Quando você ler o título desse filme muito provavelmente vai ficar com a impressão de que já o assistiu antes. De fato, esse é um remake de um filme estrelado por Clint Eastwood em 1971, com direção do excelente Don Siegel. A história segue sendo a mesma: um soldado ianque, das tropas da União, durante a guerra civil americana, é encontrado morrendo debaixo de uma árvore, perto de uma tradicional escola de moças no sul dos Estados Unidos. As garotas então resolvem ajudá-lo, mesmo sendo do exército inimigo. Uma questão de misericórdia cristã. Ela pensam salvar sua vida para depois entregá-lo aos confederados.
Assim o cabo John McBurney (Colin Farrell) é levado para dentro do casarão para ser tratado. Ele tem a perna em frangalhos, muito provavelmente morrerá, mas as damas sulistas não desistem. Comandadas pela diretora da escola, a senhorita Martha Farnsworth (Nicole Kidman), todas tentam salvar sua vida. Depois de um tempo ele começa a se recuperar e então começam os problemas. Não precisa ser muito perspicaz para entender que a presença de um homem naquela escola só para moças logo desperta desejos, atração e ciúme entre todas elas. As garotas, na flor da idade, vivem isoladas e reclusas, sem ver nenhum homem por perto. Por mais bem educadas que fossem não haveria mesmo como soterrar todos os desejos delas. O militar sabe bem disso e começa a jogar com elas, o que obviamente vai lhe custar muito caro.
Esse remake não diz muito a que veio. Quem assistiu ao filme original certamente vai ver que um Colin Farrell jamais conseguirá substituir um Clint Eastwood à altura! É uma comparação até mesmo injusta. Não há como compará-los mesmo. Quando fez o primeiro filme Clint Eastwood era ainda bem jovem, convencendo completamente como um soldado da guerra civil. Já Farrell parece muito frágil, fraco, nada convincente. Nem nas cenas de fúria ele passa muita credibilidade. Clint era claramente mais viril e áspero. Outro problema é que a diretora Sofia Coppola resolveu aproveitar o uso da luz natural de velas do ambiente onde se passa quase toda a história (dentro da escola de moças) para iluminar as cenas. Ficou péssimo! O filme é escuro demais, você mal vai conseguir ver as atrizes e o ator no meio da penumbra, da escuridão! Muito ruim. Fora isso é mais do mesmo. Remakes, como eu já disse inúmeras vezes, geralmente são apenas filmes inúteis. Melhor rever o classicão faroeste com Clint Eastwood, sem dúvida!
O Estranho que Nós Amamos (The Beguiled, Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Direção: Sofia Coppola / Roteiro: Albert Maltz, baseado no romance escrito por Thomas Cullinan / Elenco: Colin Farrell, Nicole Kidman, Kirsten Dunst, Elle Fanning / Sinopse: Durante a guerra civil americana um soldado ianque é encontrado morrendo em um bosque perto de uma escola sulita para moças e damas da sociedade. Levado para dentro do casarão ele passa a ser tratado pelas jovens e pela diretora do estabelecimento, a senhorita Martha (Kidman). Conforme o tempo passa sua presença começa a despertar os desejos de todas aquelas mulheres solitárias, isoladas e reclusas por causa da guerra.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.2
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Eu assisti. Achei um roteiro anêmico e confuso. Alguns personagens parecem nem saber o que estão fazendo ali. A direção é modorrenta e não consegue fazer o filme decolar. A minha opinião é de um filme de ruim pra péssimo.
ResponderExcluirDeixa muito a desejar Telmo... Realmente seu ritmo lento e arrastado fará com que alguns durmam na sessão...
ResponderExcluirIrão dormir com certeza, Pablo. Eu mesmo, na reta final do filme, já não estava aguentando mais. O filme não decola. O roteiro nem é ruim, mas eu acho que faltou um diretor mais talentoso que injetasse mais alma e charme ao filme. Ele não tem nenhum dos dois.
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