sexta-feira, 12 de março de 2021

A Ilha da Fantasia

Título no Brasil: A Ilha da Fantasia
Título Original: Fantasy Island
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Blumhouse Productions
Direção: Jeff Wadlow
Roteiro: Jeff Wadlow, Christopher Roach
Elenco: Michael Peña, Maggie Q, Lucy Hale, Austin Stowell, Jimmy O. Yang, Portia Doubleday

Sinopse:
Um grupo de turistas chega em um point turístico conhecido como "A Ilha da Fantasia". Além do cenário de paraíso, o dono do hotel local, Mr. Roarke (Michael Peña), promete aos seus visitantes a realização de todos os seus sonhos e desejos. O problema é que nem sempre a realização de uma fantasia pode ser uma coisa boa.

Comentários:
Os mais jovens não lembram, mas a série "A Ilha da Fantasia" foi um grande sucesso na TV, inclusive no Brasil. Agora temos esse remake para o cinema, porem com mudanças. A principal delas é que tudo se passa agora em um clima de filme de terror. E aqui temos o primeiro grande problema desse filme. Embora tente seguir as premissas básicas da série, não há como realizar um bom filme de terror em uma ilha ao estilo paradisíaco, com muito sol, praias e cenários deslumbrantes. O clima se perde completamente. Além disso vamos convir que o ator Michael Peña como o senhor Roarke não convence. Fiquei com saudades de Ricardo Montalbán. E onde foi parar o anão Tattoo? Na série ele era interpretado pelo ator Hervé Villechaize, que se matou. Dizem que os produtores não queriam essa vibe negativa no novo filme, por isso o roteiro traz uma pequena linha na cena final como uma mera desculpa a quem sentiu sua falta. Muito pouco. Em termos de destaque de elenco nesse novo filme apenas a jovem atriz Lucy Hale da série "Pretty Little Liars" vai chamar alguma atenção. Com os cabelos pintados de loiro, ela se tornou a grande vilã dessa história. Quem diria... Enfim, um filme de mediano para fraco, demonstrando acima de tudo que não se faz bons filmes de terror com sol, praia e lugares bonitos.

Pablo Aluísio.

O Casamento dos Meus Sonhos

Título no Brasil: O Casamento dos Meus Sonhos
Título Original: The Wedding Planner
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Adam Shankman
Roteiro: Pamela Falk, Michael Ellis
Elenco: Jennifer Lopez, Matthew McConaughey, Bridgette Wilson-Sampras, ustin Chambers, Judy Greer, Alex Rocco

Sinopse:
Mary Fiore (Jennifer Lopez) é a fornecedora mais bem-sucedida de romance e glamour de San Francisco. Ela conhece todos os truques. Ela conhece todas as regras. Mas então ela quebra a regra mais importante de todas: a de não se apaixonar pelo noivo!

Comentários:
Alguém ai ainda consegue assistir comédias românticas sobre casamentos? Eu sei que esse tipo de filme é especialmente indicado para um público feminino bem específico, mas mesmo assim acredito que a fórmula já se saturou. Esse exemplar do estilo pode até ser considerado um dos mais bem sucedidos de sua linha, com mais de 150 milhões de dólares arrecadados ao redor do mundo, mas ainda assim não trouxe maiores surpresas. Para os produtores, não importa. Ao custo de 30 milhões de dólares, o filme fez bastante dinheiro, basta fazer contas básicas. Porém para quem estiver interessado em bom cinema... não espere encontrar nada muito especial. Vale pelo carisma do casal protagonista, aqui naquela velha coisa de "eu não quero me apaixonar", mas que como todos sabemos, vão acabar todos se apaixonando. Ela ama ele, que ama ela. Pelo menos temos assim um final feliz, especialmente recomendado para as românticas inveteradas de plantão. Acredite, elas existem... ainda!

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Sonic

Título no Brasil: Sonic - O Filme
Título Original: Sonic
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jeff Fowler
Roteiro: Pat Casey, Josh Miller
Elenco: Jim Carrey, Ben Schwartz, James Marsden, Tika Sumpter, Natasha Rothwell, Adam Pally

Sinopse:
Sonic é uma criaturinha muito rápida que vive em outro planeta, outra dimensão. Precisando fugir de seus inimigos ele acaba vindo parar na Terra onde conhece e se torna amigo de um policial de cidade pequena e sua esposa. Só que a presença de Sonic não passa despercebida de um cientista bastante inteligente e bem doido, interpretado por Jim Carrey, que decide que vai capturá-lo de todo jeito, nem que seja a última coisa que vai fazer.

Comentários:
Dentro do que esse tipo de filme se propõe a fazer, até que foi divertido. Claro, eu não faço parte do público alvo desse tipo de produção que são as crianças, mas olhando sob um ponto de vista do que os pequeninos vão querer ver no cinema, está de muito bom tamanho. Tecnicamente bem feito, com muitas cenas de aventura e um roteiro redondinho, não penso que Sonic vai desapontar a gurizada. Esse personagem é dos mais populares do mundo dos games, então é quase como entrar em campo já com a partida ganha. E tem um vilão igualmente divertido, interpretado por um Jim Carrey fazendo as caretas que seus fãs adoram. De um jeito ou de outro o fato é que Sonic fez sucesso, faturando mais de 200 milhões de dólares, isso às vésperas da pandemia, poucos dias antes dos cinemas fecharem suas portas por causa do vírus. Provavelmente se tivesse mais tempo, Sonic poderia faturar ainda mais. Agora só resta aos fãs de animação digital conferir esse filme nos serviços de streaming. Boa diversão para todos.

Pablo Aluísio.

O Pacto

Título no Brasil: O Pacto
Título Original: El Pacto
Ano de Produção: 2018
País: Espanha
Estúdio:  4 Cats Pictures, Ikiru Films
Direção: David Victori
Roteiro: Jordi Vallejo, David Victori
Elenco: Belén Rueda, Darío Grandinetti, Mireia Oriol, Antonio Durán 'Morris', Jordi Recasens, Carlus Fàbrega

Sinopse:
Após a filha ficar em coma, sua mãe, uma defensora pública, fica desesperada. Ele então decide se encontrar com uma estranha figura. Esse lhe promete que sua filha vai sobreviver, voltará ao normal, mas que para isso ela precisa firmar um pacto. E só depois ele lhe dirá o que ela precisará fazer para pagar sua parte nesse sinistro acordo.

Comentários:
O cinema espanhol já se firmou como um dos grandes centros produtores de filmes de terror no mundo. E são bons filmes de terror, tanto que muitos deles  acabam virando remakes nos Estados Unidos. Algo que também acontece no Japão, outro pólo cinematográfico muito conhecido pelos filmes de terror que são produzidos todos os anos. Pois bem, aqui temos uma nova versão sobre uma velha história. Na cultura judaico-cristã é muito conhecido essa coisa toda de pactos com o Diabo. É uma premissa religiosa até bem conhecida. E é justamente esse aspecto que o roteiro explora, porém numa levada mais psicológica, sem apelar para criaturas de efeitos digitais e nem em seguidores de Lúcifer com chifres. Tudo é desenvolvido mais em um tipo de realismo nada fantástico. O próprio Diabo pode surgir como um homem comum, que está ao seu lado nas ruas, na vida cotidiana. Sob esse aspecto até que o filme se mostra bem interessante. Um pouco arrastado, bem no estilo do cinema europeu, esse filme não vai agradar a todos, mas tem suas boas ideias em um roteiro que até mesmo surpreende em alguns momentos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de março de 2021

Thundercats

Título no Brasil: Thundercats 
Título Original: Thundercats 
Ano de Produção: 1985 - 1989
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Rankin / Bass Productions
Direção: Katsuhito Akiyama
Roteiro: Jules Bass, Doug Bernstein, Beth Bornstein
Elenco: Larry Kenney, Earl Hammond, Lynne Lipton, Earle Hyman, Peter Newman, Gerrianne Raphael

Sinopse:
Depois da destruição de seu planeta de origem, os Thundercats vão parar em um novo planeta, chamado de Terceiro Mundo. Lá descobrem que terão que enfrentar vários desafios e aventuras. E vão precisar também vencer o vilão Mumm-Ra que vai tentar destrui-los.

Comentários:
Essa série animada foi uma das mais populares nos anos 80 (isso se não foi mesmo a mais popular, rivalizando com outro grande sucesso, He-Man). O curioso é que seu criador Tobin Wolf se baseou no folclore japonês. Havia uma lenda em que gatos selvagens surgiam de raios, em noites de tempestade. Assim Wolf teve a ideia de criar esses personagens, verdadeiros "gatos do trovão". Deu certo. Inicialmente ele pensou numa linha de quadrinhos para sua criação, mas a série de TV veio em primeiro lugar. Líder de audiência na TV americana (e no Brasil também), "Thundercats" rendeu quatro temporadas, mais de 130 episódios e uma verdadeira febre dentro da cultura pop. Os animadores eram japoneses e os roteiristas e dubladores, americanos. A divisão de tarefas, fruto do talento de todos os envolvidos, numa verdadeira cooperação internacional, transformou a animação em um hit de audiência. Mais tarde, como seu criador havia planejado, Thundercats virou também história em quadrinhos (publicado pela Marvel e depois DC Comics) e invadiu o mundo dos brinquedos, games, produtos licenciados, etc. Claro, isso gerou uma fortuna considerável, deixando todos os seus realizadores ricos e bem sucedidos. Só na venda da marca para brinquedos e outros produtos já se recuperava em muito o custo da produção dos desenhos. Depois dessas primeiras temporadas nos anos 80 houve algumas tentativas de reviver os Thundercats em novas séries animadas. Só que o sucesso espetacular da série original jamais foi alcançado.

Pablo Aluísio.

Pequenos Espiões 3

Título no Brasil: Pequenos Espiões 3 - Game Over
Título Original: Spy Kids 3 - Game Over
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Daryl Sabara, Alexa PenaVega, Antonio Banderas, Sylvester Stallone, Ricardo Montalban, Carla Gugino

Sinopse:
Carmen está presa em um jogo de realidade virtual projetado pelo novo inimigo dos Kids, o Toymaker. Cabe a Juni salvar sua irmã e, em última instância, o mundo. Terceiro filme da franquia de filmes juvenis Spy Kids.

Comentários:
Esse filme é uma porcaria, mas não totalmente destituído de interesse para quem gosta de cinema, mesmo que pelas razões menos corretas. O interesse virá pela presença de dois grandes nomes da Hollywood do passado. O ator Ricardo Montalban nunca foi um astro de primeiro time, isso é verdade, entretanto já desfrutou de um certo prestígio dentro da indústria cinematográfica, atuando inclusive em sucessos do cinema e da televisão. Aqui ele perdeu a linha. E o que dizer de Sylvester Stallone? De ator mais bem pago do cinema americano nos anos 80 ele passou a essa triste condição de coadjuvante em um filme como esse? É quase inacreditável para quem chegou a ganhar 20 milhões de dólares por um único filme! Algumas vezes fico me perguntando como um ator pode ganhar tanto dinheiro (e ficar rico nesse processo) e ainda assim ter qeu pagar um mico desses! Será que o Stallone acabou com toda a sua fortuna? É inacreditável pensar que sim...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de março de 2021

A Fantástica Fábrica de Chocolate

Título no Brasil: A Fantástica Fábrica de Chocolate
Título Original: Charlie and the Chocolate Factory
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Warner Bros
Direção: Tim Burton
Roteiro: John August
Elenco: Johnny Depp, Freddie Highmore, Helena Bonham Carter, David Kelly, Noah Taylor, Missi Pyle

Sinopse:
Roteiro baseado no livro infantil escrito por Roald Dahl. Um garoto pobre consegue entrar em um concurso para conhecer a fábrica de chocolates do lendário, excêntrico e estranho Willy Wonka (Johnny Depp). Dentro da fábrica, Charlie e as outras crianças, vão viver uma aventura que eles jamais poderiam imaginar. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (Gabriella Pescucci).

Comentários:
Esse filme é um remake do clássico filme com Gene Wilder, que foi muito popular, inclusive no Brasil, nos anos 70. Eu gosto bastante de Tim Burton, de seus filmes bem diferenciados, com ótimo design de produção (que era chamada antigamente de direção de arte). Você sabe imediatamente quando está assistindo a um filme de Tim Burton por causa dos cenários, figurinos, ambientações, etc. Por isso era até fiquei com boas expectativas para essa nova versão do clássico "Charlie and the Chocolate Factory". Só que... esqueça! Essa nova versão ficou muito ruim. Eu que sempre adorei o primeiro filme não consegui gostar de nada nesse remake. A coisa toda soa artificial, sem charme, sem alma, sem coração. Como Tim Burton conseguiu errar tanto a mão na direção desse filme? Tudo o que havia de belo, nostálgico, lírico, se perdeu completamente nesse remake. Johnny Depp também não encontrou o tom certo para interpretar Willy Wonka. Compare com o trabalho de Gene Wilder. Com Depp o personagem ficou mais parecendo um lunático psicopata. A trilha sonora, um dos aspectos mais memoráveis do original, também se perdeu completamente. Enfim, em minha visão, nada deu certo nesse novo filme. Uma decepção!

Pablo Aluísio.

Miranda

Título no Brasil: Miranda
Título Original: Miranda
Ano de Produção: 2002
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Feelgood Films
Direção: Marc Munden
Roteiro: Rob Young
Elenco: Christina Ricci, John Hurt, Kyle MacLachlan, John Simm, Julian Rhind-Tutt, Cavan Clerkin

Sinopse:
Um bibliotecário inicia um caso apaixonado com uma mulher misteriosa que entra em sua biblioteca. Quando ela desaparece subitamente, ele viaja até Londres para procurá-la, apenas para descobrir o que aconteceu.

Comentários:
A atriz Christina Ricci ainda é bem jovem, mas seguramente nunca optou pelo caminho mais fácil. Ela sempre optou por um tipo de cinema mais autoral, independente, poderia dizer até que estranho. Seus filmes são de maneira em geral bem estranhos, fora do convencional. Ela virou uma espécie de diva cult jovem. E talentosa, como sempre foi, essa combinação entre coragem e filmes fora do padrão deu muito certo. Um dos filmes que seguem esse caminho é esse "Miranda", um filme que considero muito bom, interessante, embora devo avisar que não é um filme tão fácil, normal, convencional. Pelo contrário é aquele tipo de roteiro que gosta de uma certa turbulência com o espectador. Há espectadores que adoraram o filme enquanto outros odiaram. Parece que não existe um terceiro caminho. É um filme eclético, que você pode até discordar, mas que não ficará imune ao que o filme propõe.

Pablo Aluísio.