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sábado, 8 de janeiro de 2022

O Dossiê de Odessa

Título no Brasil: O Dossiê de Odessa
Título Original: The Odessa File
Ano de Produção: 1974
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ronald Neame
Roteiro: Kenneth Ross, George Markstein
Elenco: Jon Voight, Maximilian Schell, Maria Schell, Mary Tamm, Garfield Morgan, Hannes Messemer

Sinopse:
Jornalista investigativo passa a procurar por sinais da existência de uma organização internacional clandestina que ajudou criminosos de guerra do nazismo a fugirem para outros países. E as investigações começam quando um senhor judeu morre e deixa documentos importantes para desvendar todo esse assunto.

Comentários:
Roteiro baseado no livro escrito por Frederick Forsyth. Existiu mesmo uma organização nazista chamada Odessa? Até hoje historiadores divergem sobre o tema. Para alguns tudo seria apenas mais uma teoria da conspiração. Para outros foi um fato histórico real. Dizia-se que a Odessa havia sido organizada nos dias finais da II Guerra Mundial quando a Alemanha nazista já caminhava para seu final. Oficiais da SS, grupo de nazistas fanáticos, passou então a se organizar para criar rotas de fuga para esses criminosos. Os destinos visavam principalmente países da América do Sul como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Bom, se existiu ou não a Odessa o fato é que muitos nazistas fugiram mesmo para esses países. O filme produzido na década de 1970 é muito bom e tem aquela atmosfera de realismo cru da época. Algo que só ajudou no resultado final. Parece até que estamos assistindo a um documentário de tão realista que essa produção se mostra na tela. Gostei bastante e recomendo.

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de janeiro de 2021

O Destino do Poseidon

Título no Brasil: O Destino do Poseidon
Título Original: The Poseidon Adventure
Ano de Produção: 1972
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Ronald Neame
Roteiro: Paul Gallico, Stirling Silliphant
Elenco:  Gene Hackman, Ernest Borgnine, Shelley Winters, Roddy McDowall, Pamela Sue Martin, Red Buttons

Sinopse:
Um grande navio de passageiros, o Poseidon, é levado ao limite por seu novo proprietário. Atingido por um enorme maremoto em alto-mar, o navio acaba virando de cabeça para baixo, com todos os tripulantes e passageiros a bordo. Depois da tragédia o corajoso reverendo Scott (Hackman) passa então a levar um grupo de sobreviventes em uma jornada pelas entranhas do navio na tentativa de achar uma saída para fora da embarcação prestes a afundar.

Comentários:
Sinceramente perdi as contas de quantas vezes eu assisti a esse filme durante os anos 80. Esse marcante exemplar do chamado "cinema-catástrofe" era figurinha fácil na programação da Rede Globo naquela década. E em um tempo em que não existia o filme do Titanic, esse "O Destino do Poseidon" era considerado um dos melhores filmes sobre o afundamento de um grande Transatlântico. E as semelhanças não eram gratuitas. De certa maneira o enorme Poseidon era mesmo o Titanic. A mesma história, só que passada em uma época diferente. Os especialistas em efeitos especiais tiveram um trabalho e tanto para recriar na tela um navio imenso virando de ponta cabeça, enquanto seus sobreviventes tentavam sair vivos daquele enorme desastre. E nem faltava o construtor arrogante dizendo que "Nem Deus poderia afundar o Poseidon!" (mesma frase atribuída ao dono da empresa ao qual pertencia o Titanic da história real). E para finalizar não poderíamos deixar de citar o numeroso elenco de veteranos do cinema. Dentro do script padrão do cinema-catástrofe dos anos 70 isso fazia parte da fórmula. Tinha sido assim com "Aeroporto", "Inferno na Torre" e outros filmes desse nicho. Não deixava de ser divertido ver todos aqueles astros e estrelas do passado, agora bem mais envelhecidos, sendo tragados por mais uma tragédia no cinema. Era sinônimo também de gordas bilheterias. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Canção Original ("The Morning After") e Melhores Efeitos Especiais (L.B. Abbott).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

A Primavera de uma Solteirona

Título no Brasil: A Primavera de uma Solteirona
Título Original: The Prime of Miss Jean Brodie
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century-Fox
Direção: Ronald Neame
Roteiro: Muriel Spark, Jay Presson Allen
Elenco: Maggie Smith, Gordon Jackson, Robert Stephens

Sinopse:
Em Edimburgo, na fria e distante Escócia, em plenos anos 1930, uma nova professora, a senhorita Jean Brodie (Maggie Smith), escandaliza a tradicional sociedade local ao adotar métodos de ensino fora dos padrões da conservadora escola para moças na qual leciona. Filme vencedor do Oscar de Melhor Atriz para Maggie Smith. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original ("Jean" de Rod McKuen).

Comentários:
Esse filme é simplesmente obrigatório para quem acompanha atualmente a grande atriz Maggie Smith como a condessa Violet Crawley na série de enorme sucesso "Downton Abbey". Foi com esse papel, a de uma professora apaixonada por seu trabalho que começa a trazer inovações para o sistema educacional de seu tempo, que ela venceu o tão cobiçado prêmio da Academia. Não foi por acaso, pois Maggie de certa maneira é muito maior do que o próprio filme em si. O tema obviamente daria margens a muitas discussões e nuances interessantes, mas o diretor Ronald Neame não ousou ir muito além. Dessa forma "The Prime of Miss Jean Brodie" apesar de ser um excelente filme sobre educação não conseguiu se tornar uma obra prima da sétima arte. Mesmo assim o talento maravilhoso de Maggie Smith compensa qualquer eventual problema que o filme venha a apresentar. Curioso salientar ainda que a produção foi muito lembrada na ocasião de lançamento de outro filme famoso sobre um mestre que também inovava em sua forma de ensinar, "Sociedade dos Poetas Mortos". Muitos críticos ingleses inclusive chamaram a atenção para a semelhança entre as duas obras. Assim se você for fã do famoso filme com Robin Williams, não deixe de conferir também essa pequena jóia do cinema clássico dos anos 1960.

Pablo Aluísio.