quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Floresta Negra

Título no Brasil: Floresta Negra
Título Original: Snow White - A Tale of Terror
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Entertainment
Direção: Michael Cohn
Roteiro: Tom Szolossi, Deborah Serra
Elenco: Sigourney Weaver, Sam Neill, Gil Bellows, Brian Glover
  
Sinopse:
Nessa adaptação sombria de um famoso conto de fadas acompanhamos a história de uma linda jovem que acaba caindo em uma armadilha mortal quando seu pai resolve se casar novamente. Sua nova madrasta é versada em artes ocultas e maléficas, o que colocará sua própria vida em risco. Filme indicado ao Primetime Emmy Awards nas categorias de Melhor Atriz (Sigourney Weaver), Melhor Figurino e Melhor Maquiagem.

Comentários:
Pensou que tudo havia começado com "Alice" de Tim Burton? Ledo engano. Esse filme é interessante porque demonstra que essa ideia de usar contos de fadas em adaptações mais adultas já vem de longe. Há vinte anos, por exemplo, era lançado na TV americana esse "Snow White - A Tale of Terror". Sim, porque ao contrário do que muitos pensam esse não foi um filme produzido para o cinema, mas sim para a TV. A confusão vem do fato dele ter sido lançado no mercado de vídeo no Brasil. Aqui pegaram o conto infantil "Branca de Neve e os Sete Anões" como fonte e adaptaram como se fosse uma história sombria, nebulosa, cheia de monstros, com visual dark. Os figurinos e a produção são muito bons, idem para a maquiagem, porém o roteiro (ah, esse velho problema) voltava para assombrar o espectador desavisado. A palavra que melhor define "Floresta Negra" é forçado! Tudo é forçado aqui, as situações, a fotografia (escura demais para ser considerada), até mesmo o bom elenco está fora do que seria adequado! No geral é um filme que vale pela curiosidade apenas. Não diverte, não cativa e nem surpreende. Só não caia no erro de passar a fita para seus filhos. Provavelmente eles não vão gostar já que essa versão da Branca de Neve não é recomendada para crianças, em nenhuma hipótese.

Pablo Aluísio.

Os Picaretas

Título no Brasil: Os Picaretas
Título Original: Bowfinger
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Imagine Entertainment
Direção: Frank Oz
Roteiro: Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Eddie Murphy, Heather Graham, Robert Downey Jr, Christine Baranski, Barry Newman

Sinopse:
Bowfinger (Steve Martin) é um produtor picareta de Hollywood, criador de inúmeros filmes Z, que decide dar um último golpe certeiro. Ele pretende filmar um superstar do cinema, sem que ele saiba, para assim montar seu próximo filme, algo que irá criar inúmeros problemas. Filme indicado ao Black Reel Awards, o Oscar do cinema negro americano, na categoria de Melhor Ator (Eddie Murphy).

Comentários:
Um velho sonho dos fãs de comédias americanas era ver atuando em um mesmo filme Steve Martin e Eddie Murphy. Essa seria uma parceria dos sonhos do humor americano. Quem acabou dando o pontapé inicial foi o próprio Martin. Ele havia escrito um roteiro que satirizava a própria Hollywood e acreditava que Murphy seria seu parceiro ideal. Realmente a premissa básica era bem divertida, porém o roteiro errava em apostar apenas em um tipo de situação, uma piada que se repetia, se repetia e se repetia ao longo de todo o filme. A saturação desse tipo de situação era bem previsível e realmente se confirmou nas telas. O curioso é que a direção foi dada ao talentoso Frank Oz, que havia dirigido o divertido "Os Safados" com o mesmo Steve Martin (aqui em outra parceria, com Michael Caine). Infelizmente ele não repetiu o bom trabalho do filme anterior. Assim "Os Picaretas" apesar de apresentar alguns bons momentos, deixa realmente a desejar. O próprio Eddie Murphy surge em muitos momentos caricaturais demais da conta. Nesse filme ele errou a dose. No mais vale apenas como curiosidade de ver dois dos grandes humoristas do cinema em um momento menor, não tão engraçado como era de se esperar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Cartas na Mesa

Título no Brasil: Cartas na Mesa
Título Original: Rounders
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: John Dahl
Roteiro: David Levien, Brian Koppelman
Elenco: Matt Damon, Edward Norton, John Malkovich, John Turturro
  
Sinopse:
Mike McDermott (Demon) é um jogador de cartas talentoso. Ele tem um sexto sentido e domina as habilidades do jogo, mas em um dia particularmente ruim acaba perdendo todas as economias que iria pagar sua faculdade. Decepcionado, decide abandonar tudo, até ser encorajado por um amigo que acabou de sair da prisão a retornar para os jogos, indo para o tudo ou nada! Indicado ao Venice Film Festival.

Comentários:
Matt Damon fez muitos filmes bacanas na carreira. Esse aqui foi um deles. Ao lado do fantástico (sem exageros!) ator Edward Norton ele estrelou um dos melhores filmes sobre jogos de cartas de Hollywood. É curioso porque poucos sabem, mas esse tipo de roteiro tem uma grande tradição no cinema americano. Basta lembrar dos antigos filmes de faroeste onde vários jogadores profissionais (entre eles Doc Holliday) se reuniam ao redor de uma mesa de cartas para decidir suas sortes. Geralmente esses encontros terminavam em tiroteios, mas aqui o diretor John Dahl (de "Mate-me Outra Vez", "Morte Por Encomenda" e "O Poder da Sedução") optou pelo confronto puramente psicológico, pela tensão da próxima carta jogada sobre a mesa! Nesse aspecto considero o filme realmente muito bom, valorizando cada olhar, cada mudança de postura dos jogadores. Há sequências tão bem editadas que você vai acabar acreditando mesmo que uma partida de poker pode mesmo mudar ou arruinar a vida de uma pessoa para sempre, tal como se fosse um duelo ao estilo do velho oeste. Das vastas filmografias dos atores Matt Damon e Edward Norton, esse é seguramente um dos melhores filmes deles. Fora a dupla, o elenco ainda traz ótimos atores no elenco de apoio, entre eles John Malkovich e John Turturro! Assista, goste você de um bom baralho ou não!

Pablo Aluísio.

Jackie

Título no Brasil: Jackie
Título Original: Jackie
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight Pictures
Direção: Pablo Larraín
Roteiro: Noah Oppenheim
Elenco: Natalie Portman, Peter Sarsgaard, John Hurt, Billy Crudup
  
Sinopse:
Filme baseado em fatos reais. Anos após o assassinato de seu marido, a ex-primeira dama Jackie Kennedy (Natalie Portman) aceita receber a visita de um jornalista para uma entrevista. Ela aceita dar uma entrevista em sua própria casa, em Massachusetts. Enquanto suas lembranças vão se atropelando em sua memória ela vai recordando momentos bons e trágicos de sua vida, como a vida na Casa Branca, as aparições públicas na TV, os grandes bailes e, é claro, o dia trágico em que seu marido, o presidente JFK, foi morto em Dallas durante uma parada em carro aberto pelas ruas da cidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Natalie Portman), Melhor Figurino (Madeline Fontaine) e Melhor Música (Mica Levi). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Drama (Natalie Portman).

Comentários:
"Jackie" é um filme sobre o luto. Explico. Inicialmente o roteiro mostra Jackie recebendo um jornalista em sua casa. Ela não tem a menor intenção de falar do dia da morte de seu marido JFK. Ela sabe que o jornalista está mesmo em busca dessa informação. Porém antes de qualquer coisa ela procura ter o controle sobre tudo o que será dito e publicado. Aquela seria uma das primeiras entrevistas dela para a imprensa e por isso Jackie Kennedy, que também era uma jornalista de profissão, procura manter tudo sob o seu estrito controle. Só que nem tudo sai como planejado e ela, tomada pela emoção, acaba falando e revelando memórias do dia em que JFK foi assassinado em Dallas. Assim o filme apresenta uma linha narrativa principal - com Jackie e o jornalista em sua casa - e vários flashbacks representando tudo o que ela estava relembrando naquele momento. O interessante é que o roteiro não parece muito disposto a desenvolver outros aspectos que não sejam o sensacionalismo do assassinato, das primeiras reações após a morte do presidente e dos preparativos do funeral. Tanto isso é verdade que há uma cena que até achei de mau gosto quando a cabeça de John literalmente explode após levar o tiro certeiro dado pelo assassino Lee Oswald. Achei desnecessário, explícita demais e um tanto desrespeitosa à memória do presidente. Depois do tiro fatal acompanhamos tudo o que aconteceu depois, com Jackie desnorteada, em estado de choque, sem saber mesmo o que fazer (o que era naturalmente muito compreensível).

Há também uma certa dose de frivolidade na primeira dama quando ela começa a exigir um funeral como o que foi feito para a morte do presidente Lincoln. Aliás é bom que se diga que apesar dos elogios da crítica em geral, não consegui apreciar muito a interpretação da atriz Natalie Portman nesse filme. Achei até que ela soa muito forçada em determinados momentos. Um exemplo disso acontece nas cenas em que Portman interpreta Jackie durante um programa para a TV onde se procurava mostrar o interior da Casa Branca para o povo americano. Ela fala de modo estranho, nada natural, em uma caracterização que pouco lembra a primeira dama, que sempre foi conhecida por ter uma personalidade forte e segura de si mesma. Assim o que temos no final é um longo filme de luto, mostrando basicamente os momentos que antecederam o enterro de JFK. Claro que do ponto de vista de detalhes históricos tudo é mais do que interessante. Ficamos sabendo até mesmo que Jackie se envolveu na escolha do lugar de sepultamento do presidente, dos preparativos do desfile fúnebre, com direito a um cavalo não montado representando a ausência do presidente (apesar dele nunca ter tido um em vida, como bem salienta um dos personagens) e por fim um longo diálogo que ela trava com um padre (interpretado pelo sempre excelente John Hurt, recentemente falecido). É uma ode à dor, ao luto e a um dos momentos mais impactantes da história dos Estados Unidos, tudo visto sob o estrito ponto de vista de Jackie. Se você aprecia esse tipo de espetáculo, digamos, mórbido, certamente vai gostar. De minha parte esperava mesmo por algo mais abrangente sobre a vida da protagonista.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

The Young Pope

Título Original: The Young Pope
Título no Brasil: Não Definido
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra, Itália
Estúdio: HBO, Canal+
Direção: Paolo Sorrentino
Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello
Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, Scott Shepherd
  
Sinopse:
Série em 10 episódios que conta a estória ficcional do primeiro Papa americano, Pio XIII (Jude Law). Criado em um orfanato católico, muito ligado a uma freira chamada Irmã Mary (Diane Keaton) ele é eleito pelo conclave romano mesmo tendo pouca idade e pouca experiência como Cardeal. Uma vez no trono de Pedro o novo Papa começa a jogar a intensa política dos corredores do Vaticano, procurando descobrir as conspirações em sua volta, ao mesmo tempo em que deseja mudar certos aspectos da Igreja. Dono de um estilo único ele parece disposto a abalar as estruturas do poder religioso.

Episódios Comentados:

The Young Pope 1.01 - First Episode
Vou aqui comentar os episódios que for assistindo, de forma gradual. Nesse primeiro episódio, como era de se esperar, os personagens são apresentados ao público. Um fato interessante é que a primeira cena, onde o novo Papa parece emergir de uma montanha de corpos de bebês, tudo na verdade não passaria de um pesadelo que acomete o sumo pontífice na noite anterior a sua primeira homilia ao rebanho católico. Depois conforme o episódio avança vamos tomando conhecimento dos fatores que levaram aquele Papa americano tão jovem ao poder. Um grupo de cardeais o elegeu como uma espécie de marionete de seus interesses. Seus planos de dominação porém caem por terra porque logo no primeiro dia de seu pontificado. O novo Papa começa a tomar decisões próprias, limitando e confrontando o poder da cúria ao seu redor. Um aspecto curioso dessa nova série que o espectador mais atento vai logo perceber é que tudo se desenvolve sobre uma fina camada de ironia, quase desbancando para o humor negro. Isso leva a cenas supostamente absurdas, de puro nonsense, que depois ou se revelam sonhos e pesadelos, ou devaneios alucinados da mente do novo Papa. Ele inclusive tem hábitos fora do comum, como fumar e usar um padre de confissões para saber tudo o que está acontecendo pelos corredores do Vaticano. Ainda é prematuro para julgar uma série pelo primeiro episódio, mas posso adiantar que há uma boa produção, um roteiro no mínimo interessante e um bom elenco. Se a série vai pegar realmente, aí já é uma questão de tempo. Não há outro caminho a seguir a não ser acompanhar os próximos episódios para ver no que tudo isso vai dar. / The Young Pope 1.01 - Pilot (Estados Unidos, França, Inglaterra, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, Scott Shepherd.

The Young Pope 1.02 - Episode 1.2
Essa série é bem fora do comum. Não pelo fato de mostrar a vida de um Papa, a do primeiro Papa americano da história, aqui chamado de Pio XIII, mas sim por alguns caminhos que o roteiro gosta de tomar. Logo em seus primeiros dias no poder o Sumo Pontífice compra brigas com vários cardeais da cúpula da Igreja. Suas decisões são imprevisíveis e todos em Roma sentem isso. Ele não parece disposto a seguir convenções. Visitado pela diretora de campanha de marketing do Vaticano ele recusa de forma cabal o uso de sua imagem em produtos. Ele se considera - pelo menos assim diz ser - um nada! Ele não quer nem ao menos ser visto em jornais, TVs e a mídia em geral. Ora, uma das funções do Papa é sair pelo mundo, pregando o evangelho. Virar um ícone na mídia é consequência natural. Para Pio XIII porém isso está fora dos planos e ele se esconde nas sombras até mesmo quando resolve fazer sua primeira homilia na sacada da Basílica de São Pedro. Essa cena aliás é de grande impacto porque o diretor Paolo Sorrentino resolveu usar uma trilha sonora apoteótica, quase apocalíptica! O Papa havia recebido uma carta de um garotinho americano dizendo que não conseguia acreditar em Deus. O que ele deveria fazer então? Essa carta inflama o novo Papa que resolve literalmente jogar os cachorros em cima dos fiéis, fazendo um discurso duro, pesado e também desastroso em seus efeitos. Jude Law está muito bem como esse Papa Pio XIII. Ele tem um olhar de que está escondendo algo bem sério. Firme em suas decisões, parece disposto a levar bem à sério seu cargo. Em uma das cenas mais interessantes desse episódio ele confronta abertamente um jovem cardeal sobre as suspeitas de que ele seria homossexual. Em outro momento resolve soltar um canguru dado de presente por católicos australianos nos jardins seculares do Vaticano. Some-se a isso a crescente tensão que vai se criando em torno de sua relação com Mary Sister (Keaton), que pode ser inclusive sua mãe que ele pensa jamais ter conhecido. Enfim, mais uma, no mínimo, instigante série com o selo HBO. Para não perder de vista. / The Young Pope - Episode 1.2 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, Javier Cámara, Scott Shepherd, Cécile De France.

The Young Pope 1.03 - Episode 1.3
Mais um episódio muito bom dessa nova série. Aqui um velho cardeal, já cansado pelos anos vividos, encontra o Papa Pio XIII nos jardins do Vaticano e lhe diz uma frase emblemática: "Vossa Santidade é tão jovem, mas tem ideias tão antigas!". Realmente os primeiros dias desse papado da ficção são mesmo de assustador os fiéis. Ele se recusa a aparecer publicamente e traz uma mensagem de medo e até mesmo terror. Seu grande mentor é o Cardeal Spencer, um homem ambicioso que acreditava piamente que seria eleito no Conclave. Ao invés disso foi eleito seu pupilo, um cardeal americano, algo que jamais aconteceu na história da Igreja Católica. Inicialmente Pio XIII pede para que ele o ajude no papado, mas ferido em seu próprio orgulho pessoal, ele se recusa. Tudo muda quando ele é confrontado por um dos mais antigos veteranos sobre sua lealdade e amor à Igreja. A partir daí tudo muda. Uma das melhores coisas desse roteiro acontece quando Pio XIII recebe Spencer para uma conversa franca. Ele explica ao seu antigo mestre que tem um grande plano para a Igreja, mas Spencer o conhece muito bem para saber que psicologicamente ele ainda é um menino que foi abandonado pelos pais nos portões de um orfanato católico muitos anos atrás e que por isso estaria disposto a literalmente se vingar do mundo. Enfim, revelar mais seria equivocado de minha parte. Basta apenas dizer que o roteiro vai aos poucos desvendando os traumas, obsessões e marcas psicológicas que marcam esse sumo pontífice. Para uma série dos dias atuais essa profundidade psicológica explorada em um dos personagens já está de muito bom tamanho, vamos ser sinceros. / The Young Pope 1.03 - Episode 1.3 (Estados Unidos, Itália, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.04 - Episode 1.4 
Enquanto o país vai derretendo com mais uma crise política aproveitei o tempo livre para assistir mais alguns episódios das séries que acompanho. Dentre elas uma das melhores é "The Young Pope". Nesse quarto episódio da primeira temporada as intrigas palacianas no papado do Papa Pio XIII continuam. Aqui surge um novo vidente. Um sujeito com cara de maluco, um criador de ovelhas, que diz ver e ouvir a virgem Maria. Ele aparece na TV, enquanto o Papa fuma tranquilamente seu cigarro. Essa cena, diga-se de passagem, ficou hilária por causa da cara cínica que Jude Law faz! Impagável. Outro ponto divertido desse episódio surge quando o Papa recebe a visita da primeira ministra da distante e fria Groenlândia. Os católicos por lá são minoria, embora tenha sido a primeira religião a chegar na ilha, cinco séculos atrás. O Papa então pergunta o que estaria por baixo de tanto gelo naquele distante lugar. Com a premier meio embaraçada ele conclui: "Acho que Deus está por baixo de todo aquele gelo!". Um diálogo muito espirituoso e bem escrito, demonstrando que os roteiros dessa série são bem caprichados. Em outro momento no mínimo curioso o Papa comunica ao seu secretário geral que todos os gays do clero devem ser expulsos! A reação do velho cardeal é igualmente divertida. Enfim, se existe uma boa série em cartaz atualmente essa é "The Young Pope", mesmo com sua ironia de humor negro. / The Young Pope 1.04 - Episode 1.4 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.05 - Episode 1.5
O Papa Pio XIII (Jude Law) não é um homem de moderação. Ele resolve assim usar as roupas mais extravagantes, as mais suntuosas e manda trazer de novo a tiara romana, uma coroa usada pelos papas da idade média. Cheia de jóias e materiais preciosos, passa longe da humildade. Em sua forma de ver o povo deve ir atrás da igreja e não o contrário. Enquanto o novo Papa vai armando sua nova visão de mundo, alguns cardeais começam uma conspiração contra ele. Algumas fotos são tiradas com o Papa e a jovem loirinha, que trabalha no Vaticano, tudo com o objetivo de constrangê-lo ou quem sabe promover um escândalo, com a renúncia do Papa. Mas nada saiu do mero planejamento. Enquanto isso o Papa reencontra seu velho amigo, o Cardeal Dussolier (Scott Shepherd). Eles foram criados juntos no mesmo orfanato. O Cardeal agora trabalha em Honduras, um país assolado pelo poder dos traficantes de drogas e é chamado pelo Papa para Roma, para lhe ajudar em seu novo papado. Juntos eles recordam dos velhos tempos, saindo para dar algumas voltas. Compram cigarros, fumam e fazem um lanche com fast food. Afinal o papa é pop! / The Young Pope 1.05 - Episode 1.5 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.06 - Episode 1.6
O Papa Pio XIII (Jude Law) se encontra com o primeiro ministro da Itália. Um político com cara de formiga, muito astuto e metido a espertinho, inteligentinho. Querendo dar uma de politicamente correto o político tenta confrontar o Papa, mas leva uma lição de como se deve realmente temer o poder do Vaticano. Astuto de verdade é o Papa, não aquele sujeito que pensa ser o dono da bola. Depois o Papa decide visitar a loirinha que acabou ganhando seu afeto. O hospital é todo fechado para a visita do líder da igreja católica. Ele vai lá e num momento de distração acaba deixando o bebê recém nascido escapar de seus braços. Depois de volta ao Vaticano, uma grande cerimônia é celebrada na Capela Sistina. O Papa decide nomear um novo cardeal, para ir até os Estados Unidos resolver uma questão da igreja. O sujeito tem problema com bebidas e não parecer ser o mais indicado, mas vale a decisão papal. Por fim há uma cena interessante nesse episódio quando um cardeal morre na sala de jantar da cúria. Quando ele cai, falecido, um observador irônico decreta: "Ele morreu da mesma coisa que a nossa igreja vai morrer: de velhice!" / The Young Pope 1.05 - Episode 1.6(Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.07 - Episode 1.7
Há um boato circulando dentro das altas esferas de poder do Vaticano. Dizem os cardeais que o novo Papa Pio XIII (Jude Law) simplesmente não acredita em Deus! Ele seria ateu! Haveria absurdo maior na história da Igreja Católica? Acredito que não! O próprio Papa parece bem decepcionado com seu papado e chega até mesmo a falar em renúncia. Enquanto as coisas vão ficando ruins no Vaticano ele vai se aproximando ainda mais do jovem casal com quem parece ter uma aproximação fora do comum. Órfão, ele parece ter uma fixação com as questões familiares. E é justamente em cima disso que uma cena é armada. Um casal, se dizendo os verdadeiros pais do Papa, o visitam no Vaticano. O Papa porém não nasceu ontem e sabe que tudo não passa de uma armação. Ele diz que sua mãe não tem o mesmo cheiro que ele se lembra e por isso a farsa é desmontada. Esse porém não é o único desapontamento do Papa. Seu grande amigo e fiel aliado, o Cardeal Dussolier (Scott Shepherd), é assassinado em Honduras. Ele caiu em uma emboscada armada pelo principal chefe do tráfico do país. Morto com um tiro, é deixado agonizando no meio da estrada, no meio do nada, para apodrecer, voltando ao pó de onde viera! Tal como preconizada pelas escrituras sagradas! /  The Young Pope 1.07 - Episode 1.7 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.08 - Episode 1.8
Aconselhado por sua relações públicas, o Papa Pio XIII (Jude Law) resolve fazer sua primeira viagem internacional, algo que imediatamente chama a atenção da imprensa mundial, uma vez que o novo papa não se deixa fotografar e nem aparecer publicamente. A viagem é programada para a miserável África. Lá uma freira montou um centro de ajuda aos pobres, mas o Papa descobre que ela na verdade é uma cretina que usa a água, tão escassa na região, para chantagear as pessoas em seu favor. Pior do que isso, a freira é lésbica e troca até mesmo favores sexuais em troca do precioso líquido. Para piorar o país é dominado por um daqueles ditadores africanos sanguinários que todos conhecem tão bem. Na visita há um encontro programado entre o Papa e o ditador, mas ele não aparece. Ao invés diz proclama um discurso nos alto falantes falando sobre paz e harmonia. O discurso é excelente, dizendo que enquanto não houver paz ninguém terá a honra de sua presença e nem a de Deus. É um raro momento de acerto em um Papado que parecia mergulhar no desastre completo! / The Young Pope 1.08 - Episode 1.8 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.09 - Episode 1.9
Esse foi um dos episódios que mais gostei até o momento. Nele acompanhamos a luta solitária do enviado do Papa até os Estados Unidos. Sua missão é descobrir se uma alta autoridade da Igreja esteve mesmo envolvido em casos de pedofilia. Como o sujeito é poderoso e influente fica bem complicado de arranjar testemunhas, mas eis que surge seu próprio filho para desmascará-lo. Além dele o cardeal Gutierrez (Javier Cámara) descobre imagens comprometedoras do arcebispo Kurtwell (Guy Boyd) com o jovem. Ele chegou até a inaugurar uma quadra de tênis apenas para safisfazer os desejos do rapaz! Outro ponto importante desse episódio é a morte do cardeal Michael Spencer (James Cromwell). Seu diálogo final com o papa é bem emocionante e sugere que Pio XIII é capaz até de fazer milagres! Enfim, belo episódio, mostrando toda a qualidade dessa série que é realmente acima da média. / The Young Pope 1.09 - Episode1.9 (Estados Unidos, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando.

The Young Pope 1.10 - Episode 1.10
Essa série caminhou muito bem... até esse episódio final (final mesmo, a série acaba aqui!). Os roteiros foram bem escritos de uma maneira em geral, com uma ou outra bobeirinha no meio dos episódios. O mais bizarro de tudo foi investir na figura de um Papa chamado Pio XIII (nome que aliás poderá ser adotado em algum momento da história) que foge completamente dos padrões da igreja católica. Ele não quer aparecer em público, evita exibições e aparições públicas (por achar puro exibicionismo) e abomina os holofotes. Ao invés disso acaba adotando uma retórica dura (dura demais para a maioria dos fiéis!). A série também insinua que ele teria o dom dos milagres, curando pessoas à beira da morte ou então fazendo com que casais com problemas de fertilidade tenham filhos! Esse episódio final tem algumas cenas extremamente interessantes, como aquela em que Pio XIII se vê diante de todos os papas do passado, ali, materializados ao seu lado! São facilmente identificáveis os papas João XXIII (o Papa Bondoso) e Júlio II (um dos mais famosos Papas imperadores da história). Pena que diante de uma ideia tão boa os roteiristas não tenham explorado mais esse estranho encontro sobrenatural de uma forma mais criativa, explorando mais a situação surreal! Dito isso devo também dizer que achei a cena final um tanto decepcionante (principalmente com aquele globo terrestre, bem fraquinho, beirando a breguice!). Mesmo assim com esse tropeção final não vou deixar de elogiar "The Young Pope". Particularmente gostei mesmo da série e olha que me considero um bom católico. Não ofendeu a fé das pessoas e nem virou galhorfa. Valeu a pena ter acompanhado os dez episódios. Na pior das hipóteses foi uma série inteligente e divertida. / The Young Pope - Episode 1.10 (Estados Unidos, Itália, 2016) Direção: Paolo Sorrentino / Roteiro: Paolo Sorrentino, Umberto Contarello / Elenco: Jude Law, Diane Keaton, Silvio Orlando, James Cromwell, Javier Cámara, Scott Shepherd.
                      
Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Filmes no Cinema - Edição VI

Semana de carnaval. Como sempre acontece todos os anos os exibidores no Brasil guardam seus melhores lançamentos nessa época, procurando segurar seus melhores filmes. Isso não quer dizer que não haja novidades no cinema e aqui vão algumas dicas para quem não curte a folia. O maior lançamento da semana é "A Grande Muralha", filme épico estrelado pelo ator Matt Damon. Como se pode perceber é um filme de aventura passado na época da construção da grande muralha da China. O filme contou com dinheiro do governo chinês, então o espectador não encontrará nada que sirva de crítica contra aquele regime socialista, o que não deixa de ser uma ironia já que o ator Matt Damon passou todo o lançamento do filme reclamando da truculência do governo Trump, mas não ousou criticar Pequim e seus dirigentes ditatoriais. Acabou sendo acusado, com certa razão, de ser um hipócrita por isso.

Já Ben Affleck surge nas telas com seu novo filme "A Lei da Noite". Dentre os lançamentos da semana esse é o que estou mais ansioso para assistir. O filme se passa durante a vigência da lei seca e como sabemos essa foi a época de ouro dos gângsters. Pois é, Affleck arrisca adotando um tipo de gênero cinematográfico que está há muito tempo fora das telas, do circuito comercial.  De minha parte acho tudo muito bem-vindo, até porque sempre gostei de filmes assim, com bandidos dos tempos de Al Capone. De maneira em geral o filme tem sido elogiado pela luxuosa produção, mas também criticado por não ter um bom roteiro. Vamos conferir para ver quem tem ou não razão.

Outra boa estreia é "Moonlight: Sob a Luz do Luar", um dos concorrentes ao Oscar. O filme é sobre um jovem americano negro que acaba trilhando o caminho do crime por não ter uma boa estrutura familiar. Na ausência dos pais, os traficantes do bairro onde mora acabam o adotando. Ainda não assisti ao filme, pretendo em breve, mas fica o receio de ser mais um daqueles roteiros politicamente corretos que acusam a sociedade pelos atos criminosos do protagonista, o isentando de qualquer culpa, um tipo de maniqueísmo até perigoso. Vamos ver o que nos aguarda.

Além dessas três produções, que precisam ser conferidas, o circuito ainda disponibiliza outras opções de filmes menores. Para quem gosta de cinema nacional e Youtube está chegando nas telas "Internet - O filme" com um elenco composto de youtubers brasileiros famosos. Deve ser uma droga teen, como o filme da Kefera, mas certamente encontrará seu público. Para quem procura por algo mais culturamente relevante seguem duas dicas: o filme sueco "A Jovem Rainha" e o francês "A Garota Desconhecida", duas boas opções para quem aprecia o cinema europeu.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Filmes da Semana - Edição IX

Estou retomando essa lista de dicas de filmes que serão exibidos na TV aberta nessa semana de 30 de janeiro a 4 de fevereiro de 2021. Acredito que sempre tem um bom filme sendo exibido nos canais abertos que o cinéfilo deixou de assistir por um motivo ou outro. No domingo temos dois filmes bem interessantes. O primeiro é "Homem-Formiga" (Globo, Domingo, 12:30). Dos filmes de super-heróis da Marvel esse é um dos mais simpáticos. Esse personagem é bem secundário no mundo dos quadrinhos, mas aqui ganhou um filme divertido, cheio de boas ideias. Assisti no cinema e gostei bastante. O ator Paul Rudd se encaixou muito bem no papel, ficou perfeito! E seguindo no gênero de filmes ação outra boa pedida é o blockbuster "Os Mercenários" (Globo, Domingo, 1:05). A ideia era ótima, reunir todos os atores brutamontes do cinema dos anos 80 em um só filme. Stallone foi o responsável por unir todo esse grupo que conta com Dolph Lundgren, Mickey Rourke, Bruce Willis e Jet Li. O herdeiro dessa turma toda, o inglês Jason Statham também está no elenco.

"Garota Exemplar" (Globo, Segunda, 23:10) é um bom filme. Contando no elenco com Ben Affleck e Rosamund Pike, é uma produção que vale a pena conferir. Passou meio batido nos cinemas brasileiros, mas compensa a exibição, mesmo que o Ben Affleck não seja o melhor ator do mundo. Aqui ele conseguiu superar seus falhas e até que surpreende em um drama mais tenso. Esse será o filme de Tela Quente em um horário bem ruim (por causa do BBB). Para quem curte animação eu deixo a recomendação de "Megamente" (Globo, Terça, 15:00). Aqui o roteiro faz uma homenagem aos antigos filmes de ficção da década de 1950. Quem aprecia história do cinema Sci-fi vai pegar várias referências.

E por falar em Sci-fi... Nessa semana será exibido o bom "MIB - Homens de Preto 2" (Globo, Quarta, 15:00). É a tal coisa, essa franquia, que rendeu muito dinheiro nos cinemas, tem um espírito leve, de nunca se levar à sério. Tudo foi baseado em uma história em quadrinhos que não fez sucesso nenhum em seu lançamento original. No cinema rendeu excelentes bilheterias, muito por causa do carisma de Will Smith e da boa atuação de Tommy Lee Jones, que só precisou mesmo fazer cara de poucos amigos para agradar aos fãs dessa séria cinematográfica. O cachê da dupla ficou tão inflacionado com o sucesso dos dois primeiros filmes que o estúdio simplesmente deixou de levar a franquia em frente. Não compensava mais. Houve um terceiro filme e parou por aí.

Para quem aprecia cinema nacional vale a indicação do filme brasileiro "Lisbela e o Prisioneiro" (Globo, Quarta, 01:40). È uma produção com linguagem mais moderna, típica do cinema do ótimo diretor Guel Arraes, mas com roteiro baseado na cultura popular. O ator Selton Mello justifica mais uma conferida. Em seguida ainda haverá a exibição de um terror B muito bom, muito indicado mesmo para quem curte filmes de suspense. Se trata de "Temos Vagas" (Globo, Quarta, 03:00). Incrível ter três bons filmes para assistir em um mesmo dia, todos pela Rede Globo, que aliás é atualmente o único canal de TV aberta a ter uma boa programação de filmes interessantes para se assistir.

Outras duas indicações nessa semana são "Capitão Phillips" (Globo, Quinta, 01:50), ótimo filme com Tom Hanks a ser exibido pelo sessão Corujão I e "Bater Ou Correr" (Globo, Sexta, 15:00) que será exibido no dia seguinte na boa e velha Sessão da Tarde. O primeiro traz um roteiro baseado em fatos reais quando um grupo de piratas modernos da desolada Somália, na África, torna um refém toda a tripulação de um grande navio americano. O segundo é indicado para quem curte os filmes de luta do Jackie Chan. Owen Wilson também ajuda a chegar no final do filme. A diversão para esse público certamente estará garantida.

Pablo Aluísio.

Filmes da Semana - Edição VIII

Filmes da TV Aberta: Semana (6/01 a 12/01/2019) - Ano novo, novos filmes. No domingo a Rede Globo exibe em Temperatura Máxima o filme "Piratas Do Caribe - No Fim Do Mundo", com Johnny Depp; Keira Knightley, Geoffrey Rush e Orlando Bloom. Essa já se tornou uma longa franquia de filmes, com resultados irregulares. Comercialmente porém segue sendo um grande sucesso, tanto de bilheteria como de audiência, quando os filmes são exibidos na TV. O público gosta, é inegável. Outro filme interessante que a Globo exibe nesse domingo às 23:15 é "Batman: O Cavaleiro Das Trevas Ressurge". Considerado o terceiro e mais fraco exemplar da trilogia dirigida por Christopher Nolan, não quer dizer que seja um filme ruim, longe disso, apenas não consegue ser a obra prima que havia sido o filme anterior. Se comparado porém ao que se assiste por aí certamente é um filme muito superior. Sem dúvida um marco do Batman no cinema.

Na segunda a Globo exibe em Tela Quente o filme "Animais Fantásticos E Onde Habitam". Esse aqui é especialmente indicado para quem gosta da série "Harry Potter" pois o universo é o mesmo, apenas com outros personagens da mesma linha. Com farto uso de efeitos especiais de última geração e uma linda direção de arte (design de produção), é aquele tipo de filme muito bonito de se ver, ideal para as crianças, só que sem o carisma e a importância de Harry Potter. De qualquer maneira é um ótimo programa para quem ainda não viu no cinema. Para quem curte terror a Globo no Corujão (1:45 da madrugada) vai exibir "Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal". Franquia de filmes de terror de que nunca gostei muito, mas que tem seus fãs. Nesse mesmo dia a Record vai exibir pela tarde o bom "Os Thunderbirds", filme com atores inspirado na famosa série inglesa de marionetes que foi inclusive exibida no Brasil. Para os mais nostálgicos. 

Na terça dia 8, a Globo programou para a Sessão da Tarde a simpática animação "Bolt - Supercão". Esse é ideal para a garotada em férias. Chamo atenção também para a madrugada, no Corujão, onde será exibido o bom thriller político de ação "Inimigo Do Estado" com Will Smith, Gene Hackman, Jon Voight. O filme "Battleship: A Batalha dos Mares" será exibido pela Record às 22:45hs. Um filme com muitos efeitos especiais, mas com roteiro fraco. Vale pelas boas imagens criadas em computação gráfica e é só. Na quarta-feira nada de bom será exibido. Na quinta outra animação legal na Sessão da Tarde, com o divertido "Turbo". A Globo sempre acerta nas animações nesse horário da tarde. Na sexta, no Corujão I (1:50hs) temos uma pequena surpresa, a exibição do filme "10 Coisas Que Eu Odeio Em Você". Com Heath Ledger e Julia Stiles, é um filme dos anos 90 que na época fez bastante sucesso entre os jovens. Vale a pena rever ou descobrir pela primeira vez caso você seja jovem demais hoje em dia para ter visto naqueles anos.

Na sexta-feira o destaque vai para a Record que irá exibir na Super Terla (23:30hs) o filme "Drácula: A História Nunca Contada". É a tal coisa, é um terror com bastante efeitos digitais que tem seus fãs e também seus detratores. De minha parte considero um filme até bom, bacaninha. Nada demais, porém funciona como pura diversão. O Drácula não deve mesmo ficar muito tempo fora das telas, quanto mais filmes novos sobre o Conde, melhor! E para quem gosta de comédia, no sábado a Record exibe também "O Professor Aloprado" no Cine Aventura, às 15:00hs. Esse é um daqueles filmes cuja diversão é certeira, sem falhas. Então, escolha o seu filme e boa sessão!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

O Demonologista

Aqui vai uma dica de livro para os leitores do blog. Se trata de "O Demonologista" do escritor Andrew Pyper. Do que trata o enredo? Basicamente é uma longa narração em primeira pessoa do personagem David Ullman. Ele é um professor universitário especializado em mitologia e religião. Durante toda a sua carreira ele lançou trabalhos acadêmicos cujo objeto de estudo era justamente a mitologia envolvendo demônios e forças do mal. Certo dia ele é procurado por uma mulher misteriosa que lhe faz um convite para ir até Veneza, na Itália.

Nada fica muito claro sobre o tipo de serviço que ele fará por lá, porém como sua vida pessoal não anda nada bem (sua mulher está apaixonada por outro homem e quer o divórcio) ele resolve fazer a viagem ao lado de sua pequena filha de nove anos. Uma garota inteligente e muito parecida com ele, com o mesmo modo de ser e agir. Uma vez em Veneza o professor é convidado a ir até uma casa no subúrbio da cidade. Lá um homem misterioso o leva até um quarto nos fundos onde ele é finalmente confrontado por um sujeito acorrentado, preso a uma cadeira, supostamente possuído por um demônio secular. Pyper é um cético, um ateu convicto e por essa razão pensa estar na presença apenas de um pessoa com sérios problemas mentais, o que ele nem desconfia é que a partir daí sua vida vai literalmente virar pelo avesso.

É um livro até curto, com meras 200 páginas, que procura seguir os passos de outros livros famosos como, por exemplo, "O Código Da Vinci". O próprio personagem principal, um especialista em religião e cultura antiga já revela esse aspecto da obra. Além disso o autor não está muito preocupado em ir a fundo na questão, mas apenas em divertir (e se possível também assustar) seu leitor. A prosa por essa razão passa longe de ser rica ou rebuscada, optando por uma linguagem comum, cotidiana. De vez em quando surgem alguma citação mais profunda, mas o livro nunca deixa o superficial. Provavelmente seja levado em breve para as telas, embora particularmente acredite que não haja nada demais em suas páginas. Para quem curte literatura de horror pode até funcionar. Para quem deseja algo mais substancial certamente vai ser um pouco decepcionante.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Dominação - Curiosidades

10 Curiosidades Sobre o Filme Dominação:

1. O filme retoma o tema do exorcismo, tal como celebrado na história do cinema desde o clássico "O Exorcista". A produção está em cartaz em todo o Brasil.

2. No enredo temos um protagonista com poderes especiais. Ele é um exorcista que consegue entrar na mente das pessoas que estão possuídas por demônios. Isso lhe dá uma grande capacidade de luta contra essas possessões satânicas.

3. Seu poder porém é desafiado quando encontra um garoto que também tem os mesmos dons que o exorcista, dando origem a uma verdadeira batalha pela almas sofredoras dos que estão sob controle de Satanás.

4. O filme teve produção complicada. As filmagens foram finalizadas em 2013, mas o estúdio encontrou diversos problemas na pró-produção. Só em 2016 o filme conseguiu finalmente chegar nas telas de cinema.

5. O ator Aaron Eckhart procurou fazer uma extensa pesquisa para o filme. Seu laboratório consistiu em conhecer pessoas que lidam com o tema exorcismo na vida real. Ele se consultou com padres exorcistas autorizados pelo Vaticano para fazer o ritual secular de expulsão de demônios do corpo de fiéis..

6. Segundo o diretor Brad Peyton o ator Eckhart teria inclusive participado de um ritual de exorcismo real realizado em Nova Iorque, informação não confirmada oficialmente nem pela Igreja Católica e nem pelo estúdio.

7. O filme teve um orçamento modesto, meros cinco milhões de dólares. Isso ajudou a gerar lucro rapidamente, sendo que a produção já recuperou seus custos nas bilheterias. Vários estúdios cinematográficos estão se especializando em produzir filmes de terror a baixo custo. O retorno tem sido quase sempre certo.

8. Esse é o terceiro filme lançado em larga escala do diretor Brad Peyton e também seu primeiro terror a chegar no circuito comercial. Antes ele havia dirigido o filme de aventura ao estilo juvenil "A Viagem 2: A Ilha Misteriosa" e o filme de cinema catástrofe "Terremoto: A Falha de San Andreas".

9. Em termos de crítica "Dominação" tem sido recebido com reservas, mas o saldo acabou sendo mais positivo do que era esperado.

10. O roteirista Ronnie Christensen jamais havia escrito um roteiro de terror. Sobre isso ele disse: "As pessoas hoje em dia andam bem céticas sobre assuntos espirituais, como rituais de exorcismo, etc. Acredito que há um mistério envolvendo essas coisas que fogem da racionalidade e compreensão dos seres humanos. É certo que existe algo a mais, basta procurar."

Pablo Aluísio.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Sozinho em Berlim

Título no Brasil: Sozinho em Berlim
Título Original: Alone in Berlin
Ano de Produção: 2016
País: Inglaterra, França, Alemanha
Estúdio: IFC Films
Direção: Vincent Perez
Roteiro: Achim von Borries, Vincent Perez
Elenco: Emma Thompson, Daniel Brühl, Brendan Gleeson, Mikael Persbrandt
  
Sinopse:
Baseado numa história real o filme conta o que aconteceu com o casal alemão Quangel em Berlim durante a II Guerra Mundial. No campo de batalha morre o único filho de     
Otto (Brendan Gleeson) e Anna Quangel (Emma Thompson). Eles ficam devastados quando recebem a notícia. E o mais doloroso de tudo é saber que o jovem morreu por causa de uma ideologia mentirosa e falsa, que estava enganando todo o povo da Alemanha. Como eles poderiam resistir ao Nazismo naquele momento tão conturbado? Eles resolvem então espalhar por toda a cidade cartões com mensagens contra o regime. Uma oposição feita nas sombras e com coragem.

Comentários:
Esse filme foi indicado ao Urso de Ouro no último Berlin International Film Festival. É uma história muito interessante, mas pouco conhecida, de um casal que procurou resistir ao Nazismo dentro da própria Alemanha, diante de um dos regimes mais duros e opressivos que já se conheceu. Após o filho morrer servindo ao III Reich, marido e esposa resolvem distribuir cartões de oposição ao Nazismo pelas ruas, prédios e casas. Tudo feito de maneira sutil e nas sombras. Não havia imprensa livre e era impossível criticar os absurdos do regime de Hitler. Qualquer manifestação contrária ao seu regime era considerado um crime de alta traição punido com a morte. Assim Otto e sua mulher Anna fazem o que era possível diante daquele sistema. Eles escrevem pequenos cartões com mensagens contra Hitler e o Nazismo. Depois os distribuíam em lugares públicos, sem que ninguém os vissem. Os cartões obviamente logo chegaram nas mãos das autoridades e assim começa imediatamente uma verdadeira caça aos subversivos ao pensamento nazista. O filme se desenrola durante esse período. Otto, um trabalhador comum, um homem do povo, lutando com as armas que tinha em mãos contra a dominação brutal de Hitler e seus seguidores.

Essa história tem nuances bem importantes, que mostra nitidamente a importância de certos valores democráticos como a livre imprensa, o direito de opinião e a necessária existência de uma oposição política. Nada disso existia durante o regime nazista alemão, demonstrando o quanto pode ser desastroso um sistema onde não existem barreiras democráticas para barrar os abusos e ilegalidades dos que estão no poder. Outro aspecto interessante é desvendar como mesmo dentro das entranhas do poder nazista havia arbitrariedades, como no caso mostrado no filme de um investigador policial inteligente e profissional que era completamente subjugado pelos violentos membros da famigerada SS. A estupidez se impondo pela força contra a inteligência e a racionalidade dedutiva do trabalho de investigação. Outro ponto importante desse filme é demonstrar que havia sim um pensamento de oposição dentro da própria sociedade alemã, mesmo que ele fosse violentamente suprimido pela truculência nazista. Em suma, um bom filme que resgata mais uma história de coragem durante a Guerra. Uma história aliás que deveria ser bem mais conhecida nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de janeiro de 2017

Segredos de um Crime

Título no Brasil: Segredos de um Crime
Título Original: Shadow of Doubt
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Largo Entertainment
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Myra Byanka, Raymond De Felitta
Elenco: Melanie Griffith, Tom Berenger, Craig Sheffer, James Morrison
  
Sinopse:
Após a morte brutal da filha de um bem sucedido homem de negócios, o rapper Bobby Medina é preso, acusado do crime. Com um histórico de envolvimento com drogas e violência ele se torna o principal suspeito do assassinato. A advogada Kitt Devereux (Melanie Griffith) é então enviada para atuar na sua defesa perante o tribunal. Ela desconfia que tudo não passa de uma grande conspiração para a prisão do acusado. O que se busca é efetivamente livrar o verdadeiro assassino da prisão.

Comentários:
Um bom filme de tribunal que hoje em dia segue pouco lembrado. Ok, muitos jamais vão conseguir engolir a estrela Melanie Griffith como uma advogada astuta e inteligente. A atriz nunca foi por essa linha em sua carreira. Suas personagens sempre foram bem diferentes disso. O curioso porém é que ela acaba convencendo, principalmente por causa do roteiro que é bem estruturado e não deixa falhas e nem pontas soltas em seu enredo. Tom Berenger também é outro bom motivo para se rever essa produção. Sempre admirei seu trabalho como ator, desde os tempos de "Platoon". Ele nunca chegou a se tornar um astro de primeira grandeza em Hollywood, isso é verdade, mas tampouco deixou de atuar em bons filmes como esse. Outro fato que contas pontos em favor de "Shadow of Doubt" é a própria trama de mistérios que envolve o crime. Em uma só linha de investigação você encontrará todos os tipos de conspirações, envolvendo até mesmo uma candidatura à presidente dos Estados Unidos. Para quem gosta desse tipo de filme, com muitas reviravoltas na história, é um prato cheio. Assista e tente seguir o fio da meada, descobrindo antes a identidade do verdadeiro assassino.

Pablo Aluísio.

Shakespeare Apaixonado

Título no Brasil: Shakespeare Apaixonado
Título Original: Shakespeare in Love
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Madden
Roteiro: Marc Norman, Tom Stoppard
Elenco: Gwyneth Paltrow, Joseph Fiennes, Geoffrey Rush, Tom Wilkinson, Judi Dench
  
Sinopse:
William Shakespeare (Joseph Fiennes) é um jovem escritor, ainda em busca de seu próprio espaço, que se apaixona pela linda e perfeita Viola De Lesseps (Gwyneth Paltrow) que passa a ser sua musa, fonte de inspiração para sua obra e arte. Completamente apaixonado ele vai finalmente entender que sua paixão simplesmente não basta para transformar seus sentimentos em uma bela história de amor.

Comentários:
Sempre achei muito superestimado esse filme. Em seu ano ele levou todos os grandes prêmios da Academia, inclusive melhor filme, melhor atriz (Gwyneth Paltrow), atriz coadjuvante (Judi Dench), roteiro, direção de arte, figurinos, etc... Um exagero! Quando o filme recebeu essa tonelada de prêmios cheguei a me animar e fui ao cinema conferir - imaginem a decepção! O que encontrei foi um filme pop, falsamente histórico, com um enredo piegas e meloso demais para se levar à sério. Pior do que isso, o filme falha miseravelmente onde não poderia falhar, pois a química entre Gwyneth Paltrow e Joseph Fiennes não existe, é zero! Como um romance pode se sustentar se o espectador não consegue se convencer que os personagens estão efetivamente apaixonados e enamorados, vivendo o amor de suas vidas? Absurdo! Aliás devo dizer que a atriz Gwyneth Paltrow sempre fracassou nesse tipo de papel. Ela tem uma personalidade fria, sem muito calor humano. Sua personagem, que deveria ser pura paixão, acaba sendo apenas pura frieza, com isso tudo desmorona. Claro que há uma bela produção desfilando em cena, com figurinos, reconstituição de época e tudo mais. Em termos de luxo nada falta - porém só isso não faz um grande filme. Tem que ter alma, paixão, romance... coisas que "Shakespeare in Love" definitivamente não tem para passar ao público.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Temporada de Caça

Título no Brasil: Temporada de Caça
Título Original: Affliction
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Largo Entertainment
Direção: Paul Schrader
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Nick Nolte, Sissy Spacek, James Coburn, Willem Dafoe
  
Sinopse:
O xerife Wade Whitehouse (Nick Nolte) tem muitos problemas pessoais. Criado por um pai autoritário e brutal, ele tem problemas para se relacionar bem com amigos e mulheres. Agora ele até passa por uma fase mais calma e tranquila em sua vida ao namorar uma boa garota que entende e aceita seus defeitos. Tudo muda porém quando um homem é morto durante a temporada de caça na região. Ele teria levado um tiro acidental, mas as investigações acabam demonstrando que pode haver algo por trás de tudo.

Comentários:

Bom filme, uma bem sucedida fusão de filme policial com drama, que explora um crime que embora pareça meramente acidental, esconde algo misterioso nas sombras. O elenco é liderado por Nick Nolte, um ator que nem sempre conseguiu encontrar bons projetos ao longo da carreira. Há um background dramático em seu personagem pois ele sofreu abusos físicos e emocionais quando era mais jovem. Seu pai, interpretado pelo ótimo astro do passado James Coburn, era um homem irascível, irracional e violento. Isso lhe traz um trauma psicológico e uma herança emocional negativa complicada de superar. O bom roteiro foi baseado no romance policial escrito por Russell Banks. O veterano James Coburn foi premiado (justamente) com o Oscar de Melhor Ator coadjuvante por esse papel. Foi uma surpresa pois já estava na fase final da carreira e nunca tinha sido indicado antes ao prêmio. Um dos mais conhecidos profissionais do cinema, que havia se destacado tanto no passado interpretando vilões e pistoleiros em dezenas de filmes, finalmente havia sido reconhecido. Como diz o ditado "antes tarde do que nunca" Nick Nolte também foi lembrado pela Academia, sendo indicado ao Oscar de Melhor Ator. Não venceu, mas já ficou honrado pela lembrança. Isso tudo prova que apesar de "Temporada de Caça" ter uma ótima trama, seu grande mérito vem mesmo do elenco, em momento inspirado.

Pablo Aluísio.

Irresistível Paixão

Título no Brasil: Irresistível Paixão
Título Original: Out of Sight
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Scott Frank
Elenco: George Clooney, Jennifer Lopez, Ving Rhames, Steve Zahn
  
Sinopse:
Baseado no romance policial escrito por Elmore Leonard, "Irresistível Paixão" conta a estória de Jack Foley (George Clooney). Ladrão profissional, ele é preso e condenado a cumprir pena em uma penitenciária de segurança máxima. Com inteligência acima da média consegue fugir do lugar, usando um veículo pertencente a uma agente do próprio FBI, a agente federal Karen Sisco (Jennifer Lopez). Em pouco tempo se apaixonam!

Comentários:
Esse filme foi muito superestimado pela crítica na época em que foi lançado a tal ponto que conseguiu arrancar duas indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (Scott Frank) e Melhor Edição (Anne V. Coates). Na verdade o que temos é um filme bem mediano, beirando o ruim, que se apoio totalmente no carisma da dupla central de protagonistas. George Clooney, ainda procurando espaço no cinema após ser astro de TV, repete um tipo de personagem que seria recorrente em sua carreira. Cheio de charme canastrão ele tenta convencer no papel de um criminoso bonzinho! Já Jennifer Lopez continua na mesma, uma cantora que sempre tentou se tornar atriz, com altos e baixos no cinema. Aqui ela não convence em nada como agente federal. Ao invés disso desfila sua beleza pelas cenas (algo que sempre foi o grande chamariz dela em termos de bilheteria). No geral considero um filme fraco, apesar de ter sido dirigido pelo talentoso Steven Soderbergh. É um de seus primeiros filmes e bem inferior aos anteriores "Sexo, Mentiras e Videotape", "Kafka", "O Inventor de Ilusões" e "Obsessão". Ao tentar ser comercial e pop demais acabou perdendo parte de sua essência. Enfim, um produto descartável de um grande diretor de cinema.

Pablo Aluísio.