiana que havia virado a grande estrela estrangeira de sua idade. E o filme? Era basicamente uma versão sobre duas rodas de outro sucesso do Cruise, o filme "Ases Indomáveis". Eu me lembro que a critica não gostou muito. Choveram críticas sobre a suposta superficialidade do roteiro. Mas quer saber de uma coisa? Eu acho que era um exagero. O filme era uma típica produção de verão. Diversão pura - e nesse quesito funcionava bem.

O diretor Tony Scott era um craque nesse tipo de filme. É muito lamentável que depois de tantos sucessos no cinema ele tenha se suicidado. Que triste! De qualquer maneira fica o registro desse filme dos anos 90 que, se minha memória não me trai, vi no cinema, nas saudosas sessões de cinema que eu era habituado a assistir naquela época. Saudades de um tempo em que ir ao cinema não era perigo de vida! De uma forma ou outra deixo a dica para quem ninguém viu. Detalhe para os carros velozes e os figurinos chamativos, principalmente dos pilotos em suas máquinas.

Dias de Trovão (Days of Thunder, Estados Unidos, 1990) Direção: Tony Scott / Roteiro: Robert Towne, Tom Cruise / Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Robert Duvall / Sinopse: O astro internacional de cinema Tom Cruise interpreta o jovem, competitivo e ambicioso piloto de corridas que não vê limites para seus planos de se tornar um grande campeão das pistas ao mesmo tempo em que tenta conquistar uma linda mulher que pode ser o amor de sua vida!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Minha Vida

Michael Keaton interpreta Bob Jones, um sujeito que descobre estar sofrendo de uma doença terminal que não o deixará acompanhar o crescimento e a vida de seus filhos em um futuro próximo. Inicialmente decepcionado com a trágica notícia, ele decide então gravar uma série de fitas para os garotos, com conselhos que todos os pais deveriam dar para os filhos. Numa delas ensina os meninos a tirarem a barba da forma correta, na outra deixa dicas preciosas de beisebol e por aí vai. Um filme que tentou ser leve, mas que tem um tema pesado, que simplesmente não dá para aliviar.

O filme não é grande coisa, mas também não chega a ser ruim completamente. Para ajudar na duração temos a linda Nicole Kidman interpretando Gail, a esposa de Bob (Keaton). Ela talvez seja o único motivo para rever o filme nos dias de hoje. Ainda jovem e muito bonita (se bem que ela nunca deixou de ser uma linda mulher), a atriz empresta graça e carisma a um roteiro meio capenga que perde o pique depois da segunda metade de duração. No final das contas o filme não fez muito sucesso (na realidade seu resultado comercial foi bem fraco) o que fez com que a carreira de Keaton fosse cada vez mais para o buraco. Foram tempos difíceis para o ex-Batman.

Minha Vida (My Life, Estados Unidos, 1993) Direção: Bruce Joel Rubin / Roteiro: Bruce Joel Rubin / Elenco: Michael Keaton, Nicole Kidman, Bradley Whitford / Sinopse: Um homem que descobre que vai morrer em breve decide gravar uma série de vídeos para serem assistidos pelos seus filhos, em um futuro próximo.

Pablo Aluísio.