A pornstar Kagney Linn Karter se matou. Mais um caso de suicídio na indústria pornô americana. Esse tipo de acontecimento trágico sempre leva as pessoas a pensarem que a causa da morte desse tipo de garota está relacionada com a pornografia. Bom, segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos não existe grande diferença no número de mortes por suicídio de mulheres que atuam em filmes pornôs e mulheres comuns da sociedade que também tiram a própria vida. Isso leva à conclusão que é mesmo precipitada a conclusão de que uma jovem como essa tenha tirado a vida apenas por causa dos filmes pornográficos que fazia.
Ao invés disso, lendo sobre a morte dela, vejo um elo de ligação que sempre parece presente nesse tipo de evento. Estou me referindo às drogas. Se você for analisar bem a vida dessas pornstars que se mataram vai ver que as drogas sempre estão presentes de uma forma ou outra. Elas geralmente gastaram tudo o que ganharam no mundo pornô com drogas. Depois ficam viciadas e quando a beleza se vai, o dinheiro vai junto. Elas ficam sem ajuda familiar pois na maioria das vezes romperam com suas famílias no passado.
Então o caldo de tragédia vai se formando. Na primeira grande crise de abstinência, quando tentam largar as drogas, vem o desespero. E na maioria das vezes o suicídio acaba acontecendo. Só que realmente repito, não há uma ligação direta entre fazer pornô e tirar a própria vida. Em minha opinião o fator abuso de drogas é bem mais determinante. Em termos de sexualidade muitas dessas garotas são liberais e bem resolvidas sobre essa questão de fazer sexo em filmes. Não é esse o ponto central da questão.
Sobre a Kagney Linn Karter, nunca foi das minhas preferidas. Claro que a conhecia, mas realmente não me soava destacada, embora fizesse muito sucesso entre os americanos. Parecia uma daquelas beldades do sul que acabam indo para a Califórnia attrás do sonho de se tornarem modelos ou atrizes e que depois de um tempo, para sobreviver, acabam fazendo filmes pornográficos. Lamento por ela. Que descanse em paz agora. Que haja luz para sua alma.
Pablo Aluísio.
Crônicas do Cinema Adulto
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