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domingo, 1 de agosto de 2021

Friday Night Lights

Assisti essa série na íntegra, do primeiro ao último episódio. E não foi curta, com 5 temporadas que foram exibidas entre os anos de 2006 a 2011. Nos Estados Unidos fez bastante sucesso de audiência, mas no Brasil, como era esperado, passou quase despercebida. A razão é até simples de explicar pois "Friday Night Lights" explorava o mundo do futebol americano estudantil, algo que não despertava nenhum interesse entre os brasileiros já que a NFL e suas categorias de base eram solenemente ignoradas por grande parte do público no Brasil. E olha que os roteiros não se resumiam ao esporte, nada disso, havia um ótimo desenvolvimento de todos os personagens, mas nem assim a série ganhou destaque em nosso país.

"Friday Night Lights" nada mais era do que uma adaptação para a TV do filme "Tudo Pela Vitória". O curioso é que eu assisti a série primeiro, gostei muito e quando fui ver o filme já não achei grande coisa. A série é´muito superior ao filme que lhe deu origem, em um caso sui generis nesse tipo de adaptação televisiva - geralmente os filmes são bem melhores. De qualquer forma deixo a dica para quem nunca viu. Se não estou enganado a série ainda chegou a ser exibida brevemente pelo SBT, mas por pouco tempo. Melhor é conferir as temporadas em serviços de streaming para acompanhar todos os episódios que devem ser vistos em sequências pois a série tem uma linha cronológica bem clara e organizada.

Friday Night Lights (Friday Night Lights, Estados Unidos, 2006 - 2011) Direção: Jeffrey Reiner, Michael Waxman, entre outros / Roteiro: Peter Berg, Buzz Bissinger, entre outros / Elenco: Kyle Chandler, Connie Britton, Taylor Kitsch, Minka Kelly, Jesse Plemons, Aimee Teegarden, / Sinopse: A série conta a história de um treinador de futebol americano que disputa com seu time um importante torneio, de onde serão escolhidos os melhores atletas para disputarem a cobiçada liga NFL, do esporte profissional.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Waco

Sigo acompanhando a série Waco. Bom, o que temos aqui é a história do líder de seita David Koresh e seus seguidores. Ele determinava que todos os homens de seu grupo (inclusive os casados) se tornassem celibatários. Todas as mulheres só poderiam ter relações sexuais com apenas um homem, ele mesmo, o David Koresh. A poligamia porém nem era o pior aspecto desse caso. O David Koresh também armou seus seguidores com fuzis e armas de grosso calibre. Assim o FBI cercou a sede da seita em Waco, Texas. Depois de 51 dias aconteceu a tragédia. Nesse episódio ainda temos o vigésimo quinto dia de cerco das autoridades. O FBI e a ATF começam uma tática de guerra psicológica, com o uso de som alto e efeitos de luz. No meio de tudo muitas mulheres e crianças.

Foi uma coisa triste, em pleno anos 90, ainda ter que lidar com um fanático desse naipe, um sujeito que em tudo lembrava o Tom Jones, outro fanático perigoso que causou um verdadeiro suicídio coletivo de seus seguidores. O curioso é que o David Koresh até mesmo cria um laço de amizade e colaboração com o negociador do FBI, mas tudo vai sendo sabotado pelos demais comandantes da operação, inclusive os que defendiam logo uma solução militar para o impasse, ou seja, invadir a propriedade da seita com armas e gás, para fazer com que todos fossem expulsos e presos. A série mantém um ótimo nível, com excelente reconstituição histórica dos fatos. Não é uma história com final feliz, todos sabemos, mas pelo menos tudo é muito didático para entender como os acontecimentos realmente se desenvolveram. Fanatismo em nível máximo.

Waco 1.01 - Visions and Omens
Há uma tendência de surgirem seitas violentas e malucas dentro da sociedade americana. O caso da seita criada por David Koresh (Taylor Kitsch) foi um dos mais emblemáticos. Eu ainda me recordo dos jornais da época noticiando essa tragédia. Não é o caso de dar spoiler pois esse é aquele tipo de série baseada em fatos reais que foram amplamente explorados pela imprensa. A cena da sede da seita em chamas no meio do deserto do Texas é algo muito difícil de esquecer. Ali dentro havia mulheres e crianças, mas também um bando de fanáticos, seguidores de Koresh, que estavam fortemente armados com equipamento militar digno de uma guerra. Fuzis, metralhadoras e até granadas! Pois bem, nesse primeiro episódio já encontramos David Koresh e sua seita já devidamente instalada naquele grande galpão (sim, porque a casa parecia um grande galpão de fazenda). O Koresh é visto como um sujeito simpático, bom de papo, diria até carismático. Muitos psicopatas e líderes de grupos religiosos radicais como esse geralmente apresentam esse tipo de personalidade mesmo. O que mais me chocou nesse primeiro episódio foi saber que todos os homens do grupo de Koresh eram celibatários. Não que eles não tivessem esposas. Eles tinham, mas apenas Koresh podia ter relações sexuais com elas! Imagine o nível de loucura e insanidade envolvida nisso! Uma coisa literalmente de loucos fanáticos. / Waco 1.01 - Visions and Omens (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Paramount Network / Direção: John Erick Dowdle / Roteiro: John Erick Dowdle / Elenco: Taylor Kitsch, Michael Shannon, John Leguizamo, Andrea Riseborough, Rory Culkin, Christopher Stanley

Waco 1.08 - Day 51
Episódio final da série. É curioso porque o roteiro meio que banca a versão em defesa do David Koresh. Bom, se você não conhece a história foi justamente no dia 51 do cerco à sede da seita do Koresh que tudo deu muito errado. Cansado depois de meses de negociação o diretor da operação, um agente linha dura do FBI, decidiu que seriam jogadas latas de gás lacrimogêneo dentro da casa onde estavam os membros da seita. Não se sabe até hoje o que aconteceu, mas após a operação começar se iniciou um enorme incêndio que acabou matando quase todos os seguidores do Koresh (ele inclusive foi tragado pelas chamas). Foi um final triste, trágico e em termos de FBI um desastre completo. O roteiro desse episódio final não mostrou os membros fanáticos colocando fogo em tudo (como foi dito pelos responsáveis do Bureau, do governo), mas tampouco deixou claro que o gás, por ser inflamável, é que deu começo ao incêndio devastador. Agora, esses são fatos que já eram conhecidos de quem sabia sobre a tragédia na época. O que eu particularmente não sabia é que a seita do Koresh seguiu em frente... alguns sobreviventes se reuniram e resolveram dar continuidade ao culto Davidiano. Só espero que essa nova seita não seja tão fanática e apocalíptica como a original. De mortes insanas e sem sentido o mundo já está cheio. / Waco 1.08 - Day 51 (Estados Unidos, 2018) Estúdio: HBO / Direção: John Erick Dowdle / Roteiro: John Erick Dowdle, Drew Dowdle / Elenco: Taylor Kitsch, Michael Shannon, Andrea Riseborough, Paul Sparks, Rory Culkin, Shea Whigham

Pablo Aluísio

domingo, 4 de fevereiro de 2018

O Assassino: O Primeiro Alvo

Filme cansativo. É a tal coisa, o cinema de ação está em plena decadência. Parece que todos os clichês já foram usados tantas vezes que se tornou impossível não fazer um filme de ação repetitivo ultimamente. Novamente o roteiro explora o tema do terrorismo islâmico. Aqui temos um jovem, Mitch Rapp (Dylan O'Brien). Na primeira cena do filme ele está curtindo uma praia ensolarada numa daquelas praias paradisíacas do litoral espanhol. Ao seu lado sua namorada que ele está prestes a pedir em casamento. Felicidade total! Até que do nada surgem os terroristas da Jihad. Portando metralhadoras e fuzis eles abrem fogo contra os turistas. A noiva de Mitch é morta covardemente nas areias brancas do lugar. Pronto, fica armada a primeira premissa de um filme como esse: a vingança. Mitch resolve caçar por conta própria os islâmicos fundamentalistas, mas a CIA tem outros planos para ele.

Assim ele é recrutado pela agência de inteligência americana. Já que quer matar terroristas, vai matar como agente da CIA. Seu mentor passa a ser Stan Hurley (Michael Keaton), veterano da CIA, um sujeito durão acostumado a matar com eficiência. A função de Stan é transformar Mitch em um assassino profissional sob comando da agência. A primeira missão que surge para eles é resgatar uma "arma suja", um artefato nuclear contrabandeado no mercado negro. Obviamente os terroristas querem comprar a arma para detonar em Roma, claro, a capital ocidental do cristianismo. Para surpresa de Hurley há um antigo agente da CIA, que também foi treinado por ele, envolvido na negociação. Chamado agora de "Fantasma" (Taylor Kitsch) ele virou um mercenário e está prestes a passar a bomba atômica para os islâmicos. Bom, como eu disse o filme se torna cansativo pelo excesso de clichês! Tem boas cenas de ação? Sim, tem, inclusive a final quando a sexta frota da Marinha Americana entra na jogada. Muito bem feita a sequência, mas que não salva o filme do lugar comum.

O Assassino: O Primeiro Alvo (American Assassin, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Cuesta / Roteiro:  Stephen Schiff, Michael Finch / Elenco: Michael Keaton, Taylor Kitsch,  Dylan O'Brien, Sanaa Lathan / Sinopse: Jovem americano, traumatizado após sua namorada ser morta em um ataque terrorista, é recrutado pela CIA para caçar os terroristas islâmicos pelo mundo, seja em Istambul, seja em Roma, sua missão agora é recuperar uma bomba atômica que está sendo vendida aos fundamentalistas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

True Detective - Segunda Temporada

True Detective 2.01 - The Western Book of the Dead
Primeiro episódio da segunda temporada da premiada série "True Detective". Saem todos os personagens da temporada anterior e surgem novos, tentando se manter a mesma estrutura narrativa e de roteiro. Se na primeira temporada tínhamos basicamente dois personagens centrais, aqui temos um mosaico maior de protagonistas. Logo nesse episódio podemos notar muito bem isso. Há um velho detetive cansado, com problemas de bebida, chamado Ray Velcoro (Colin Farrell). Ele quer ser um pai melhor, porém tudo o que consegue é espancar o pai de um garotinho que está fazendo bullying com seu filho na escola. A detetive Ani Bezzerides (Rachel McAdams) tem uma irmã vivendo de pornografia e um pai que se apresenta como uma espécie de guru da nova era. Ela parece ser a única pessoa normal de sua família (porém, não muito!). Paul Woodrugh (Taylor Kitsch, o Tim Riggins de "Friday Night Lights") é um patrulheiro rodoviário com problemas na corregedoria após parar uma celebridade numa rodovia de Los Angeles. Ela alega que ele a assediou sexualmente. Por fim Frank Semyon (Vince Vaughn) é um gerente de cassinos que frequenta as altas esferas de poder, sempre com o olho em faturar bastante com corrupção envolvendo grandes obras públicas. Basicamente são esses os quatro personagens pilares da nova temporada. Todos parecem estar unidos por uma morte, um sujeito que é encontrado morto numa estrada. Já deu para perceber que os roteiristas vão investir em cultos macabros, tal como aconteceu na temporada anterior (uma imagem de Santa Muerte parece sugerir isso). Ainda é cedo para julgar, mas certamente promete. Vamos acompanhar. / True Detective 2.01 - The Western Book of the Dead (EUA, 2015) Direção: Justin Lin / Roteiro: Nic Pizzolatto / Elenco: Colin Farrell, Rachel McAdams, Taylor Kitsch, Vince Vaughn.

True Detective 2.02 - Night Finds You
A primeira temporada de "True Detective" foi realmente ótima! Já essa aqui... bem, está se revelando apenas ok, quase decepcionante. Em minha opinião o roteiro já não é tão bom, com subtramas desinteressantes (talvez porque nós, brasileiros, já estarmos um pouco fartos de ler e ver sobre corrupção nos jornais todos os dias). Os policiais também não chegam nem perto de ser tão bem escritos como os da primeira temporada. O detetive Ray Velcoro (Colin Farrell) tem problemas familiares, com a ex-esposa, mas isso é algo até bem comum nos dias de hoje. Passa longe de ser interessante por isso. Ele não tem a complexidade psicológica do detetive Rust Cohle (Matthew McConaughey) da temporada anterior. Aliás por falar em Matthew McConaughey ele é agora o produtor executivo da série. Deveria ter tido mais cuidado em termos de roteiristas, pois esse novo time é fraco. Já a detetive Ani Bezzerides (Rachel McAdams) é fruto da criação de um daqueles bichos grilos que eram bem comuns na Califórnia durante a década de 60. Seu pai, um líder religioso de um grupo da nova era, que nunca foi o que poderíamos dizer um sujeito equilibrado. Assim sobrou essa pesada herança psicológica para a filha, sempre com problemas de relacionamento com os outros, inclusive fazendo com que ela adote um comportamento masculinizado e durão. Bom para a atriz Rachel McAdams desenvolver seus dotes dramáticos. Spoiler: o que mais choca nesse episódio é a cena final. Ao entrar numa casa para investigar a morte de um homem que foi encontrado morto com sinais de tortura, o detetive Ray é encurralado e cai ao chão, baleado! Mal começou a temporada e o personagem de Colin Farrell já bateu as botas? Pode isso, produção? Veremos no próximo episódio. / True Detective 2.02 - Night Finds You (EUA, 2015) Direção: Justin Lin / Roteiro: Nic Pizzolatto / Elenco: Colin Farrell, Rachel McAdams, Taylor Kitsch, Vince Vaughn.

True Detective 2.07 - Black Maps and Motel Rooms
Esse episódio é vital para quem acompanhou a segunda temporada pois a trama em grande parte é finalmente revelada. No episódio anterior a detetive Ani Bezzerides (McAdams) participou de uma festa disfarçada de prostituta. Ao tomar uma droga durante a noite acabou ficando completamente grogue. Agora ela se encontra em um quarto de motel barato ao lado de Velcoro (Farrell). Conversa vai e conversa vem e ambos acabam na cama. A tensão sexual que existia entre eles finalmente é resolvida debaixo dos lençóis. Na outra linha narrativa Frank (Vaughn) finalmente descobre toda a armação que foi tecida ao seu redor. Seu cassino, fruto de um esforço de décadas acaba indo parar nas mãos da máfia russa. Como ele nunca foi um homem de deixar as coisas baratas resolve jogar tudo literalmente para os ares. Abre os tubos de gás do restaurante e toca fogo em tudo. Política de terra arrasada. Por fim nesse episódio temos o fim trágico do policial Paul Woodrugh (Kitsch). Ele vinha sendo chantageado por algumas fotos gays que não queria que vazassem. Ao se encontrar com o seu chantageador as coisas acabaram saindo do controle e ele é covardemente alvejado pelas costas. Fim. Pois é, essa segunda temporada da série não pode ser comparada com a primeira - que foi excelente - mas isso não significa que não tenha seus méritos. Esse foi o penúltimo episódio, em breve iremos conferir o desfecho da série. / Black Maps and Motel Rooms (EUA, 2015) Direção: Daniel Attias / Roteiro: Nic Pizzolatto / Elenco: Colin Farrell, Rachel McAdams, Taylor Kitsch. Vince Vaughn.

True Detective 2.08 - Omega Station
Último episódio da segunda temporada. Antes de qualquer coisa é bom avisar que esse texto terá spoiler. Pois bem, no episódio anterior Frank (Vince Vaughn) resolveu colocar fogo em suas boates. Nada de deixar qualquer coisa para os russos. Nesse episódio final ele se une com Ray Velcoro (Collin Farrell) para o acerto de contas final. Tudo termina, como era de se esperar com extrema violência. Eles matam seus inimigos e fogem com o dinheiro deles. Péssima ideia. A grande pertencia à máfia russa que sai no encalço dos dois. Frank é encurralado, levado para o deserto logo tenta comprar seus sequestradores, mas nada dá muito certo. Ele acaba sendo esfaqueado no meio do nada, deixado para morrer nas areias escaldantes. Essa cena é ótima, com Frank encontrando as pessoas que assassinou enquanto caminha para a morte certa. Já Frank é alvejado numa bela floresta cheia de pinheiros. Quem o liquida é a própria banda podre da polícia, envolvida até o pescoço com corrupção. A única que consegue escapar desse massacre é a detetive Bezzerides (Rachel McAdams) que consegue escapar para a Venezuela ao lado da mulher de Frank Esse episódio final tem uma duração maior (1 hora e 20 minutos de duração) e só não se torna muito cansativo por causa das mortes de Frank e Ray. No geral essa segunda temporada deixou um pouco a desejar, não chegando nem perto da obra prima que foi a primeira. Espero que a série continue e que melhorem em uma eventual terceira temporada. Não me arrependi de assistir e espero que as coisas voltem a funcionar daqui para frente. É esperar para ver. / True Detective 2.08 - Omega Station (EUA, 2015) Direção: John Crowley / Roteiro: Nic Pizzolatto / Elenco: Colin Farrell, Rachel McAdams, Vince Vaughn.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Battleship - A Batalha dos Mares

Título no Brasil: Battleship - A Batalha dos Mares
Título Original: Battleship
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Berg
Roteiro: Jon Hoeber, Erich Hoeber
Elenco: Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Brooklyn Decker, Liam Neeson

Sinopse:
Baseado no clássico jogo de combate naval, Battleship traz a estória de uma frota internacional de navios que se deparam com uma armada alienígena, enquanto participa de exercícios e jogos de guerra naval. Uma intensa batalha é travada em terra, mar e ar. O que os aliens afinal querem em nosso planeta? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Esse filme prova algumas coisinhas. A primeira é que não adianta ter apenas efeitos especiais de última geração para se criar um bom filme. A segunda é que sem um roteiro realmente bom tudo afunda, literalmente. E a terceira (e talvez a mais importante) é que não se cria grandes astros por decreto, da noite para o dia. Que o diga o ator Taylor Kitsch (da série "Friday Night Lights") cujos esforços em se tornar uma verdadeira estrela de cinema foram para o fundo do oceano junto com os navios digitais que surgem em cena. Na realidade o grande problema de "Battleship: A Batalha dos Mares" é que os produtores pensaram e acreditaram piamente que a parte técnica do filme o salvaria do fracasso. Realmente em termos de efeitos especiais não há o que reclamar. O problema é que assim como aconteceu na franquia "Transformers" não há nada muito além disso. A garotada pode até achar a sinopse e a proposta do filme bem divertidas, e quem sabe a fita possa servir de diversão ligeira para uma tarde entediada. Fora isso, olhando sob um prisma mais crítico, não há como deixar de entender tudo como uma grande bobagem mesmo, uma espécie de "Transformers em alto mar" que definitivamente não deu certo. Melhor rever os filmes de guerra clássicos da Segunda Guerra.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Battleship: A Batalha dos Mares

Battleship - Batalha dos Mares era exatamente o que eu estava esperando, sem mais, nem menos. É um produto que ultimamente tenho chamado de "Filmes de Shopping Center". Não se engane, o termo não é elogioso. Eu uso essa denominação para aquele tipo de produção que foi criada, pensada e distribuída para arrecadar muita, muita bilheteria nos complexos em Shoppings. Qualquer coisa abaixo disso é fracasso, o filme perde sua razão de ser. O público alvo é a garotada que se entope de fast food nas praças da alimentação. Eles comem Fast Food nas lanchonetes e depois vão ao cinema assistir a um filme que também é um Fast Food cinematográfico. Tal como as batatas fritas esse tipo de filme não acrescenta muito para a saúde do consumidor, pelo contrário pode é fazer mal! Haja peso! Eu não sou um purista completo que ignora o aspecto comercial do cinema, ele tem que existir é claro, mas quando a bilheteria é a única razão de um filme ser feito eu fico com uma pulga atrás da orelha, sinceramente. Um articulista fez uma observação bem curiosa sobre Battleship dizendo que era um "Transformers no mar", com navios ao invés de robôs que viram carros.

De fato, não poderia resumir melhor do que isso. É exatamente isso mesmo. Agora o curioso é que em tempos de tantos videogames de última geração foram escolher logo um velho jogo de tabuleiro para inspirar o filme. Estou falando de "Batalha Naval". Quem foi garoto ou adolescente nos anos 70 e 80 sabe do que estou falando. Era um jogo até simples. Dois jogadores tentavam afundar os navios do adversário usando os códigos que estavam no tabuleiro. O filme inclusive em uma das cenas homenageia o jogo original quando os oficiais da marinha americana tentam afundar as naves alienígenas usando as bóias que estão no mar como referência. A posição do navio inimigo é determinada por códigos de localização. tal como era no saudoso Batalha Naval. Eu confesso que apesar de ter jogado bastante Batalha Naval sempre preferi mesmo War da Glow. Será que vão fazer um filme do War também? Sei lá, tudo é possível nessa altura do campeonato...

Voltando ao filme e deixando os jogos de tabuleiro de lado. Uma vez o grande cientista Carl Sagan fez uma indagação interessante em seu programa Cosmos. Será que um contato com uma civilização extraterrestre seria uma boa para o nosso planeta? Na época estava se iniciando um programa espacial em que telescópios terrestres enviavam ondas de rádio para o espaço profundo em busca de alguma resposta de uma suposta civilização extraterrestre, caso ela realmente existisse. Carl Sagan voltava a se perguntar: E se a civilização que receber esses sinais for hostil? O que acontecerá conosco? Pois bem, o filme vai por aí. Ondas de rádio (que no filme mais parecem raios lasers, olha que bobagem!) são emitidas para um planeta parecido com a Terra a milhares de anos luz de distância.

Mas isso não importa. A resposta vem em forma de naves de tecnologia avançada que chegam rapidinho em nosso sistema solar, e como sempre vem para conquistar o nosso rochedinho perdido no meio do universo! Para salvar o mundo (de novo?) aparece os gloriosos homens da Marinha Americana e seus navios imbatíveis (que mais parecem carroças perto das naves ETs mas as vencem no último segundo, ora imagine você!). Em suma, é isso. Battleship é realmente um Transformers em Alto Mar, um Independence Day da Marinha Ianque. Os ETs mais parecem jogadores de Rugby mas que importa isso? Se você gosta desse tipo de filme faça bom proveito e se divirta. Eu, por outro lado, gostava mais do joguinho da infância - aquele pelo menos parecia mais verossímil e inteligente.

Battleship - A Batalha dos Mares (Battleship, Estados Unidos, 2012) Direção: Peter Berg / Roteiro: Erich Hoeber, Jon Hoeber / Elenco: Liam Neeson, Alexander Skarsgård, Taylor Kitsch e Rihanna / Sinopse: Civilização extraterrestre capta ondas enviadas por cientistas da Terra e chegam em nosso planeta com o objetivo de conquistá-lo.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de março de 2012

John Carter

John Carter (Taylor Kitsch) é um ex-capitão do exército confederado que passa os dias em busca de uma caverna que segunda a lenda de certas tribos nativas era completamente revestida de ouro. Após vários anos de busca ele acaba descobrindo o local mas para sua surpresa também encontra um portal dimensional que o transporta até o planeta vizinho, Marte. Lá encontra uma guerra entre povos e civilizações diversas. Sem querer acaba se envolvendo diretamente no conflito dos marcianos e se apaixona por uma linda princesa. John Carter foi uma ousada aposta dos estúdios Disney que investiu na produção do filme a bagatela de 250 milhões de dólares! Tanto dinheiro investido demandava uma bilheteria robusta para que o estúdio começasse a auferir lucros. Assim a Disney investiu pesado em marketing e não poupou esforços na divulgação do longa. Tudo foi em vão. John Carter naufragou nas bilheterias causando um prejuízo tão grande que até o presidente executivo do estúdio foi mandado para o olho da rua. Tentando pegar carona em filmes semelhantes como Avatar a produção não conseguiu atrair o público e foi praticamente ignorado. Mas afinal o que deu errado?

John Carter é baseado em um personagem do escritor Edgar Rice Burroughs, o mesmo criador do mitológico herói Tarzan. Os problemas começam aí. John Carter é um personagem de segundo escalão dentro da obra de Burroughs, pouco conhecido, escrito há muito tempo. Ao contrário de Tarzan que já tem seu nome consolidado nos cinemas há décadas, Carter é praticamente um desconhecido. Fora isso suas aventuras poderiam ser bem interessantes quando foram escritas naquela época mas hoje em dia dificilmente um jovem que frequenta cinemas vai se interessar por um sujeito que vai brigar com marcianos lá no planeta vermelho! Tudo soa muito bobo atualmente temos que admitir. Como se já não bastasse o fato do material que deu origem ao filme não ser muito bom ainda temos que nos deparar com um filme que em essência não tem nada a dizer. Muito longo, muito espalhafatoso mas sem roteiro, sem carisma e o pior de tudo, bem chato. Em certos momentos me lembrou Duna. John Carter cai na monotonia várias vezes fruto de sua duração excessiva e desnecessária. É muita duração para pouca estória. Os efeitos especiais como não poderiam deixar de ser são de primeira linha mas isso pouco importa diante de um filme vazio, sem nada a dizer. Muito provavelmente John Carter vá interessar apenas aos garotos mais jovens de no máximo 12 anos de idade. Acima disso vai ser complicado agradar. De certa forma seu fracasso comercial foi merecido, o filme realmente não vale a pena.

John Carter (John Carter, Estados Unidos, 2012) Direção: Andrew Stanton / Roteiro: Andrew Stanton, Mark Andrews, Michael Chabon baseado no livro A Princess of Mars de Edgar Rice Burroughs / Elenco: Taylor Kitsch, Lynn Collins, Willem Dafoe / Sinopse: John Carter (Taylor Kitsch) é um ex capitão do exército confederado que passa os dias em busca de uma caverna que segunda a lenda de certas tribos nativas era completamente revestida de ouro. Após vários anos de busca ele acaba descobrindo o local mas para sua surpresa também encontra um portal dimensional que o transporta até o planeta vizinho, Marte.

Pablo Aluísio.