Em meados dos anos 1950 Rock Hudson finalmente assinou seu primeiro contrato com a Universal Pictures. Segundo ele próprio disse a amigos, essa havia sido a sorte grande de sua vida. O contrato tinha duração de sete anos. O estúdio se prontificava a cuidar de tudo no que se referia à carreira de Rock em Hollywood. Ele não precisaria ir mais atrás de filmes ou testes. Os roteiros já seriam enviados para ele com sua escalação no elenco. Com salário fixo e bons rendimentos, Rock ficou eufórico.
Claro que como todo contrato também havia prós e contras. Rock jamais poderia recusar um roteiro ou uma escalação da Universal. Enviado o roteiro era necessário estudá-lo, decorar as falas e começar a trabalhar. Nada de dizer "não" aos executivos. Rock também não poderia recusar entrevistas com a imprensa, viagens promocionais e tudo o mais que a Universal mandasse ele fazer. Para Hudson, que fora marinheiro por longos anos na Marinha americana não havia nenhum problema em seguir ordens. Ele tinha uma disciplina que era mesmo militar. Jamais causou problemas ou criou casos. Pelo contrário, parecia feliz em poder atuar com a Universal, que ele iria considerar dali para frente sua segunda casa.
Uma das primeiras providências de Rock após assinar seu contrato foi comprar uma casa nas colinas de Hollywood. Era uma casa pequena, até simples, mas plenamente satisfatória para ele que era solteiro, sem compromisso ou exigente demais. Rock adorava o lugar, tanto que não perdia tempo em ficar relaxando em sua residência nas horas vagas. Na verdade ele era um sujeito bem caseiro. Só ia a festas, baladas ou premiações quando a Universal exigia sua presença. Quando isso não acontecia Rock gostava mesmo de ficar em casa ouvindo sua coleção de discos (no final da vida Rock iria ter milhares de discos de vinil, dos mais variados artistas em sua discoteca particular).
Outro luxo a que se deu foi a compra de um pequeno veleiro para navegar na costa da Califórnia. Ele havia sido marinheiro a maior parte de sua vida adulta e não queria abrir mão do amor ao mar que havia criado durante os anos na Marinha. Além disso Rock era um expert no que dizia a navios em geral, tanto que sempre dispensou tripulações nas embarcações que comprava. O ideal para ele era mesmo fazer tudo sozinho, para matar as saudades dos tempos em que cruzou os sete mares em um destróier da poderosa marinha de guerra dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
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