quarta-feira, 9 de julho de 2014

Cadillac Cor-de-Rosa

Título no Brasil: Cadillac Cor-de-Rosa
Título Original: Pink Cadillac
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Buddy Van Horn
Roteiro: John Eskow
Elenco: Clint Eastwood, Bernadette Peters, Timothy Carhart

Sinopse:
Tommy Nowak (Clint Eastwood) é um agente que quase sempre é enviado para prender criminosos que ninguém no departamento quer ir atrás. Para isso ele usa de métodos pouco usuais, se disfarçando de cowboy, palhaço e qualquer outro disfarce que o ajude em seu trabalho. Sempre dirigindo seu velho Cadillac ele acaba encontrando pelo meio do caminho uma loira que irá modificar seu modo de agir.

Comentários:
Nem só de obras geniais e direções talentosas viveu Clint Eastwood. De vez em quando o ator e diretor também topou realizar fitas despretensiosas, feitas essencialmente para pura diversão onde ele atuava apenas como ator contratado, sem qualquer responsabilidade sobre o filme em geral. Esse "Pink Cadillac" foi um exemplo. Clint já era considerado um cineasta inspirado e um astro de primeira grandeza mas por um momento abdicou de sua posição privilegiada para rodar um filme sem maiores pretensões, aquele tipo de produção que visava mais o mercado de vídeo do que propriamente as salas de cinema. Eastwood também foi atraido pela possibilidade de participar de algo bem mais divertido, bem humorado, sem tanta preocupação em salvar o mundo novamente. Esses são os grandes atributos desse filme, que diga-se de passagem anda bem esquecido. Outro ponto que destaco além do estilo em si, é a boa trilha sonora incidental (que dizem foi escrita pelo próprio Clint, embora use de um pseudônimo para isso). Enfim, diversão leve e simples para fãs do eterno Dirty Harry.

Pablo Aluísio.

Na Trilha dos Assassinos

Título no Brasil: Na Trilha dos Assassinos
Título Original: Dead Bang
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Robert Foster, Jerry Beck
Elenco: Don Johnson, Penelope Ann Miller, William Forsythe

Sinopse:
Jerry Beck (Don Johnson) é um policial de Los Angeles designado para investigar a morte de um tira, que por acaso também era seu melhor amigo. As investigações acabam revelando um submundo completamente desconhecido para ele, onde prospera uma enorme rede de simpatizantes do nazismo. Agora terá que sobreviver no meio desses fanáticos extremamente perigosos.

Comentários:
Outro filme policial dos anos 80 que pouca gente se lembra. Esse assim como "Cadillac Cor-de-Rosa" também fazia a festa dos donos de locadoras pois eram fitas que sempre tinham boa aceitação entre a clientela. Também pudera, era um bom filme policial com o astro do momento, Don Johnson! Hoje em dia os mais jovens podem até mesmo se perguntar: Quem? Ora, Johnson estrelou uma das séries policiais mais populares da década de 1980, "Miami Vice", que no Brasil era exibida pelo canal SBT. Os tiras que se notabilizavam mais pelo estilo das roupas do que pelo combate ao crime, viraram ícones da cultura pop daqueles tempos. Assim Johnson, que nunca tivera uma carreira consistente no mundo do cinema, tentou emplacar na tela grande. Agora pare para pensar: ele estava tão badalado e popular por essa época que seu veículo promocional para se tornar um astro da sétima arte foi dirigido por ninguém menos do que John Frankenheimer, cineasta de grande prestígio, diretor de pequenas obras primas como "O Homem de Alcatraz", "Sob o Domínio do Mal" e a sequência de "Operação França". Nada mal para uma estrelinha da TV.

Pablo Aluísio.

Cotton Club

Título no Brasil: Cotton Club
Título Original: The Cotton Club
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Zoetrope Studios
Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: William Kennedy, Francis Ford Coppola
Elenco: Richard Gere, Gregory Hines, Diane Lane

Sinopse:
As estórias, dramas, romances e decepções daqueles que fizeram a fama do Cotton Club, uma popular casa noturna de jazz localizada no bairro do Harlem em Nova Iorque. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Edição (Barry Malkin e Robert Q. Lovett). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Direção (Francis Ford Coppola).

Comentários:
Verdade seja dita: poucos diretores amaram mais a sétima arte do que Francis Ford Coppola. E essa não é uma frase vazia. O cineasta apostou alto em seu amor pelo cinema. Não mediu esforços e colocou toda a sua fortuna em prol da realização de filmes que sonhava realizar. Muitos deles foram fracassos comerciais monumentais que destruíram sua estabilidade financeira. Mas Coppola, tão idealista e apaixonado, não se importava em pagar esse alto preço. "The Cotton Club" faz parte da série de filmes que arruinaram o diretor do ponto de vista comercial. Ele porém amou a oportunidade de realizar esse velho sonho, quase uma homenagem ao mundo da música, tudo rodado em um universo meio mágico, quase uma fábula. Pode ter sido um fracasso comercial, mas do ponto de vista puramente artístico é uma grande obra cinematográfica. O diretor estava tão inspirado que conseguiu até mesmo arrancar uma grande interpretação do ator Richard Gere, considerado até então um canastrão inveterado. E o que dizer de Gregory Hines? Ele literalmente rouba as cenas em que aparece. Assim o que temos aqui é uma declaração de amor ao cinema e à música, pelas mãos do genial Francis Ford Coppola! Se as pessoas na época de lançamento não entenderam isso, certamente não é culpa do diretor, que sempre esteve tão a frente de seu tempo. Excelente musical.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Atrás das Linhas Inimigas 4

Título no Brasil: Atrás das Linhas Inimigas 4: Missão África
Título Original: Seal Team Eight - Behind Enemy Lines
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Roel Reiné
Roteiro: Brendan Cowles, Shane Kuhn
Elenco: Tom Sizemore, Lex Shrapnel, Anthony Oseyemi, Michael Everson

Sinopse:
Um grupo de elite das forças armadas americanas, o Seal, é enviado para a República do Congo na África, onde uma colaboradora da CIA caiu nas garras de um general rebelde e sanguinário. Eles precisam também verificar se existe no local algum campo de treinamento para terroristas internacionais. No campo de batalha descobrem que existe uma organização criminosa que ganha milhões de dólares no tráfico de minerais usados na fabricação de armas nucleares. Caberá a eles agora destruírem as minas de onde o urânio é extraído para a venda ilegal ao governo do Irã.

Comentários:
É mais um daqueles filmes que são feitos para serem lançados diretamente no mercado de DVD, no sistema de venda direta ao consumidor. Dessa forma o espectador já sabe bem o que encontrará pela frente, produção mais modesta, muita ação, pancadaria e clichês por todos os lados. O grupo Seal está na moda nos Estados Unidos porque foi justamente essa tropa de elite que executou o terrorista Bin Laden no Paquistão. O problema é que parece haver um certo exagero na capacidade desses soldados nesse roteiro. Só para se ter uma ideia, eles são capazes de feitos absurdos, como encarar toda uma cidade armada praticamente sozinhos. E o que dizer do momento em que apenas oito homens conseguem destruir todo um acampamento militar fortemente armado? São poucos homens, mas o que eles fazem em cada cena certamente deixará Rambo com inveja. Por falar nesse personagem, uma boa referência para esse filme vem justamente dos filmes de ação dos anos 80, com tudo de bom e ruim que isso possa significar. Lá pela terça parte final do filme temos uma pequena reviravolta, pena que sem maior interesse. Então é isso, nada de extraordinário, diria até banal.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Dominion

Título no Brasil: Dominion
Título Original: Dominion
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Rick Jacobson, Scott Stewart 
Roteiro: Damien Ober, Dario Scardapane
Elenco: Christopher Egan, Tom Wisdom, Roxanne McKee

Sinopse:
Vinte e cinco anos após o desaparecimento de Deus, os anjos começam a colocar toda a culpa de seu sumiço nos homens, criaturas das quais eles nunca simpatizaram. O arcanjo Gabriel, no alto de seu imenso poder, decide que é chegado a hora de varrer o homem do universo. Miguel, por outro lado, entende que a decisão de Deus em criar a humanidade deve ser respeitada. Desse choque de opiniões nasce uma guerra que pretende destruir todas as nações da Terra. Apenas o "salvador" poderá colocar um fim nesse sangrento conflito. 

Comentários:
Essa é a nova série do SyFy Channel. Como quase tudo referente a esse canal não há muito o que esperar. Na verdade é a versão televisiva de parte do enredo daquele filme chamado "Legião" (que inclusive já comentei por aqui em outra oportunidade). O tema envolvendo anjos certamente vai atrair um número considerável de espectadores. O problema é que tudo é tão obtuso do ponto de vista teológico que vai ser complicado seguir em frente acompanhando os próximos episódios. Miguel se une aos humanos mas Gabriel decide que é hora de exterminar todos os homens. E onde estaria Lúcifer nesse enredo? Pelo menos em relação ao piloto nada é dito sobre ele. É complicado entender porque os roteiristas decidiram deixar o anjo rebelde das escrituras de fora da estória! Em termos de efeitos visuais até que para o universo da TV estão bem realizados. A questão é que o ator que interpreta o tal "salvador" (não é Jesus!) é tão sem carisma que fica pra lá de complicado acreditar que aquele boboca vai salvar toda a humanidade da destruição. Outra coisa: esqueça o enredo simples e básico de "Legião". Aqui decidiram escrever todo um universo novo, com muitas sub-tramas e personagens, o que atrapalha bastante o desenvolvimento desse episódio piloto. A tentativa de colocar tudo em um mundo high-tech futurista também causa bocejos. Enfim, se tiver curiosidade mesmo, assista, mas fique sabendo de antemão que não é grande coisa.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de julho de 2014

A Assassina

Título no Brasil: A Assassina
Título Original: Point of No Return
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Badham
Roteiro: Robert Getchell 
Elenco: Bridget Fonda, Gabriel Byrne, Dermot Mulroney

Sinopse:
A criminosa Maggie Hayward (Bridget Fonda) acaba sendo presa após uma longa carreira no mundo do crime, assaltando bancos e cofres. Condenada, ela corre o risco inclusive de ser punida com a pena capital, mas antes que isso aconteça o governo americano resolve aproveitar todos os seus "talentos" em prol da segurança da nação. Assim ela começa a ser treinada para se tornar uma assassina fria e de extrema eficiência para missões fantasmas promovidas pelo serviço secreto.

Comentários:
Três anos depois que Luc Besson rodou seu "La Femme Nikita" na França, os direitos do filme foram adquiridos pela Warner Bros com o objetivo de se realizar um remake nos Estados Unidos. A ideia e a premissa de termos uma assassina profissional bonita, elegante e mortal nas telas soou por demais interessante para os produtores americanos. Para o papel principal trouxeram a bela Bridget Fonda. Nos anos 90 Bridget era considerada umas das atrizes mais promissoras de Hollywood. Ela vinha da tradicional família Fonda, era talentosa, bela e carismática. Tinha realizado filmes que caíram no gosto dos mais alternativos e antenados como por exemplo "Vida de Solteiro" (filme símbolo do movimento grunge de Seattle) e "Mulher Solteira Procura..." (que mostrava que ela tinha potencial para segurar um filme praticamente sozinha). "A Assassina" poderia ser a grande chance dela virar uma estrela de primeiro time mas o filme não foi tão bem assim em termos de bilheteria (anos depois a Warner aproveitaria os direitos para promover uma bem sucedida série em seu canal a cabo). Depois disso, infelizmente, as coisas começaram a dar errado e ela, surpreendendo a muitos, simplesmente deixou a carreira em 2001, deixando tudo para trás! Uma pena que seu potencial nunca tenha sido explorado até o final. De uma maneira ou outra, ainda indico esse "Point of No Return" para quem gosta de filmes de ação e espionagem.

Pablo Aluísio.

sábado, 5 de julho de 2014

O Profissional

Título no Brasil: O Profissional
Título Original: Léon
Ano de Produção: 1994
País: França
Estúdio: Gaumont, Les Films du Dauphin
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Jean Reno, Gary Oldman, Natalie Portman

Sinopse:
A jovem garota Mathilda (Natalie Portman) de apenas 12 anos acaba presenciando a morte de sua família em Nova York. Desesperada, ela acaba fugindo para o apartamento ao lado onde clama por refúgio. Lá mora o misterioso Léon (Jean Reno). Ele não interage socialmente com ninguém e procura levar uma vida sem chamar a atenção. O motivo é simples de entender, pois Léon é na realidade um assassino profissional que precisa viver nas sombras para realizar bem seu serviço. Da aproximação entre duas pessoas tão diferentes nasce uma improvável amizade. Filme indicado a sete categorias no César Awards, entre elas Melhor Direção, Ator (Reno) e Fotografia (Thierry Arbogast).

Comentários:
Não considero dos melhores filmes de Luc Besson, mas certamente é dos mais populares, inclusive no Brasil onde fez bela carreira profissional nos cinemas e depois no mercado de vídeo. O cineasta que sempre se notabilizou por realizar filmes intrigantes, com uma concepção visual que fugisse dos padrões mais comerciais do circuito, aqui optou por uma abordagem mais mainstream. Você encontrará pouca coisa de obras anteriores de Besson como o neopunk "Subway" ou o maravilhoso visual de "Imensidão Azul". Na verdade esse filme é uma espécie de irmão mais novo de outro filme do diretor sobre assassinos profissionais, o hoje cultuado "Nikita - Criada Para Matar" de 1990, que inclusive gerou uma popular série de TV nos Estados Unidos. A única diferença mais marcante entre as duas produções é que nessa Luc Besson centrou o foco muito mais no lado humano dos personagens, principalmente na complexa estrutura psicológica do assassino profissional Léon (em ótima interpretação do talentoso ator Jean Reno) e sua aproximação com Mathilda (Portman). Gary Oldman também está ótimo e Natalie Portman, ainda garotinha, já mostrava que tinha talento para dar e vender.

Pablo Aluísio.

A Cela

Título no Brasil: A Cela
Título Original: The Cell
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Tarsem Singh
Roteiro: Mark Protosevich
Elenco: Jennifer Lopez, Vince Vaughn, Vincent D'Onofrio

Sinopse:
Carl Stargher (Vincent D'Onofrio) é um maníaco e psicopata que leva suas vítimas, jovens inocentes, para uma fazenda distante e abandonada. Lá as submetem a todos os tipos de torturas. Quando finalmente é pego pelo FBI sofre um ataque apoplético e entra em coma vegetativo. O problema é que o FBI sabe que ainda há uma vítima escondida pelo criminoso mas não tem mais como saber sua exata localização agora que ele está nessa situação. Para tentar encontrar a garota o FBI busca então ajuda com a Dra Catherine Deane (Jennifer Lopez) que tentará entrar dentro da mente do assassino com o uso de uma tecnologia de última geração. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Maquiagem. Também indicado ao Saturn Award em quatro categorias incluindo Melhor Filme de Ficção e Melhor Atriz (Lopez).

Comentários:
Apesar do roteiro ser interessante (dificilmente filmes sobre Serial Killers são ruins) o que se destaca completamente nesse "The Cell" é a direção de arte, a fotografia, a maquiagem e os figurinos. A concepção de um universo próprio dentro da mente do psicopata certamente é uma das coisas mais imaginativas e bem boladas do cinema nos últimos anos, simplesmente exuberante. Na época de lançamento do filme muitos críticos acusaram o filme de ser um exercício vazio de estética, uma produção muito rica aos olhos mas muito pobre em conteúdo ou profundidade. Bem, pode até haver um fundo de verdade nesse ponto de vista, mas temos que levar em conta que muitos filmes são realizados dessa forma de modo proposital. O cineasta indiano Tarsem Singh quis intencionalmente realizar um filme que fugisse dos padrões mais convencionais. Nesse quesito acertou em cheio. Não conheço nenhum outro filme que tenha um visual parecido. O curioso é que a estética parece mesmo ser o forte de Singh, já que ele levou esse estilo para seus filmes posteriores, em especial o mais recente "Imortais". Pelo visto essa parece ser a marca registrada do diretor, filmes cujas cenas mais parecem quadros vivos de surrealismo.

Pablo Aluísio.

Missão Impossível 3

Título no Brasil: Missão Impossível 3
Título Original: Mission Impossible III
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci,
Elenco: Tom Cruise, Philip Seymour Hoffman, Michelle Monaghan, Jonathan Rhys Meyers, Keri Russell, Laurence Fishburne, Ving Rhames

Sinopse:
O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) decide abandonar o trabalho de campo para apenas treinar novos agentes. Nessa nova fase de sua vida conhece Julia (Michelle Monaghan) a quem pretende pedir em casamento para levar uma vida normal ao seu lado. Seus planos porém vão por água abaixo quando surge no horizonte um violento traficante de armas que está disposto a impor sua visão do crime à sociedade.

Comentários:
Esse foi o filme de rompimento de Tom Cruise com a Paramount Pictures. Desde os tempos de "Top Gun" o ator vinha mantendo uma parceria de sucesso com o estúdio. Depois de um complicado processo de divórcio ele rompeu com seu antigo empresário e após o lançamento desse "Mission Impossible III" também rompeu com a Paramount. Era o fim de uma era. O filme havia custado 150 milhões de dólares, fez boa bilheteria mas mesmo assim os executivos entenderam que o retorno financeiro foi bem abaixo das expectativas. Em minha opinião a franquia "Missão Impossível" só sobrevive por causa das espetaculares cenas de ação, cada uma tentando superar a anterior em limites de exageros. Em termos de argumento é algo muito antigo, ultrapassado, dos tempos da guerra fria e que nos dias atuais faz pouco sentido. Cruise que sempre foi fã da série original apostou forte nessa linha de filmes ainda mais depois que praticamente desistiu de sua jornada de ganhar um Oscar de Melhor Ator, prêmio que ele parece admitir jamais vencerá. Depois de ser indicado por três vezes ao Oscar (por "Magnólia", "Nascido em 4 de Julho" e "Jerry Maguire") o ator parece mesmo ter desistido. O forte dessa terceira parte da franquia é o elenco de apoio, que conta com nomes do quilate de Philip Seymour Hoffman e Jonathan Rhys Meyers. No meio de tantas explosões eles certamente mantém o interesse. Vale a pena inclusive rever o filme por causa justamente de suas participações.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Vizinhos

Título no Brasil: Vizinhos
Título Original: Neighbors
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Nicholas Stoller
Roteiro: Andrew J. Cohen, Brendan O'Brien
Elenco: Seth Rogen, Rose Byrne, Zac Efron

Sinopse:
O casal Mac e Kelly Radner (Seth Rogen e Rose Byrne) estão vivendo os primeiros dias após o nascimento de seu pequeno bebê! A vida parece boa e tranquila, mas... da noite para o dia eles são surpreendidos pelos novos vizinhos, na verdade toda uma fraternidade universitária, com todo o barulho e algazarra que esses lugares costumam promover. Celebrando festas todas as noites, a vida na vizinhança começa a se tornar insuportável. Mac e Kelly então decidem colocar um ponto final naquela bagunça - o que obviamente não será nada fácil.

Comentários:
Assim que "Neighbors" acabou fiquei com saudades de "Clube dos Cafajestes". Até a ideia da festa da toga foi reciclada por aqui! De certa forma é uma espécie de "Animal House" mais quadradinho e inofensivo. Sim, há linguagem chula e vulgar e uma ou outra cena que extrapola o limite do bom gosto, mas no geral é uma comédia bem comportada, diria até conservadora, pois defende a ideologia do homem casado e resignado por seu destino enfadonho. O bizarro é que Seth Rogen até tentou mudar os rumos de sua carreira ao estrelar "O Besouro Verde" mas foi um fracasso tão grande que ele voltou ao seu personagem habitual, a do cara que apesar da idade ainda se comporta como um eterno adolescente da escola (e isso apesar de ser casado e pai de uma filhinha). E por falar em adolescentes, Zac Efron está no elenco como um chamariz justamente para elas - se bem que, como todo ídolo teen, o Zac já está ficando fora do prazo de validade. Já tive várias oportunidades de elogiar a atriz Rose Byrne, que é tão talentosa que se sai muito bem tanto em dramas como em comédias (e isso não é nada fácil). Aqui ela tem que passar por algumas cenas bem constrangedoras mas sai ilesa no final das contas. Bobagem por bobagem, todas precisam pagar algum mico em sua carreira algum dia. Para ela esse "Vizinhos" serviu muito bem aos seus propósitos. Assista sem maiores pretensões e tente se divertir no meio da bagunça desses universitários.

Pablo Aluísio.

Enigma do Espaço

Título no Brasil: Enigma do Espaço
Título Original: The Astronaut's Wife
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Rand Ravich
Roteiro: Rand Ravich
Elenco: Charlize Theron, Johnny Depp, Joe Morton

Sinopse:
O astronauta americano Spencer Armacost (Johnny Depp) quer repensar sua vida. Após participar de uma missão que quase termina em desastre ele decide abandonar sua carreira para finalmente se dedicar mais à sua família, até porque sua esposa Jillian (Charlize Theron) está esperando por seu primeiro filho. O problema é que Jillian percebe que desde que Spencer abandonou o programa espacial há algo de errado em seu comportamento e modo de ser. Ela desconfia até mesmo de sua verdadeira identidade. Será que o astronauta não é mais quem afirma ser?

Comentários:
"The Astronaut's Wife" é aquele tipo de filme que você assiste por causa do elenco e depois de alguns dias se esquece completamente do que viu. Por quê? Porque é uma obra que não marca, não finca raízes no espectador. A premissa é boa, o desenvolvimento também, mas o roteiro não consegue evitar o bocejo e a cara de sono de quem assiste. Charlize Theron está maravilhosa - se ela é linda hoje em dia imagine em 1999 quando era bem mais jovem e natural! Johnny Depp encara um personagem diferente que tenta trazer algo mais, mostrar uma certa profundidade psicológica, mas infelizmente tudo se torna em vão por causa da falta de uma maior consistência nessa trama meio sonolenta. Sua pretensão também atrapalha, se tivesse levado com mais leveza o resultado teria sido mais interessante. O enredo Sci-fi poderia render um filme ao estilo UFO dos mais interessantes, porém o diretor Rand Ravich não parece disposto a ir até as últimas consequências. Ele inclusive assina uma nova série agora em 2014, "Crisis", que até tem conseguido resenhas positivas nos Estados Unidos. É ver para crer.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Malévola

Título no Brasil: Malévola
Título Original: Maleficent
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Robert Stromberg
Roteiro: Linda Woolverton, Charles Perrault
Elenco: Angelina Jolie, Elle Fanning, Sharlto Copley

Sinopse:
Era uma vez uma terra mágica onde dois reinos conviviam pacificamente, o dos humanos e o das fadas e seres encantados da natureza. Malévola (Jolie) é uma fada de bom coração que só quer preservar a harmonia de seu mundo. Suas boas intenções porém são traídas por um ser humano, um amigo de infância que a usa para conquistar poder e riqueza. Amargurada, ela se torna então uma criatura ferida e vingativa. Para dar o troco da traição que sofreu resolve amaldiçoar a pequena Aurora (Fanning) a filha do rei, que aos 16 anos entrará em um sono eterno, até o dia em que for despertada pelo beijo de um amor verdadeiro e puro.

Comentários:
Essa foi uma produção meio controvertida, principalmente depois que parte do roteiro ficou conhecido do público. Havia certamente muitas mudanças no conto de fadas clássico de "A Bela Adormecida". De minha parte fiquei tranquilo pois afinal de contas era um filme realizado pela própria Walt Disney Pictures. Diante disso, o que poderia dar errado? Ao fim de "Maleficent" você fica com a impressão de que viraram a bela fábula pelo avesso. São tantas as mudanças que pouca coisa sobrevive do original. Como Angelina Jolie está interpretando a famosa Malévola tudo, mas tudo mesmo, é focado sobre essa personagem. De coadjuvante malvada ela virou uma espécie de fada caída, não por ser essencialmente má, mas por causa de circunstâncias de sua existência - entre elas, e a mais importante, o fato de ter sido traída por quem mais amava. De uma forma ou outra, eu confesso que acabei simpatizando com o resultado, mesmo com tantas modificações do conto de fadas que lhe deu origem. Elle Fanning como Aurora ficou uma graça e o design de produção impressiona pelo bom gosto e refinamento. Outro ponto muito positivo é que fizeram uma obra enxuta, sem exageros, com metragem de apenas 89 minutos! Nada daqueles blockbusters sem fim que ficam enchendo nossa paciência e não terminam nunca! No fundo gostaria de ter assistido algo mais fiel ao desenho "A Bela Adormecida" da minha infância, mas como diz o ditado o mundo gira e os tempos mudam. Do jeito que está não aborrece e nem irrita. Ficou de bom tamanho e as crianças certamente gostarão daquele universo mágico. Afinal de contas o filme foi feito para elas, acima de tudo. Pode ir ao cinema para levar seus filhos sem receio algum.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Sem Saída

Título no Brasil: Sem Saída
Título Original: Abduction
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: John Singleton
Roteiro: Shawn Christensen
Elenco: Taylor Lautner, Sigourney Weaver, Lily Collins, Alfred Molina

Sinopse:
Nathan (Taylor Lautner) aparente ser um jovem normal como qualquer outro de sua idade. Casualmente na escola acaba acessando um site de crianças desaparecidas e para sua surpresa encontra sua foto por lá! Ele jamais ficara sabendo que seria adotado e por isso resolve questionar a mulher que ele pensa ser sua mãe. A revelação porém se revela mais bombástica do que ele jamais pensou, uma vez que começa a ser literalmente caçado por agentes do serviço secreto norte-americano. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria Pior Ator (Taylor Lautner). Vencedor do Teen Choice Awards nas categorias de Melhor Filme de Ação e Melhor Ator (Taylor Lautner).

Comentários:
Temos aqui uma tentativa de transformar o jovem ator Taylor Lautner da Saga Crepúsculo em um novo herói de ação. Pois bem, não deu muito certo. Parece que os garotos de Twilight não conseguem emplacar comercialmente fora da franquia. É certo que são muito populares entre os adolescentes, mas no que diz respeito a outros filmes, realizados fora da popular franquia de vampiros, a coisa simplesmente não funciona. Que o diga os stars Kristen Stewart e Robert Pattinson. Kristen sofre para se livrar de Bella Swan e Pattinson tem colecionado fracassos em série. O Taylor Lautner não conseguiu se sair melhor. Tudo bem, o roteiro passa longe de ser grande coisa e o filme é muito convencional - chega ao ponto de se parecer com um telefilme desses que são exibidos nas noites de sábado na Globo - mas ele tampouco conseguer salvar tudo do desastre. Desnecessário dizer também que são inúmeros os clichês, recheando uma trama derivativa e enfadonha. A única coisa boa, se assim podemos dizer, é a presença da sempre carismática Sigourney Weaver. Ela até tenta, mas em vão, "Abduction" é de fato um beco sem saída.

Pablo Aluísio.

O Espetacular Homem-Aranha 2

Título no Brasil: O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro
Título Original: The Amazing Spider-Man 2
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Enterprises, Columbia Pictures
Direção: Marc Webb
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci
Elenco: Andrew Garfield, Emma Stone, Jamie Foxx, Paul Giamatti, Sally Field, Dane DeHaan

Sinopse:
O jovem Peter Parker (Andrew Garfield) se forma no colegial. Ele pretende agora seguir em frente com seu relacionamento com Gwen Stacy (Emma Stone) mas ela está planejando ir estudar e trabalhar na distante Inglaterra. Para complicar ainda mais sua vida, surgem dois novos vilões no horizonte, Electro (Jamie Foxx), um ser que se alimenta de energia elétrica e Green Goblin (Dane DeHaan), na verdade um antigo amigo de Parker, agora enlouquecido por uma estranha doença genética.

Comentários:
Ao custo de 200 milhões de dólares chegou finalmente nas salas de cinema do mundo inteiro essa sequência da nova franquia The Amazing Spider-Man. Falando francamente esperava bem mais, não apenas por ter gostado do primeiro filme, mas também pela tradição de que continuações pares sempre são as melhores no cinema americano. As expectativas porém não foram plenamente satisfeitas. Há claras mudanças na tônica de desenvolvimento do filme em relação ao primeiro. Se fosse resumir diria que esse é bem mais infanto-juvenil, mais fiel aos antigos desenhos animados dos anos 80. Sai a tentativa de humanizar mais o herói e entra uma infinidade de piadinhas e gracinhas ditas por ele nos momentos mais inusitados. Assim, enquanto salva um ônibus cheio de cidadãos inocentes o Homem-Aranha não perde a chance e  aproveita para fazer graça. Tudo bem que essa é uma característica do próprio personagem dos quadrinhos mas aqui exageraram um pouco na dose. Os vilões também são pouco desenvolvidos. Max Dillon (Jamie Foxx), um tímido funcionário do poderoso grupo Osborn, sofre um acidente com enguias e vira o Electro! O problema é que ele era fã do Homem-Aranha antes de sofrer a terrível mutação e depois começa a odiar o herói, sem um motivo convincente. E assim segue, com um roteiro não muito inovador e sem maiores surpresas. Nem a morte de uma personagem central parece animar o resultado final. Diria que é uma diversão apenas regular no saldo geral, e nada excepcional.

Pablo Aluísio.

Uma Noite de Crime: Anarquia

Título no Brasil: Uma Noite de Crime: Anarquia
Título Original: The Purge - Anarchy
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James DeMonaco
Roteiro: James DeMonaco
Elenco: Kiele Sanchez, Frank Grillo, Zach Gilford

Sinopse:
Um grupo de jovens que se auto denominam anarquistas invade as ruas de uma grande cidade americana para tocar o terror - destruindo carros, lojas e o patrimônio alheio como forma de protesto contra o sistema. Indefesas, as pessoas começam a sofrer todo tipo de abusos até que um sujeito resolve se armar até os dentes para parar com toda essa insanidade!

Comentários:
Tinha tudo para ser um novo retrato da juventude sem esperanças e frustrada que prolifera nos grandes centros urbanos, até porque o tema parece ser mais atual do que nunca - inclusive se formos pensar na realidade brasileira. Infelizmente esqueçam esse tipo de expectativa. O roteiro é cheio de clichês, completamente banal e apela o tempo todo para situações que já foram exaustivamente exploradas pelo cinema comercial americano. Garotas sendo salvas no último minuto, justiça pelas próprias mãos e todo o arsenal de baboseiras que os cinéfilos mais veteranos já estão cansados e fartos de ver. Nem mesmo a direção de arte se salva, haja vista que os tais anarquistas nada mais são do que bobocas com máscaras ridículas que saem, sem qualquer justificativa plausível, cometendo violências contra quem encontra pelas ruas sujas! Completamente dispensável e uma tremenda decepção no final das contas. Melhor assistir ao noticiário brasileiro.

Pablo Aluísio.