quarta-feira, 19 de junho de 2019

A História de Rock Hudson - Parte 5

Rock Hudson nunca foi uma pessoa muito disciplinada. A coisa piorava quando se tratava de sua saúde. Após ser diagnosticado com AIDS ele foi até Paris para participar de um tratamento experimental e de fato após tomar todas as novas drogas teve uma aparente melhora em sua saúde. O problema é que Rock interpretou isso como uma espécie de cura, de que a AIDS enfim não era tão terrível como todos diziam. Em pouco tempo começou a beber muito novamente e a fumar - duas coisas que os médicos franceses tinham proibido.

A indisciplina em relação ao modo de vida piorou seu quadro de saúde e em pouco tempo Rock perdeu muito peso, ficou com aspecto doentio e aparência envelhecida. Mal se podia reconhecer a imagem do galã de Hollywood do passado. Pior do que isso, Rock deixou de lado a disciplina em relação aos remédios e isso consolidou novamente uma brusca queda em sua saúde. Decidiu ir até o deserto de Nevada, para tirar férias próximo a Las Vegas, mas a viagem foi interrompida pois ele passou muito mal, não conseguindo mais se alimentar direito. Ele havia alugado um velho jipe, para ter uma aventura, mas quase foi parar no hospital por causa disso. Ele não tinha mais condições físicas de fazer algo como aquilo.

De volta a Los Angeles Rock recebeu um telefonema de sua velha amiga Doris Day. Ela queria que ele se apresentasse em seu novo programa de TV. Ter Rock como convidado era seguramente uma garantia de audiência. Além disso reviver a antiga dupla que tanto sucesso havia feito nas telas de cinema no passado certamente iria despertar bastante atenção. O problema é que Rock estava com um aspecto péssimo na época. Muito magro, com olhar doentio, ele mal conseguia andar direito. Doris Day não sabia de seu estado de saúde e fez o convite. Rock não conseguiu dizer não, pois ele considerava Doris sua grande amiga no meio do show business. Ele aceitou o convite e as filmagens foram marcadas.

Quando Rock apareceu no estúdio Doris ficou alarmada com seu estado. Ela não sabia que Rock estava com AIDS e imediatamente pensou que todos aqueles boatos de que ele estaria com câncer eram verdadeiros. O roteiro do programa dizia que Rock deveria chegar e sentar ao lado de Doris Day em um cenário que parecia um belo jardim florido. A cena foi feita e exibida na mesma semana. Acabou sendo o último trabalho de Rock, sua última aparição pública. O aspecto ruim do ator logo alarmou os espectadores e a imprensa sensacionalista começou a suspeitar de que Rock tinha algo muito grave, algum problema de saúde ainda mantido em segredo. Em pouco tempo o boato de que ele seria portador do vírus da AIDS começou a se espalhar. Rock não se preocupou. Ele deveria voltar para Paris para uma nova fase de tratamento, mas não estava com vontade de fazer a longa viagem. Teria o ator desistido de lutar pela vida?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de junho de 2019

A História de Rock Hudson - Parte 4

Em meados dos anos 1950 Rock Hudson finalmente assinou seu primeiro contrato com a Universal Pictures. Segundo ele próprio disse a amigos, essa havia sido a sorte grande de sua vida. O contrato tinha duração de sete anos. O estúdio se prontificava a cuidar de tudo no que se referia à carreira de Rock em Hollywood. Ele não precisaria ir mais atrás de filmes ou testes. Os roteiros já seriam enviados para ele com sua escalação no elenco. Com salário fixo e bons rendimentos, Rock ficou eufórico.

Claro que como todo contrato também havia prós e contras. Rock jamais poderia recusar um roteiro ou uma escalação da Universal. Enviado o roteiro era necessário estudá-lo, decorar as falas e começar a trabalhar. Nada de dizer "não" aos executivos. Rock também não poderia recusar entrevistas com a imprensa, viagens promocionais e tudo o mais que a Universal mandasse ele fazer. Para Hudson, que fora marinheiro por longos anos na Marinha americana não havia nenhum problema em seguir ordens. Ele tinha uma disciplina que era mesmo militar. Jamais causou problemas ou criou casos. Pelo contrário, parecia feliz em poder atuar com a Universal, que ele iria considerar dali para frente sua segunda casa.

Uma das primeiras providências de Rock após assinar seu contrato foi comprar uma casa nas colinas de Hollywood. Era uma casa pequena, até simples, mas plenamente satisfatória para ele que era solteiro, sem compromisso ou exigente demais. Rock adorava o lugar, tanto que não perdia tempo em ficar relaxando em sua residência nas horas vagas. Na verdade ele era um sujeito bem caseiro. Só ia a festas, baladas ou premiações quando a Universal exigia sua presença. Quando isso não acontecia Rock gostava mesmo de ficar em casa ouvindo sua coleção de discos (no final da vida Rock iria ter milhares de discos de vinil, dos mais variados artistas em sua discoteca particular).

Outro luxo a que se deu foi a compra de um pequeno veleiro para navegar na costa da Califórnia. Ele havia sido marinheiro a maior parte de sua vida adulta e não queria abrir mão do amor ao mar que havia criado durante os anos na Marinha. Além disso Rock era um expert no que dizia a navios em geral, tanto que sempre dispensou tripulações nas embarcações que comprava. O ideal para ele era mesmo fazer tudo sozinho, para matar as saudades dos tempos em que cruzou os sete mares em um destróier da poderosa marinha de guerra dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

A História de Rock Hudson - Parte 3

No começo de sua carreira Roy Harold Scherer Jr queria adotar o nome artístico de Roy Fitzgerald. Soava como algo aristocrático para ele. Seu agente Henry Wilson por outro lado achava o nome horrível. "Não há como imaginar um nome desses na marquise de um cinema de Nova Iorque. Vamos procurar por outra coisa". Henry Wilson era muito bom em criar nomes artísticos. Ele havia criado os nomes de Tyrone Power, John Saxon, Dean Jagger - todos nomes viris que ajudaram seus atores a se tornarem famosos.

Olhando para Roy, um homem alto e atlético, Henry pensou imediatamente no nome Rock (rocha). Era algo viril, muito adequado. Depois para o sobrenome lembrou do Rio Hudson, majestoso, indomável. Era assim que ele via Roy, um homem forte como uma rocha, uma força da natureza. E foi assim, no meio de uma reunião no escritório de Henry Wilson, que foi criado o nome de Rock Hudson, que seria uma das obras primas do agente. O próprio Rock inventaria outras versões divertidas sobre a criação de seu nome artístico, mas o fato é que tudo foi pensado mesmo por seu astuto e inteligente empresário.

Henry Wilson sabia que Rock era gay. Ao criar um nome tão masculino e viril ele deixou claro para Rock que ele jamais poderia tornar público sua opção sexual. "Isso está fora de cogitação. Vou tornar você um astro de Hollywood ao velho estilo. Um galã para as mulheres suspirarem no cinema! Tenha seus casos e seus amores, mas tudo escondido, sem jamais baixar a guarda para o público e a imprensa!". Esses conselhos de Henry Wilson seriam seguidos por Rock até praticamente o fim de sua vida. Só quando resolveu dizer publicamente que estava com AIDS, em 1985, com pouco tempo de vida pela frente, é que Rock resolveu assumir publicamente sua homossexualidade.

Em pouco tempo a fórmula criada por Henry Wilson deu certo. Rock Hudson acabou se tornando o ator de maior bilheteria dos estúdios Universal. Naquela época a popularidade de um astro era medida pelo número de cartas que recebia de seus fãs ao redor do mundo. Em uma publicação sobre cinema Rock tirou uma foto em cima de uma montanha de cartas enviadas até ele. Era uma prova de seu sucesso! Curiosamente um dos aspectos mais louváveis da personalidade de Rock também se sobressaiu nessa época: sua generosidade. No natal de seu primeiro grande ano como superstar ele comprou dezenas de presentes para distribuir a todos os empregados da Universal, desde os mais simples funcionários como porteiros e pessoal da limpeza, até os produtores, executivos da companhia. Na dia de natal Rock chegou no estúdio com um grande saco de presentes e tal como se fosse um Papai Noel moderno saiu dando presentes para todo mundo. Ele era o ator mais querido dos funcionários do estúdio e todos torciam para que seus filmes fizessem cada vez mais sucesso. Rock era considerado uma ótima pessoa com quem trabalhava ao seu lado.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

A História de Rock Hudson - Parte 2

O primeiro teste cinematográfico de Rock Hudson na Universal foi tão ruim e desastroso que o estúdio o exibiu por anos para novos aspirantes à astros. A ideia era demonstrar que mesmo um teste inicial horroroso não significava o fim de uma promissora carreira no futuro. Mesmo não convencendo em nada a Universal resolveu contratar Rock, lhe dando um contrato de sete anos e meio (o padrão da época). Qual foi a razão para Rock ser contratado, mesmo não indo bem em seus testes iniciais de câmera? Muito simples, a Universal sabia que Rock tinha um belo futuro, de gordas bilheterias, pela frente! Bastava olhar para ele, com sua imagem impecável de galã, para entender bem isso.

Então Rock começou a aparecer em pequenos papéis, só para ir se acostumando. Seu primeiro filme foi o drama de guerra "Sangue, Suor e Lágrimas" de 1948. O personagem de Rock só tinha uma linha de diálogo. Ele aparecia numa cena de reunião de militares no QG da Força Aérea. Interpretava um oficial, um segundo tenente. Não foi nada espetacular, porém demonstrou que Rock levava muito jeito, pois fica ótimo na tela de cinema. Um executivo comentou: "Rock e as câmeras se amavam. Era amor à primeira vista! Bastava aparecer por alguns segundos para que todos prestassem atenção nele, inclusive as mulheres, que ficavam loucas por aquele homem alto, bonito e muito másculo".

Rock também assinou um contrato com o agente Henry Willson. Ele era considerado um dos melhores agentes de atores de Hollywood na época. Muito bem articulado, bem relacionado dentro da indústria. Henry, um velho homossexual, era visto como um grande fazedor de astros. Vários galãs já tinham passado por sua agência. No fundo ele sabia que Rock ainda era uma joia bruta, que precisava ser lapidada, trabalhada, por isso não mediu esforços para promovê-lo.

Henry começou a levar Rock para as principais festas de Hollywood, onde frequentavam os grandes executivos, diretores, donos de estúdio. Eram justamente nessas festas que elencos inteiros de grandes produções eram escalados. Fazer sucesso na carreira em Hollywood significava também fazer sucesso no meio social da cidade. Você tinha que fazer um certo jogo, um certo charme, em determinados lugares. Então algum diretor ou produtor iria se interessar por você e um novo filme estaria ao seu alcance. Rock logo entendeu isso e jogou o jogo. E acabou se dando muito bem...

Pablo Aluísio. 

A História de Rock Hudson - Parte 1

Na década de 1950 os padrões morais eram tão rígidos que era quase impossível para a sociedade aceitar que uma mulher viúva, mais velha, viesse a ter uma nova paixão em sua vida, ainda mais se fosse com um rapaz mais jovem e de classe social inferior. É justamente nesse tema bem espinhoso que se desenvolve a trama do filme "Tudo o Que o Céu Permite" (All That Heaven Allows, EUA, 1955). O filme foi dirigido pelo excelente cineasta Douglas Sirk, especialistas em dramas como esse e estrelado pelo astro máximo da Universal na época, Rock Hudson.

Rock estava ainda se firmando na carreira. Ele já havia chamado a atenção antes em filmes de western e de guerra, mas havia encontrado mesmo seu nicho em filmes românticos, dramáticos e com temas edificantes, geralmente baseados em livros de sucesso. Sua fase de êxito de bilheteria em comédia românticas, como as que realizou ao lado de Doris Day só viria depois. Aqui ele exercita seu lado galã, o tipo ideal para interpretar personagens assim na opinião de Sirk. Ele queria um tipo que representasse o americano médio, alto, honesto e de bom visual. Não havia ninguém melhor que Rock para o papel.

Ao seu lado atua a atriz Jane Wyman. Ela já era uma veterana da telas quando o filme foi realizado e por isso procurou ajudar Rock que ainda tinha momentos de puro amadorismo, fruto de sua falta de experiência. O interessante é que Jane até mesmo se sentiu atraído pelo jovem galã no set de filmagens, mas obviamente não deu em nada. Rock era gay e escondia sua condição para não atrapalhar sua carreira, afinal de contas seu desempenho era baseado também na incrível força de atração que exercia nas mulheres que iam assistir aos seus filmes. Se elas descobrissem que ele era na realidade gay o encanto iria se desfazer no ar e nenhum produtor o chamaria mais para trabalhar. Seria o fim de sua carreira. Talvez por isso Jane tenha procurado por outros pretendentes, entre eles o ator Ronald Reagan que iria se tornar o Presidente dos Estados Unidos na década de 1980.

Revendo esse filme hoje em dia várias coisas chamam a atenção, mas uma delas se destaca. Douglas Sirk trabalhou com fotografia em cores (algo que ainda era considerada uma novidade na época, só se tornando padrão depois). Diante da nova tecnologia ele criou um filme muito bonito de se assistir, com cores fortes e intenso aproveitamento dos cenários naturais, tudo filmado em locações reais (outra novidade já que naqueles tempos as empresas cinematográficas preferiam rodar tudo em seus enormes estúdios de Hollywood). Diante disso se há algo que ficará em sua mente após assistir ao filme será justamente o tom de pintura natural que Douglas Sirk imprimiu à sua obra. É certamente o aspecto mais marcante de todo o filme.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de junho de 2019

Victoria - Terceira Temporada

Victoria 3.01 - Uneasy Lies the Head That Wears the Crown
É a melhor coisa da TV inglesa no momento. Essa série resgata a história da Rainha Victoria (ou Vitória, como é conhecida no Brasil). Soberana que mais tempo ficou no trono britânico, até porque quando ela foi coroada não passava de uma jovenzinha cheia de sonhos e pensamentos românticos sobre sua vida. Agora, nessa terceira temporada, ela já é uma monarca mais madura, tendo que lidar inclusive com a onda de revoluções que se abateram sobre as cabeças coroadas da Europa. Basta lembrar do trágico fim de Maria Antonieta para entender bem do que se tratava. Aqui o perigo vem do movimento republicano que exigia maiores direitos políticos ao povo, ao homem comum. Sob o lema "Um Homem, um voto" a Rainha teve que pela primeira vez enfrentar um grupo organizado que exigia eleições populares, algo que ia contra o chamado direito divino dos reis. Se bem que na época a Inglaterra já era uma monarquia constitucional, com parlamento e primeiro-ministro. Nada parecido com o passado absolutista de reis como Henrique VIII, onde sua vontade pessoal era lei. / Victoria 3.01 - Uneasy Lies the Head That Wears the Crown (Inglaterra, 2019) Direção: Geoffrey Sax / Roteiro:  Daisy Goodwin, Daisy Goodwin / Elenco: Vincent Regan, Jenna Coleman, Tom Hughes.

Victoria 3.02 - London Bridge Is Falling Down 
Nesse segundo episódio da terceira temporada o problema com o movimento republicano continua. Seus principais conselheiros políticos acreditam que apenas uma repressão violenta, com uso do exército, vai parar o novo grupo político de oposição. As suspeitas de uma iminente revolução se intensificam ainda mais depois que 500 rifles são encontrados com os rebeldes. A Rainha também é aconselhada e ir embora de Londres, pois os rebeldes poderiam colocar sua vida em risco, mas na última hora ela decide recuar, mandando o exército deixar passar a manifestação do grupo que pretendia entregar ao parlamento uma petição pedindo por maior espaço político do povo, dos plebeus, ou seja, os que não tinham título de nobreza. Aspectos da vida pessoal de Vitória também são bem explorados nesse episódio, mostrando a crescente tensão que tinha com a irmã e o delicado problema de ter em seu palácio um monarca destronado, justamente o rei da França, Louis Philippe. E a família, que ia crescendo a cada ano, contava agora também com problemas, inclusive com o pequeno filho da rainha, agora com medo de um dia se tornar rei e perder sua cabeça na guilhotina. Pois é, a revolução francesa levou mesmo muito medo para todas as dinastias da Europa. / Victoria 3.02 - London Bridge Is Falling Down (Inglaterra, 2019) Direção: Geoffrey Sax / Roteiro:  Daisy Goodwin, Daisy Goodwin / Elenco:  Daisy Goodwin, Daisy Goodwin.

Victoria 3.03 - Et in Arcadia 
Nesse episódio é mostrado alguns aspectos bem íntimos da rainha Victoria. É engraçado ver como as pessoas do século XIX iam tomar banho de mar. Era necessário umas casinhas para que elas não fossem vistas entrando na água. As roupas de banho também mais se pareciam vestidos de baile de tão grandes que eram! E Victoria, pouco acostumada com as ondas da praia quase morre afogada! No mais ela tem também alguns atritos com o marido e com o ministro das relações exteriores que acaba dando espaço demais para um húngaro revolucionário que prega o fim de todas as monarquias! Para uma monarca como Victoria não poderia haver coisa pior, tudo cheirando a uma quase traição dentro do palácio. Os inimigos da coroa pelo visto nem estão ao portão real, mas já dentro dele! Maria Antonieta, a trágica rainha francesa, é uma lembrança para Victoria temer bastante esse tipo de movimento político. / Victoria 3.03 - Et in Arcadia (Inglaterra, 2019) Direção: Geoffrey Sax / Roteiro: Daisy Goodwin, Guy Andrews / Elenco: Jenna Coleman, Tom Hughes,  Laurie Shepherd, Laurence Fox, John Sessions.

Victoria 3.05 - A Show of Unity

Há um surto de cólera em Londres. Na época, numa medicina e ciência ainda tentando encontrar uma cura, não se sabia as causas dessa terrível doença. Um diagnóstico era uma verdadeira sentença de morte. Até que um médico sem muito nome, sem expressão dentro da academia, começa a desconfiar que a água seria o meio de transmissão da doença. Victoria acredita em sua tese e o chama até a corte. De fato era esse o segredo, uma fonte estava contaminando todas as pessoas que dela utilizavam. Infelizmente para a rainha as respostas vieram tarde demais pois sua prezada dama de companhia acaba sucumbindo, vindo a falecer. Uma triste notícia pois a monarca gostava realmente dela. E a jovem estava para se casar, ter filhos, o que tornava o quadro ainda mais lamentável. E o Príncipe Albert? Enquanto Londres sofria com a doença, ele tentava emplacar uma vaga de chanceler na prestigiada universidade de Cambridge, não sem antes enfrentar pesada resistência. / Victoria 3.05 - A Show of Unity (Inglaterra, 2019) Direção:  Chloe Thomas / Roteiro:  Daisy Goodwin, Guy Andrews / Elenco:  Jenna Coleman, Tom Hughes, Laurie Shepherd, Laurence Fox, John Sessions.

Victoria 3.07 - A Public Inconvenience
Antes de qualquer coisa cabem alguns elogios. A atriz Jenna Coleman é tão carismática e classuda que você vai mesmo acreditar que ela é uma rainha inglesa do século XIX, com um monte de filhos, considerada a mãe das monarquias europeias da época. E isso sem perder um pingo de sua beleza e juventude. Nesse episódio ela volta a brilhar. Aqui a lendária monarca precisa lidar com problemas internos e externos. Dentro do palácio precisa controlar as brigas e desavenças entre os membros da família real. Em relação ao próprio marido as coisas são ainda mais complicadas, já que ele se sente um tanto inútil, uma figura decorativa, feito para ser pai de futuros reis e rainhas, mas sem função nenhuma dentro do sistema político da monarquia parlamentarista britânica. A irmã também é um foco de preocupação. Ela parece estar sempre conspirando pelos corredores do palácio, procurando uma forma de trair a rainha. Coisas de toda monarquia. E quando uma série de gravuras privadas feitas pela própria rainha (que era ótima desenhista) cai em domínio público por causa de um jornal, tudo parece estar fora de controle. Agora, realmente é de se louvar que a rainha Vitória tenha passado por tantas desavenças e revoluções republicanas, tantos tronos derrubados por toda a Europa e conseguido se manter numa postura impecável. De fato o reino inglês deve muito a essa histórica rainha. / Victoria 3.07 - A Public Inconvenience (Inglaterra, 2019) Direção: Delyth Thomas / Roteiro:  Daisy Goodwin, Ottilie Wilford / Elenco: Jenna Coleman, Tom Hughes, David Newman.

Victoria 3.08 - The White Elephant
Esse é o último episódio da temporada. O nome do episódio em português é "O Elefante Branco". E qual seria esse elefante branco? A imprensa inglesa chamou assim o palácio de cristal criado pelo príncipe Albert (Tom Hughes) para uma exposição mundial que seria realizada em Londres. Ora, isso colocou o marido da rainha numa situação delicada. Se o evento fosse um fracasso o parlamento iria cair em sua cabeça por causa dos gastos envolvidos. Porém ao contrário do que a imprensa apostava a exposição acaba se tornando um sucesso. A própria rainha Victoria (Jenna Coleman) decide comparecer para prestigiar. Enquanto a coroa faz sucesso na exposição mundial o mesmo não se pode dizer de seu ministro de relações exteriores, o Lord Palmerston. Sem consultar o parlamento e nem a monarca ele decide enviar um telegrama de parabenização para a ascensão do novo imperador da França, um descendente de Napoleão Bonaparte. Algo que pega muito mal entre o povo inglês, uma vez que Napoleão foi um inimigo histórico da Inglaterra. Sua falta de estratégia política acaba lhe custando o cargo. Por fim na última cena Albert cai desmaiado nos corredores do palácio. Bem sabemos que a rainha Victoria se tornou viúva muito cedo. Por isso esse primeiro ataque do consorte deixa um gosto de "quero mais" para a próxima temporada. E que venha logo a quarta temporada dessa ótima série histórica. / Victoria 3.08 - The White Elephant (Inglaterra, 2019) Direção: Delyth Thomas / Roteiro: Daisy Goodwin, Daisy Goodwin / Elenco: Jenna Coleman, Tom Hughes, David Newman,.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de junho de 2019

Shameless - Oitava Temporada

Shameless 8.08 - Frank's Northern Shuttle Express
Quem diria que eu iria tão longe nessa série... Pois é, oitava temporada e ainda sigo assistindo às sem vergonhices da família Gallagher. Inegavelmente a série é muito divertida e depois de um tempo você acaba criando familiaridade com todos os personagens. Nesse episódio Frank resolve ganhar dinheiro de uma forma nada usual. Ele recebe para levar imigrantes muçulmanos para o Canadá! Isso mesmo, todos eles querem uma boquinha no sistema de estado de bem estar social daquele país gelado do norte. Claro, todos imigrantes ilegais, para entrar em solo canadense sem autorização para tal. E os outros membros da família? Cada um vai se virando como pode. Debbs coloca na cabeça que está grávida de novo! Um problemão já que ela é mãe solteira e não tem nem como criar a própria filha. Ian entra em choque com um pastor do bairro que está implantando uma cura gay em seus cultos. Ele resolve enfrentar o religioso usando versículos da própria Bíblia. Por fim Fiona acaba se apaixonando pelo cara que vai consertar uma porta no residencial onde ela trabalha. Bom episódio, como sempre. Estou retomando a série depois de um tempo afastado. Vou procurar ser mais regular agora! / Shameless 8.08 - Frank's Northern Shuttle Express (Estados Unidos, 2017) Estúdio: Warner Bros. Television / Direção: Emmy Rossum / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White, Ethan Cutkosky, Shanola Hampton, Steve Howey.

Shameless 8.09 - The Fugees
Para Frank o que importa é se dar bem. Assim se existe um grupo de muçulmanos, imigrantes ilegais, que querem atravessar a fronteira rumo ao Canadá, então ele vai dar um jeito. Claro, isso se for devidamente bem pago. Só que no lado de lá da fronteira ele acaba se dando mal, caindo nas mãos da polícia montada. Sua sorte é que o carro dos tiras acaba pifando e Frank dá no pé, de volta aos Estados Unidos. Já Ian começa uma verdadeira "cruzada" contra igrejas que promovem a cura gay. Ele, que também é gay, sai pregando que Jesus não seria contra os homossexuais, que ele seria na verdade puro amor ao próximo. Claro que algo assim acaba levantando uma polêmica que viraliza na internet. Por fim aqui vai uma curiosidade interessante: o episódio foi co-dirigido pela atriz Emmy Rossum, ela mesma, a Fiona! Quem diria, a gatinha anda virando cineasta... / Shameless 8.09 - The Fugees (Estados Unidos, 2018) Direção: Jeffrey Reiner / Roteiro:  John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.

 Shameless 8.10 - Church of Gay Jesus
Fiona se dá muito mal ao abrigar uma família de sem tetos. Ela os abriga por uma noite, para que não ficassem ao relento, mas ao invés de agradecimentos leva um processo de seis milhões de dólares por parte deles. Claro, puro golpe. A família quer agora tomar posse definitiva do apartamento onde entraram. Punhalada nas costas. Ian também pira. Ele decide fundar a "Igreja de Jesus Gay", um delírio que ele tem por não estar tomando sua medicação. Só que o mundo é mais doido do que ele. Em pouco tempo, turbinado pela internet, acaba criando um rebanho de gente insana ao seu lado. O jovem Gallagher se casa com a ruivinha (por falar em gente doida) e Lipe sofre a perda de seu professor, um homem que havia lhe dado a mão antes. Uma pena. No lado cômico da série a russa tenta achar um marido rico para bancar seus gastos. Tudo depois que ela viu uma antiga conhecida se dar bem ao se casar com um velho decrépito e rico da cidade. Interesse pouco é bobagem! / Shameless 8.10 - Church of Gay Jesus (Estados Unidos, 201 ) Direção: Anna Mastro / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.

Shameless 8.11 - A Gallagher Pedicure  
Esse episódio tem a pior e mais asquerosa cena de toda a série, quando Frank corta os dedos da filha! Dá nos nervos! A ruivinha estava com os dedos necrosados após um acidente de trabalho! Terrible! Já Ian pirou de vez. Sem tomar os remédios ele se torna um ativista radical do movimento gay, criando uma série de confusões com os conservadores de Chicago, algo que piora e muito quando ele decreta que o próprio Jesus teria sido gay! É de revirar o estômago. Fiona passa por apuros para expulsar uma família que tomou posse de um de seus apartamentos. Ela não contava em encontrar gente picareta daquela magnitude! Por fim o caçula Gallagher passa sufoco com sua jovem esposa, uma menina completamente maluca! Não é mole não! / Shameless 8.11 - A Gallagher Pedicure (Estados Unidos, 2018) Direção: Iain B. MacDonald / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.

Shameless 8.12 - Sleepwalking
Episódio final da oitava temporada. É a tal coisa, apesar de ser exibida no canal Showtime essa série (que eu gosto bastante) nunca ganhou o gosto dos brasileiros. Nunca fez sucesso no Brasil. Já nos Estados Unidos segue firme e forte. Claro você tem que entrar na onda, no espírito da série, para gostar mesmo de sua essência, de seus personagens, etc. Uma vez porém que isso aconteça tudo flui com muita naturalidade, isso em relação a tudo, até mesmo às barbaridades vivenciadas pela família Gallagher. Confie em mim, não é pouca coisa não! Nesse último episódio Fiona consegue expulsar os espertinhos que queriam ganhar na justiça um de seus apartamentos. Esperteza com esperteza se paga assim!. Frank vai em frente, fazendo das suas suas, aproveitando-se agora do pai rico de um amiguinho da escola de seu filho. O sujeito definitivamente não toma jeito! / Shameless 8.12 - Sleepwalking  (Estados Unidos, 2018) Direção: John Wells / Roteiro: John Wells, Paul Abbott / Elenco: William H. Macy, Emmy Rossum, Jeremy Allen White.

Pablo Aluísio.

The Girlfriend Experience

Essa série foi lançada em 2016. A primeira temporada contou com treze episódios. O roteiro conta a história de Christine Reade (Riley Keough). Ela tem uma vida dupla. De dia assiste aulas na faculdade de direito. Pela tarde faz estágio em um escritório de advocacia. Durante à noite ganha a vida como garota de programa. Na realidade a série é uma adaptação para a TV de um filme que contava basicamente a mesma história. É uma realidade que cada vez mais tem sido frequente entre jovens garotas que procuram por um meio de bancar sua universidade e estudos, até se formarem. O problema é que geralmente acabam se viciando na profissão de garota de programa porque é um serviço muito bem remunerado. Sair dessa vida é que se torna uma dificuldade depois de alguns anos. É uma boa série, com um clima mais cult, mais sofisticado. Há cenas de nudez, mas não de vulgaridade. Tudo é bem sutil. Abaixo seguem comentários de alguns episódios. Assisti a todos, porém só escrevi resenhas aos que constam na lista. Fica como registro de arquivo.  

The Girlfriend Experience 1.01 - Entry
Episódio piloto dessa nova série. A primeira coisa que chama a atenção é que os episódios só duram em média 30 minutos, algo típico de sitcoms, embora "The Girlfriend Experience" seja uma série dramática. Nesse piloto somos apresentados a Christine Reade (Riley Keough, sim, a própria neta de Elvis Presley em sua primeira série como atriz). Ela é uma estudante de direito lutando pela sua primeira vaga como estagiária em um grande escritório de advocacia. Depois de muitas entrevistas e várias recusas ela finalmente consegue sua vaga. O cotidiano do trabalho porém não é dos melhores. Seu chefe é um sujeito meio insuportável, o trabalho é excessivo e o pagamento nada satisfatório. Melhor se sai sua amiga que após encontrar um "sugar daddy" rico lhe coloca em uma bela casa, com carrões na garagem e muita mordomia. Durante um jantar ela acaba sendo seduzida por dinheiro fácil, ao acompanhar um homem mais velho em um restaurante. Sem nem sentir direito o que está acontecendo o fato é que Reade começa a entrar dentro do ramo de prostitutas de luxo, algo que lhe renderia muito mais dinheiro do que como uma simples funcionária de um escritório de advocacia. Gostei do que vi. Ainda é cedo para julgar, porém é aquele tipo de série que ao menos deixa a sensação de ser muito promissora, de ser ao menos bem interessante. Vou acompanhar com certeza. /  The Girlfriend Experience 1.01 - Entry (EUA, 2016) Direção: Amy Seimetz / Roteiro: Lodge Kerrigan, Amy Seimetz / Elenco: Riley Keough, Paul Sparks, Mary Lynn Rajskub.

The Girlfriend Experience 1.02 - A Friend
Segundo episódio. Aqui a jovem estudante de direito Christine (Riley Keough, a neta do cantor Elvis Presley) resolve ceder, aceitando o convite para fazer parte da lista de garotas de programa de luxo de uma madame de Nova Iorque. Como ela tem potencial nesse meio sua nova "empresária" resolve alugar uma bela casa para ela. Patrocinada, com a caução do aluguel pago, Christine começa a sair com os clientes. A maioria deles homens de meia idade, alguns com problemas psicológicos ou traumas emocionais. Tudo na fachada faz parecer algo até sofisticado, com encontros em belos hotéis e tudo mais. Porém tudo isso não disfarça o fato de que Christine é apenas mais uma jovem prostituta no mercado. Nesse episódio vemos ela atendendo seus primeiros clientes, começando a entrar de vez nesse tipo de situação, fazendo até mesmo que ela o compare com o serviço que tem um escritório de advocacia, onde é mal paga e precisa lidar com um chefe estressado, ou seja, boa coisa definitivamente não vem pela frente. / The Girlfriend Experience 1.02 - A Friend (Estados Unidos, 2016 ) Direção: Lodge Kerrigan / Roteiro: Lodge Kerrigan, Amy Seimetz  / Elenco: Riley Keough, Paul Sparks, Mary Lynn Rajskub.

The Girlfriend Experience 1.13 - Separation  
Esse é o último episódio da primeira temporada. É o final da história da jovem estudante e garota de programa Christine Reade (Riley Keough). Depois de todos os problemas, tanto profissionais como familiares, ela tenta reorganizar melhor sua vida, mas tudo o que consegue é ficar na mesma, insistindo no velho círculo vicioso da prostituição. Nesse último episódio vemos como Reade não parece mais ter esperanças de sair disso. Se bem que a falta de vida em seu olhar mostra também que ela não parece mais se importar. De fato aos poucos ela foi ficando mais à vontade nesse mundo, procurando inclusive ser dona de seu próprio "negócio", sem precisar prestar favores a cafetinas. Os homens continuam os mesmos, facilmente manipuláveis, ainda mais quando ela topa entrar em suas depravações pessoais. Em sua mente Reade vê tudo como uma maneira rápida e fácil de ganhar dinheiro. Nada pessoal, apenas negócios. O final dessa temporada foi deixado em aberto, o que me fez pensar que a mesma personagem voltaria na segunda temporada. Porém não é isso o que acontece. Na segunda leva de episódios mudou-se tudo, não é mais a história pessoal de Christine e nem tampouco tivermos o retorno da atriz Riley Keough. Por isso me desinteressei de continuar acompanhando. No que diz respeito a "The Girlfriend Experience" acabei ficando por aqui mesmo. / The Girlfriend Experience 1.13 - Separation (Estados Unidos, 2016) Direção:  Lodge Kerrigan / Roteiro: Lodge Kerrigan, Amy Seimetz / Elenco: Riley Keough, John Hoogenakker, Brock Cuchna.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

The Fall

The Fall 1.01 - Dark Descent
Episódio piloto dessa nova série policial. A trama é estrelada pela atriz Gillian Anderson (a agente Dana Scully da famosa série "Arquivo X", que dizem retornará em breve). Pois bem, ela é uma investigadora inglesa que é enviada para a Irlanda para ajudar nas investigações da morte de várias mulheres que, ao que tudo indica, estão sendo brutalmente assassinadas por um novo serial killer em atividade. O sujeito aparenta ter queda pelo mesmo tipo de vítima, jovens bem sucedidas, independentes e promissoras na carreira. Logo no primeiro episódio o espectador é apresentado ao assassino, um jovem calado e introspectivo, pai de família, com dois filhos pequenos e uma bela esposa. Aparentemente um homem normal, acima de qualquer suspeita. Um retrato bem realizado do poder de camuflagem desse tipo de criminoso. De fato, se você parar para ler sobre a história de muitos dos mais infames assassinos em série da história perceberá que na maioria dos casos eles realmente levavam uma vida acima de qualquer suspeita dentro da sociedade. Muitos eram conceituados em suas comunidades, considerados bons maridos e pais, alguns até exemplos de vida cristã em suas denominações religiosas. Por baixo de toda a fachada porém se encontravam predadores e assassinos frios. Ponto positivo para o roteiro que explora muito bem esse aspecto desse tipo de criminoso. No mais ainda é cedo para avaliar melhor. A personagem interpretada por Gillian Anderson parece ser fria, calculista e objetiva, infelizmente também pouco carismática. Possa ser que venha a melhorar nos episódios seguintes, só nos restando acompanhar para ver no que isso tudo vai dar. De qualquer maneira deixo a recomendação, pois a série realmente promete. / The Fall 1.01 - Dark Descent (Inglaterra, 2013) Direção: Jakob Verbruggen / Roteiro:  Allan Cubitt / Elenco: Gillian Anderson, Jamie Dornan, Laura Donnelly.

The Fall 1.02 - Darkness Visible
No primeiro episódio um serial killer volta a matar. Dessa vez a vítima é uma jovem que vive sozinha. O psicopata tem seu próprio ritual, asfixiando sua presa, para depois pintar suas unhas, a colocando em posições sensuais em sua própria cama. Tudo com o objetivo de tirar fotos... Pois é, a mente desses assassinos realmente pode ser um lugar bem estranho! Nesse segundo episódio ela é encontrada morta por sua irmã. Imediatamente o departamento de polícia é chamado e Stella Gibson (Gillian Anderson) vê que está no caminho certo em sua tese criminal. Ela defende a teoria de que há realmente um assassino em série à solta, matando mulheres com o mesmo perfil. Seu superior não quer que esse tipo de coisa vaze para a imprensa, pois colocaria em má situação o chefe de polícia. Interesses corporativos acabam atrapalhando a busca pelo assassino. De uma maneira ou outra, Stella, depois de muito jogo de cintura, acaba sendo nomeada a chefe das investigações, o que lhe trará maior controle sobre tudo, desde as cenas dos crimes até os desdobramentos das apurações. E como também ficou claro no primeiro episódio o assassino é um pai da família aparentemente normal, com esposa e filhos. O que começa a perturbar sua fachada de suposta normalidade é que sua filha pequena, uma garotinha de pouco mais de sete anos, começa a desenhar figuras sinistras nos trabalhos da escola, obviamente revelando indiretamente um reflexo da personalidade doentia de seu próprio pai. Sigo assistindo a série. Ela me lembra muito até uma outra série americana com temática bem parecida, com o mesmo clima soturno, "The Killing". Se você gosta daquela série policial então recomendo essa aqui também, pois são em certos aspectos bem semelhantes. / The Fall 1.02 - Darkness Visible (EUA - Inglaterra, 2013) Direção: Jakob Verbruggen / Roteiro:  Allan Cubitt, Allan Cubitt/ Elenco: Gillian Anderson, Ben Peel, Michael McElhatton.

The Fall 1.03 - Insolence & Wine
A base dessa série é a busca por um serial killer de mulheres. Após a morte de várias delas o departamento de polícia começa a contar com a preciosa ajuda da investigadora especializada em assassinos em série, Stella Gibson (Gillian Anderson). Como quase sempre acontece nesse tipo de situação o criminoso, no caso o psicopata, cria uma verdadeira camuflagem em torno de si mesmo para surgir perante a sociedade como um sujeito acima de qualquer suspeita. O assassino dessa série é considerado um bom homem por sua vizinhança, com vida familiar estabelecida, filhos e uma esposa maravilhosa. O tipo de carapuça ideal para muitos psicopatas assassinos da vida real. O que muitas vezes pode levar tudo a perder é exatamente a perda do controle sobre seus instintos mais básicos e violentos. É justamente o que ocorre aqui nesse episódio. Depois de matar mais uma de suas vítimas, em um ritual bizarro onde após matar as mulheres ele as embeleza, dá banho, corta seus cabelos e pinta suas unhas, o criminoso resolve ficar algum tempo fora de vista, longe de garotas que despertem sua insana vontade de matar! O problema é quando a vítima em potencial vai até sua própria casa, faz um jogo de sedução e o provoca. Como resistir? No caso, sem saber de absolutamente nada, uma adolescente resolve seduzir o próprio assassino, pensando que ele não passa de um pai de família quadradão e meio boboca! Muitas pessoas realmente não sabem reconhecer o perigo iminente quando ele surge em sua frente! / The Fall 1.03 - Insolence & Wine (Inglaterra, 2013) Direção: Jakob Verbruggen / Roteiro:  Allan Cubitt / Elenco: Gillian Anderson, Sarah Beattie, Jamie Dornan, Nick Lee.

The Fall 1.04 - My Adventurous Song
A série "The Fall" gira em torno de uma investigação liderada pela especialista em serial killers Stella Gibson (Gillian Anderson). Ela tenta descobrir a identidade do assassino em série, um criminoso que sempre mata garotas jovens que possuem um mesmo biotipo: cabelos negros e curtinhos e pele branca. O mais curioso é que o assassino na realidade é um psicoterapeuta, respeitado cidadão, pais de família, que de dia realiza sessões de acompanhamento com mulheres que sofrem abusos de seus namorados e maridos e de noite vira um matador frio e desalmado em busca de jovenzinhas. Nem Freud explica. Antes de matar as meninas ele cria todo um ritual, pintando suas unhas, a colocando em determinadas posições na cama, ouvindo música clássica, como aliás é de praxe no modus operandi desse tipo de psicopata. Nesse episódio o assassino não resiste o longo período que ficou sem matar (por causa do cerco policial ele resolveu dar um tempo) e resolve fazer mais uma vítima. O problema é que tudo acaba dando errado. Quando a vítima entra em seu apartamento o serial killer descobre que ela está acompanhado de um outro jovem como ela. Algo que nunca havia acontecido antes. Mesmo assim ele resolve atacar a ambos. Com extrema violência ele tenta neutralizar o sujeito, mas a briga se torna brutal. Ele definitivamente não esperava por isso. Ao perceber que está perdendo o controle da situação resolve fugir pulando a grade do lado de fora, mas acaba tendo outro azar ao se deparar com um grupo de jovens no meio da rua. Sob o ponto de vista do criminoso aquele certamente foi um dos piores ataques que já fez. Para completar o cerco Stella consegue localizar uma mulher que no passado teria conseguido escapar das garras desse mesmo assassino. Claro que esse depoimento acabará trazendo inúmeras pistas valiosas para o caso. Mais um bom episódio de "The Fall". Com em média 50 minutos ou mais de duração para cada programa essa série vale bastante a pena, ainda mais se você gosta do tema, investigações envolvendo assassinos seriais de jovens adolescentes. / The Fall 1.04 - My Adventurous Song (Inglaterra, 2013) Direção: Jakob Verbruggen / Roteiro: Allan Cubitt / Elenco: Gillian Anderson, John Lynch, Michael McElhatton.

The Fall 1.05 - The Vast Abyss
O texto a seguir contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu ao episódio não continue com a leitura. Enquanto a nova versão de "Arquivo x" não chega na TV uma boa dica é acompanhar pelo menos a primeira temporada dessa série "The Fall" estrelada pela atriz Gillian Anderson. Esse é o episódio final da primeira temporada (que sim, é bem curtinha, com apenas cinco episódios no total). O enredo, conforme já escrevi antes, gira em torno da caçada de um serial killer de jovens garotas. Aqui temos o desfecho de tudo. O assassino, como é praxe nesses casos, é um cidadão acima de todas as suspeitas, pai de família, bem casado, etc. Geralmente psicopatas são ótimos em se disfarçar dentro da sociedade. Pois bem, em seu último assassinato tudo deu errado. A garota que ele seguiu até seu apartamento estava acompanhada do irmão, houve uma luta violenta entre eles (algo que ele não previa) e para piorar tudo ao sair do local ele acabou sendo visto por um grupo de jovens que passavam pela rua. Isso acaba levando a polícia até sua casa. Após ser convocado para um depoimento no distrito policial ele faz o que se esperaria de um assassino serial como ele, mente, inventando uma história qualquer. Afirma que estava ao lado da esposa na noite do crime (e essa assustada acaba confirmando tudo para os policiais). Um álibi quase perfeito se não fosse pelo fato da esposa o colocar contra a parede para dizer a verdade dos fatos. O melhor momento do episódio acontece quando Stella Gibson (Gillian Anderson) o desafia a entrar em contato com ela, por telefone. A chamada e o diálogo entre a policial e o assassino se torna seguramente a melhor cena da série até o momento. Apesar de "The Fall" ser uma boa pedida acredito que vou ficando por aqui. Os episódios são bem longos e na maioria das vezes ficamos com aquela sensação de que não há um bom ritmo. Espero rever Gillian Anderson agora apenas na nova temporada de "Arquivo x" (que tanto pode ser uma maravilha, como um abacaxi tremendo). Vamos aguardar. / The Fall 1.05 - The Vast Abyss (Inglaterra, Irlanda, 2013) Direção: Jakob Verbruggen / Roteiro: Allan Cubitt / Elenco: Gillian Anderson, Niamh McGrady, Jamie Dornan.

Pablo Aluísio.

Preacher

Preacher 1.01 - Pilot
Finalmente assisti o primeiro episódio dessa nova série chamada Preacher. É uma adaptação para a TV da cult graphic novel dos quadrinhos criada por Garth Ennis e Steve Dillon. Em um universo onde céu, inferno e o nosso mundo se cruzam, o padre Jesse Custer (Dominic Cooper) tenta sobreviver a uma grave crise de fé. Ele nunca foi um excelente sacerdote, na verdade não consegue sequer fazer um bom sermão aos domingos e agora pensa seriamente em abandonar tudo. Titular de uma pequena paróquia no fim do mundo (na verdade uma cidadezinha do Texas) ele tem poucos fiéis e uma rotina que engloba problemas com seus seguidores, brigas de bar com valentões locais e um conflito pessoal envolvendo bebidas. Passa longe de ser um pregador modelo. Tudo muda quando, durante uma noite solitária, ele é confrontado, dentro de sua própria igreja, com algo incompreensível, uma força sobrenatural que não consegue explicar.

Pela sinopse deu para ver que a premissa é das melhores. Provavelmente Preacher seria bem legal se não houvesse certos exageros que vão surgindo no meio do episódio, coisas que são bem típicas do mundo dos quadrinhos e quem nem sempre dão muito certo quando adaptadas para filmes ou séries. Uma delas é esse estilo mais cartunesco e exagerado. A personagem Tulip O'Hare, por exemplo, é apresentada numa sequência muito nonsense onde ela acaba até mesmo derrubando um helicóptero militar. Quando religiosos do mundo inteiro são atacados por essa estranha força sobrenatural (que nos gibis seria o gênesis, um monstro do além), tudo soa muito desproporcional, com seus corpos literalmente explodindo, espalhando sangue e tripas para todos os lados. Vai parecer bem estranho para quem não é ligado nos gibis. Mesmo assim, como não sou especialista no universo de Preacher nos quadrinhos, tenho no mínimo a curiosidade para acompanhar a série daqui para frente. Vamos ver se a série vai prender a minha atenção de alguma forma. /  Preacher 1.01 - Pilot (Estados Unidos, 2016) Direção: Evan Goldberg, Seth Rogen / Roteiro: Evan Goldberg, Seth Rogen / Elenco: Dominic Cooper, Joseph Gilgun, Ruth Negga

Preacher 1.02 - See
Jesse Custer (Dominic Cooper) tenta ser um homem de Deus de todas as formas, de todo o coração, porém nem sempre isso é muito fácil. Ainda mais quando um pedófilo vem se confessar, dizendo que quase não está mais se controlando ao ver uma linda garotinha brincando no pátio da escola. Depois de ouvir isso o Padre Jesse acaba perdendo um pouco a linha, dando um corretivo na banheira do próprio sujeito. Se não vai pelo bem, que vá pelo mal mesmo. Nesse episódio também ocorre algo mais do que sangrento, quando uma dupla desconhecida resolve entrar na Igreja de Jesse. Portando motos serras (e não serras elétricas, como muitos pensam) eles estão decididos a fazer o pregador em pedacinhos, colocando seus restos na mala. isso até Cassidy (Joseph Gilgun) resolver acabar com tudo, com sua habitual violência. Nesse segundo episódio é interessante chamar a atenção para o fato de que os roteiristas não estão se saindo muito bem em apresentar os personagens principais. Esse é um erro, já que nem todo espectador da série tem familiaridade com os quadrinhos. Espero que esse problema seja corrigido nos próximo episódios. / Preacher 1.02 - See (Estados Unidos, 2016) Direção: Evan Goldberg, Seth Rogen / Roteiro: Sam Catlin, Seth Rogen / Elenco: Dominic Cooper, Joseph Gilgun, Ruth Negga.

Preacher 1.03 - The Possibilities
O padre Jesse Custer (Dominic Cooper) descobre que adquiriu um estranho dom ou poder que o faz controlar os atos e vontades de todas as pessoas ao seu redor! Nada mal! Quando o insano Donnie o encurrala em uma banheiro de posto de gasolina, colocando uma arma em sua cabeça, Jesse resolve testar no limite se aquilo que ele pensa possuir é realmente um poder verdadeiro. Ele manda Donnie abaixar as mãos, depois colocar o próprio cano da arma em sua boca - e fica a segundos de mandar ele apertar o gatilho para estourar seus miolos. Só não o faz porque recupera a consciência e manda o sujeito ir embora. E agora, o que fará com esse tipo de poder absoluto e estranho que carrega? Enquanto não decide é procurado por Tulipa. Ela quer que o padre deixe as besteiras de lado e parta ao seu lado para matar um antigo desafeto, Marcus, dos velhos tempos quando Jesse nem era sequer sacerdote, mas sim um bandido comum, membro de quadrilha. Por fim Cassidy recebe dois estranhos na igreja de Jesse enquanto ele está fora. Os dois querem recuperar os poderes do padre! Tudo bem, pensa Cassidy, mas de onde eles vêm? Sâo da CIA, do FBI, do quê exatamente? A resposta da dupla? Eles são do céu! Pois é... coisas de Preacher! / Preacher 1.03 - The Possibilities (Estados Unidos, 2016) Direção: Scott Winant / Roteiro:  Sam Catlin, Seth Rogen/ Elenco: Dominic Cooper, Joseph Gilgun, Ruth Negga.

Preacher 1.05 - South Will Rise Again
Ainda não consegui gostar muito dessa série, embora já esteja no quinto episódio da primeira temporada. Como nunca acompanhei os quadrinhos (embora conhecesse de nome) fica um pouco cansativo juntar todos as pontas, descobrindo a posição de cada personagem na trama central. Esse episódio tem uma longa introdução que se passa no velho oeste. Um cowboy chega numa velha cidadezinha em busca de um remédio para a esposa e seu filho doente. O sujeito foi um matador impiedoso durante a guerra civil, lutando pelos confederados, mas agora está velho e debilitado. Depois dessas cenas iniciais o roteiro traz o espectador de volta ao presente, na cidade empoeirada do Texas onde o padre Jesse Custer (Dominic Cooper) prega a palavra de Deus. Desde o episódio anterior ele tomou posse de um estranho poder, que faz com que ele determine os atos de qualquer pessoa. Ele obviamente procura usar esse dom para o bem, porém dois enviados chegam lá para tomar posse de novo desse estranho fenômeno! Os personagens que habitam esse universo (que foi adaptado dos quadrinhos cult) são bem estranhos - alguns até bizarros. Aliás a bizarrice talvez seja o único bom motivo para que eu siga acompanhando a série. Quero ver onde tudo isso vai parar. / Preacher 1.05 - South Will Rise Again (Estados Unidos, 2016) Direção: Michael Slovis / Roteiro:  Sam Catlin, Seth Rogen / Elenco: Dominic Cooper, Joseph Gilgun, Ruth Negga.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

O Pacificador

Título no Brasil: O Pacificador
Título Original: The Peacemaker
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks
Direção: Mimi Leder
Roteiro: Leslie Cockburn
Elenco: George Clooney, Nicole Kidman, Marcel Iures, Aleksandr Baluev, Randall Batinkoff, Jim Haynie

Sinopse:
Duas armas nucleares são roubadas depois de um acidente de trem. A busca por elas se torna assunto de Estado pois há rumores que serão utilizadas como "arma suja" em Nova Iorque. Assim a cientista Julia Kelly (Kidman) se une ao Tenente-Coronel Thomas Devoe (Clooney) para evitar que uma grande tragédia aconteça.

Comentários:
Esse foi um dos primeiros filmes produzidos pelo novo estúdio de cinema que Steven Spielberg havia criado, chamado de DreamWorks. Para isso o produtor não poupou esforços, contratando duas estrelas de cinema, George Clooney e Nicole Kidman. Ela recebeu um ótimo cachê de 5 milhões de dólares para fazer o filme. Como era uma produção com muitas cenas de ação também não se poupou recursos para que as sequências fossem as mais espetaculares possíveis. A despeito de tudo isso porém o filme não foi lá essas coisas. Em minha opinião esqueceram de escrever um roteiro melhor. É tudo meio derivativo, sem novidades. Além disso a preocupação de sempre puxar uma explosão, muitas vezes gratuita, acaba criando aquela sensação de tédio - algo fatal para esse tipo de filme. Para não dizer que não havia qualidades, tínhamos uma esforçada Nicole Kidman de cabelo pintado tentando tornar o filme mais interessante do que realmente era. Não deu. Uma andorinha só definitivamente não faz verão! Enfim, com fraca bilheteria e recepção muito fria por parte da crítica esse filme não conseguiu marcar e nem ser um grande cartão de visitas para o novo estúdio de Steven Spielberg.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Uma Noite no Museu

Título no Brasil: Uma Noite no Museu
Título Original: Night at the Museum
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Shawn Levy
Roteiro: Robert Ben Garant, Thomas Lennon
Elenco: Ben Stiller, Robin Williams, Dick Van Dyke, Carla Gugino, Ricky Gervais, Pierfrancesco Favino

Sinopse:
Larry Daley (Stiller) é contratado para trabalhar de vigia no período noturno de um grande museu de Nova Iorque. O que parecia ser um trabalho normal, como muitos outros, acaba se revelando completamente diferente, com as figuras de cera ganhando vida nas madrugadas.

Comentários:
Dos filmes que assisti com o saudoso Robin Williams esse foi seguramente um dos mais fracos. Não apenas pelo fato dele ter um personagem bem secundário - a do boneco de cera do presidente Teddy Roosevelt que ganha vida - mas também pelo roteiro raso, em uma produção que basicamente se segura apenas nos efeitos digitais. É bem aquele tipo de filme que não tem enredo para contar e que se apóia quase que completamente nos efeitos especiais e mais nada. É verdade que fez sucesso, rendeu mais de 400 milhões de dólares nas bilheterias, porém como custou muito caro acabou não sendo tão lucrativo como o estúdio esperava. Ganhou uma continuação bem pior do que o primeiro filme. Ora, se já não tinha estória nenhuma para contar no filme original, imagine em uma sequência ainda mais vazia e tola. E Ben Stiller, bom, ele continuava sendo o mesmo comediante sem graça, sempre repetindo o papel de bobão do qual construiu toda a sua carreira. Um ator bem chato para falar a verdade. Enfim, apenas a criançada e os adoradores de efeitos especiais realmente curtiram esse filme muito fraquinho.

Pablo Aluísio.

Miss Simpatia 2

Título no Brasil: Miss Simpatia 2
Título Original: Miss Congeniality 2 - Armed &  Fabulous
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: John Pasquin
Roteiro: Marc Lawrence, Katie Ford
Elenco: Sandra Bullock, Regina King, William Shatner, Ernie Hudson, Heather Burns, Diedrich Bader

Sinopse:
Depois de salvar um concurso de miss, a policial Gracie Hart (Sandra Bullock) se torna uma celebridade. Só que ela quer mesmo é ser uma policial de verdade e não apenas um rostinho bonito no FBI. Sua oportunidade de mostrar seu valor como policial surge quando um apresentador de concursos de miss e uma miss vencedora do ano passado são sequestrados em Las Vegas.

Comentários:
O primeiro filme fez um sucesso inesperado pelo estúdio. Assim era natural que os produtores voltassem ao mesmo tema, abrindo as portas para essa segunda parte. É a tal coisa, o primeiro filme já era fraco, bem mais ou menos. O que esperar de uma sequência que surgia com um roteiro do tipo "igual, mas procurando ser um pouquinho diferente"? E assim podemos resumir a existência desse "Miss Simpatia 2" que ganhou o pomposo subtítulo de "Armada e Poderosa". Se podemos dar um mérito a esse filme como um todo é a presença de Sandra Bullock. Seu carisma resiste a praticamente tudo, desde roteiros fracos, passando por cenas que deveriam ser engraçadas, mas que no final só são constrangedoras. A Bullock aqui mostra que consegue mesmo tirar leite de pedra, pois só não abandonei o filme pela metade por causa dela. No mais, em termos de elenco, ainda temos um esforçado William Shatner. Claro os fãs de "Star Trek" nem gostam de lembrar que seu adorado Capitão Kirk já pagou mico nesse tipo de filme, mas é a vida. Como ele mesmo disse certa vez "é um trabalho para se viver". Ponto final.

Pablo Aluísio

terça-feira, 11 de junho de 2019

Highlander 4 - A Batalha Final

Título no Brasil: Highlander 4 - A Batalha Final
Título Original: Highlander - Endgame
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Douglas Aarniokoski
Roteiro: Eric Bernt
Elenco: Christopher Lambert, Adrian Paul, Bruce Payne, Lisa Barbuscia, Donnie Yen, Peter Wingfield

Sinopse:
Após viver décadas em um santuário afastado, o imortal Connor MacLeod (Lambert) precisa voltar à luta após o surgimento de outro imortal chamado Jacob Kell (Payne) que deseja destrui-lo. Para vencer a nova ameaça Connor passa então a contar com a ajuda de Duncan MacLeod (Paul), membro de seu antigo clã na Escócia.

Comentários:
Toda saga precisa de um final. A trajetória de Connor MacLeod chega ao seu desfecho final justamente nesse quarto filme da franquia "Highlander". Claro, passa longe de estar à altura do primeiro filme, que considero um verdadeiro clássico dos anos 80. Esse aqui tem até alguns (poucos) elementos que valem a pena, porém é notória a produção precária e a falta de novas ideias. Se tem um mérito é justamente de colocar um ponto final em tudo e não se deixar cair nos erros do filme anterior, esse sim o pior de toda a série. Um erro que fica nítido por outro lado é o fato do filme ser curto demais e cheio de flashbacks no passado que não acrescentam muito no enredo final. Fica a sensação de que tudo está muito apressado, sem tempo para desenvolver melhor as histórias paralelas que vão se fechando no clímax. O vilão é até bacana, o tal de Jacob Kell, mas o mesmo não se pode dizer de seus comparsas, um bando de sujeitos ridículos que pensam estar em algum filme de Mad Max. Então é isso. O quarto filme fecha a cortina e mesmo deixando a desejar não chega a ser péssimo ou ruim demais. Vale pelo desfecho e por encerrar esse arco narrativo. Depois dele as espadas dos imortais podem finalmente abaixar (talvez) para sempre no mundo do cinema.

Pablo Aluísio.

Halloween - Ressurreição

Título no Brasil: Halloween - Ressurreição
Título Original: Halloween - Resurrection
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Rick Rosenthal
Roteiro: Larry Brand, Sean Hood
Elenco: Jamie Lee Curtis, Busta Rhymes, Brad Loree, Bianca Kajlich, Sean Patrick Thomas, Daisy McCrackin

Sinopse:
Michael Myers volta às ruas para acertar suas contas com sua irmã. Também parte para cima do elenco de um péssimo reality show que está sendo gravado em uma pequena cidade do interior. Seu encontro com eles vai ser bem sangrento.

Comentários:
O lado comercial do cinema muitas vezes fala mais alto. Os estúdios, na maioria das vezes, apostam em franquias do passado simplesmente por medo de falhar nas bilheterias. Algumas dessas séries antigas de filmes já se esgotaram, não há mais nada a dizer, nem histórias a contar, mas os produtores em busca do lucro fácil insistem nas mesmas fórmulas. Esse é o caso de "Halloween" de John Carpenter. O filme original foi lançado lá nos distantes anos 1970 e seu tempo já passou. Porém de tempos em tempos eis que surge uma nova tentativa de ressuscitar tudo. O velho psicopata Michael Myers então é retirado do porão ou de algum hospício onde vive para recomeçar sua onda de matanças insanas com uma faca brilhante. Nem é preciso dizer que a cada nova tentativa as coisas vão ficando piores, mais apelativas. E o que dizer de Jamie Lee Curtis? Todo ano ela diz que nunca mais vai voltar a atuar em um filme da série "Halloween" e toda vez ela volta, para mais uma produção. Deveria ficar calada daqui em diante. Ficaria menos feio e constrangedor seus eternos retornos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

A Espiã Vermelha

A história desse filme é baseada em fatos reais. A protagonista se chamava Joan Stanley. Ele foi uma física inglesa que acabou sendo recrutada para participar da equipe que iria tentar produzir a primeira bomba atômica da Inglaterra. Isso nasceu da necessidade de vencer os alemães na II Guerra Mundial. Era imperioso construir essa nova arma nuclear antes dos nazistas, pois caso contrário tudo estaria perdido. Só que havia um problema com Joan. Ela era apaixonada, desde os tempos de universidade, por um jovem com ideais socialistas. Um típico jovem que acreditava que o comunismo iria trazer a resposta para todos os problemas da humanidade. Consumida por essa paixão ela começou então a repassar ao namorado segredos militares da Inglaterra. Esse por sua vez enviava todo o material para a União Soviética.

Várias pessoas acabariam sendo presas e acusadas de traição porém por uma ironia do destino Joan escaparia do serviço secreto de sua majestade. Só muitos anos depois, quando já estava com mais de 80 anos de idade é que tudo veio à tona. A "Red Joan" (Joan vermelha) como ficaria conhecida, havia sido desmascarada como uma das mais eficientes espiãs da história da guerra fria. E imaginar que tudo havia começado apenas porque ela era apaixonada por um jovem idealista, de viés de esquerda, que acreditava que o que acontecia na Rússia era uma maravilha e que iria trazer igualdade para toda a sociedade. Um típico inocente útil (seu final foi bem trágico, é bom frisar, morto justamente por aqueles em quem ele acreditava cegamente!). Pois bem, temos aqui sem dúvida um bom filme, valorizado pela atuação da excelente veterana  Judi Dench que interpreta Joan na velhice. Imagine o choque de seus vizinhos quando descobriram que aquela amável velhinha havia traído seu país durante a guerra fria. Só isso já justificaria uma boa olhada nessa produção.

A Espiã Vermelha (Red Joan, Inglaterra, 2018) Direção: Trevor Nunn / Roteiro: Lindsay Shapero, baseada no livro escrito por Jennie Rooney / Elenco: Judi Dench, Sophie Cookson, Stephen Campbell Moore / Sinopse: O filme conta a história de Joan Stanley, uma inglesa que passou segredos militares envolvendo a construção da bomba atômica para a União Soviética durante a guerra fria.

Pablo Aluísio.

Sindicato da Violência

Título no Brasil: Sindicato da Violência
Título Original: Act of Vengeance
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: John Mackenzie
Roteiro: Trevor Armbrister, Scott Spencer
Elenco: Charles Bronson, Ellen Barkin, Ellen Burstyn, Wilford Brimley, Hoyt Axton, Robert Schenkkan

Sinopse:
Após a morte de um grupo de trabalhadores, um homem comum chamado Joseph 'Jock' Yablonski (Charles Bronson) decide se candidatar ao cargo de presidente do sindicato da categoria. A partir dessa decisão ousada ele se torna um alvo de sindicalistas corruptos e violentos que não querem perder seu poder.

Comentários:
Nos anos 80 Charles Bronson estava em plena atividade. Seus filmes de ação faziam sucesso e ele tinha se tornado um astro do gênero. Essa produção foi feita diretamente para a TV a cabo, um conceito novo que estava surgindo nos Estados Unidos e que aqui no Brasil ainda era algo muito distante da nossa realidade. Na verdade foi um dos primeiros filmes feitos pela HBO, mostrando que já naquela época o canal tinha força suficiente para bancar seus próprios telefilmes. No Brasil esse "Sindicato da Violência" ficou bem conhecido por ter sido reprisado até com uma certa frequência pela Rede Globo por anos a fio. Eu me lembro bem de ter assistido pela primeira vez no Supercine que exibia filmes inéditos nas noites de sábado. E certamente o filme não decepcionava os fãs do bom e velho Charles Bronson. Com um bom roteiro, explorando corrupção sindical, o filme não deixava a desejar nos quesitos ação e violência. O próprio Bronson encarnava mais uma vez seu personagem típico, a do cara durão que mais cedo ou mais tarde tinha que fazer justiça pelas próprias mãos. Para quem gostava de seu trabalho no cinema não havia nada melhor.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de junho de 2019

O Rei da Água

Título no Brasil: O Rei da Água
Título Original: The Waterboy
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Frank Coraci
Roteiro: Tim Herlihy, Adam Sandler
Elenco: Adam Sandler, Kathy Bates, Henry Winkler, Fairuza Balk, Jerry Reed, Lawrence Gilliard Jr

Sinopse:
Bobby Boucher (Adam Sandler) é considerado um bobão pelos jogadores de futebol americano onde ele é apenas um auxiliar, o encarregado de dar água aos atletas. Sua sorte muda quando o treinador de um time rival decide escalar ele como jogador. E então Bobby se torna uma estrela do esporte.

Comentários:
Todo filme com Adam Sandler é ruim? Depende. Isso vai da cabeça de cada um, do tipo de filme que o espectador está esperando assistir. É a tal coisa, o Sandler foi um campeão de bilheteria nos Estados Unidos, o que bem demonstra que seu tipo de humor é apreciado em seu país. No Brasil ele nunca foi muito popular, embora vários de seus filmes tenham sido lançados nos cinemas, em circuito comercial. Nunca fizeram muito sucesso, mas bem que as distribuidoras tentaram. Esse aqui não é dos piores, tem até seus momentos divertidos, mas no geral segue sendo o típico filme de Adam Sandler, ou seja, um roteiro bem mais ou menos tentando tirar humor de situações nem tão engraçadas assim. Além disso como o filme explora o mundo do futebol americano e os brasileiros não dão a menor bola para esse esporte as coisas realmente ficam complicadas. No geral é uma "Sessão da Tarde" sem muita inspiração e é só.

Pablo Aluísio.

Divinos Segredos

Título no Brasil: Divinos Segredos
Título Original: Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Callie Khouri
Roteiro: Mark Andrus
Elenco: Sandra Bullock, Ellen Burstyn, Fionnula Flanagan, James Garner, Ashley Judd, Maggie Smith

Sinopse:
Filme com roteiro baseado no romance escrito por Rebecca Wells. Conta a história de um grupo de amigas que na adolescência forma uma espécie de irmandade. Os anos passam e elas sempre continuam próximas. Filme indicado ao Teen Choice Awards.

Comentários:
Um bom filme mostrando a amizade que supera o tempo envolvendo amigas de uma cidade do interior dos Estados Unidos. É uma daquelas produções especialmente recomendadas para o público feminino, embora os homens também possam vir a apreciar a história que é ao mesmo tempo dramática e tocante, com pontuais momentos de bom humor. Essa adaptação cinematográfica só nasceu por insistência da estrela Sandra Bullock. Ela conseguiu reunir um bom elenco, inclusive com veteranas de primeira linha como a sempre ótima Maggie Smith. Obviamente por tratar de um tema tão terno o filme não chegou a ser um sucesso de bilheteria. É algo mais contido, mais sentimental, nada a ver com as comédias bobonas que a Bullock se acostumou a fazer para gerar lucro para os estúdios. Sendo assim esse drama atemporal e nada pretensioso, que atravessa gerações de suas personagens, poderia ser até mesmo considerado um dos melhores filmes da atriz. Quem diria...

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de junho de 2019

Dumbo

Gostei demais dessa nova versão de "Dumbo". A versão original é o famoso desenho animado da Disney feito na década de 1940. Como o estúdio está fazendo a cada ano novas versões de suas antigas animações clássicas já era esperado esse novo filme. Devo dizer que o diretor Tim Burton realizou um excelente trabalho. Com um orçamento de 170 milhões de dólares ele fez não apenas um filme tecnicamente perfeito, mas também com muito coração. O Dumbo aqui é totalmente digital, porém passa uma expressividade que impressiona. A tecnologia em computação gráfica atingiu uma perfeição nesses últimos anos que fica quase impossível distinguir o que é real do que é criado por computador. Os olhos do Dumbo passam muito sentimento e alma. Realmente impressionante.

Além disso Tim Burton acertou também na escolha do elenco. Velhos parceiros do diretor retornam como Michael Keaton, aqui como um empresário inescrupuloso do mundo do entretenimento. Porém há também caras novas como a ótima  Eva Green. Ela sempre teve um estilo gótico que combina muito bem com o próprio estilo de Tim Burton. É de se admirar que tenham trabalhado poucas vezes juntos antes! Aqui temos mesmo um elenco perfeitamente adequado ao clima do filme. Até mesmo  Colin Farrell surpreende como o sujeito que se apresentava como cowboy no picadeiro e que acaba perdendo seu braço na guerra, voltando para retomar sua vida, agora viúvo e com dois filhos pequenos para criar.

E por falar em picadeiro, circos, etc, esse é um mundo em que Tim Burton se sentiu completamente à vontade. Todos os seus filmes sempre tiveram essa direção de arte muito própria. O mundo de um circo do começo do século XX com aquele misto de decadência e arte combinaram perfeitamente com o modo de ser de Burton. Até mesmo o circo mais moderno para o qual Dumbo vai mantém aquele estilo vintage que traz muito para o filme como um todo. De todas essas novas versões da Disney para seus velhos clássicos esse "Dumbo" foi um dos que mais me agradaram. O roteiro também explora, com muita sensibilidade, a questão da exploração dos animais nos circos. Uma bela mensagem sobre o direito dos animais de viverem livres em seu habitat natural. Enfim temos aqui um excelente filme, simplesmente imperdível para quem aprecia os filmes da Disney.

Dumbo (Estados Unidos, 2019) Direção: Tim Burton / Roteiro: Ehren Kruger, baseado no romance de Helen Aberson / Elenco: Colin Farrell, Michael Keaton, Eva Green, Danny DeVito, Alan Arkin / Sinopse: Em um pequeno circo decadente nasce Dumbo, um elefante com enormes orelhas. Inicialmente dado como esquisito ele surpreende a todos quando mostra que pode voar! O que poderia ser mais atrativo para um circo do que isso? Claro que com o sucesso logo pessoas inescrupulosas chegam para tentar explorar esse novo astro circense.

Pablo Aluísio.

Apollo 11

Documentário sobre a missão espacial Apollo 11. Nessa missão histórica o astronauta Neil Armstrong se tornaria o primeiro homem a tocar suas botas no solo lunar. Um feito realmente grandioso. O documentário em si é bem objetivo. Não ha narração. Tudo o que se ouve são os áudios extraídos da própria missão. Astronautas se comunicando com sua base. Nada mais. Já as imagens são bem impressionantes. Tenta-se captar com elas não apenas a missão em si, mas também a reação do público que acampou perto da base de lançamento para assistir a tudo, em primeiro mão. Corria o ano de 1969 e muitas das imagens captadas em velhas câmeras super-8 também fazem parte do acervo de imagens que vemos aqui.

É um bom complemento ao filme que recentemente foi lançado mostrando a mesma missão, só que com atores. Nesse aqui vemos os próprios astronautas, com a equipe formada por Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, momento antes de decolar, no espaço e finalmente na Lua, no momento em que tocaram seu solo. A única crítica que eu teceria sobre tudo não se refere ao documentário, mas sim à própria NASA. É impressionante como uma missão tão importante para a história da humanidade não tenha contado com um plano de filmagem mais bem elaborado. Quando Buzz desce da Eagle, por exempo, ao invés de Neil Armstrong filmar a icônica cena ele apenas tira três fotos! Foi realmente uma falta de planejamento por parte da agência espacial americana. No mais vale como registro. Se o tema lhe interessa e você deseja captar o clima e a tensão que aconteceram naquele momento não vejo nada no mercado tão bom como esse filme.

Apollo 11 (Estados Unidos, 2019) Direção: Todd Douglas Miller / Roteiro: Todd Douglas Miller / Elenco: Neil Armstrong, Buzz Aldrin, Michael Collins, Jim Lovell, Joan Ann Archer, Janet Armstrong / Sinopse: Esse documentário conta, em imagens e áudios reais, a história da missão espacial Apollo 11 que colocou o primeiro homem em solo lunar. Filme vencedor do prêmio de Melhor Documentário no Sundance Film Festival.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Van Helsing - Missão Londres

Título no Brasil: Van Helsing - Missão Londres
Título Original: Van Helsing: The London
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Cartoon Studios
Direção: Sharon Bridgeman
Roteiro: Garfield Reeves-Stevens, Judith Reeves-Stevens
Elenco: Hugh Jackman, Robbie Coltrane, David Wenham, Grey Griffin, Dwight Schultz, John DiMaggio

Sinopse:
Gabriel Van Helsing (Hugh Jackman) é enviado pelo Vaticano para uma nova missão nas ruas escuras de Londres. Uma série de crimes envolvendo mulheres precisa ser desvendado. Caberá a Van Helsing solucionar as mortes, descobrindo a identidade do assassino.

Comentários:
É uma animação que serviu de complemento ou de publicidade a mais para o filme "Van Helsing", aquele mesmo com o ator Hugh Jackman como o protagonista. Aliás o ator aqui decidiu dublar o personagem também na animação, algo raro em sua carreira. É curioso, porque na obra original "Drácula" de Bram Stoker, o Van Helsing é um velhinho, um professor de idade avançada que resolve enfrentar o conde vampiro. Já no filme (e nessa animação) o Van Helsing virou um homem jovem, forte e cheio de armas especialmente produzidas para lidar com todos os tipos de monstros. Claro, esse tipo de "nova roupagem" soa estranha e desproporcional sob qualquer ponto de vista. E para enrolar ainda mais o meio de campo a animação traz o vilão Mr. Hyde de "O Médico e o Monstro". Até uma Rainha Vitória que vai da velhice à juventude é colocada no roteiro, mas sinceramente falando nada disso ajuda muito. Considerei essa animação bem fraca.

Pablo Aluísio.

Batman do Futuro - O Retorno do Coringa

Título no Brasil: Batman do Futuro - O Retorno do Coringa
Título Original: Batman Beyond - Return of the Joker
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: DC Comics, Warner Bros
Direção: Curt Geda
Roteiro: Paul Dini
Elenco: Will Friedle, Mark Hamill, Kevin Conroy, Angie Harmon, Dean Stockwell, Teri Garr

Sinopse:
Após décadas desaparecido o criminoso Coringa (Mark Hamill) está de volta a uma Gotham City do futuro, onde tudo parece diferente, menos a sede de vingança do palhaço assassino e psicopata. Seu objetivo seria se vingar do Batman original, mas como ele não mais existe, ele foca em Terry McGinnis, o Batman do futuro.

Comentários:
Animação baseada nos personagens criados por  Bob Kane. Essa versão futurista do Batman nunca pegou muito bem. Se não me enganou seu título mensal de quadrinhos já foi há bastante tempo cancelado nos Estados Unidos (por falta de vendas) e no Brasil ele nunca chegou a ter uma edição própria. De qualquer maneira a Warner ainda tentou emplacar esse novo Batman lançando uma série de desenhos animados e essa animação em longa-metragem que chegou a ser lançada no Brasil no mercado de video (idem nos Estados Unidos). No geral não temos nada de muito importante. O único aspecto que merece algum elogio a mais vem do elenco de dubladores com destaque para o "Luke Skywalker" de Star Wars Mark Hamill que se especializou em dublar o Coringa! Seu trabalho é realmente excepcional, por isso assista a versão legendada para não perder seu trabalho. E o que dizer do veterano Dean Stockwell dando voz ao Robin Tim Drake? Só muito talento para colar algo assim. Então é isso. O tal Batman do Futuro nunca chegou a dar muito certo, mas pelo menos rendeu alguns momentos de pura diversão como temos aqui.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Deeply: O Segredo

Título no Brasil: Deeply: O Segredo
Título Original: Deeply
Ano de Produção: 2000
País: Canadá, Alemanha
Estúdio: Bellwood Stories
Direção: Sheri Elwood
Roteiro: Sheri Elwood
Elenco: Kirsten Dunst, Lynn Redgrave, Julia Brendler, Trent Ford, Alberta Watson, Anthony Higgins

Sinopse:

O filme conta a história de uma jovem que perde seu namorado ainda muito cedo. Claro que um drama como esse lhe causa grande trauma emocional e psicológico. Ela então decide se recuperar numa ilha próxima ao continente e lá conhece uma velha escritora que lhe dará algumas lições de vida.

Comentários:
É um bom drama de época, um desses romances ao estilo antigo que hoje em dia se tornam cada vez mais raros. O filme tem boa fotografia, uma reconstituição de época correta e a boa presença da atriz Kirsten Dunst. Sua personagem é uma mocinha que ainda precisa entender o destino e as reviravoltas que podem acontecer na vida de cada pessoa. Assim temos um lado bem romântico aliado a um lado mais ácido da vida. Lynn Redgrave interpreta a velha senhora, uma mulher que procura um sentido na vida escrevendo histórias e romances, alguns reais, outros frutos de sua imaginação. É um filme até lírico nessa proposta, com muitas cenas impactantes como a bela Kirsten, queimada de sol, correndo pelas areias da praia enquanto a trilha sonora dá o tom mais dramático. Assim se você aprecia esse tipo de filme, mais romantizado, mais sentimental, essa pode ser uma boa opção para o fim de noite.

Pablo Aluísio.

Mutação 2

Título no Brasil: Mutação 2
Título Original: Mimic 2
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Jean de Segonzac
Roteiro: Donald A. Wollheim
Elenco: Alix Koromzay, Bruno Campos, Will Estes, Gaven E. Lucas, Edward Albert, Jon Polito

Sinopse:
Quatro anos depois dos acontecimentos do primeiro filme, quando todos pensavam que tudo estaria sob controle, novas criaturas geneticamente modificadas começam a emergir dos esgotos de Nova Iorque causando pânico e terror por onde passam.

Comentários:
É curioso que essa franquia "Mimic" não tenha ido muito longe. Filmes com insetos gigantes já eram moda nos anos 1950. Então os produtores do estúdio Dimension pretenderam dar início a uma nova onda desse tipo de filme B, mas não foram muito longe. Nesse aqui investiram apenas 10 milhões de dólares, com quase todo o orçamento direcionado para o setor de efeitos especiais, principalmente nas criaturas que se mostram basicamente como baratas gigantes misturadas com DNA humano. Afinal os monstros são os maiores atrativos dessa fita, isso ninguém discute. Então já sabe, se você não suporta baratas é melhor ficar longe desse filme. No mais o que temos aqui é o velho feeling dos filmes ao estilo trash que fizeram a felicidade de muitos guris ao longo das gerações. No estilo "quanto pior, melhor" o que vale é a diversão de ver todo aquele elenco desconhecido sendo devorado por insetos gigantes. Assim meus caros, isso é basicamente tudo o que você vai encontrar aqui. Compre bastante pipoca, apague as luzes e boa sessão de cinema trash.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Pokémon: Detetive Pikachu

Essa marca Pokémon é uma verdadeira indústria cultural. Está em games, desenhos animados, revista em quadrinhos e centenas de produtos licenciados. Uma verdadeira máquina de fazer dinheiro ao estilo japonês. Agora chega aos cinemas. Certo, algumas animações já tinham sido lançadas nos cinemas antes, mas nada como esse novo filme, todo feito com atores de verdade e muita computação gráfica de última geração. A boa notícia é que dessa vez capricharam mesmo na produção. Claro, é algo feito para a criançada, mas deve-se dizer que os pais também vão curtir, porque é bem divertido no final das contas.

A única crítica maior que eu teria a fazer é essa coisa de transferência de mentes de pessoas para os bichinhos. É algo meio no estilo cyberpunk que não sei se as crianças pequenas vão entender direito. Isso explica porque o Pikachu no filme fala e tem uma personalidade meio cínica. Não me lembro de ver nada parecido nos desenhos, gibis, etc. Se bem que não sou nenhum especialista nesse universo, nesses personagens. Posso até estar exagerando, pois estou aqui subestimando a esperteza das crianças hoje em dia, mas mesmo assim ainda penso que eles deveriam ter escolhido outro caminho, mais bobinho, vamos colocar assim. De qualquer forma, mesmo com esse aspecto mais desconfortável, acabei gostando de praticamente tudo. Valeu assistir, mesmo não fazendo parte do público alvo desse tipo de produção. E os japoneses... bem, eles obviamente vão faturar mais números milionários com esse novo lançamento. São as regras do capitalismo, meu caro!

Pokémon: Detetive Pikachu (Pokémon Detective Pikachu, Estados Unidos, Japão, Canadá, 2019) Direção: Rob Letterman / Roteiro: Dan Hernandez, Benji Samit / Elenco: Ryan Reynolds, Justice Smith, Kathryn Newton, Bill Nighy, Ken Watanabe / Sinopse: Pikachu está de volta! Porém tem problemas. Ele não se lembra de nada e perdeu a pista de seu antigo mestre. Agora ele resolve se unir ao filho de seu antigo criador para localizá-lo, mas essa jornada não será nada fácil pois poderosos vão impedir a dupla de chegar ao seu objetivo. 

Pablo Aluísio.

O Segredo do Sucesso

Título no Brasil: O Segredo do Sucesso
Título Original: Good Advice
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Evolution Entertainment
Direção: Steve Rash
Roteiro: Daniel Margosis, Robert Horn
Elenco:  Charlie Sheen, Angie Harmon, Denise Richards, Jon Lovitz, Rosanna Arquette, Estelle Harris

Sinopse:
O executivo Ryan Turner (Charlie Sheen) tenta a sorte grande em Wall Street, mas se dá muito mal. Sem dinheiro e na bancarrota acaba tendo que ir morar no apartamento da namorada, a jornalista Cindy Styne (Denise Richards). Então ele começa a escrever uma coluna, assinando o nome dela. E pasmem, tudo se torna um grande sucesso editorial!

Comentários:
O ator Charlie Sheen tinha tudo para se tornar o novo Tom Cruise. Além de serem parecidos fisicamente, tinham começado quase na mesma época. Sheen havia atuado em dois clássicos dos anos 80, "Platoon" de Oliver Stone e "Wall Street". Só que ao contrário de Cruise não conseguiu se firmar como astro de primeira grandeza no cinema americano. O que aconteceu? Duas palavras... drogas e sexo! Pois é, Sheen se envolveu em tantos escândalos que seu nome foi se tornando tóxico entre os produtores. Com isso ele foi sumindo das grandes produções, se resumindo em comediazinhas como essa. Sem qualquer relevância cinematográfica maior esse "Good Advice" não serve para muita coisa. É um filme que anda completamente esquecido. O assisti pela TV a cabo lá por maio de 2004 e depois nunca mais revi! Não é mesmo um daqueles filmes que você queira rever. Plenamente esquecível é apenas uma lembrança da decadência de Charlie Sheen no mundo do cinema. Uma ladeira que não teve mais volta!

Pablo Aluísio.