Rocky IV é um produto da guerra fria. Naquela época Estados Unidos e União Soviética lutavam entre si pela hegemonia mundial. O próprio presidente americano Ronald Reagan havia afirmado que a URSS era o império do mal. Por trás da antipatia mútua dos países havia a grande luta ideológica entre capitalismo e comunismo. Para os jovens isso tudo agora faz parte dos livros de história mas na década de 80 isso era pauta do dia a dia e fazia parte das conversas diárias. Para capitalizar em cima desse clima o ator Sylvester Stallone resolveu colocar seu personagem, o lutador Rocky Balboa, em favor da ideologia americana. Afinal seria uma grande idéia colocar dois boxeadores dessas nações lutando entre si em um ringue de boxe, tudo de forma bem visceral, sem máscaras. Há duas formas de entender Rocky IV - como cinema ou como propaganda ideológica. Como cinema o filme é um dos mais simples dessa franquia. Simples, mas muito eficiente. Enquanto os demais procuravam explorar o lado mais humano do lutador, esse aqui se apoiava muito mais no aspecto da luta em si, do que ela representaria para os Estados Unidos, afinal era a luta de um americano contra o soviético Drago (Dolph Lundgren) que sequer parecia humano. Frio, sem reação, mais se assemelhava a uma máquina do que a um homem. Ao seu lado uma charmosa russa interpretada pela mulher de Stallone na época, a bonita Brigitte Nielsen.
Já sob a ótica da ideologia política Rocky IV realmente não tem nenhum mistério. É uma apologia aos ideais da América, sem sombra de dúvidas. Stallone surge enrolado na bandeira americana, seu uniforme esportivo segue o padrão listas e estrelas da mesma bandeira, enfim tudo remete ao American Way Of Life. Em certos aspectos a produção é ainda mais ufanista do que Rambo III, que também seguia essa mesma linha mais patriótica. O problema é que o bloco soviético ruiu em 1989 e o suporte ideológico que sustentava esse tipo de filme deixou de existir. Assim os filmes ficaram sem esse conflito de ideologias, se tornando politicamente obsoletos, tanto que Stallone deixaria esse tipo de roteiro para trás definitivamente - Rocky V voltaria para o lado mais dramático dos primeiros filmes, por exemplo. De qualquer modo como o roteiro é muito enxuto e eficiente Rocky IV até hoje consegue funcionar muito bem. Stallone soube revitalizar antigos mitos como a luta de Davi contra Golias. Colocando seu personagem como um lutador desacreditado que luta sozinho, treinando com dificuldades ele criou uma simpatia imediata com o público. O lutador soviético Drago é um produto do Estado soviético, anabolizado, altamente preparado, sem um pingo de emoção; No fim das contas a luta acaba sendo não apenas entre USA x URSS mas também entre a paixão e o coração americano contra a frieza e a tecnologia dos russos. De certa forma quem acaba ganhando ao final é o público pois Rocky IV é divertido e empolgante, mesmo nos dias de hoje.
Rocky IV (Rocky IV, Estados Unidos, 1985) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Brigitte Nielsen, Dolph Lundgren, Carl Weathers / Sinopse: No quarto filme do personagem Rocky Balboa para o cinema, o lutador americano terá que enfrentar o boxeador soviético Drago (Dolph Lundgren), um atleta sem emoções e programado para vencer a todo custo.
Pablo Aluísio.
domingo, 20 de maio de 2012
Rio Babilônia
Título no Brasil: Rio Babilônia
Título Original: Rio Babilônia
Ano de Produção: 1982
País: Brasil
Estúdio: Cineville Produções Cinematográficas, Embrafilme
Direção: Neville de Almeida
Roteiro: Ezequiel Neves, João Carlos Rodrigues
Elenco: Norma Bengell, Denise Dumont, Jardel Filho, Pedro Aguinaga, Joel Barcellos, Tania Boscoli
Sinopse:
Homem de relações públicas é convidado a orientar milionário americano durante sua estada no Rio de Janeiro. Neste curso, ele se envolve nas situações mais bizarras, até grandes festas onde rolam todos os tipos de orgias.
Comentários:
É incrível saber que esse filme ultra liberal do cinema brasileiro foi lançado em plena ditadura militar. Até hoje a lembrança mais forte que tenho desse filme, que foi muitas vezes reprisado pela Rede Bandeirantes, é a da cena em que a atriz Denise Dumont surge completamente nua, dentro de uma piscina, fazendo sexo com dois homens ao mesmo tempo. A cena inclusive é quase de sexo explícito, pois se consegue ver inclusive os órgãos sexuais dos atores debaixo das águas cristalinas da piscina. Para os padrões daquela épioca era uma ousadia e tanto em termos de cinema nacional. Dirigido pelo talentoso diretor de cinema Neville de Almeida, o filme foi roteirizado por Ezequiel Neves, grande amigo de Cazuza, um nome importante na história do rock brasileiro dos anos 80.
Pablo Aluísio.
Título Original: Rio Babilônia
Ano de Produção: 1982
País: Brasil
Estúdio: Cineville Produções Cinematográficas, Embrafilme
Direção: Neville de Almeida
Roteiro: Ezequiel Neves, João Carlos Rodrigues
Elenco: Norma Bengell, Denise Dumont, Jardel Filho, Pedro Aguinaga, Joel Barcellos, Tania Boscoli
Sinopse:
Homem de relações públicas é convidado a orientar milionário americano durante sua estada no Rio de Janeiro. Neste curso, ele se envolve nas situações mais bizarras, até grandes festas onde rolam todos os tipos de orgias.
Comentários:
É incrível saber que esse filme ultra liberal do cinema brasileiro foi lançado em plena ditadura militar. Até hoje a lembrança mais forte que tenho desse filme, que foi muitas vezes reprisado pela Rede Bandeirantes, é a da cena em que a atriz Denise Dumont surge completamente nua, dentro de uma piscina, fazendo sexo com dois homens ao mesmo tempo. A cena inclusive é quase de sexo explícito, pois se consegue ver inclusive os órgãos sexuais dos atores debaixo das águas cristalinas da piscina. Para os padrões daquela épioca era uma ousadia e tanto em termos de cinema nacional. Dirigido pelo talentoso diretor de cinema Neville de Almeida, o filme foi roteirizado por Ezequiel Neves, grande amigo de Cazuza, um nome importante na história do rock brasileiro dos anos 80.
Pablo Aluísio.
Carros Usados
Título no Brasil: Carros Usados
Título Original: Used Cars
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale
Elenco: Kurt Russell, Jack Warden, Gerrit Graham, Frank McRae, Deborah Harmon, Joe Flaherty, David L. Lander
Sinopse:
Quando o proprietário de um lote de carros usados em dificuldades é morto, cabe ao vendedor do lote salvar a propriedade de cair nas mãos do implacável irmão do proprietário e rival da loja de carros usados.
Comentários:
Puxando pela minha memória de frequentador de locadoras de vídeo, eu me recordo de uma velha fita VHS desse filme pegando poeira nas prateleiras da locadora que eu costumava frequentar. Lançamento da CIC vídeo no Brasil. O curioso é que essa comédia, sem maiores pretensões foi feita pela mesma trupe que anos depois iria realizar um dos grandes sucessos dos anos 80, com "De Volta para o Futuro". Porém isso ainda iria acontecer alguns anos depois. Com esse filme "Carros Usados" tudo era ainda muito mais simples, apenas uma tentativa mais sutil de fazer humor. O destaque no elenco vai para Kurt Russell que sempre demonstrou ter um ótimo feeling para a comédia, até mesmo quando fazia filmes de pura ação.
Pablo Aluísio.
Título Original: Used Cars
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale
Elenco: Kurt Russell, Jack Warden, Gerrit Graham, Frank McRae, Deborah Harmon, Joe Flaherty, David L. Lander
Sinopse:
Quando o proprietário de um lote de carros usados em dificuldades é morto, cabe ao vendedor do lote salvar a propriedade de cair nas mãos do implacável irmão do proprietário e rival da loja de carros usados.
Comentários:
Puxando pela minha memória de frequentador de locadoras de vídeo, eu me recordo de uma velha fita VHS desse filme pegando poeira nas prateleiras da locadora que eu costumava frequentar. Lançamento da CIC vídeo no Brasil. O curioso é que essa comédia, sem maiores pretensões foi feita pela mesma trupe que anos depois iria realizar um dos grandes sucessos dos anos 80, com "De Volta para o Futuro". Porém isso ainda iria acontecer alguns anos depois. Com esse filme "Carros Usados" tudo era ainda muito mais simples, apenas uma tentativa mais sutil de fazer humor. O destaque no elenco vai para Kurt Russell que sempre demonstrou ter um ótimo feeling para a comédia, até mesmo quando fazia filmes de pura ação.
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de maio de 2012
O Grande Lebowski
Jeff Lebowski (Jeff Bridges) tem seu apartamento invadido por dois mafiosos que aparecem para lhe cobrar uma dívida. O problema é que o "Dude" (seu apelido) nunca ouviu falar nos caras e nem está devendo nada a ninguém. Na realidade tudo se trata de uma confusão pois quem deve a máfia é outro Jeff Lebowski, um milionário. Para esclarecer o equívoco, Dude e seu amigo Walter
(John Goodman) decidem ir conhecer o seu xará. Má idéia, pois isso acaba criando uma série de problemas para ele que termina se envolvendo em uma confusão dos diabos. Esperava bem mais desse "O Grande Lebowski". Não que o filme seja ruim, apenas acho que foi superestimado. Durante muito tempo li e ouvi que Lebowski era um "cult" dos drogados, que o roteiro era viagem, que o filme era imensamente engraçado. Bom, não vi nada demais. O Lebowski interpretado por Jeff Bridges (que gosta de ser chamado de "dude") é um personagem divertido, curioso mas nada de muito ousado vi nele. No fundo é apenas um cara que não quer fazer muito esforço na vida. Quer seguir seus dias fumando um baseado sem importunar ninguém - e esperando que os outros também não venham lhe importunar.
O roteiro é até convencional demais. Passa longe de ser toda essa viagem como dizem tanto por aí. Tirando duas sequências em que o dude levita e sai voando, não há nada de muito psicodélico no filme. Claro que reconheço que o filme realmente é divertido e tem ótimo elenco de apoio mas não é hilariamente engraçado ou algo parecido. No fundo "O Grande Lebowski" é apenas um passatempo competente, o que em se tratando dos irmãos Coen é muito pouco para dizer a verdade. De resto destaco a boa trilha sonora baseada no ótimo grupo Creedence Clearwater Revival e as boas tiradas sobre cultura pop (a cena em que o Dude diz não suportar o Eagles é bem divertida). Enfim "O Grande Lebowski" é apenas um filme mediano que foi superestimado por causa do personagem chapado e é só.
O Grande Lebowski (The Big Lebowski, Estados Unidos, 1998) Direção: Joel Coen / Roteiro: Ethan Coen, Joel Coen / Elenco: Jeff Bridges, John Goodman, Julianne Moore, Steve Buscemi, David Huddleston, Philip Seymour Hoffman, Tara Reid, Flea, Torsten Voges, John Turturro./ Sinopse: Jeff Bridges interpreta o "Dude", um sujeito chapadão que é confundido com outra pessoa pela máfia. Para provar sua inocência ele parte em uma aventura que mais parece uma viagem sob efeitos de drogas.
Pablo Aluísio.
O roteiro é até convencional demais. Passa longe de ser toda essa viagem como dizem tanto por aí. Tirando duas sequências em que o dude levita e sai voando, não há nada de muito psicodélico no filme. Claro que reconheço que o filme realmente é divertido e tem ótimo elenco de apoio mas não é hilariamente engraçado ou algo parecido. No fundo "O Grande Lebowski" é apenas um passatempo competente, o que em se tratando dos irmãos Coen é muito pouco para dizer a verdade. De resto destaco a boa trilha sonora baseada no ótimo grupo Creedence Clearwater Revival e as boas tiradas sobre cultura pop (a cena em que o Dude diz não suportar o Eagles é bem divertida). Enfim "O Grande Lebowski" é apenas um filme mediano que foi superestimado por causa do personagem chapado e é só.
O Grande Lebowski (The Big Lebowski, Estados Unidos, 1998) Direção: Joel Coen / Roteiro: Ethan Coen, Joel Coen / Elenco: Jeff Bridges, John Goodman, Julianne Moore, Steve Buscemi, David Huddleston, Philip Seymour Hoffman, Tara Reid, Flea, Torsten Voges, John Turturro./ Sinopse: Jeff Bridges interpreta o "Dude", um sujeito chapadão que é confundido com outra pessoa pela máfia. Para provar sua inocência ele parte em uma aventura que mais parece uma viagem sob efeitos de drogas.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Clube dos Pilantras
Título no Brasil: Clube dos Pilantras
Título Original: Caddyshack
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Brian Doyle-Murray, Harold Ramis
Elenco: Chevy Chase, Rodney Dangerfield, Bill Murray, Michael O'Keefe, Sarah Holcomb, Henry Wilcoxon
Sinopse:
Um tradicional clube de golfe nos Estados Unidos vira de pernas para o ar quando há novos elementos na área, trazendo todos os tipos de confusões.
Comentários:
Certamente assisti a esse filme, mas seguramente também foi há muitos, muitos anos. O elenco era excelente, trazendo a nata da comédia americana no começo dos anos 80, uma moçada cheia de vontade de dar certo na carreira, como os já naquela época bem conhecidos Chevy Chase e Bill Murray. O público conhecia eles principalmente por causa do programa SNL (Saturday Night Live) que era um grande sucesso na TV dos Estados Unidos. E houve espaço até mesmo para o veterano Rodney Dangerfield, que só teria chance de verdade no cinema muitos anos depois com o filme de verão "De Volta às Aulas". Quem lembra desse clássico da Sessão da Tarde? Pois é, isso mesmo. Enfim, temos aqui uma comédia típica dos anos 80, não tão engraçada como poderia ser, mas ainda assim divertida. Teve uma continuação em 1988.
Pablo Aluísio.
Título Original: Caddyshack
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Brian Doyle-Murray, Harold Ramis
Elenco: Chevy Chase, Rodney Dangerfield, Bill Murray, Michael O'Keefe, Sarah Holcomb, Henry Wilcoxon
Sinopse:
Um tradicional clube de golfe nos Estados Unidos vira de pernas para o ar quando há novos elementos na área, trazendo todos os tipos de confusões.
Comentários:
Certamente assisti a esse filme, mas seguramente também foi há muitos, muitos anos. O elenco era excelente, trazendo a nata da comédia americana no começo dos anos 80, uma moçada cheia de vontade de dar certo na carreira, como os já naquela época bem conhecidos Chevy Chase e Bill Murray. O público conhecia eles principalmente por causa do programa SNL (Saturday Night Live) que era um grande sucesso na TV dos Estados Unidos. E houve espaço até mesmo para o veterano Rodney Dangerfield, que só teria chance de verdade no cinema muitos anos depois com o filme de verão "De Volta às Aulas". Quem lembra desse clássico da Sessão da Tarde? Pois é, isso mesmo. Enfim, temos aqui uma comédia típica dos anos 80, não tão engraçada como poderia ser, mas ainda assim divertida. Teve uma continuação em 1988.
Pablo Aluísio.
De Volta às Aulas
Título no Brasil: De Volta às Aulas
Título Original: Back to School
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Alan Metter
Roteiro: Rodney Dangerfield, Greg Fields
Elenco: Rodney Dangerfield, Robert Downey Jr, Sally Kellerman, Burt Young, Ned Beatty, M. Emmet Walsh
Sinopse:
Para ajudar seu filho desanimado e tímido a terminar a faculdade, um empresário rico, amável e nada comum, chamado Thornton Melon (Rodney Dangerfield) decide ele mesmo entrar na universidade como aluno. E dentro do ambiente universitário não deixa pedra sobre pedra, aproveitando ao máximo o que aquela nova vida tem a lhe oferecer.
Comentários:
Como eu escrevi na resenha do filme "O Clube dos Pilantras" o comediante Rodney Dangerfield só teve sua grande chance para brilhar no cinema justamente com essa comédia que iria se tornar um dos clássicos da Sessão da Tarde, na Rede Globo. O filme é bacaninha, mostrando um senhor que já tem uma idade fora dos padrões escolares, decidindo ir para a Universidade, onde todos descobrem que ele tem o espírito juvenil mais acentuado do que muitos dos alunos que passam a conviver com ele. É um filme divertido, diria até mesmo cativante, que se apoiou totalmente na veia cômica e no talento de Rodney Dangerfield. Com seus olhos esbugalhados, fez muita gente dar risada e se divertir. Pena que ele morreria em 2004, sem ter uma outra chance de brilhar no mundo do cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Back to School
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Alan Metter
Roteiro: Rodney Dangerfield, Greg Fields
Elenco: Rodney Dangerfield, Robert Downey Jr, Sally Kellerman, Burt Young, Ned Beatty, M. Emmet Walsh
Sinopse:
Para ajudar seu filho desanimado e tímido a terminar a faculdade, um empresário rico, amável e nada comum, chamado Thornton Melon (Rodney Dangerfield) decide ele mesmo entrar na universidade como aluno. E dentro do ambiente universitário não deixa pedra sobre pedra, aproveitando ao máximo o que aquela nova vida tem a lhe oferecer.
Comentários:
Como eu escrevi na resenha do filme "O Clube dos Pilantras" o comediante Rodney Dangerfield só teve sua grande chance para brilhar no cinema justamente com essa comédia que iria se tornar um dos clássicos da Sessão da Tarde, na Rede Globo. O filme é bacaninha, mostrando um senhor que já tem uma idade fora dos padrões escolares, decidindo ir para a Universidade, onde todos descobrem que ele tem o espírito juvenil mais acentuado do que muitos dos alunos que passam a conviver com ele. É um filme divertido, diria até mesmo cativante, que se apoiou totalmente na veia cômica e no talento de Rodney Dangerfield. Com seus olhos esbugalhados, fez muita gente dar risada e se divertir. Pena que ele morreria em 2004, sem ter uma outra chance de brilhar no mundo do cinema.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Testemunhas Contra a Máfia
Título no Brasil: Testemunhas Contra a Máfia
Título Original: WiseGirls
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Lions Gate Films, Leading Pictures
Direção: David Anspaugh
Roteiro: John Meadows
Elenco: Mira Sorvino, Mariah Carey, Melora Walters, Arthur J. Nascarella, Saul Stein, Joseph Siravo
Sinopse:
Uma nova garçonete que trabalha em um restaurante italiano na cidade de Nova York se vê enredada em um submundo do tráfico de drogas e assassinato comandado pela máfia.
Comentários:
Filme fraco, com elenco igualmente fraco. Perceba que a dupla de atrizes principais não convencem. Mira Sorvino ganhou o Oscar cedo demais. Depois disso foi acertada em cheio pela tal "Maldição do Oscar". Sim, a carreira dela foi afundando, afundando... até praticamente desaparecer. A cantora Mariah Carey não é e nunca foi uma atriz de verdade. Ela até tentou fazer sucesso no cinema, mas vamos falar a verdade? Não deu certo! Simplesmente isso, simples assim. Dessa maneira o filme não é interessante. Acredito que nunca foi lançado no Brasil. Foi exibido em canais de TV a cabo, onde cheguei a assistir essa produção, mas depois disso... esquecimento eterno no mundo dos cinéfilos.
Pablo Aluísio.
Título Original: WiseGirls
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Lions Gate Films, Leading Pictures
Direção: David Anspaugh
Roteiro: John Meadows
Elenco: Mira Sorvino, Mariah Carey, Melora Walters, Arthur J. Nascarella, Saul Stein, Joseph Siravo
Sinopse:
Uma nova garçonete que trabalha em um restaurante italiano na cidade de Nova York se vê enredada em um submundo do tráfico de drogas e assassinato comandado pela máfia.
Comentários:
Filme fraco, com elenco igualmente fraco. Perceba que a dupla de atrizes principais não convencem. Mira Sorvino ganhou o Oscar cedo demais. Depois disso foi acertada em cheio pela tal "Maldição do Oscar". Sim, a carreira dela foi afundando, afundando... até praticamente desaparecer. A cantora Mariah Carey não é e nunca foi uma atriz de verdade. Ela até tentou fazer sucesso no cinema, mas vamos falar a verdade? Não deu certo! Simplesmente isso, simples assim. Dessa maneira o filme não é interessante. Acredito que nunca foi lançado no Brasil. Foi exibido em canais de TV a cabo, onde cheguei a assistir essa produção, mas depois disso... esquecimento eterno no mundo dos cinéfilos.
Pablo Aluísio.
Ponto de Origem
Título no Brasil: Ponto de Origem
Título Original: Point of Origin
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Newton Thomas Sigel
Roteiro: Matthew Tabak
Elenco: Ray Liotta, John Leguizamo, Colm Feore, Cliff Curtis, Bai Ling, Illeana Douglas
Sinopse:
Drama baseado em fatos reais. O filme conta a história sobre um investigador de incêndios criminosos chamado John Orr (Ray Liotta). Ele participa de uma investigação policial que procura o autor de uma série de incêndios mortais na Califórnia dos anos 1980. Filme indicado ao Primetime Emmy Awards.
Comentários:
Bom filme, ou melhor dizendo, bom telefilme. Esse aqui só passou no Brasil no canal a cabo HBO, onde o assisti. Esse canal foi pioneiro, foi um dos primeiros a produzir seus próprios filmes, alguns muito bons, eu diria. Aliás a HBO sempre teve um padrão de qualidade acima da média. Por essa razão pode assistir sem receios, caso o tema envolvendo piromaníacos lhe interesse de alguma forma. Quem curte filmes com investigações intrigadas, também vai apreciar. No meu caso o que me levou a conferir esse filme foi a presença do ator Ray Liotta no elenco. Depois que ele apareceu no clássico moderno "Os Bons Companheiros" com Bob De Niro, sob direção de Martin Scorsese, jamais deixei de ver algum filme seu, mesmo que sendo uma produção menor, que quase ninguém assistiu.
Pablo Aluísio.
Título Original: Point of Origin
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Newton Thomas Sigel
Roteiro: Matthew Tabak
Elenco: Ray Liotta, John Leguizamo, Colm Feore, Cliff Curtis, Bai Ling, Illeana Douglas
Sinopse:
Drama baseado em fatos reais. O filme conta a história sobre um investigador de incêndios criminosos chamado John Orr (Ray Liotta). Ele participa de uma investigação policial que procura o autor de uma série de incêndios mortais na Califórnia dos anos 1980. Filme indicado ao Primetime Emmy Awards.
Comentários:
Bom filme, ou melhor dizendo, bom telefilme. Esse aqui só passou no Brasil no canal a cabo HBO, onde o assisti. Esse canal foi pioneiro, foi um dos primeiros a produzir seus próprios filmes, alguns muito bons, eu diria. Aliás a HBO sempre teve um padrão de qualidade acima da média. Por essa razão pode assistir sem receios, caso o tema envolvendo piromaníacos lhe interesse de alguma forma. Quem curte filmes com investigações intrigadas, também vai apreciar. No meu caso o que me levou a conferir esse filme foi a presença do ator Ray Liotta no elenco. Depois que ele apareceu no clássico moderno "Os Bons Companheiros" com Bob De Niro, sob direção de Martin Scorsese, jamais deixei de ver algum filme seu, mesmo que sendo uma produção menor, que quase ninguém assistiu.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Amaldiçoados
Título no Brasil: Amaldiçoados
Título Original: Cursed
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Dimension Films
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Christina Ricci, Jesse Eisenberg, Portia de Rossi, Kristina Anapau, Daniel Edward Mora, Jesse Eisenberg
Sinopse:
Um lobisomem solto em Los Angeles muda a vida de três jovens adultos que, depois de serem atacados pela besta, descobrem que devem matá-la para evitar se tornarem lobisomens. Filme indicado ao MTV Movie + TV Awards.
Comentários:
Tanto Wes Craven, o diretor desse filme, como o roteirista Kevin Williamson são craques do gênero cinematográfico terror. Só que aqui eles fizeram um filme meio fraco, misturando lobisomens e adolescentes. Eu particulermente penso que filmes de horror nunca podem ser pops demais, pois se isso acontece perde totalmente o foco e o objetivo, que é justamente o de dar medo no público espectador. De qualquer forma o filme deve ser conhecido. Vou mais longe, qualquer fita de terror, por mais fraca que seja, que tenha a assinatura do grande e saudoso Wes Craven, merece ser assistida. Só não vá com grandes expectativas. O filme é bem mais ou menos e não passa disso. Assista e tente se divertir, apenas isso, nada mais.
Pablo Aluísio.
Título Original: Cursed
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Dimension Films
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Christina Ricci, Jesse Eisenberg, Portia de Rossi, Kristina Anapau, Daniel Edward Mora, Jesse Eisenberg
Sinopse:
Um lobisomem solto em Los Angeles muda a vida de três jovens adultos que, depois de serem atacados pela besta, descobrem que devem matá-la para evitar se tornarem lobisomens. Filme indicado ao MTV Movie + TV Awards.
Comentários:
Tanto Wes Craven, o diretor desse filme, como o roteirista Kevin Williamson são craques do gênero cinematográfico terror. Só que aqui eles fizeram um filme meio fraco, misturando lobisomens e adolescentes. Eu particulermente penso que filmes de horror nunca podem ser pops demais, pois se isso acontece perde totalmente o foco e o objetivo, que é justamente o de dar medo no público espectador. De qualquer forma o filme deve ser conhecido. Vou mais longe, qualquer fita de terror, por mais fraca que seja, que tenha a assinatura do grande e saudoso Wes Craven, merece ser assistida. Só não vá com grandes expectativas. O filme é bem mais ou menos e não passa disso. Assista e tente se divertir, apenas isso, nada mais.
Pablo Aluísio.
O Preço da Fama
Título no Brasil: O Preço da Fama
Título Original: Pecker
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Polar Entertainment
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Edward Furlong, Christina Ricci, Bess Armstrong, Mary Kay Place, Martha Plimpton, Brendan Sexton III
Sinopse:
Um jovem fotógrafo talentoso, que gosta de tirar fotos de seu bairro satírico e pervertido de Baltimore e de sua família maluca, é arrastado para um mundo de artistas pretensiosos de Nova York e encontra uma nova fama. Filme premiado no Florida Film Critics Circle Awards na categoria de melhor atriz (Christina Ricci).
Comentários:
Edward Furlong... Você lembra de Edward Furlong? Ele foi aquele jovem ator que estourou em "O Exterminador do Futuro 2". Tinha tudo para virar um ator de sucesso em Hollywood, mas no meio do caminho, havia uma pedra, ou melhor dizendo várias pedras... de crack! Ele afundou-se no mundo das drogas cedo demais e nunca conseguiu nada na carreira. Pois é, mais um jovem talento que sucumbiu cedo demais, antes mesmo de acontecer. Esse filme, altamente esquecível, foi uma tentativa de fazer ele um ídolo do cinema de sucesso. Nem teve fama, nem sucesso. Afundou feito o Titanic antes disso. De qualquer maneira o elenco tem a Christina Ricci. Especialista em personagens estranhas até que ela está bem gatinha no filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: Pecker
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Polar Entertainment
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Edward Furlong, Christina Ricci, Bess Armstrong, Mary Kay Place, Martha Plimpton, Brendan Sexton III
Sinopse:
Um jovem fotógrafo talentoso, que gosta de tirar fotos de seu bairro satírico e pervertido de Baltimore e de sua família maluca, é arrastado para um mundo de artistas pretensiosos de Nova York e encontra uma nova fama. Filme premiado no Florida Film Critics Circle Awards na categoria de melhor atriz (Christina Ricci).
Comentários:
Edward Furlong... Você lembra de Edward Furlong? Ele foi aquele jovem ator que estourou em "O Exterminador do Futuro 2". Tinha tudo para virar um ator de sucesso em Hollywood, mas no meio do caminho, havia uma pedra, ou melhor dizendo várias pedras... de crack! Ele afundou-se no mundo das drogas cedo demais e nunca conseguiu nada na carreira. Pois é, mais um jovem talento que sucumbiu cedo demais, antes mesmo de acontecer. Esse filme, altamente esquecível, foi uma tentativa de fazer ele um ídolo do cinema de sucesso. Nem teve fama, nem sucesso. Afundou feito o Titanic antes disso. De qualquer maneira o elenco tem a Christina Ricci. Especialista em personagens estranhas até que ela está bem gatinha no filme.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Pecados do Passado
Título no Brasil: Pecados do Passado
Título Original: Sin
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Singular Pictures
Direção: Michael Stevens
Roteiro: Tim Willocks
Elenco: Ving Rhames, Gary Oldman, Kerry Washington, Alicia Coppola, Bill Sage, Chris Spencer
Sinopse:
Quando sua irmã é brutalmente estuprada, um ex-policial vai atrás de um homem misterioso de seu passado. Ele quer saber o que realmente aconteceu e sua sede de vingança pede por respostas.
Comentários:
O ator Ving Rhames sempre foi subestimado na carreira. Na verdade se formos analisar bem ele nunca fez um grande filme ou se destacou em nenhuma produção em que trabalhou no cinema. Porém mesmo em pequenos papéis ele conseguia demonstrar todo o seu talento. Esse aqui é um dos casos raros em que atua como protagonista e o mais incrível de tudo é que ele teve nada mais, nada menos, do que Gary Oldman como seu coadjuvante. Quem diria, não é mesmo? O filme foi esquecido, pouca gente assistiu, mas deixo a dica aqui. Um bom drama policial, valorizado por uma bela e talentosa dupla de atores.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sin
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Singular Pictures
Direção: Michael Stevens
Roteiro: Tim Willocks
Elenco: Ving Rhames, Gary Oldman, Kerry Washington, Alicia Coppola, Bill Sage, Chris Spencer
Sinopse:
Quando sua irmã é brutalmente estuprada, um ex-policial vai atrás de um homem misterioso de seu passado. Ele quer saber o que realmente aconteceu e sua sede de vingança pede por respostas.
Comentários:
O ator Ving Rhames sempre foi subestimado na carreira. Na verdade se formos analisar bem ele nunca fez um grande filme ou se destacou em nenhuma produção em que trabalhou no cinema. Porém mesmo em pequenos papéis ele conseguia demonstrar todo o seu talento. Esse aqui é um dos casos raros em que atua como protagonista e o mais incrível de tudo é que ele teve nada mais, nada menos, do que Gary Oldman como seu coadjuvante. Quem diria, não é mesmo? O filme foi esquecido, pouca gente assistiu, mas deixo a dica aqui. Um bom drama policial, valorizado por uma bela e talentosa dupla de atores.
Pablo Aluísio.
Ouro Branco
Título no Brasil: Ouro Branco
Título Original: Paid in Full
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Charles Stone III
Roteiro: Azie Faison Jr, Austin Phillips
Elenco: Mekhi Phifer, Wood Harris, Chi McBride, Esai Morales, Chi McBride, Cynthia Martells
Sinopse:
Um jovem do Harlem, forçado a lidar com o cenário das drogas dos anos 1980, constrói um império ilegal, apenas para ter uma crise de consciência. Filme indicado ao Film Independent Spirit Awards.
Comentários:
O que é o ouro branco do título do filme? Claro, estamos falando de cocaína. O filme conta a história de três amigos, jovens negros do Harlem, que acabam sendo seduzidos pelo dinheiro fácil do tráfico de drogas naquele bairro de Nova Iorque. Agora, o dinheiro chega rápido, mas também os problemas com a polícia, a violência e a morte. Um bom filme, valorizado por uma edição ágil, boa trilha sonora, com o tipo de sonoridade bem impactante da época e um elenco de atores negros que nunca decepciona. Um bom filme que assisti há muitos anos. Uma crônica de vidas perdidas para o mundo do crime.
Pablo Aluísio.
Título Original: Paid in Full
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Charles Stone III
Roteiro: Azie Faison Jr, Austin Phillips
Elenco: Mekhi Phifer, Wood Harris, Chi McBride, Esai Morales, Chi McBride, Cynthia Martells
Sinopse:
Um jovem do Harlem, forçado a lidar com o cenário das drogas dos anos 1980, constrói um império ilegal, apenas para ter uma crise de consciência. Filme indicado ao Film Independent Spirit Awards.
Comentários:
O que é o ouro branco do título do filme? Claro, estamos falando de cocaína. O filme conta a história de três amigos, jovens negros do Harlem, que acabam sendo seduzidos pelo dinheiro fácil do tráfico de drogas naquele bairro de Nova Iorque. Agora, o dinheiro chega rápido, mas também os problemas com a polícia, a violência e a morte. Um bom filme, valorizado por uma edição ágil, boa trilha sonora, com o tipo de sonoridade bem impactante da época e um elenco de atores negros que nunca decepciona. Um bom filme que assisti há muitos anos. Uma crônica de vidas perdidas para o mundo do crime.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Orações Para Bobby
Há duas formas de se analisar esse "Orações Para Bobby" Uma em relação ao tema e à mensagem que o filme tenta passar ao espectador. A outra é sobre o filme em si - como produto cultural. A mensagem é importante e lida com um assunto que geralmente é negligenciado quando se debate a questão do homossexualismo. Ao tomarem consciência que são gays muitos jovens ficam tão abatidos e abalados com a realidade que uma parcela deles acaba até mesmo se matando. Isso ocorre principalmente quando o jovem homossexual não encontra carinho e compreensão dos próprios familiares. É justamente esse o tema do roteiro (que é baseado em fatos reais). Sigourney Weaver faz o papel da mãe do jovem Bobby (Ryan Kelley) que se assume como gay para a família. Ao invés de aceitar a opção sexual do rapaz ela o enche de culpa baseado em suas convicções religiosas. Com a bíblia na ponta de língua esmaga o pobre garoto que entra em um dilema existencial terrível por causa de sua condição. O filme traz a importante mensagem de que a família antes de condenar seu filho deve tentar compreender sua opção e o mais importante: aceitar a nova realidade. Nesse aspecto nada há o que criticar em "Orações Para Bobby". Ele é muito sensível ao tratar sobre o assunto.
Tirando esse fator conteúdo e mensagem de lado esse telefilme não é muito bem feito no quesito qualidade. A edição é mal feita e truncada - em um tema que deveria ser desenvolvido com mais cautela e calma as situações literalmente voam, sem dar a chance ao espectador de ir digerindo o que está acontecendo. Outro grave problema da produção é o próprio ator que interpreta Bobby. Ryan Kelley é muito fraco e em nenhum momento consegue mostrar a densidade dramática que a situação exige. Já Sigourney Weaver apesar dos problemas do filme em si consegue desenvolver um trabalho marcante e emocionante. Ela está magnífica em cena e literalmente carrega o filme nas costas já que o elenco de apoio também é de mediano para fraco. Em suma, vale a pena conhecer e recomendar principalmente em nosso país onde a homofobia segue firme e forte, apesar das campanhas de conscientização.
Orações Para Bobby (Prayers for Bobby, Estados Unidos, 2009) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Katie Ford baseado no livro de Leroy Aarons / Elenco: Sigourney Weaver, Henry Czerny, Ryan Kelley / Sinopse: O filme mostra a luta de uma mãe, Mary Griffith (Sigourney Weaver), para conscientizar a sociedade sobre a causa gay após presenciar seu filho se matar por ser homossexual.
Pablo Aluísio.
Tirando esse fator conteúdo e mensagem de lado esse telefilme não é muito bem feito no quesito qualidade. A edição é mal feita e truncada - em um tema que deveria ser desenvolvido com mais cautela e calma as situações literalmente voam, sem dar a chance ao espectador de ir digerindo o que está acontecendo. Outro grave problema da produção é o próprio ator que interpreta Bobby. Ryan Kelley é muito fraco e em nenhum momento consegue mostrar a densidade dramática que a situação exige. Já Sigourney Weaver apesar dos problemas do filme em si consegue desenvolver um trabalho marcante e emocionante. Ela está magnífica em cena e literalmente carrega o filme nas costas já que o elenco de apoio também é de mediano para fraco. Em suma, vale a pena conhecer e recomendar principalmente em nosso país onde a homofobia segue firme e forte, apesar das campanhas de conscientização.
Orações Para Bobby (Prayers for Bobby, Estados Unidos, 2009) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Katie Ford baseado no livro de Leroy Aarons / Elenco: Sigourney Weaver, Henry Czerny, Ryan Kelley / Sinopse: O filme mostra a luta de uma mãe, Mary Griffith (Sigourney Weaver), para conscientizar a sociedade sobre a causa gay após presenciar seu filho se matar por ser homossexual.
Pablo Aluísio.
sábado, 12 de maio de 2012
Advogado do Diabo
Advogado do Diabo nada mais é do que uma releitura do velho mito de Fausto e Mefistófeles acrescido de partes presentes no novo e velho testamento. É de fato uma miscelânea teológica com ares de filme pop. Na época de seu lançamento muitos críticos torceram o nariz para esse verniz mais comercial mas no fundo isso não passa de uma visão muito restrita e limitada. O filme sim tem seus méritos, alguns bem sutis mas que fazem valer a pena a sessão. Na verdade a produção é muito cativante e não me admira em nada ter caído no gosto popular (no Brasil fez muito sucesso de bilheteria). Não é de hoje que o diabo se revela um grande personagem de dramaturgia. Em termos de teologia poderia ter se ido mais longe. De fato o roteiro apenas passeia pelos temas mais importantes, não indo fundo em nada mas isso se deve mesmo ao que se propõe. Certamente não estamos na presença de um tratado ou estudo sério de teologia mas apenas de uma obra de cinema que visa entreter acima de tudo. Não deixa de ser curioso observar um dos duelos mais desnivelados da história do cinema. De um lado Al Pacino, ator premiado, talento nato e incontroverso. Do outro o Keanu Reeves, ator medíocre que quase leva tudo a perder. Com um abismo separando os dois em termos de atuação é comum torcemos justamente para Milton, o personagem de Pacino. Ele, ao contrário do jovem advogado de Reeves, tem alma, carisma, envolvimento. O problema de Keanu Reeves é que ele falha justamente nos momentos mais decisivos de seu personagem em cena. Sua capacidade facial e interpretativa é muito pequena, quase nula.
Curiosamente mesmo dominando da primeira à última cena Pacino não escapou de ser criticado. Para muitos seu personagem é um exemplo, ao lado de sua atuação em Scarface, em que ele perdeu as rédeas da atuação, se tornando histriônico em excesso. Não concordo. Pacino aqui está muito distante do que vimos em Scarface. Aquela atuação realmente ficou fora de controle mas como Milton não consigo ver excessos por sua parte. Na maior parte do tempo está contido, evitando os velhos maneirismos. Claro que na cena final ele literalmente se descabela mas vamos convir que era necessário já que seu companheiro de cena era nulo. Por fim, para aliviar um pouco a agonia de ver Keanu Reeves falhar nas cenas, somos presenteados pela beleza luminosa de Charlize Theron. Ainda muito jovem, em um papel de certo modo ingrato, a atriz consegue a despeito de tudo isso se sobressair. Ela ainda não tinha o glamour da atualidade, onde surge como uma nova Grace Kelly, mas já demonstrava ser mais do que apenas um rostinho bonito em cena. Enfim é isso. "Advogado do Diabo" não é um primor em termos teológicos e nem foi essa a pretensão de seus realizadores mas diverte e abre as portas para quem quiser conhecer os mitos originais que lhe deram origem e isso certamente poderá ser muito mais instrutivo.
O Advogado do Diabo (The Devil´s Advocate, Estados Unidos, 1997) Direção: Taylor Hackford / Roteiro: Jonathan Lemkin baseado na obra de Andrew Neiderman / Elenco: Keanu Reeves, Al Pacino, Charlize Theron/ Sinopse: Kevin Lomax (Keanu Reeves) é um jovem advogado de interior que acaba sendo contratado por um grande escritório de advocacia de Nova Iorque liderado por John Milton (Al Pacino). O que parece ser o emprego dos sonhos porém logo se revela um grande pesadelo.
Pablo Aluísio.
Curiosamente mesmo dominando da primeira à última cena Pacino não escapou de ser criticado. Para muitos seu personagem é um exemplo, ao lado de sua atuação em Scarface, em que ele perdeu as rédeas da atuação, se tornando histriônico em excesso. Não concordo. Pacino aqui está muito distante do que vimos em Scarface. Aquela atuação realmente ficou fora de controle mas como Milton não consigo ver excessos por sua parte. Na maior parte do tempo está contido, evitando os velhos maneirismos. Claro que na cena final ele literalmente se descabela mas vamos convir que era necessário já que seu companheiro de cena era nulo. Por fim, para aliviar um pouco a agonia de ver Keanu Reeves falhar nas cenas, somos presenteados pela beleza luminosa de Charlize Theron. Ainda muito jovem, em um papel de certo modo ingrato, a atriz consegue a despeito de tudo isso se sobressair. Ela ainda não tinha o glamour da atualidade, onde surge como uma nova Grace Kelly, mas já demonstrava ser mais do que apenas um rostinho bonito em cena. Enfim é isso. "Advogado do Diabo" não é um primor em termos teológicos e nem foi essa a pretensão de seus realizadores mas diverte e abre as portas para quem quiser conhecer os mitos originais que lhe deram origem e isso certamente poderá ser muito mais instrutivo.
O Advogado do Diabo (The Devil´s Advocate, Estados Unidos, 1997) Direção: Taylor Hackford / Roteiro: Jonathan Lemkin baseado na obra de Andrew Neiderman / Elenco: Keanu Reeves, Al Pacino, Charlize Theron/ Sinopse: Kevin Lomax (Keanu Reeves) é um jovem advogado de interior que acaba sendo contratado por um grande escritório de advocacia de Nova Iorque liderado por John Milton (Al Pacino). O que parece ser o emprego dos sonhos porém logo se revela um grande pesadelo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Os Homens Que Encaravam Cabras
Título no Brasil: Os Homens Que Encaravam Cabras
Título Original: The Men Who Stare at Goats
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Grant Heslov
Roteiro: Peter Straughan, baseado no livro de Jon Ronson
Elenco: George Clooney, Ewan McGregor, Kevin Spacey, Jeff Bridges, Stephen Lang, J. K. Simmons, Robert Patrick
Sinopse:
Um jornalista (Ewan McGregor) vai até o Iraque e lá acaba descobrindo a existência de uma estranha unidade do exército americano especializada em promover experiências ultra sensoriais, esotéricas e até de parapsicologia. Os membros dessa unidade são levemente malucos, alguns chegados numa droga pesada e fora de órbita. A descoberta que uma companhia do exército americano realiza estranhas experiências como essas durante a ocupação do Iraque acaba servindo de base para o jornalista escrever um livro relatando tudo o que viu naquele bizarro lugar. Filme vencedor do Empire Awards na categoria de Melhor Comédia.
Comentários:
Esse estranho enredo que dizem ser levemente inspirado em fatos reais é bem fora do comum. Quase impossível de acreditar que tenha alguma base na realidade. Obviamente que o roteiro procura mostrar tudo de forma muito bem humorada, sem se levar à sério em nenhum momento. Narrado em primeira pessoa pelo jornalista interpretado por Ewan McGregor, vamos acompanhando em vários flashbacks a formação desse grupo extremamente bizarro e as consequências da existência deles nos planos de segurança do governo americano. Algumas coisas me chamaram atenção nesse "Os Homens Que Encaravam Cabras". A primeira delas é o ótimo entrosamento de todo o elenco. Eles estão em sintonia completa com o roteiro nonsense do filme. Embora o foco seja bem centrada em George Clooney, quem acaba no final das contas roubando o filme é o personagem de Jeff Bridges chamado Bill Django. De certa forma é uma repetição da personalidade que ele mostrou em "O Grande Lebowski". Aquele tipo New Age que era muito comum nos anos psicodélicos da década de 60. O curioso é saber que o governo americano acabou financiando as ideias malucas desse sujeito (pelo menos no filme). O diretor Grant Heslov não tem muita experiência no cinema. Antes só havia dirigido séries e curtas, mas como caiu nas graças do amigo George Clooney foi escalado para dirigir o filme. Seu grande mérito aqui é não atrapalhar o trabalho dos atores que parecem se divertir muito em cena, pois o elenco se mostra completamente à vontade. Outro aspecto a se elogiar é que ele criou um filme rápido, simples e nada pretensioso, o que contribui muito para que o clima de bom humor e diversão se concretizasse de forma perfeita. Enfim, "Os Homens Que Encaravam Cabras" é muito divertido e cai muito bem para quem quiser encarar uma sessão de cinema para melhorar o seu próprio humor.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Men Who Stare at Goats
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: BBC Films
Direção: Grant Heslov
Roteiro: Peter Straughan, baseado no livro de Jon Ronson
Elenco: George Clooney, Ewan McGregor, Kevin Spacey, Jeff Bridges, Stephen Lang, J. K. Simmons, Robert Patrick
Sinopse:
Um jornalista (Ewan McGregor) vai até o Iraque e lá acaba descobrindo a existência de uma estranha unidade do exército americano especializada em promover experiências ultra sensoriais, esotéricas e até de parapsicologia. Os membros dessa unidade são levemente malucos, alguns chegados numa droga pesada e fora de órbita. A descoberta que uma companhia do exército americano realiza estranhas experiências como essas durante a ocupação do Iraque acaba servindo de base para o jornalista escrever um livro relatando tudo o que viu naquele bizarro lugar. Filme vencedor do Empire Awards na categoria de Melhor Comédia.
Comentários:
Esse estranho enredo que dizem ser levemente inspirado em fatos reais é bem fora do comum. Quase impossível de acreditar que tenha alguma base na realidade. Obviamente que o roteiro procura mostrar tudo de forma muito bem humorada, sem se levar à sério em nenhum momento. Narrado em primeira pessoa pelo jornalista interpretado por Ewan McGregor, vamos acompanhando em vários flashbacks a formação desse grupo extremamente bizarro e as consequências da existência deles nos planos de segurança do governo americano. Algumas coisas me chamaram atenção nesse "Os Homens Que Encaravam Cabras". A primeira delas é o ótimo entrosamento de todo o elenco. Eles estão em sintonia completa com o roteiro nonsense do filme. Embora o foco seja bem centrada em George Clooney, quem acaba no final das contas roubando o filme é o personagem de Jeff Bridges chamado Bill Django. De certa forma é uma repetição da personalidade que ele mostrou em "O Grande Lebowski". Aquele tipo New Age que era muito comum nos anos psicodélicos da década de 60. O curioso é saber que o governo americano acabou financiando as ideias malucas desse sujeito (pelo menos no filme). O diretor Grant Heslov não tem muita experiência no cinema. Antes só havia dirigido séries e curtas, mas como caiu nas graças do amigo George Clooney foi escalado para dirigir o filme. Seu grande mérito aqui é não atrapalhar o trabalho dos atores que parecem se divertir muito em cena, pois o elenco se mostra completamente à vontade. Outro aspecto a se elogiar é que ele criou um filme rápido, simples e nada pretensioso, o que contribui muito para que o clima de bom humor e diversão se concretizasse de forma perfeita. Enfim, "Os Homens Que Encaravam Cabras" é muito divertido e cai muito bem para quem quiser encarar uma sessão de cinema para melhorar o seu próprio humor.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)