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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Cinema Clássico


Os Olhos de Elizabeth Taylor
Liz Taylor tinha olhos azuis de uma tonalidade muito rara chamada de azul turquesa. Esse olhar extremamente raro lhe abriu muitas portas. Curiosamente Liz costumava dizer que teria sido uma estrela mais cedo em sua vida se na época de seus primeiros filmes fossem coloridos (como se sabe eles eram em preto e branco). Sem a força das cores o público não conseguia ver o azul inesquecível de seu olhar. Em mais de uma ocasião ela posou para revistas de cinema onde seus olhos acabavam virando a atração principal da sessão de fotos.


Rock Hudson & Doris Day
Rock Hudson & Doris Day no sucesso "Confidências à Meia Noite". Conforme relembrou em seu livro de memórias, Rock não queria fazer o filme. Isso porque era uma comédia e ele definitivamente não tinha experiência no gênero. Ator dramático desde seus primeiros filmes, Rock não sentia segurança suficiente para atuar ao lado de Doris Day que havia construído sua carreira justamente em cima desse tipo de produção. O diretor do filme lhe acalmou aconselhando: "Não tente ser engraçado em cena. Atue como se estivesse em um drama. O texto do roteiro é que tornará tudo engraçado". Rock pagou pra ver e o filme se tornou um dos campeões de bilheteria daquele ano.


Marilyn Monroe Bikini
Uma foto de Marilyn Monroe na praia durante os anos 50. A atriz sempre tirava fotos em paisagens naturais como praias, etc, porém quando isso não era necessário ela evitava ao máximo se expor ao sol. Por ser muito branquinha tinha medo de sofrer queimaduras. Marilyn estava certa, além disso ela poderia ter maiores problemas com a pele, inclusive envelhecimento precoce e rugas. O sol pode ser um grande inimigo da beleza.



Marlon Brando - O Selvagem
Marlon Brando em cena do filme "O Selvagem" (The Wild One, 1953). O ator foi escalado para interpretar um jovem motoqueiro chamado Johnny. Era um retrato de uma América ainda em ebulição, onde jovens formavam gangues de motoqueiros para invadir pequenas cidadezinhas do interior. Anos depois Brando diria em sua autobiografia que havia achado o filme excessivamente violento, mas que depois o assistira na TV e que sua opinião finalmente mudara. Era um bom filme, curto, mas marcante.


Brando Cats
Marlon Brando posa para uma ótima foto ao lado de seu gato de estimação. O ator adorava animais em geral e sempre teve cães e gatos por perto. Essa sua admiração por pets continuou quando comprou uma ilha particular no Pacífico Sul. Uma de suas primeiras determinações como novo proprietário foi a proibição de caça da fauna em seus domínios. Para Brando a verdadeira amizade só poderia ser encontrada nos animais.


Marilyn Monroe - A atriz faz pose no palco durante cena de um de seus últimos filmes. Ao longo dos anos Marilyn acabou adquirindo problemas pelo uso excessivo de medicamentos e bebidas. Norma Jean (seu nome real) teve uma infância complicada, marcada pelo abandono de seu pai (que nunca conheceu) e o enlouquecimento de sua mãe. Ela foi criada praticamente como órfã, o que lhe trouxe muitos traumas psicológicos que anos depois pesaram em sua vida adulta. Marilyn tinha dois grandes receios: o de sofrer problemas mentais como sua mãe e morrer sozinha, abandonada, na mais completa solidão.


Marlon Brando - O ator recebe o Oscar por sua atuação em "Sindicato de Ladrões".  Esse seria o único Oscar que aceitaria receber em sua carreira. Quando foi premiado pela segunda vez, pelo seu trabalho como o mafioso Dom Vito Corleone em "O Poderoso Chefão", Brando recusou a premiação por causa do tratamento que o cinema americano dava aos povos nativos da América. Em sua biografia Brando esclareceu que havia perdido essa sua primeira estatueta e não sabia onde ela teria ido parar. Anos depois foi vendida em um leilão em Londres.


Alain Delon
Na foto o galã francês Alain Delon demonstra todo o seu charme e elegância naturais antes de entrar em cena. Delon foi um dos mais populares símbolos sexuais de seu tempo. Considerado por muitos como o "homem mais bonito do cinema", Delon conseguiu superar o rótulo de ser apenas um galã para demonstrar também que poderia atuar bem em uma série de filmes europeus que hoje em dia são considerados verdadeiras obras primas da sétima arte.

Pablo Aluísio.

Elizabeth Taylor


Elizabeth Taylor
Maravilhosa sequência de fotos da atriz Elizabeth Taylor. Embora tenha sido uma das maiores estrelas da história de Hollywood, Liz Taylor (como era chamada pelos amigos mais próximos) tinha uma visão muito modesta sobre si mesma. Ela costumava dizer que não se achava muito bonita pois era baixinha e tinha uma certa semelhança com Minnie Mouse (a famosa personagem criada por Walt Disney, a eterna namoradinha do Mickey nos quadrinhos e nas animações). Essa curiosa baixa auto estima de uma das atrizes mais bonitas do cinema americano só foi revelada publicamente muitos anos depois na autobiografia de Rock Hudson, que havia sido um dos grandes amigos de Liz em Hollywood. Juntos eles fizeram o grande clássico "Assim Caminha a Humanidade" (Giant, EUA, 1955), onde Liz e Rock interpretavam um casal texano no começo do século XX. (Pablo Aluísio)



quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Elizabeth Taylor - Cleópatra

Elizabeth Taylor no clássico épico Cleópatra. Foi a primeira atriz a receber mais de um milhão de dólares por um papel. Sobre o cachê milionário, diria depois: "Se existe um idiota que me pague um milhão de dólares por um filme, certamente não serei idiota de recusar". As filmagens também foram conturbadas. A produção era extremamente luxuosa, cheia de detalhes de figurinos e cenários, o que contribuiu para que o prazo e o orçamento do filme estourassem. E para piorar a atriz Elizabeth Taylor teve um sério problema de saúde que a fez se afastar por semanas das filmagens. Ela precisou fazer uma cirurgia de emergência, marcada com urgência, e muitos em Hollywood acreditavam que ela não resistiria a essa operação. Porém ela se recuperou e voltou a atuar no filme, agora usando um lenço no pescoço para esconder as cicatrizes dos procedimentos médicos pelos quais havia passado. De uma coisa porém ninguém poderia reclamar: ela ficou belíssima em sua caracterização como a lendária rainha do Egito Antigo.



quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ana dos Mil Dias

Uma boa dica para quem gosta de temas históricos e da série de sucesso The Tudors é assistir esse filme estrelado por Richard Burton. O tema todos conhecemos: as várias histórias de alcova envolvendo o rei absolutista inglês Henrique VIII. Nesse caso o filme é centrado de forma bem específica sobre o romance do Rei com sua segunda esposa, Ana Bolena. Um caso de amor que envolveu até mesmo questões de Estado que até hoje repercutem na história mundial (O Rei rompeu com a Igreja Católica e fundou a sua própria Igreja, chamada Anglicana, por causa da recusa do papa na época em anular seu primeiro casamento). O filme tem produção requintada, ótimas atuações e um bom roteiro, que procura na medida do possível ser bastante fiel aos fatos históricos. Richard Burton está particularmente bem no papel, fazendo com primor essa figura tão controvertida que era Henrique. A atriz que faz Ana Bolena, Geneviève Bujold, também está bem correta em sua caracterização.

Talvez o único senão do filme seja a pouca exploração de um dos personagens centrais da história de Henrique VIII, o chanceler Sir Thomas Moore, o principal opositor ao rompimento de Henrique com a Igreja Romana. Em detrimento de sua participação o filme enfoca mais a presença do Cardel Wolsey e do maquiavélico Cromwel, o segundo chanceler do Rei. De certa forma é até compreensível que isso tenha acontecido, já que são tantos os personagens a se enfocar que seria praticamente impossível não haver omissões em um longa metragem como esse. Apenas seriados conseguem mostrar todos os detalhes de uma biografia tão rica em intrigas, traições e vilanias como a de Henrique. Fato esse demonstrado por The Tudors.

O Filme merece ser conhecido com absoluta certeza. Além da riqueza de produção a película tem um desenvolvimento bem mais leve e acessível do que "O Homem que não vendeu sua Alma" (esse sim centrado e muito na história de Thomas Moore, mártir da fé católica que acabou sendo canonizado pela Igreja de Roma). O resultado se vê na tela, Burton foi indicado ao Globo de Ouro pela produção e até arranjou uma participação não creditada de sua esposa Elizabeth Taylor no filme, o que é um divertimento a mais, já que tentar encontrá-la no meio de tantos figurantes e atores coadjuvantes não é uma tarefa das mais simples. Enfim, gosta de filmes de época? Quer saber mais sobre o absolutismo que imperou na Europa ou simplesmente quer conhecer mais sobre a biografia desse polêmico Rei? Então assista Ana dos Mil Dias e alie bom divertimento a enriquecimento cultural.

Ana dos Mil Dias (Anne of the Thousand Days, EUA, 1969) Direção: Charles Jarrott / Roteiro: Bridget Boland, John Hale / Elenco: Richard Burton, Geneviève Bujold, Irene Papas / Sinopse: O filme enfoca o romance de Henrique VIII (Richard Burton) e Ana Bolena (Geneviève Bujold). O romance escandalizou a Europa medieval e levou ao rompimento da Inglaterra com a Igreja Católica.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Elizabeth Taylor e Eddie Fisher

Você sabe quem foi Eddie Fisher? Eddie Fisher foi um cantor popular na década de 50. Hoje pouca gente consegue associar o nome dele a alguma canção. Uma pena. Mesmo nos Estados Unidos seu nome só surge na imprensa por causa de sua atribulada vida pessoal. Para quem não lembra Eddie Fisher foi um dos vários maridos da estrela Elizabeth Taylor. O pior é que seu casamento com Liz foi realizado em clima de grande escândalo pessoal pois na época ele era casado com outra atriz, grande amiga de Liz, Debbie Reynolds. ´

Ela era como a namoradinha da América e todos ficaram chocados com o mau caratismo de Fisher ao trocar Debbie por Elizabeth Taylor (que naqueles anos já havia ganhado sua fama de colecionar diamantes e... maridos). Eddie Fisher então foi tachado de mal caráter, traidor e outras coisas piores. A imprensa sensacionalista o elegeu como alvo principal e assim não havia semana em que não havia alguma reportagem destruindo sua reputação nas bancas.

O casamento diante de tantas pressões foi um fracasso e acabou levando para o ralo a carreira de Fisher junto. Uma pena pois ele era um grande cantor, um intérprete de grandes recursos vocais. Já Elizabeth Taylor seguiu em frente. Quando filmou Disque Butterfield 8 ao lado de Fisher o casamento deles já estava com os dias contados. De fato Liz o colocou no filme para levantar sua popularidade já que estava seriamente abalada pelos jornais sensacionalistas. Aos poucos ela própria foi se desinteressando dele, o achando uma pessoa muito superficial, quase tola. Quando o filme foi lançado houve reações adversas. Alguns acharam tudo de mal gosto, outros louvaram a coragem de Taylor. Durante as votações para a escolha dos melhores da Academia Elizabeth ficou gravemente doente, indo parar na UTI. Para muitos seria o fim da linha para ela.

Apavorados pela possibilidade dela morrer, muitos membros da Academia votaram em Liz - até como um forma de justiça pois ela tinha realizado grandes trabalhos nos anos anteriores sem premiação. Um prêmio de consolação. Quando o Oscar foi anunciado todos já sabiam: Elizabeth Taylor venceu na categoria de melhor atriz por Disque Butterfield 8. Ela chorou, ficou emocionada e agradeceu de forma efusiva pela honra. Curiosamente alguns anos depois a própria atriz renegaria o filme, afirmando não gostar dele e nem de seu papel. Atribuo isso ao fato dela estar vivendo um momento muito conturbado de sua vida pessoal. De qualquer forma antes tarde do que nunca, ela realmente já merecia o Oscar desde "Gata em Teto de Zinco Quente". No final se fez justiça.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Gata em Teto de Zinco Quente

Gata em Teto de Zinco Quente
Foto de recordação do elenco de um filme "Gata em Teto de Zinco Quente". Baseado na peça escrita por Tennessee Williams, que escreveu a peça "Cat on a Hot Tin Roof" para o teatro, a história era uma maneira do autor atingir o coração daquelas velhas famílias dita tradicionais, muito comuns no sul do país, onde imperava realmente a pura hipocrisia sulista. Isso sem falar no passado vergonhoso ligado à escravidão, afinal a grande maioria das riquezas dessas famílias tradicionais tinham nascido com o uso intensivo de mão de obra escrava nas grandes plantações de algodão.

O filme foi dirigido por Richard Brooks e foi bastante elogiado pela crítica da época. Para muitos esse seguiu sendo o melhor filme da carreira da atriz Elizabeth Taylor que teve a chance de contracenar com o ídolo e astro Paul Newman (que passava quase todo o filme com um gesso na perna, pois isso fazia parte do seu papel no roteiro). Paul Newman inclusive sempre elogiava o filme, dizendo que ele havia se tornado superior ao próprio texto original, da peça teatral. Será mesmo?

Lançado em 1958 a versão cinematográfica causou sensação, sendo indicado a seis categorias no Oscar. Paul Newman foi indicado ao Oscar de melhor ator. Elizabeth Taylor também teve sua indicação. Ela inclusive foi apontada na época como uma das favoritas a levar o prêmio. O roteiro a cargo do diretor Richard Brooks (em parceria com James Poe) também foi lembrado. Melhor filme e melhor direção de fotografia (para William H. Daniels) completaram a lista de indicações.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O Homem Que Veio de Longe

Ótima produção do casal Taylor / Burton que para minha surpresa segue pouco conhecida. O roteiro é de Tennessee Williams baseado em sua própria peça "The Milk Train Doesn't Stop Here Anymore", o que por si só já é garantia de ótimos diálogos e cenas extremamente bem escritas. Obviamente o filme em nenhum momento nega sua origem teatral mas isso é compensado pelo uso de uma locação simplesmente maravilhosa: uma mansão em cima de um penhasco rochoso numa paradisíaca ilha no litoral italiano (localizada em Capo Caccia na Sardenha). É nesse cenário deslumbrante que Liz Taylor e Richard Burton duelam em cena, o que me lembrou muito em sua estrutura outro filme famoso do casal, "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?". Ela inclusive aqui está muito mais diva do que no famoso filme que a consagrou. A produção foi um projeto pessoal de Liz Taylor. Ela inclusive escalou o desconhecido diretor Joseph Losey para comandar as filmagens que pelas locações distantes tiveram um maior grau de dificuldade em relação aos filmes rodados em estúdio. Liz vinha de um filme complicado, "The Comedians", ao lado de Burton que não havia sido muito bem recebido nem pela crítica e nem pelo público. Produção muito cara (só Burton recebeu um milhão de dólares de cachê pelo filme) não trouxe bom retorno de bilheteria quando lançado. Para recuperar o fôlega Elizabeth então resolveu voltar para os textos de Tennessee Williams e exigiu que o mesmo fosse o próprio roteirista do filme. Era uma tentativa de voltar aos anos de glória de sua carreira.

O personagem de Elizabeth Taylor é uma viúva milionária (foi casada com seis magnatas) que há muito passou seu apogeu. Vivendo solitária em sua mansão ela é servida dia e noite por um grupo de lacaios prontos a atender qualquer que seja seu desejo. Isso porém não a impede de ser desbocada, despudorada e abusiva com todos à sua volta. Ditando sua biografia para uma secretária servil ela se surpreende quando um dia chega um desconhecido em sua casa (Burton) que aos poucos vai colocando em xeque o modo de agir da milionária. Há um curioso subtexto no roteiro sobre a real identidade do desconhecido, inclusive a de que ele na realidade seria um anjo da morte, tal como vimos em outra produção mais recente, "Meet Joe Black" com Anthony Hopkins e Brad Pitt. Mas será mesmo? Enfim, altamente recomendado para quem quiser conhecer mais a filmografia do mito Elizabeth Taylor.

O Homem Que Veio de Longe (Boom, Reino Unido, 1968) Direção de Joseph Losey Roteiro: Tennessee Williams baseado em sua peça "The Milk Train Doesn't Stop Here Anymore" / Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton e Noel Coward / Sinopse: O personagem de Elizabeth Taylor é uma viúva milionária (foi casada com seis magnatas) que há muito passou seu apogeu. Vivendo solitária na mansão ela é servida dia e noite por um grupo de lacaios prontos a atender qualquer que seja seu desejo. Ditando sua biografia para uma secretária servil ela se surpreende quando um dia chega um desconhecido em sua casa (Burton) que aos poucos vai colocando em xeque o modo de agir da milionária

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de outubro de 2007

Os Oito Casamentos de Elizabeth Taylor

No total foram oito casamentos e sete maridos - isso porque Liz casou duas vezes com Richard Burton. Como se vê a atriz ficou conhecida não apenas por seus filmes de sucesso mas também por sua atribulada vida pessoal. Cada casamento de Elizabeth Taylor causava um verdadeiro frenesi na mídia americana. Afinal eles eram recheados de glamour, elegância mas muitas vezes também escândalos - como em seu controvertido casamento com Eddie Fisher, que a imprensa acusava de ter sido "roubado" de sua melhor amiga, Debbie Reynolds! Veja abaixo a lista dos casamentos de Liz Taylor:

1. Conrad "Nicky" Hilton (1950-1951)
Seu primeiro casamento, com um dos herdeiros da rede hoteleira Conrad Hilton. Milionário e dono de centenas de estabelecimentos de luxo ao redor do mundo, esse parecia ser um casamento dos sonhos para qualquer mulher. O estilo e a personalidade independente de Liz Taylor porém foi crucial para o fim do relacionamento e o divórcio que veio em menos de um ano. Dizem que Hilton queria que Liz abandonasse sua carreira no cinema, algo que ela se recusava a fazer.

2. Michael Wilding (1952-1957)
Com apenas um ano de seu divórcio, Liz resolveu se casar com Michael Wilding, um ator britânico. Foi uma união bem mais duradoura - ficaram juntos por cinco anos - e com o nascimento de dois filhos, Michael e Christopher Taylor, o casamento parecia que iria mesmo durar, mas para surpresa de muitos o relacionamento também chegou a um impasse e Liz entendeu que um divórcio amigável entre eles seria o melhor caminho, inclusive por causa dos filhos. 

3. Michael Todd (1957-1958)
Mantendo um certo padrão Liz se casou com o milionário Michael Todd apenas um ano após se divorciar de Michael Wilding. A razão foi que ela ficou grávida de Liza Taylor, sua terceira filha. Foi um casamento feliz mas muito breve pois um ano após subirem ao altar Michael Todd morreu em um terrível acidente de avião.

4. Eddie Fisher (1959-1964)
Um ano após a morte de Michael Todd, Liz se casou pela quarta vez. Esse foi seu casamento mais escandaloso pois o cantor Eddie Fisher era marido de sua melhor amiga, Debbie Reynolds! A imprensa fez a festa e Liz sofreu bastante com os ataques sofridos. De "destruidora de lares" a "vagabunda", todos os adjetivos pejorativos imagináveis foram usados contra ela. Mesmo com a pressão Liz e Eddie conseguiram ficar juntos por longos cinco anos, se tornando seu casamento mais duradouro até então.

5. Richard Burton (1964-1974)
O casamento de Liz Taylor com Eddie Fisher conseguiu sobreviver a tudo, menos ao bonitão Richard Burton. Liz e Richard se conheceram nas filmagens de "Cleópatra". Ela interpretava a famosa rainha do Egito e ele dava vida ao general romano Marco Antônio. Ambos eram casados mas o clima entre eles esquentou durante as filmagens. Liz se separou de Eddie Fisher e Richard Burton de sua esposa. Um após começarem o namoro se convenceram que jamais iriam conseguir viver separados e se casaram em 1964. Esse primeiro casamento duraria dez anos!

6. Richard Burton (1975-1976)
Depois de dez anos juntos, muitos filmes e muitas brigas, Liz e Burton se divorciaram em 1974 mas um ano depois resolveram se casar de novo. Para selar a nova união Liz e Taylor resolveram adotar uma menina, Maria. A volta porém não deu certo e menos de um ano depois já estavam divorciados novamente, dessa vez de forma definitiva.

7. John Warner (1976-1982)
Um ano depois de largar Richard Burton, Liz resolveu que era novamente hora de se casar. Assim ela subiu ao altar pela sétima vez com o milionário e senador republicano John Warner. Apesar de poucos acreditarem foi um casamento até feliz e sem maiores tropeços. Durou seis anos. Com Warner Liz começou a se interessar por política e adotou várias causas para defender, entre elas a dos direitos dos animais e da luta contra o preconceito em relação a AIDS. Em 1982 Liz entendeu que a paixão havia se tornado amizade e parceria e resolveu romper amigavelmente o casamento. Continuaram grandes amigos até o fim da vida.

8. Larry Fortensky (1991-1996)
O oitavo e último casamento de Liz Taylor foi alvo de muitos preconceitos sociais. Ele era bem mais jovem do que ela, era um trabalhador comum da construção civil, caminhoneiro nas horas vagas. Essa diferença entre ambos despertou todos os tipos de fofocas mas Liz afirmou que gostava dele e não estaria disposta a abrir mão desse relacionamento apenas para agradar aos outros. No total o casamento durou cinco anos, uma média bem constante entre os casamentos da vida de Liz Taylor. Também se separaram de forma amigável.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Elizabeth Taylor em Malibu

Recentemente a revista Rolling Stone americana publicou um grupo de fotos inéditas de astros e estrelas de Hollywood de férias na badalada praia de Malibu na Califórnia. O local era considerado point dentro da indústria americana de cinema pois lá os astros poderiam fazer contatos, conhecer diretores e acertarem novos filmes, tudo feito ali na informalidade da praia ensolarada. Na foto ao lado vemos Liz Taylor curtindo um dia de descanso na casa de verão que pertenceu a Paul Newman. Anos depois ela própria compraria a casa para passar férias ao lado de seus filhos.

Assim Liz Taylor foi uma das primeiras celebridades de Hollywood a ter uma casa na região. E ela morou em Malibu durante muitos anos. Depois dela outros astros decidiram se mudar para lá. Estamos falando de uma época em que Malibu era praticamente uma praia afastada e deserta, onde não havia construções na região.

Só depois de alguns anos é que o ramo imobiliário de Los Angeles teve um boom de interesse naquelas praias. Durante a década de 1960 vieram os hippies, a música alta e o consumo desenfreado de maconha, o que fez com que os antigos moradores vendessem suas casas, indo para outros bairros da cidade como Beverly Hills, que se tornaria a partir dessa época a meca dos astros e estrelas de Hollywood.

Um fato curioso sobre Malibu é que alguns atores decidiram morar em barcos ancorados na praia. Um deles foi Rock Hudson. Depois do fim de seu casamento de fachada com a própria secretária, ela acabou ficando com sua casa. Sem ter onde morar Rock Hudson foi para seu veleiro que ficava ancorado justamente na praia de Malibu. Ali ele passou meses morando, recebendo nclusive outros stars de Hollywood, inclusive a própria Elizabeth Taylor que gostava de passar os domingos comendo peixe frito no convés do grande barco de Hudson.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

10 conselhos de beleza por Elizabeth Taylor

Elizabeth Taylor foi uma das mulheres mais admiradas do mundo por sua beleza. Ela primava por um look sempre mais natural, que valorizasse seu rosto e seus olhos, que tinham uma cor muito rara, até para europeus do norte. Ela foi fonte de inspiração no mundo da moda e desde muito jovem um símbolo do glamour de Hollywood. Qual era o segredo? A própria Liz responde deixando dez conselhos para que as mulheres fiquem cada vez mais lindas.

1. Nunca exagere na maquiagem ao redor dos olhos
2. Nunca copie a maquiagem de uma outra mulher
3. Use cílios postiços
4. Nunca use roupas decotadas demais ou vulgares
5. Use suas jóias com elegância e não como ostentação
6. Seja casual e sincera com as pessoas
7. Sorria para todos, nunca fale palavrões
8. Nunca exagere o perfume
9. Tenha muito cuidado com as unhas, principalmente em jantares festivos
10. Combine sempre seu sapato com o vestido para criar um conjunto elegante e equilibrado de cores.

Pablo Aluísio. 

sábado, 8 de setembro de 2007

Rock Hudson / Elizabeth Taylor / Montgomery Clift


Rock Hudson
Foto promocional do ator Rock Hudson publicada em uma revista americana de grande circulação na época. Rock foi formado no departamento de artes da Universal. Esse estúdio providenciava tudo o que um futuro astro precisava aprender para se tornar um sucesso de bilheteria. Aulas de etiqueta social, de arte dramática, figurino e dicção. Rock assim foi formado pela Universal desde cedo para se tornar um astro. Naqueles tempos esse sistema era chamado de Star System e após o sucesso o ator, vinculado por contratos profissionais, se tornava exclusivo do grande estúdio que o formou. Era uma troca lucrativa, a companhia cinematográfica criava o astro e esse em troca se vinculava de forma fiel a ela. Rock cumpriu sua parte e só em fins dos anos 1960 deixou a Universal que tanto o ajudou em sua escalada rumo à fama.


Rock Hudson e a homossexualidade
Rock Hudson posa ao lado de uma jovem modelo em seus anos de glória em Hollywood. Rock era o galã dos sonhos nos anos 1950. Alto, bonitão, forte e muito simpático ele era o sonho de toda mulher americana na época. Só que Rock também guardava um grande segredo: ele era na verdade gay. Seus amigos estavam sempre tentando arrumar uma garota para Rock, mas isso nunca dava certo. Embaixo de uma postura completamente máscula, Rock se encontrava às escondidas com seus amantes masculinos. Para evitar fofocas, ainda mais depois que ficou muito famoso, ele se casou com Phyllis Gates que era secretária de seu agente, Henry Wilson. As coisas porém não deram certo como era de se prever e Rock se separou pouco tempo depois. Ela, por outro lado, pelo menos teve a honra de ter sido casada com o homem mais cobiçado da América.


Rock Hudson e o Cigarro
Rock foi um fumante inveterado durante toda a sua vida. Seu consumo médio era de duas a três carteiras de cigarro por dia. Na época - em plenos anos 1950 - fumar era uma coisa normal, vista até como algo charmoso e elegante. Só anos depois foi que se descobriu que o fumo poderia trazer grande mal para a saúde. Rock pagou o preço por seu vício. Teve problemas de coração que seu médico associou ao fumo exagerado, tendo que realizar uma complicada operação de safena. Mesmo assim não deixou o cigarro de lado. Sobre o fumo certa vez declarou: "Espero que os cientistas logo descubram que o fumo faz muito bem para a saúde, que a fumaça destrói todos os micróbios e germes pois só assim poderei fumar sem culpa". Rock jamais largou o cigarro e fumou até os últimos momentos de sua vida.


Os Olhos de Elizabeth Taylor
Liz tinha uma tonalidade muito rara em seus olhos. Na verdade eles eram da cor azul-turquesa que mesmo entre pessoas de olhos azuis é raríssimo. Em uma época em que a beleza era fator essencial para se construir uma carreira de futuro no cinema americano, Liz se destacou logo entre as candidatas ao estrelato. Na verdade ela foi atriz mirim, começando a trabalhar ainda muito cedo, na infância. Seus pais viam grande potencial no talento de Elizabeth e ela assim foi subindo os degraus da fama. Anos depois ela diria que se identificava de certo modo com a história de seu amigo Michael Jackson, que também trabalhou desde muito jovem, perdendo em parte as experiências da vida típicas da idade. Enquanto as demais crianças brincavam, eles estavam sendo pressionados para dar o melhor de si nos palcos e nas telas.


Elizabeth Taylor e Montgomery Clift  
Liz e Clift curtem uma pausa nas filmagens de "Um Lugar ao Sol". Foi nesse filme que nasceu uma bela amizade entre eles, algo que iria durar até o fim da vida de Clift. Até hoje essa relação é fruto de dúvidas dos autores que escreveram biografias sobre esses astros. Para muitos Monty tinha uma paixão platônica devastadora por Liz - a ponto de ter sido apaixonado em segredo por ela por anos e anos. Para outros o ator era gay e por isso não sentia maior atração pela atriz. Por fim há aquele grupo que defende que Montgomery Clift realmente nutria uma paixão verdadeira por Liz, embora ela fosse impossível por causa da natureza assexuada do ator. Quem tem razão? Não importa, eles sempre serão eternos nos filmes que fizeram juntos. Imortais na tela para sempre.

Pablo Aluísio.
 

sábado, 1 de setembro de 2007

O Romance de Elizabeth Taylor

O Romance de Elizabeth Taylor
Na Hollywood dos anos 60, o jovem George Hamilton estava no lugar certo na hora certa. "Os executivos do estúdio me disseram: Se encontre com todas as atrizes que você puder, mas certifique-se que elas estejam sob contrato conosco!". Era uma tática de promover atrizes e atores, para que seus encontros saíssem em jornais e revistas da moda. Dessa maneira os artistas ganhavam publicidade praticamente grátis. Assim relembra George Hamilton sobre seu primeiro encontro com Liz Taylor.

"Elizabeth Taylor fazia parte do elenco contratado da Fox, então pensei, por que não ir lá pedir um encontro com ela? O máximo que poderia acontecer de ruim era levar um fora!" - Era uma ousadia e tanto mas Hamilton arriscou. "Ela gostou da minha ousadia ao chamá-la para jantar fora. Assim que a conheci entendi que era um ser humano único! Ela era muito divertida, podia ficar acordada a noite toda jogando cartas se isso o fizesse feliz. Depois pela manhã decidia que queria viajar, pegávamos o primeiro avião e íamos para a Europa. Ela era maior que a vida!".

Como se sabe Liz Taylor colecionou relacionamento em Hollywood mas George Hamilton se destacou em sua lista de namorados por causa de suas opiniões firmes. "Era um relacionamento típico, onde um queria se impor ao outro, uma luta de poder! Mas eu não estava disposto a mudar minha atitude e isso a intrigava. Eu dizia a ela que não iria aceitar tão facilmente as suas decisões e ela me perguntava se eu a estava ameaçando, eu dizia que não, estava apenas fazendo uma promessa a ela!"

Para George Hamilton um homem jamais deve deixar uma mulher assumir o controle total em uma relação. "Não importa se é Elizabeth Taylor ou uma mulher comum, não famosa. A verdade é que as mulheres sempre vão testar você. Se você se deixar dominar será o fim. As mulheres de uma maneira em geral não gostam de ser submissas mas também não querem um sujeito fraco ao lado delas".

As coisas iam bem entre eles mas para a infelicidade de Hamilton, Liz Taylor acabaria se apaixonando perdidamente pelo ator Richard Burton com quem se casaria, se divorciaria e depois se casaria novamente. Com isso George Hamilton resolveu encerrar o relacionamento amoroso com ela, mas a amizade se firmou e durou até a morte de Liz. "De certa forma o fim do namoro significou o começo de uma grande amizade. Fui seu amigo até seus últimos dias. Tenho ótimas memórias pessoais ao seu lado. Um ano ao lado de Elizabeth Taylor poderia encher toda uma vida de grandes lembranças" - finalizou o ator.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de maio de 2007

Elizabeth Taylor


Cleópatra
Elizabeth Taylor em toda a sua glória no papel de Cleopatra, a Rainha do Egito. O filme foi considerado um dos mais caros da história de Hollywood. Uma tentativa ousada da Fox em realizar uma produção tão exuberante que fosse um enorme sucesso de bilheteria. Liz sabendo da grandiosidade envolvida na realização do filme pediu um cachê digno de uma rainha, um milhão de dólares! Depois de muitas negociações a Fox concordou em pagar pela primeira vez na história um valor tão alto a uma atriz em Hollywood. Anos depois Elizabeth diria uma frase irônica sobre seu salário monstruoso: "Se eles foram idiotas o suficiente para pagar, eu não seria certamente idiota em recusar esse dinheiro todo".


Um Lugar ao Sol
Elizabeth Taylor e Montgomery Clift relaxam durante uma pausa das filmagens de "Um Lugar ao Sol". Ambos se tornaram muito próximos, amigos realmente, o que levou a imprensa a especular que estivessem tendo um caso amoroso. Conforme lembrou anos depois Liz realmente teve uma paixão por Clift, mas esse não concretizou a aproximação, provavelmente por ter uma paixão platônica pela atriz e colega. Um caso complicado de paixão não realizada entre os dois que durou anos e anos.


Elizabeth Taylor - Disque Butterfield 8
Elizabeth Taylor em cena clássica do filme Disque Butterfield 8 (Butterfield 8, EUA, 1960). No filme ela interpreta uma prostituta de luxo chamada Gloria Wandrous. O personagem foi considerado extremamente escandaloso na época, por causa do moralismo e puritanismo reinante na sociedade americana. Liz porém não deu ouvidos às críticas e abraçou a oportunidade de interpretar um roteiro assim tão controverso. Ela escalou seu affair do momento, o cantor Eddie Fisher, para o elenco, o que causou ainda mais escândalo pois Fisher era marido de Debbie Reynolds, amiga pessoal de Elizabeth. Isso porém não importou pois ela logo começou um ardente romance com ele. Para complicar ainda mais Liz teve um sério problema de saúde após o fim das filmagens ao qual muitos apostavam que ela não sobreviveria. Talvez por isso ela tenha sido premiada com o Oscar de Melhor Atriz! Um feito e tanto para uma interpretação e um filme tão polêmico como esse.



Elizabeth Taylor e Richard Burton
Nenhum casal causou maior frisson na imprensa do que Elizabeth Taylor e Richard Burton. Eles se conheceram no set de filmagens do épico Cleópatra e nunca mais conseguiram ficar longe um do outro. O detalhe era que quando começaram a namorar ambos eram casados. A atração porém falou mais forte. O caso amoroso, escandaloso desde o começo, ocupou por anos as capas de revistas. Também pudera, foi um amor intenso, mercurial. Não raro suas homéricas brigas e reconciliações iam parar nos jornais de todo o país. Casaram, se divorciaram e voltaram a se casar. Apesar do relacionamento tumultuado uma coisa parece certa: Eles se amavam muito, como bem ficou provado em suas vidas. Um casal para não esquecer jamais. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 18 de maio de 2007

De Repente, No Último Verão

Catherine Holly (Elizabeth Taylor) é uma jovem sofrendo de problemas mentais. Em busca de tratamento ela é atendida e acompanhada pelo Dr Cukrowicz (Montgomery Clift). um especialista na área, que atua sob as ordens da dama da sociedade Violet Venable (Katherine Hepburn) que teme que Catherine divulgue um segredo sórdido envolvendo o passado de sua família. O filme começa logo impactando. As duas primeiras cenas juntas duram mais de 50 minutos (praticamente mais da metade do filme). Nelas temos dois grandes "duelos" em cena: Katherine Hepburn e Montgomery Clift e logo em sequência esse ao lado de Liz Taylor. Curioso é que em ambas Clift apenas serve de escada para que as atrizes possam declamar longos textos sobre Sebastian (o personagem cujo rosto nunca aparece mas que é citado em praticamente todos os diálogos do roteiro). Esse começo arrebatador sintetiza tudo: é um filme de diálogos e interpretação, nada mais. Sua gênese teatral não é disfarçada e nem amenizada até porque estamos tratando de Tennessee Williams, um dos grandes dramaturgos da cultura americana.

Achei Elizabeth Taylor extremamente bonita e talentosa no filme. Ela já estava entrando nos seus 30 anos mas ainda continuava belíssima. Mostra talento em cada cena mas não fica à altura de Hepburn (essa realmente foi uma das maiores atrizes da história). Já Montgomery Clift deixa transparecer as cicatrizes e deformações de seu rosto, após o grave acidente que sofreu ao sair de uma festa na casa da amiga Liz Taylor. Ele está contido no papel mas consegue dar conta muito bem do recado mesmo com as várias dores que sofria (atuou praticamente sedado durante todo o filme). O texto é rico e claramente trata da questão homossexual do personagem Sebastian. E foi justamente por essa razão que foi censurado nas telas. A censura partiu do próprio estúdio. A razão foi tentar conseguir uma classificação etária melhor, além de evitar maiores polêmicas com os chamados setores da "boa decência" da sociedade americana, bem atuantes na época de lançamento do filme. A questão da homossexualidade do personagem Sebastian inclusive ficou tão truncada no roteiro final (do aclamado Gore Vidal) que muitos nem se darão conta disso. Por isso recomenda-se conhecer melhor a peça no qual o filme foi adaptado para entender melhor a motivação dos personagens. Os textos de Tennessee Williams eram considerados fortes demais para os padrões morais da época e geralmente chegavam no cinema atenuados ou suavizados. De qualquer forma o resultado não pode ser classificado como menos do que grandioso. Todos brilham em cena – na realidade se trata de uma rara oportunidade de ver tantos talentos juntos em um só filme, o que torna a produção simplesmente imperdível para qualquer cinéfilo que se preze.

De Repente No Último Verão (Suddenly, Last Summer, Estados Unidos, 1959) Direção: Joseph L. Mankiewicz / Roteiro: Gore Vidal baseado na peça "The Roman Spring of Mrs. Stone" de Tennessee Williams / Elenco: Elizabeth Taylor, Katharine Hepburn, Montgomery Clift, Albert Dekker e Mercedes McCambridge./ Sinopse: A história se passa em Nova Orleans, em 1937. Katharine Hepburn, indicada ao Oscar pela sétima vez, está no papel da rica viúva Violet Venable, que quer que um cirurgião (Montgomery Clift) faça uma lobotomia em sua sobrinha Catherine (Elizabeth Taylor, também indicada ao Oscar). Catherine sofre de terríveis pesadelos e impulsos violentos desde a morte do primo, filho de Violet, quando os dois viajavam pela Europa no último verão. Aos poucos os mistérios que cercam sua condição são desvendados.

Pablo Aluísio.

Quem Tem Medo de Virginia Woolf?

Casal de meia idade decide receber um casal amigo em sua casa. A esposa interpretada por Elizabeth Taylor (em ótima caracterização) logo se excede na bebida. Em pouco tempo começa a ofender e destruir a imagem e auto estima de seu marido (Richard Burton, soberbo) o qualificando como um miserável, um derrotado e fracassado na vida. Logo a briga matrimonial foge totalmente do controle. O que posso dizer? Belo filme. Aqui o que importa mesmo é atuação do grande casal Elizabeth Taylor e Richard Burton. Basicamente tudo se passa em apenas uma noite, sendo explorada apenas uma situação.

O problema básico é que os personagens em cena estão completamente embriagados e como sabemos quando a bebida sobe à cabeça as amarras sociais descem ladeira abaixo. Assim o que parecia ser apenas um tedioso encontro social vira uma verdadeira carnificina psicológica entre os presentes. Tudo é passado a limpo, desde segredos reveladoras a frustrações pessoais e profissionais. O argumento forte capta o momento de falência de um casamento quando a esposa transforma o marido em mero saco de pancadas, jogando todas as suas raivas reprimidas em cima dele de uma só vez.

Do elenco o destaque absoluto é mesmo Elizabeth Taylor como Martha. Muita gente não dá o devido valor a Liz Taylor e geralmente usa seu estigma de estrela de Hollywood para rebaixar seu talento. Sempre fui contra essa visão preconceituosa em relação a ela, pois a considero uma das melhores atrizes da história do cinema americano (sendo estrela ou não). Aqui nesse filme provavelmente ela entrega sua melhor interpretação ao lado do maridão Burton (que vira quase uma escada para ela mas é salvo por outra brilhante atuação). Liz é intensa, visceral e não mede consequências. Engordou e se enfeiou propositalmente para tornar sua personagem (uma dona de casa frustrada) mais verossímil.

Richard Burton também se despiu de sua vaidade natural e imagem de galã viril para encarnar um pobre diabo que não consegue mais lidar com o inferno que sua vida se tornou. O mais curioso é que o casal real também se envolvia em bebedeiras homéricas e brigas públicas, o que provavelmente facilitou e muito em cena. Mas isso não tira seus méritos. Virginia Woolf é isso, excessivo, pesado, com cara de teatro filmado, mas que no final das contas se revela um filme simplesmente brilhante. Para quem gosta de grandes atuações é um prato cheio! Sirva-se à vontade.

Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (Who's Afraid of Virginia Woolf?, Estados Unidos, 1966) Direção: Mike Nichols / Roteiro: Ernest Lehman / Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton, George Segal e Sandy Denni / Sinopse: Casal se envolve em séria briga matrimonial durante uma noite de bebedeiras e desaforos. Ela o culpa pelo fracasso financeiro e social do casal. Ele tenta sair da situação de qualquer maneira. Como diria Sartre "O Inferno Somos Nós".

Pablo Aluísio.