terça-feira, 3 de setembro de 2019

Os Vícios de Hitler

Título no Brasil: Os Vícios de Hitler
Título Original: Hitler's Hidden Drug Habit
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra
Estúdio: National Geographic
Direção: Chris Durlacher
Roteiro: Chris Durlacher
Elenco: Ewan Bailey, Adolf Hitler, Bill Panagopulo, Theodor Morell, Henrik Eberle, Sarah Bailey

Sinopse:
O documentário explora os diversos problemas de saúde do ditador nazista Adolf Hitler e sua crescente dependência em drogas ministradas por seu médico particular Dr. Theodor Morell.

Comentários:
Hitler era vegetariano, só procurava comer grãos, mas mesmo assim desenvolveu uma série de doenças crônicas durante a II Guerra Mundial. Amparado por seu médico pessoal, o Dr. Theodor Morell, um misto de charlatão e oportunista, ele foi ficando cada vez mais dependente de uma infinidade de droga pesadas, conforme a sua Alemanha nazista começava a perder a guerra. O diário e os registros médicos do Morell sobreviveram ao tempo e se tornaram peças fundamentais da história do III Reich. Entre as revelações mais interessantes ficamos sabendo, por exemplo, que Hitler desenvolveu dependência de uma droga que foi considerada uma predecessora da heroína e cocaína. Isso mesmo, enquanto a propaganda nazista propunha uma juventude alemã sadia, forte, adepta de exercícios físicos, seu próprio líder afundava no vício em drogas pesadas. Outro fato curioso é a revelação que Hitler em seus últimos dias estava sofrendo do Mal de Parkinson, como bem demonstram imagens recuperadas da época e que foram excluídas da propaganda por mostrar as mãos de Hitler com os típicos tremores dessa doença. Nos Estados Unidos esse documentário também é conhecido como Nazi Junkies (Os nazistas drogados). Enfim, mais um excelente resgate histórico da National Geographic expondo detalhes sórdidos, inéditos e em alguns casos, esquecidos da história mundial.

Pablo Aluísio.

O Rei da Comédia

Título no Brasil: O Rei da Comédia
Título Original: The King of Comedy
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: Paul D. Zimmerman
Elenco: Robert De Niro, Jerry Lewis, Diahnne Abbott, Sandra Bernhard, Ed Herlihy, Loretta Tupper

Sinopse:
Rupert Pupkin (De Niro) é um comediante fracassado que decide sequestrar o astro da comédia Jerry Langford (Jerry Lewis). Seu modo de agir e ser combina uma mente doentia com o desejo insano de fazer sucesso a qualquer preço. Filme indicado a Palma de Ouro do Cannes Film Festival.

Comentários:
O último grande filme da carreira de Jerry Lewis no cinema também foi o mais perturbador. Como explicaria depois o diretor Martin Scorsese esse projeto só sairia do papel mesmo depois que Lewis aceitasse a oferta de trabalhar nele. E isso era algo nada certo, nem garantido, porque o personagem dele era um tanto sombrio, sinistro até. Um comediante consagrado que tinha uma imagem pública bem diferente do seu verdadeiro ser. Para pessoas que viveram com Lewis esse seu personagem no filme era mais parecido com ele na vida real do que qualquer outra coisa. De fato ele tendia para a melancolia, para a seriedade, nada parecido com seus personagens malucos que o público via no cinema. E para completar esse quadro, nada melhor do que um Robert De Niro irreconhecível. Na época o ator não havia atuado em nada parecido na sua filmografia, o que surpreendeu muitas pessoas. Era um misto de obsessão com psicopatia, sempre com um sorriso insano na face. Chegou a assustar. Então é isso. Um dos filmes mais perturbadores dos anos 80, com dois grandes astros de Hollywood, aqui em papéis completamente incomuns. Tudo com a direção do mestre Scorsese.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

X-Men: Fênix Negra

Título no Brasil: X-Men - Fênix Negra
Título Original: Dark Phoenix
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Simon Kinberg
Roteiro: Simon Kinberg
Elenco: Sophie Turner, Jessica Chastain, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Nicholas Hoult

Sinopse:
Durante um resgate no espaço Jean Grey (Turner) é exposta a uma força do cosmos desconhecida. A partir desse momento ela muda completamente, se tornando extremamente poderosa, o que acaba colocando a Terra e os próprios membros da equipe X-Men em perigo. Filme baseado nos personagens criados por Stan Lee.

Comentários:
Criticaram bastante esse filme. Os críticos de cinema não acharam grande coisa e os fãs de quadrinhos literalmente desceram a lenha no filme. Gente chata. O filme funcionou muito bem no meu caso. O que eu procurava por aqui? Diversão e passatempo por duas horas. Acabei sendo plenamente satisfeito. O filme entrega o que promete. Não adianta procurar os mínimos detalhes em termos de diferença do cinema para os quadrinhos. São linguagens diferentes, os filmes nunca terão a fidelidade completa do que se lê nas revistas. São dois mundos diversos. Como não sou leitor de comics acabei curtindo o filme pelo que ele é, cinema pipoca em sua essência. Há um enredo bem contado, com começo, meio e fim, bons efeitos especiais, um elenco carismático e isso era basicamente tudo o que eu estava procurando. Além disso essa personagem Jean Grey é uma das mais interessantes dessa universo da Marvel. É estranha, complexa, caminha numa tênua linha entre o bem e o mal e é superpoderosa ao extremo. Ela já havia sido bem explorada na franquia original X-Men. Também gostei da atriz Sophie Turner no papel. Confesso que sou suspeito pois sempre gostei dela como Sansa Stark em "Game of Thrones". Aqui repete o bom trabalho. Então é isso. Como cinema pipoca esse novo X-Men não deixou nada a desejar. O resto é chatice de gente exigente demais.  

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de setembro de 2019

Por Dentro da SS

Título no Brasil: Por Dentro da SS
Título Original: Inside the SS 
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: National Geographic
Direção: Serge de Sampigny
Roteiro: Serge de Sampigny
Elenco: Stefan Ashton Frank, Alexandre Tanguy, François Boulanger, Virginie Duverger, Fabrice Averlan

Sinopse:
Documentário produzido pela National Georgraphic que explora a tropa de elite nazista conhecida como Waffen SS, grupo de fanáticos nazistas responsáveis pelas maiores atrocidades cometidas durante a II Guerra Mundial.

Comentários:
Como agiam e como pensavam os membros da SS? Essa parece ser a principal pergunta que esse documentário tenta responder. E nada melhor do que entrevistar os antigos soldados nazistas SS que ainda estão vivos. Pouca gente sabe, mas a pura verdade é que apenas os líderes foram condenados ao final da II Guerra. A imensa maioria desses soldados e oficiais de elite do nazismo continuaram vivos e impunes após o final do maior conflito armado da história. Muitos inclusive passam pela tela ainda defendendo as ideias que forjaram o caráter dos membros da SS. E isso é realmente espantoso, já que eles estiveram diretamente envolvidos nos crimes contra a humanidade praticados durante o holocausto. Um deles inclusive se recusa de forma veemente a acreditar que houve realmente o assassinato em massa de judeus em Auschwitz e outros campos de concentração. Algo impressionante de se ver. Um velho veterano chega ao ponto inclusive de elogiar o famigerado Heinrich Himmler, braço direito de Hitler. Pelo que podemos sentir é que apesar da guerra ter terminado há mais de 70 anos, o ódio que serviu de cimento para o fanatismo nazista ainda continuou vivo na mente dessas pessoas. Algo escabroso de se constatar.

Pablo Aluísio.

Bastidores da Guerra

Título no Brasil: Bastidores da Guerra
Título Original: Path to War
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Avenue Pictures
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: Daniel Giat
Elenco: Michael Gambon, Donald Sutherland, Alec Baldwin, Bruce McGill, James Frain, Felicity Huffman

Sinopse:
O filme mostra os bastidores da escalada no envolvimento das forças armadas americanas na guerra do Vietnã. O ponto de vista passa a ser a do presidente Lyndon Johnson (Michael Gambon) e de sua indecisão entre enviar mais soldados dos Estados Unidos para aquele distante país ou cancelar tudo. Filme premiado pelo Globo de Ouro.

Comentários:
O presidente Lyndon Johnson entrou para a história dos Estados Unidos como o líder que afundou o país na desastrosa guerra do Vietnã. E ele tinha muitas dúvidas antes de tomar todas aquelas decisões erradas que levaram milhares de jovens americanos à morte nas selvas tropicais do sudeste asiático. O roteiro pode soar burocrático para algumas pessoas, principalmente pela luta psicológica dos bastidores da política, dentro da Casa Branca. Porém para quem gosta de história e deseja saber mais sobre tudo o que aconteceu antes da lama do Vietnã, esse filme pode ser mesmo uma excelente opção. O ator Michael Gambon está muito bem no papel do presidente, mas em minha opinião o melhor ator do elenco é mesmo Alec Baldwin. Ele interpreta o secretário de defesa Robert McNamara, cujos conselhos levaram a América para o desastre certo. E o veterano cineasta John Frankenheimer mostra mais uma vez que não perdeu a mão para dirigir bons filmes sobre política internacional. Assista e veja como um dominó de decisões políticas equivocadas podem custar muito caro a toda uma nação.

Pablo Aluísio.

sábado, 31 de agosto de 2019

Paul McCartney: Man on the run

Terminei de ler essa biografia de Paul McCartney. Escrita por Tom Doyle, é bom saber algumas coisas antes de comprá-la. A primeira delas é que o Beatle Paul, seus anos de glória no lado do quarteto de Liverpool, são praticamente deixados de lado. Na verdade o que temos aqui é a carreira de Paul nos anos 70, logo após o fim dos Beatles. A época em que "o sonho acabou" é assim o ponto de partida do livro. Tudo bem, é a época em que Paul criou uma nova banda, os Wings, e tentou reviver tudo ao lado desses jovens músicos, porém o gosto de decepção começa logo nas primeiras páginas quando o leitor descobre isso. Não é uma biografia completa. Simples assim.

Ao lermos o livro com atenção percebemos também que esse foi um dos maiores erros dele. O Wings nunca conseguiu se acertar direito. Havia muitos problemas de relacionamentos e aquele ideia ingênua de Paul em formar um novo grupo musical só lhe trouxe problemas. Claro, houve boa música, álbuns realmente memoráveis, mas também houve brigas, processos judiciais e muita dor de cabeça que poderia ter sido evitada.

Outro ponto enfocado bem nesse livro foi o conturbado período em que Paul passou preso no Japão. Ele tinha ido naquele país fazer uma turnê, mas foi pego no aeroporto com algumas gramas de maconha na mala. Acabou ficando vários dias preso, com possibilidade de pegar uma pena longa em uma prisão japonesa. Foi a partir dessa crise que Paul decidiu mesmo acabar com os Wings, acabar com os velhos sonhos e partir finalmente para uma carreira solo, se assumindo apenas como Paul McCartney nos discos e nos shows ao vivo.

E aí vem a decepção. O livro acaba justamente nesse momento. Paul contratou novamente George Martin para trabalhar ao seu lado, o que daria origem ao maravilhoso disco "Tug of War", mas esse momento tão importante também marca o final da biografia. Para quem curte dos discos de Paul nos anos 80, pode esquecer, É uma pena. No mais vale por algumas informações interessantes da vida íntima do ex-Beatle, inclusive da sua fazenda rústica na Escócia, um lugar que não tinha nenhuma infraestrutura, mas que parecia ser o lugar preferido de Paul. Sujo de lama, cuidando de ovelhas, ele parecia se encontrar ali, naquela região distante. No meio do lamaçal, com botas altas, o Paul parecia mais feliz do que nunca! Quem diria, o Beatle Paul sempre teve mesmo uma vocação para fazendeiro!

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Piratas do Caribe: No Fim do Mundo

Título no Brasil: Piratas do Caribe - No Fim do Mundo
Título Original: Pirates of the Caribbean At World's End
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley, Geoffrey Rush, Jonathan Pryce, Jack Davenport,

Sinopse:
O Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) volta aos sete mares, mas precisa sobreviver a uma legião de inimigos que querem vê-lo morto, traído pelas costas. Entre eles está o pirata Hector Barbossa (Geoffrey Rush) que quer colocar as mãos em Sparrow e o governador Weatherby Swann (Pryce) que deseja colocar lei e ordem no Caribe a serviço do Rei.

Comentários:
Não vá perder a conta. Esse foi o terceiro filme da franquia "Piratas do Caribe". O grande sucesso dos filmes anteriores fez com a Disney gastasse a verdadeira fortuna de 300 milhões de dólares para produzir esse blockbuster. Acabou sendo um filme mais caro do que "Titanic" que ostentava até aquele momento o título de filme mais caro da história. Uma verdadeira temeridade, até mesmo para os padrões multimilionários da indústria cinematográfica americana. Por causa desse custo absurdo o filme acabou não sendo tão lucrativo como se esperava, o que fez com que os filmes seguintes já não contassem com um orçamento tão estourado. No geral o filme não tem maiores novidades, é realmente um prato requentado (e não requintado!). Johnny Depp retomou aos maneirismos do Capitão Jack Sparrow, algo que o público em geral parece apreciar bastante. Curiosamente seu jeito de ser foi inspirado - acredite! - no roqueiro Keith Richards dos Rolling Stones. E não é que o próprio músico acabou fazendo uma pontinha divertida no filme como o pai do pirata de Depp! Ironia pouca é bobagem. Então é isso, mais um exemplar perdulário da Disney com esses piratas do cinema que foram inspirados em um brinquedo da Disneylândia. Vai entender a mente desses executivos...

Pablo Aluísio.

Cidade de Mentiras

Título no Brasil: Cidade de Mentiras
Título Original: City of Lies
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: FilmNation Entertainment, Good Films Collective
Direção: Brad Furman
Roteiro: Randall Sullivan, Christian Contreras
Elenco: Johnny Depp, Forest Whitaker, Toby Huss, Dayton Callie, Louis Herthum, Shea Whigham

Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Após a morte do rapper Notorious B.I.G,  o departamento de polícia de Los Angeles escala o detetive Russell Poole (Johnny Depp) para investigar o caso. O problema é que as investigações acabam revelando um esquema de corrupção envolvendo policiais e figurões do próprio departamento, criando uma grande tensão entre todos os envolvidos.

Comentários:
Até hoje não se sabe quem matou o músico Notorious B.I.G. O caso segue em aberto. O roteiro desse filme se propõe justamente a explicar esse intrigante caso de homicídio. E tudo foi baseado nas investigações do próprio detetive do caso, um sujeito que procurou pela verdade e provavelmente a encontrou, mas que para o departamento de polícia de Los Angeles não era nada conveniente que fosse revelada. E aí já sabemos o rumo desse tipo de situação. Todo tipo de pressão e acobertamento pelas próprias autoridades começou a ser montado, visando abafar mesmo o caso. O detetive que fez muito bem seu trabalho começou a se tornar uma peça que deveria ser removida ou desacreditada o mais rapidamente possível. O curioso é que sem chegar nos verdadeiros culpados, o caso já se arrasta há décadas sem solução, o que corrobora bastante a tese que o filme defende. O ator  Johnny Depp está muito bem em seu trabalho, isso a despeito dos problemas legais que enfrentou durante as filmagens. Ele foi acusado por um dos membros da equipe técnica do filme de agressão. Segundo algumas versões ele apareceu embriagado para trabalhar e agrediu esse sujeito, o que levou os produtores a terem que lidar com um processo enquanto o filme era finalizado. Mais um incidente desagradável na longa ficha de problemas de Depp. Algo lamentável que acaba minando de certa maneira a carreira desse talentoso ator.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Brinquedo Assassino 2

Título no Brasil: Brinquedo Assassino 2
Título Original: Child's Play 2
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Lafia
Roteiro: Don Mancini
Elenco: Brad Dourif, Alex Vincent, Jenny Agutter, Gerrit Graham, Christine Elise, Grace Zabriskie

Sinopse:
A mãe do garoto Andy é internada em um hospital psiquiátrico. Afinal quem acreditaria em um boneco assassino? Só poderia ser coisa de gente louca! Já o próprio menino Andy vai para um orfanato. Isso porém não o livra da perseguição de Chucky, agora mais violento do que nunca.

Comentários:
Chucky is Back! (Chucky está de volta!). Pois é, o sucesso do primeiro filme fez com que o estúdio retomasse os filmes de terror com o boneco diabólico. A Universal Pictures sempre teve longa tradição em filmes de terror, então foi mais do que bem-vindo o êxito comercial dessa nova franquia, dessa vez explorando o boneco Chucky, cuja voz era dublada pelo ator Brad Dourif em um excelente trabalho de caracterização. O problema é que havia uma tênue linha entre o terror e a galhofa, coisa que iria ficar bem óbvia nos filmes futuros. Aqui o diretor John Lafia ainda manteve o humor involuntário longe, mas passou longe de repetir o talento de Tom Holland que havia dirigido o primeiro filme, esse sim um cineasta que sabia manipular bem os elementos desse gênero cinematográfico. Recentemente tivemos um novo recomeço com o mais recente filme, que também passou longe de ser tão bom como o pioneiro de 1988. Pelo visto o bom e velho Chucky vai terminar mesmo em alguma gaveta, já que está mais do que saturado no mundo do cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

O Assalto

Título no Brasil: O Assalto
Título Original: Heist
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Entertainment
Direção: David Mamet
Roteiro: David Mamet
Elenco: Gene Hackman, Rebecca Pidgeon, Danny DeVito, Sam Rockwell, Rebecca Pidgeon, Patti LuPone

Sinopse:
Ladrão de Joias profissional, veterano e experiente, acaba entrando em conflito com seu antigo parceiro de crimes por causa de um pequeno erro que cometeu durante um dos roubos. Ele se deixou filmar por acidente por uma câmera de segurança. Ele então decide compensar o erro, trabalhando em um novo e bem elaborado roubo.

Comentários:
Esse foi um dos últimos filmes do ator Gene Hackman. Depois de uma longa carreira, onde ele trabalhou em alguns clássicos do cinema, decidiu finalmente se aposentar. E como faz falta um Gene Hackman no cinema hoje em dia. Pois é, o ator se aposentou e não deixou herdeiros. Claro, esse "Heist" não pode ser comparado aos seus grandes filmes do passado, principalmente com os que fez nos anos 70, porém é bem acima da média do que era produzido em sua época de lançamento. É um filme com um roteiro bem elaborado, apostando mais uma vez nesse verdadeiro nicho dos filmes policiais, a dos grandes assaltos. Na trama temos um ladrão de joias (lembrou de "Ladrão de Casaca" de Hitchcock?) que acaba entrando em atrito com alguns comparsas. Parece simples, mas não é. O roteiro foi escrito por David Mamet, que também dirigiu o filme. Quem conhece o trabalho dele sabe que pode ser tudo, menos banal. Gostei bastante quando vi pela primeira vez e ainda hoje recomendo. É um tipo de filme que, assim como Hackman, também faz falta nos dias atuais.

Pablo Aluísio.

A Marca do Zorro

Título no Brasil: A Marca do Zorro
Título Original: The Mark of Zorro
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Don McDougall
Roteiro: Brian Taggert, John Taintor Foote
Elenco: Frank Langella, Ricardo Montalban, Gilbert Roland, Louise Sorel, Robert Middleton, Anne Archer

Sinopse:

Don Diego de La Vega (Frank Langella) é um nobre que sensibilizado pelas injustiças que presencia resolve assumir a identidade de um justiceiro mascarado chamado Zorro. Sua presença desperta a ira das autoridades da região, em especial do Capitão Esteban (Ricardo Montalban) que fará de tudo para desmascará-lo. O povo porém passa a proteger Zorro.

Comentários:
Eu me recordo perfeitamente bem de assistir esse filme durante os anos 80, sendo exibido pela Rede Globo. Na época eu achava muito interessante ter o ator Frank Langella interpretando o Zorro porque afinal de contas eu havia adorado seu trabalho naquele excelente filme do Drácula em 1979. Pois é, ator carismático, interpretando dois personagens ícones do cinema e isso em dois filmes realmente muito bons. Além de Frank Langella esse filme ainda tinha outra atração no elenco para os cinéfilos, a presença de Ricardo Montalban como o inimigo do Zorro. Aqui não era o Sargento Garcia das cenas de humor da série de TV, mas um personagem mais sério, o Capitão Esteban, sempre disposto a prender o cavaleiro mascarado. Excelente produção, com roteiro preciso, elenco perfeito, tudo resultou até hoje em um dos melhores filmes do Zorro. O filme foi bastante reprisado ao longo dos anos na TV brasileira, mas infelizmente saiu de cena após os anos 90. Uma pena que as novas gerações não tenham tido a oportunidade de conhecer um filme tão bom e tão marcante para quem o viu na TV aberta. Em meu caso é uma peça de nostalgia dos meus anos de juventude.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Esposa de Mentirinha

Título no Brasil: Esposa de Mentirinha
Título Original: Just Go with It
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Dennis Dugan
Roteiro: Allan Loeb, Timothy Dowling
Elenco: Adam Sandler, Jennifer Aniston, Nicole Kidman, Brooklyn Decker, Nick Swardson, Bailee Madison

Sinopse:
Danny (Sandler) tem um passado de relacionamentos fracassados. Ele então acaba se apaixonando por uma jovem e para não se mostrar tão carente e desesperado inventa que é casado com sua melhor amiga, trazendo uma série de constrangimentos e desencontros em sua vida emocional.

Comentários:
Não é um bom filme, mas pelo menos é um pouco menos idiota do que a média das comédias estreladas pelo Adam Sandler. Pelo visto a presença de duas boas atrizes como Jennifer Aniston e Nicole Kidman fizeram com que o estúdio caprichasse um pouco mais em termos de roteiro do que o habitual, em se tratando de Sandler. Assim a vergonha alheia ficaria menor. E por falar nelas... a única razão para ver esse filme é justamente o elenco feminino. Em relação a  Jennifer Aniston não há tanto estranhamento em vê-la por aqui, afinal as comédias românticas estão bem de acordo com o que ela usualmente trabalha. É o nicho cinematográfico preferido de seus filmes desde que ela saiu da TV para o cinema. O que é estranho mesmo é ver Nicole Kidman nesse elenco, já que essa definitivamente não é a sua praia. O pior é que Nicole está em um papel bem secundário, nada adequado ao seu status de estrela de Hollywood. O que será que a fez embarcar nessa canoa furada? Eu particularmente não tenho a menor ideia. Então é isso, temos aqui um filme bem "Sessão da Tarde", mas com um elenco de atrizes inegavelmente acima da média.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de agosto de 2019

O Escorpião Rei

Título no Brasil: O Escorpião Rei
Título Original: The Scorpion King
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Stephen Sommers, Jonathan Hales
Elenco: Dwayne Johnson, Steven Brand, Michael Clarke Duncan, Kelly Hu, Bernard Hill, Peter Facinelli

Sinopse:
No deserto do Egito uma nova ameaça surge no horizonte. Um líder guerreiro que comanda um exército praticamente invencível. A guerra se aproxima e definirá quem finalmente vai conquistar o poder absoluto.

Comentários:
Filme fraco, apesar da ideia ser pelo menos interessante, sob o ponto de vista da cultura pulp. O curioso é que foi um filme que nasceu de outra franquia e que ironicamente deu origem a sua própria linha de filmes, em continuações cada vez mais fracas. Assim é no final das contas um mero derivado da franquia "A Múmia" que já não era grande coisa. Aqui aproveitaram um personagem secundário do primeiro filme e resolveram fazer uma nova produção apenas para ele, claro tentando também transformar o "The Rock" (Dwayne Johnson) em um novo astro dos filmes de ação. No geral tudo é muito derivativo e sem importância, apoiando-se completamente nos efeitos especiais, que são até bons, porém inferiores aos dos filmes da múmia. Curiosamente houve um Faraó no Egito Antigo que se chamava Escorpião Rei, porém pouco se sabe sobre ele. Claro que o roteiro desse filme não está nem um pouco preocupado com história, mas apenas em faturar nas bilheterias com um produto fast food. Enfim, um filme sem razão de ser que apesar disso conseguiu gerar continuações! Pois é, como gostava de dizer um antigo produtor de Hollywood, sempre é bom não subestimar o gosto ruim do público americano. Ele muitas vezes dá lucros inesperados.

Pablo Aluísio.

O Quarto dos Esquecidos

Título no Brasil: O Quarto dos Esquecidos
Título Original: The Disappointments Room
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Relativity Media
Direção: D.J. Caruso
Roteiro: D.J. Caruso, Wentworth Miller
Elenco: Kate Beckinsale, Mel Raido, Lucas Till, Duncan Joiner, Michaela Conlin, Michael Landes

Sinopse:
A arquiteta Dana Barrow (Kate Beckinsale) e seu marido David (Mel Raido) decidem mudar de vida. Eles resolvem comprar uma antiga casa no interior. Deixando a cidade grande para trás eles começam a perceber que o lugar, há muito abandonado, está assombrado por espíritos malignos. O lugar no passado foi residência de um cruel magistrado e palco de um crime sangrento e desumano.

Comentários:
É uma história baseada em fatos reais. De maneira em geral gostei desse novo filme de terror que procura seguir o caminho das antigas fitas sobre casas mal assombradas. Todos os elementos estão presentes, inclusive o fantasma de uma garotinha que em vida vivia escondida, reclusa, por seu próprio pai, um juiz que tinha vergonha do fato da filha ser portadora de deficiência. Um sujeito orgulhoso, frio, que no fundo não passava de uma canalha. A personagem de Kate Beckinsale procura reformar a casa que comprou (que no passado pertenceu a esse juiz e sua família) e vai descobrindo novos lugares dentro do imóvel, entre eles justamente o pequeno quarto onde a menina era mantida longe dos olhos dos outros moradores da cidade. Um ambiente pesado, cheio de energias ruins e negativas. Assim o roteiro vai explorando essa situação. O filme só não é melhor porque há uma certa pressa em desenvolver todos os acontecimentos. Como foi lançado no circuito comercial os produtores optaram por dar agilidade à trama, algo nem sempre bem-vindo nesse tipo de filme, que deveria explorar muito mais as nuances e o suspense desses quartos escuros e sombrios.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de agosto de 2019

A Chegada

Título no Brasil: A Chegada
Título Original: Arrival
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Reliance Entertainment
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Eric Heisserer, Ted Chiang
Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg, Mark O'Brien, Abigail Pniowsky

Sinopse:
Especialista em línguas e linguagens é levada pelo governo americano para uma região remota onde aterrisou uma nave espacial de origem desconhecida. Ela terá que tentar abrir um canal de comunicação com os estranhos seres alienígenas que vieram do espaço. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.

Comentários:
Esse filme prima muito mais pela inteligência do que propriamente pelo sensacionalismo que sempre está presente em filmes sobre contatos entre a humanidade e seres alienígenas. Partindo do pressuposto (meio óbvio) de que civilizações extraterrestres seriam mais desenvolvidas que nós, o filme mostra a chegada de estranhas espaçonaves por todo o planeta e a tentativa de se comunicar com esses estranhos seres. A protagonista é uma especialista em línguas e símbolos, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), que precisa decifrar a forma como os aliens tentam entrar em contato conosco. Ela é levada pelas forças armadas até o local de pouso de uma dessas naves e uma vez lá tenta abrir um ponte de comunicação, algo muito complexo de se realizar com sucesso. O roteiro porém vai além. Ele não se limita a mostrar esse primeiro contato, mas também envolver conceitos como outras dimensões e até mesmo viagens no espaço-tempo. Com tantas nuances diferentes para explorar no curto espaço de tempo de um filme, não foram poucos os espectadores que acabaram se perdendo no fio da meada da narrativa. Não vejo isso como algo negativo, mas sim altamente positivo. É uma maneira de entendermos que Hollywood não está parada, contente em apenas explorar velhos clichês, mas também avançar em busca de textos mais rebuscados e complexos. Uma maneira de se comunicar com essa nova geração que está ai, uma juventude que já nasce cercada de tecnologia por todos os lados. Não subestimando a capacidade de compreensão dessa moçada, o filme acaba ganhando muitos pontos a seu favor.

Pablo Aluísio.