terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Randolph Scott e o Velho Oeste - Parte 11

O filme "Suzana" (Susannah of the Mounties) foi lançado em 1939. Com direção da dupla de cineastas William A. Seiter e Walter Lang (esse último não creditado), o faroeste contava uma história interessante. O roteiro mostrava um problema que nem sempre era tratado pelos filmes da época. A questão das crianças órfãs, quando os pais eram mortos em conflitos entre os colonizadores e os índios. Quem cuidava dessas crianças? Scott aqui interpreta o bom homem que resolve adotar uma dessas órfãs. Curiosamente esse filme foi colorizado, mas prefiro muito mais a versão original, em preto e branco.

O filme seguinte segue sendo muito especial para fãs do western. Isso porque nessa produção o ator Randoloh Scott interpretou ninguém menos do que o lendário xerife Wyatt Earp. Estou me referindo, é claro, a um dos personagens mais mitológicos do velho oeste americano. Um personagem histórico, que realmente existiu. "A Lei da Fronteira" (Frontier Marshal, Estados Unidos, 1939) é um desses filmes até complicados de achar, mas caso você consiga não deixe de adquirir para sua coleção de filmes clássicos e de western. Item indispensável.

O filme seguinte de Scott não foi um faroeste ao velho estilo, mas sim um filme de guerra chamado "Vigilantes do Mar" (Coast Guard, Estados Unidos, 1939). Um filme bem pouco conhecido hoje em dia, mas que seguiu o clima de euforia que se seguia naqueles tempos conturbados. Não é desnecessário lembrar que o mundo estava nas vésperas do maior conflito da história, a II Grande Guerra Mundial. Com os ânimos patrióticos em alta, os estúdios corriam para faturar em cima desse tipo de sentimento dos americanos.

E o fim da década de 1930 chegou para Scott com o lançamento de sua último filme dos anos 30, chamado "20.000 Homens por Ano" (20,000 Men a Year, Estados Unidos, 1939). Dirigido por Alfred E. Green, também era um filme sobre militarismo, mas ao invés da marinha do filme anterior, tínhamos aqui a história de um piloto da força aérea. Os fãs curtiram e prestigiaram, mas o fato é que as pessoas (principalmente os mais jovens) queriam ver Randolph Scott interpretando cowboys e não aviadores. E o ator entendeu bem esse recado.

Pablo Aluísio.

8 comentários:

  1. Of topic:
    Pablo:
    Eu assisti Mash de 1970 e me surpreendi com a canção Suicide Is Painless, que é o tema da série, (letra com tema estranho para um filme médico) mas que também é cantada no meio do filme na hora em que eles promovem um falso suicídio (aí sim a letra faz sentido) de um soldado que achava ter se tornado homossexual porque não conseguiu ter ereção, e na cerimônia, uma analogia herética com a Santa Ceia, um cantor negro a canta bem mais lenta, acompanhado a
    por um violão e a canção se torna uma Bossa Nova. Ficou muito boa, como sempre fica tudo em ritmo de Bossa Nova.

    ResponderExcluir
  2. Um dos mais originais filmes da história de Hollywood. É muita criatividade, pena que foi lançado em uma época em que houve grande resistência contra o filme por motivos errados. Com o tempo, foi se tornando cada vez maior e hoje é considerado um marco da comédia mordaz. Assisti há muitos anos pela última vez, fui emprestado o meu DVD original, que tinha e nunca mais voltou. Rsrs

    ResponderExcluir
  3. Respostas
    1. Como dizem: "mulher, maquina de costura e, pelo jeito, DVDs, não se emrpresta. Ou não volta mais, ou volta danificado".

      Excluir
  4. Pablo:
    O que eu achei surpreendente foi o hoje consagrado Donald Sutherland, o protagonista do filme, ter esse protagonismo "roubado" pelo Elliott Gold na maior facilidade, com a metade de tempo de tela e a metade das falas. O Elliott Gold se impõe de tal forma no filme que o Sutherland passa a segunda metade do filme andando atrás dele parecendo um humilde assistente. Quem diria?

    ResponderExcluir
  5. O personagem dele é melhor! Roubar o filme é consequência...

    ResponderExcluir