Herbie o filme original é de 1968. Comédia simples, modesta, que caiu no gosto do público da época. Não é para menos. O velho fusquinha era muito popular. Originalmente criado por Adolf Hitler que queria um carro popular que pudesse ser adquirido pelos trabalhadores alemães, o Fusca logo se tornou um ícone popular, se tornado o primeiro carro de muita gente, criando assim um vínculo emocional que lhe garantia muito carisma ao longo dos anos. O sucesso dessa primeira versão de Herbie da Disney daria origem a mais quatro filmes e finalmente uma série de TV que passou por várias temporadas. Assim quando os executivos do Mickey resolveram recriar alguns velhos produtos do estúdio pensaram logo em Herbie, que tão bem sucedido havia sido no passado. Ao invés de investir em uma animação – como havia sido inicialmente planejado – resolveram realizar um filme convencional mesmo, com atores de carne e osso. Com orçamento até generoso de 50 milhões de dólares resolveram partir para o remake do filme original, que já andava até mesmo esquecido do grande público.
Como o estúdio ainda tinha sob contrato a atriz Lindsay Lohan resolveram escalar a ruiva para viver a dona de Herbie, Maggie. É a tal coisa, hoje Lindsay está com a carreira em ruínas, principalmente por fazer muita bobagem, uma atrás da outra. E pensar que ela foi uma das mais queridas atrizes jovens dos EUA e depois resolveu afundar com tudo por causa do excesso de drogas e confusões (que inclusive a levaram à prisão em algumas ocasiões). Na trama ela encontra o fusquinha Herbie completamente detonado em um pátio de ferro velho. Ao lado do amigo Kevin (Justin Long) resolve restaurar o antigo carro o trazendo de volta à velha glória do passado. Percebendo que Herbie é veloz e rápido ela acaba se inscrevendo com o carro em uma série de competições de corrida, logo se tornando uma verdadeira campeã das pistas. Bom, já deu para perceber que Herbie é uma grande bobagem! Mais curioso ainda é saber que o primeiro filme também não era lá essas coisas. No fundo é um produto infanto-juvenil bem inofensivo, para as crianças, numa embalagem típica das produções Disney para essa faixa etária. Só não deixe seus filhos virarem fãs da Lindsay Lohan, porque a mocinha não é mais exemplo para ninguém, muito menos para seus filhos menores.
Herbie: Meu Fusca Turbinado (Herbie: Fully Loaded, Estados Unidos, 2005) Direção: Angela Robinson / Roteiro: Ben Garant, Thomas Lennon / Elenco: Lindsay Lohan, Matt Dillon, Michael Keaton, Mario Larraza, Scoot McNairy, Justin Long. / Sinopse: Garota resgata um velho fusquinha do ferro velho, mal sabendo que se trata de Herbie, o famoso carro campeão de corridas da década de 60.
Pablo Aluísio.
domingo, 20 de janeiro de 2013
sábado, 19 de janeiro de 2013
Garota Fantástica
Após estabilizar sua carreira como atriz e produtora, Drew Barrymore resolveu investir na direção. Esse filme “Garota Fantástica” é sua estréia como cineasta. Na estória acompanhamos Bliss Cavendar (Ellen Page) uma garota normal de 17 anos que mora no Texas. Bonita, sua família quer que ela se inscreva em um concurso de beleza na pequena cidade onde vive. Esse é o desejo, o sonho de sua mãe, mas Bliss gosta mesmo é de participar de uma modalidade esportiva chamada “Roller Derby”. Inspirada em um filme de ficção da década de 70 o esporte coloca duas equipes em uma pista de patinação oval. Juntas elas disputam a posse de uma bola, enquanto competem entre si numa corrida alucinada pelo circuito. Violento e casca grossa o esporte seria o menos indicado para uma garota como Bliss, bonitinha e transparecendo fragilidade.
“Garota Fantástica” é quase um experimento de laboratório de Drew Barrymore. De orçamento modesto a produção teve um lançamento discreto nos cinemas americanos e no Brasil foi lançado diretamente no mercado de DVD. Não é um filme imprescindível na coleção de um cinéfilo mas mantém o interesse, principalmente pela sempre interessante presença de Ellen Page, uma atriz talentosa e simpática que sempre traz algo de bom em suas atuações. Seu melhor papel até agora foi a da adolescente grávida Juno e desde então ela tem intercalado filmes menores com blockbusters Hollywoodianos. Essa aqui se encaixa na primeira categoria – filme pequeno, feito na base da amizade que nutre com Drew Barrymore, contando com um elenco de atrizes novas e esforçadas. A direção de Barrymore também não compromete, demonstrando que ela consegue dirigir um filme, desde que seja simples e modesto como esse. No saldo final vale a pena ser assistido, principalmente pelas movimentadas jogadas radicais desse estranho e bizarro esporte (que pelo que eu saiba ainda não chegou ao Brasil). Então fica a dica desse bom passatempo que vale uma espiada.
Garota Fantástica (Whip It!, Estados Unidos, 2010) Direção: Drew Barrymore / Roteiro: Shauna Cross baseado na novela de Shauna Cross / Elenco: Ellen Page, Marcia Gay Harden, Kristen Wiig, Drew Barrymore, Juliette Lewis, Jimmy Fallon, Alia Shawkat, Eve. / Sinopse: Garota jovem de 17 anos resolve participar de um novo esporte radical que combina patinação e corrida sobre patins. Cheio de adrenalina ela tentará ser parte da nova equipe campeã da modalidade.
Pablo Aluísio.
“Garota Fantástica” é quase um experimento de laboratório de Drew Barrymore. De orçamento modesto a produção teve um lançamento discreto nos cinemas americanos e no Brasil foi lançado diretamente no mercado de DVD. Não é um filme imprescindível na coleção de um cinéfilo mas mantém o interesse, principalmente pela sempre interessante presença de Ellen Page, uma atriz talentosa e simpática que sempre traz algo de bom em suas atuações. Seu melhor papel até agora foi a da adolescente grávida Juno e desde então ela tem intercalado filmes menores com blockbusters Hollywoodianos. Essa aqui se encaixa na primeira categoria – filme pequeno, feito na base da amizade que nutre com Drew Barrymore, contando com um elenco de atrizes novas e esforçadas. A direção de Barrymore também não compromete, demonstrando que ela consegue dirigir um filme, desde que seja simples e modesto como esse. No saldo final vale a pena ser assistido, principalmente pelas movimentadas jogadas radicais desse estranho e bizarro esporte (que pelo que eu saiba ainda não chegou ao Brasil). Então fica a dica desse bom passatempo que vale uma espiada.
Garota Fantástica (Whip It!, Estados Unidos, 2010) Direção: Drew Barrymore / Roteiro: Shauna Cross baseado na novela de Shauna Cross / Elenco: Ellen Page, Marcia Gay Harden, Kristen Wiig, Drew Barrymore, Juliette Lewis, Jimmy Fallon, Alia Shawkat, Eve. / Sinopse: Garota jovem de 17 anos resolve participar de um novo esporte radical que combina patinação e corrida sobre patins. Cheio de adrenalina ela tentará ser parte da nova equipe campeã da modalidade.
Pablo Aluísio.
Os Caçadores da Arca Perdida
Ninguém brilhou mais no céu de Hollywood durante as décadas de 70 e 80 do que George Lucas e Steven Spielberg. Lucas criou toda uma mitologia com sua obra prima, Star Wars, e Spielberg dispensava maiores apresentações. Eram considerados gênios que tinham transformado o cinema novamente em uma grande diversão. Em seu auge criativo Spielberg, por exemplo, realmente foi insuperável por longos anos. Assim quando ambos anunciaram que iram trabalhar juntos pela primeira vez a notícia caiu como uma bomba na indústria de cinema americano. Afinal eram os dois mais populares cineastas daqueles tempos. A idéia nasceu durante as férias em que Lucas e Spielberg passaram juntos no final da década de 70. Spielberg confidenciou a Lucas que gostaria de dirigir um filme de James Bond mas que por razões contratuais provavelmente jamais o faria. Já Lucas disse que adoraria dirigir um filme com o sabor das antigas matinês, das séries que passavam nos cinemas onde o herói sempre se envolvia numa situação perigosa para só então se salvar na semana seguinte, quando a garotada voltava para conferir se ele morria ou não em no filme (claro que não morria!). Dessa fusão de desejos nasceria um dos mais populares personagens da história do cinema, um arqueólogo que viveria algumas das melhores cenas de aventuras já escritas – claro que você já sabe que estamos falando de Indiana Jones. O herói aventureiro teria de tudo um pouco. Por parte de Spielberg ele herdaria a vocação para a aventura e situações extremas de ação, tal como James Bond. Já pelo lado de Lucas, Indiana surgiria em um mundo de realismo fantástico, onde ficção e realidade se misturavam com raro brilhantismo, tal como acontecia nas produções antigas que eram exibidas nas matinês para a garotada! “Caçadores da Arca Perdida” seria o primeiro filme do personagem. A escolha do ator foi das mais complicadas. O preferido de Lucas e Spielberg era o ator Tom Selleck mas esse recusou porque estava obrigado contratualmente com a série Magnum, grande sucesso da TV americana. Sem muitas alternativas o papel acabou caindo nas mãos de Harrison Ford, na época no auge de sua popularidade, colecionando êxitos por causa de seu mais famoso personagem, o aventureiro espacial Han Solo do universo de Guerra nas Estrelas. Embora não tenha sido a primeira opção o fato é que o ator incorporou excepcionalmente bem o espírito do personagem, tal como imaginado pela dupla Lucas e Spielberg.
A trama girava em torno da luta de Indiana Jones em recuperar a famosa Arca da Aliança. Esse artefato místico e histórico foi citado no velho testamento pois tinha guardado na antiguidade os pedaços dos Dez Mandamentos dados por Deus a Móises. Dotada de poderes sobrenaturais fantásticos, a peça de valor inestimável era desejado pelos nazistas pois de posse dela, finalmente a Alemanha poderia derrotar os aliados durante a II Guerra Mundial. “Caçadores da Arca Perdida” é uma aventura perfeita que marcou muito em seu lançamento pois soube como poucos captar aquele clima de aventura dos antigos filmes. A estória era simplesmente magistral mostrando todo o talento da dupla criadora que lhe deu vida. Assim que chegou aos cinemas o filme logo se tornou um grande sucesso de bilheteria, ganhando também a aprovação dos principais críticos da época. Tanto sucesso justificou o grande número de indicações ao Oscar que recebeu, incluindo melhor flme, roteiro e direção (para Steven Spielberg) mas acabou vencendo apenas nas categorias técnicas (efeitos especiais, som, edição, direção de arte e efeitos sonoros). A Academia, sempre tão conservadora, não quis premiar a produção por causa de seu inegável espírito de aventura infanto-juvenil. Não faz mal uma vez que isso não prejudicou a perenidade que “Caçadores da Arca Perdida” possui até os dias atuais. Uma das melhores aventuras que o cinema já produziu em todos os tempos.
Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, Estados Unidos, 1981) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: George Lucas, Lawrence Kasdan, Philip Kaufman / Elenco: Harrison Ford, Karen Allen, Paul Freeman, Ronald Lacey, John Davies, Denholm Elliott, Alfred Molina, Wolf Kahler, Anthony Higgins / Sinopse: “Caçadores da Arca Perdida” mostra as aventuras do arqueólogo Indiana Jones para descobrir e recuperar a famosa Arca da Aliança. Esse artefato místico e histórico foi citado no velho testamento pois havia guardado na antiguidade os pedaços dos Dez Mandamentos dados por Deus a Móises. Dotada de poderes sobrenaturais fantásticos, a peça de valor inestimável era desejado pelos nazistas pois de posse dela, finalmente a Alemanha poderia derrotar os aliados durante a II Guerra Mundial.
Pablo Aluísio
A trama girava em torno da luta de Indiana Jones em recuperar a famosa Arca da Aliança. Esse artefato místico e histórico foi citado no velho testamento pois tinha guardado na antiguidade os pedaços dos Dez Mandamentos dados por Deus a Móises. Dotada de poderes sobrenaturais fantásticos, a peça de valor inestimável era desejado pelos nazistas pois de posse dela, finalmente a Alemanha poderia derrotar os aliados durante a II Guerra Mundial. “Caçadores da Arca Perdida” é uma aventura perfeita que marcou muito em seu lançamento pois soube como poucos captar aquele clima de aventura dos antigos filmes. A estória era simplesmente magistral mostrando todo o talento da dupla criadora que lhe deu vida. Assim que chegou aos cinemas o filme logo se tornou um grande sucesso de bilheteria, ganhando também a aprovação dos principais críticos da época. Tanto sucesso justificou o grande número de indicações ao Oscar que recebeu, incluindo melhor flme, roteiro e direção (para Steven Spielberg) mas acabou vencendo apenas nas categorias técnicas (efeitos especiais, som, edição, direção de arte e efeitos sonoros). A Academia, sempre tão conservadora, não quis premiar a produção por causa de seu inegável espírito de aventura infanto-juvenil. Não faz mal uma vez que isso não prejudicou a perenidade que “Caçadores da Arca Perdida” possui até os dias atuais. Uma das melhores aventuras que o cinema já produziu em todos os tempos.
Os Caçadores da Arca Perdida (Raiders of the Lost Ark, Estados Unidos, 1981) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: George Lucas, Lawrence Kasdan, Philip Kaufman / Elenco: Harrison Ford, Karen Allen, Paul Freeman, Ronald Lacey, John Davies, Denholm Elliott, Alfred Molina, Wolf Kahler, Anthony Higgins / Sinopse: “Caçadores da Arca Perdida” mostra as aventuras do arqueólogo Indiana Jones para descobrir e recuperar a famosa Arca da Aliança. Esse artefato místico e histórico foi citado no velho testamento pois havia guardado na antiguidade os pedaços dos Dez Mandamentos dados por Deus a Móises. Dotada de poderes sobrenaturais fantásticos, a peça de valor inestimável era desejado pelos nazistas pois de posse dela, finalmente a Alemanha poderia derrotar os aliados durante a II Guerra Mundial.
Pablo Aluísio
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O Recomeço
Esse é um sensível drama que explora um aspecto que geralmente diz
respeito a todos nós. O roteiro estuda aquela sensação sempre presente
de que nada nos satisfaz, que poderíamos ser bem melhores, vivendo em
outro lugar, com pessoas diferentes. É a eterna sensação de insatisfação
que atinge muitas pessoas e as impedem de serem plenamente felizes. Na
estória somos apresentados ao jovem jogador de futebol americano, Scott
Murphy (Brian Presley). Ele é um atleta popular no colégio, namora a
garota mais bonita e tem o que promete ser um futuro extremamente
promissor pela frente até que em um jogo decisivo, no último minuto da
partida, sofre um bloqueio de dois jogadores adversários e quebra sua
perna em várias partes. Inutilizado para o esporte vê sua vida e seus
planos ruírem. Anos depois se vê numa terrível situação financeira, sem
poder sustentar sua própria família. Desesperado parte para um ato
impensado. Revelar mais seria estragar as surpresas do filme.
O que torna Touchback muito especial é que ele discute os arrependimentos que levamos em nossas vidas. Ao recordar seu passado Scott tenta entender o que deu errado em sua vida. O futuro que parecia tão brilhante e cheio de vitórias se revela devastador para ele. No final aprenderá uma grande lição sobre sermos felizes com aquilo que temos. O destaque no elenco vai para Kurt Russell. Ele interpreta o treinador do jovem quaterback. Ao longo do filme ele vai passando ao jovem jogador algumas lições de vida que se revelarão bem importantes. No papel do jogador que sofre a grave lesão temos Brian Presley (nenhum parentesco com o famoso cantor). Ele não tem certamente a experiência necessária para interpretar um papel tão dramático como esse mas dentro de suas limitações até que não se sai mal. Melhor em cena está a atriz Melanie Lynskey, que interpreta sua esposa, Macy. Bonita e charmosa acaba roubando as atenções para si. Assim fica a dica: Touchback, um filme que certamente vai fazer você refletir sobre as escolhas que fez ao longo de sua vida.
O Recomeço (Touchback, EUA, 2012) Direção: Don Handfield / Roteiro: Don Handfield / Elenco: Brian Presley, Kurt Russell, Melanie Lynskey, Marc Blucas / Sinopse: Jovem jogador de futebol Americano com futuro promissory vê seus sonhos se desmoronarem após sofrer grave lesão na perna durante uma partida violenta. Sem perspectivas anos depois tentará entender o que deu errado em sua vida.
Pablo Aluísio.
O que torna Touchback muito especial é que ele discute os arrependimentos que levamos em nossas vidas. Ao recordar seu passado Scott tenta entender o que deu errado em sua vida. O futuro que parecia tão brilhante e cheio de vitórias se revela devastador para ele. No final aprenderá uma grande lição sobre sermos felizes com aquilo que temos. O destaque no elenco vai para Kurt Russell. Ele interpreta o treinador do jovem quaterback. Ao longo do filme ele vai passando ao jovem jogador algumas lições de vida que se revelarão bem importantes. No papel do jogador que sofre a grave lesão temos Brian Presley (nenhum parentesco com o famoso cantor). Ele não tem certamente a experiência necessária para interpretar um papel tão dramático como esse mas dentro de suas limitações até que não se sai mal. Melhor em cena está a atriz Melanie Lynskey, que interpreta sua esposa, Macy. Bonita e charmosa acaba roubando as atenções para si. Assim fica a dica: Touchback, um filme que certamente vai fazer você refletir sobre as escolhas que fez ao longo de sua vida.
O Recomeço (Touchback, EUA, 2012) Direção: Don Handfield / Roteiro: Don Handfield / Elenco: Brian Presley, Kurt Russell, Melanie Lynskey, Marc Blucas / Sinopse: Jovem jogador de futebol Americano com futuro promissory vê seus sonhos se desmoronarem após sofrer grave lesão na perna durante uma partida violenta. Sem perspectivas anos depois tentará entender o que deu errado em sua vida.
Pablo Aluísio.
E Se o Amor Acontece...
Henry McCarthy (Mark Polish) é um escritor de sucesso que resolve voltar para sua cidade natal para fazer o discurso de formatura da turma de 2009, no mesmo colégio onde estudou anos atrás. Suas memórias do tempo em que estudava no ensino médio foram usadas em seu livro de maior sucesso de vendas. Agora de volta na mesma escola ele relembra dos amigos e de uma antiga paixão, a linda e inacessível Scarlet (Winona Ryder), a garota com quem sonhava namorar quando era apenas um jovem de ensino médio. Agora ela vive de um emprego enfadonho e enfrenta um divórcio complicado com seu ex-marido, um treinador de futebol que era o valentão dos tempos em que Henry estudava na escola. Decidido a rever Scarlet, Henry toma uma decisão corajosa e entra em contato com ela. Juntos acabam jantando em um belo restaurante dando início a um relacionamento que deveria ter acontecido há pelo menos 20 anos. Esse argumento de “E Se o Amor Acontece” me lembrou muito o de um outro filme recente chamado “Jovens Adultos” com Charlize Theron. A premissa é basicamente a mesma – tempos depois um autor (no caso de “Jovens Adultos”, autora) volta para sua antiga cidade e sua escola para acertar alguns assuntos inacabados, entre eles reconquistar o amor dos tempos colegiais, que dizem ser duradouro e forte, sobrevivendo aos anos.
A diferença básica entre “E se o Amor Acontece” e “Jovens Adultos” é o fato do personagem principal aqui narrar toda a estória, com um tom de nostalgia e melancolia. Henry, o autor, é interpretado por Mark Polish, que não tem qualquer talento para comédias. O filme aliás sofre dessa estranha dualidade. Enquanto Polish se comporta como se estivesse em um drama, seus colegas são espalhafatosos e exagerados, mais parecendo que estão em alguma comédia pastelão. Sean Astin, por exemplo, interpreta o amigo gay de Polish. Muito afetado e over ele acaba irritando mais do que divertindo. Caricato além da conta. Já o restante do elenco é mais interessante. Para quem tinha saudades de Winona Ryder em um papel central aqui há uma bela oportunidade de revê-la. Ela interpreta Scarlet, a “Deusa” dos tempos de colégio, que agora ganha a vida trabalhando numa farmácia, tendo que aturar um ex-marido truculento e estúpido. Outra participação que chamará certamente a atenção dos saudosistas da década de 80 é a presença do comediante Chevy Chase, aqui fazendo o papel do diretor da escola. Sempre com um curativo do nariz ele não perdeu aquele seu jeito bobão que tanto sucesso fez em filmes como “Férias Frustradas”. O filme em momento nenhum chega a aborrecer mas também não consegue se tornar marcante. No final das contas é apenas uma estória de amor nostálgica corretamente executada. Só indicada mesmo para as mais românticas e as que sentem saudades dos tempos de colégio. Fora isso nada de muito relevante digno de nota.
E Se o Amor Acontece... (Stay Cool, Estados Unidos, 2009) Direção: Michael Polish / Roteiro: Mark Polish / Elenco: Winona Ryder, Mark Polish, Sean Astin, Hilary Duff, Chevy Chase, Jon Cryer, Josh Holloway / Sinopse: Escritor de sucesso volta para sua escola com o objetivo de fazer o discurso de formatura da nova turma de ensino médio. O problema é que seu retorno acaba despertando antigas emoções, revivendo velhas paixões do passado.
Pablo Aluísio.
A diferença básica entre “E se o Amor Acontece” e “Jovens Adultos” é o fato do personagem principal aqui narrar toda a estória, com um tom de nostalgia e melancolia. Henry, o autor, é interpretado por Mark Polish, que não tem qualquer talento para comédias. O filme aliás sofre dessa estranha dualidade. Enquanto Polish se comporta como se estivesse em um drama, seus colegas são espalhafatosos e exagerados, mais parecendo que estão em alguma comédia pastelão. Sean Astin, por exemplo, interpreta o amigo gay de Polish. Muito afetado e over ele acaba irritando mais do que divertindo. Caricato além da conta. Já o restante do elenco é mais interessante. Para quem tinha saudades de Winona Ryder em um papel central aqui há uma bela oportunidade de revê-la. Ela interpreta Scarlet, a “Deusa” dos tempos de colégio, que agora ganha a vida trabalhando numa farmácia, tendo que aturar um ex-marido truculento e estúpido. Outra participação que chamará certamente a atenção dos saudosistas da década de 80 é a presença do comediante Chevy Chase, aqui fazendo o papel do diretor da escola. Sempre com um curativo do nariz ele não perdeu aquele seu jeito bobão que tanto sucesso fez em filmes como “Férias Frustradas”. O filme em momento nenhum chega a aborrecer mas também não consegue se tornar marcante. No final das contas é apenas uma estória de amor nostálgica corretamente executada. Só indicada mesmo para as mais românticas e as que sentem saudades dos tempos de colégio. Fora isso nada de muito relevante digno de nota.
E Se o Amor Acontece... (Stay Cool, Estados Unidos, 2009) Direção: Michael Polish / Roteiro: Mark Polish / Elenco: Winona Ryder, Mark Polish, Sean Astin, Hilary Duff, Chevy Chase, Jon Cryer, Josh Holloway / Sinopse: Escritor de sucesso volta para sua escola com o objetivo de fazer o discurso de formatura da nova turma de ensino médio. O problema é que seu retorno acaba despertando antigas emoções, revivendo velhas paixões do passado.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
JFK A Pergunta Que Não Quer Calar
Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Mas afinal quem realmente matou o presidente John Kennedy? A versão oficial afirma que o presidente americano foi morto por Lee Oswald, que agindo sozinho resolveu liquidar o político durante uma visita amigável ao Texas. Andando pelas ruas de Dallas em carro aberto, acenando para os que o saudavam nas calçadas durante seu trajeto, o líder do chamado mundo livre ficou a mercê de qualquer um que o usasse como alvo. Lee Oswald, um ex-fuzileiro naval que havia morado na Rússia por algum tempo o transformou em seu alvo. Ele agiu sozinho, sem ajuda de ninguém. Exímio atirador, subiu até um edifício onde se armazenavam livros escolares e de lá matou o presidente que vinha passando em frente a sua janela. Sua mira foi praticamente perfeita. Após atingir o presidente no pescoço deu um novo tiro que atingiu a cabeça do presidente. Foi o tiro fatal. Dias depois ao ser levado para uma cadeia próxima, Oswald foi assassinado por Jack Ruby, um membro de baixo escalão da máfia local. Isso é resumidamente tudo o que se apurou nas investigações oficiais. Os americanos ficaram tão perplexos com tudo o que aconteceu que simplesmente nunca acreditaram plenamente nessa versão oficial. Dois em cada três americanos acreditam que Kennedy foi vítima de uma conspiração sem tamanho, envolvendo figurões, agências governamentais, a Máfia, os russos, Fidel Castro e tudo o mais que você possa imaginar. Até teorias envolvendo OVNIS e Kennedy já foram criadas. Não há limites para a imaginação. Foi justamente nesse mundo de conspirações e intrigas que Oliver Stone resolveu ambientar seu “JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar”.
Esse filme causou grande repercussão em seu lançamento. Não é para menos pois se propunha a jogar uma luz nesse grande mistério. O problema é que JFK, o filme de Stone, acaba por não responder pergunta nenhuma. O cineasta jogou todas as teorias em seu roteiro, misturou bem, adicionou gasolina para criar uma polêmica interminável e não chegou a nenhuma conclusão. O problema é esse, Stone simplesmente não quis se comprometer. Tudo fica no ar, envolto em mistérios, então depois de ficarmos tanto tempo vendo sua visão (o filme tem longa duração) nos sentimos enganados por ver que tudo aquilo simplesmente não chega a lugar nenhum. Outro grave defeito de JFK é que ele passa longe de ser uma produção historicamente correta. O promotor interpretado por Kevin Costner no filme é muito diferente da pessoa real. No filme ele é retratado como um herói. Na vida real era uma pessoa fascinada com o mundo das conspirações em torno de Kennedy, um aficcionado no assunto. Porém tal como o filme morreu sem chegar a conclusão nenhuma. A tal pergunta que não quer calar definitivamente não foi respondida com essa obra cinematográfica que é boa para levantar a poeira das teorias e teses intermináveis que foram criadas durante todos esses anos, mas totalmente pífia em apresentar resultados concretos. Atirando para todos os lados sem acertar em nada o filme falha completamente em suas pretensões.
JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (JFK, Estados Unidos, 1991) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Oliver Stone, Zachary Sklar / Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Jack Lemmon, Vincent D'Onofrio, Sissy Spacek, Joe Pesci, Walter Matthau, Tommy Lee Jones, John Candy, Kevin Bacon, Donald Sutherland / Sinopse: Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Direção para Oliver Stone.
Pablo Aluísio.
Esse filme causou grande repercussão em seu lançamento. Não é para menos pois se propunha a jogar uma luz nesse grande mistério. O problema é que JFK, o filme de Stone, acaba por não responder pergunta nenhuma. O cineasta jogou todas as teorias em seu roteiro, misturou bem, adicionou gasolina para criar uma polêmica interminável e não chegou a nenhuma conclusão. O problema é esse, Stone simplesmente não quis se comprometer. Tudo fica no ar, envolto em mistérios, então depois de ficarmos tanto tempo vendo sua visão (o filme tem longa duração) nos sentimos enganados por ver que tudo aquilo simplesmente não chega a lugar nenhum. Outro grave defeito de JFK é que ele passa longe de ser uma produção historicamente correta. O promotor interpretado por Kevin Costner no filme é muito diferente da pessoa real. No filme ele é retratado como um herói. Na vida real era uma pessoa fascinada com o mundo das conspirações em torno de Kennedy, um aficcionado no assunto. Porém tal como o filme morreu sem chegar a conclusão nenhuma. A tal pergunta que não quer calar definitivamente não foi respondida com essa obra cinematográfica que é boa para levantar a poeira das teorias e teses intermináveis que foram criadas durante todos esses anos, mas totalmente pífia em apresentar resultados concretos. Atirando para todos os lados sem acertar em nada o filme falha completamente em suas pretensões.
JFK – A Pergunta Que Não Quer Calar (JFK, Estados Unidos, 1991) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Oliver Stone, Zachary Sklar / Elenco: Kevin Costner, Gary Oldman, Jack Lemmon, Vincent D'Onofrio, Sissy Spacek, Joe Pesci, Walter Matthau, Tommy Lee Jones, John Candy, Kevin Bacon, Donald Sutherland / Sinopse: Após a morte do Presidente John F. Kenney na cidade de Dallas no ano de 1963 um ousado e esforçado promotor público chamado Jim Garrison (Kevin Costner) inicia uma longa jornada em busca da verdade dos fatos. Para ele nada do que afirma a versão oficial pode ser admitido como verdade do que realmente aconteceu. Para Garrison há toda uma rede conspiratória envolvendo a morte do líder máximo da nação norte-americana. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia e Melhor Edição. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Direção para Oliver Stone.
Pablo Aluísio.
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Um Dia a Casa Cai
Tom Hanks hoje em dia é um ator respeitado e consagrado em Hollywood. Com dois Oscars no currículo ele certamente é um dos profissionais mais cotados dentro da indústria de cinema americano. Um quadro bem diferente de quando era apenas um comediante escrachado que estrelava comédias como “A Última Festa de Solteiro”, “Splash – Uma Sereia em Minha Vida” e “Quero Ser Grande”. Na década de 1980 Tom Hanks não fazia dramas e nem filmes ditos sérios, pelo contrário, sua carreira era completamente direcionada para as comédias de verão, leves, divertidas, sem muita noção. Foi justamente nessa fase de pura diversão descompromissada que ele estrelou esse divertido “Um Dia a Casa Cai”, uma produção de Steven Spielberg em uma das primeiras parceiras ao lado do ator – parceria essa que daria excelentes frutos no futuro como “O Resgate do Soldado Ryan”. Mas isso ainda era tão distante para Hanks por essa época quanto a Lua. Aqui ele apenas repete seu personagem cômico preferido, a do cara normal, que tenta levar a vida da melhor forma possível mas que acaba se enrolando numa situação absurda e sem sentido.
No caso de “Um Dia a Casa Cai” Tom Hanks interpreta Walter, que ao lado da esposa, resolve comprar uma grande e bela casa por uma pechincha! A casa realmente é das mais bonitas mas por baixo da fachada se encontra um imóvel literalmente caindo aos pedaços! Quem já passou por uma reforma de casa sabe o quanto isso pode ser estressante e fonte de problemas! Sem alternativas Walter (Hanks) e Anna (Shelley Long) resolvem começar a reformar toda a casa – e isso abre margem para muitas situações cômicas, das mais diversas e divertidas que a mente dos roteiristas conseguiram criar. Eles não têm muita grana e por isso ficam dentro do imóvel enquanto a reforma segue em frente (algo pra lá de desaconselhável). Algumas das situações que surgem disso são realmente extremamente engraçadas como a queda da escada principal, onde o personagem de Hanks tem um acesso de riso e fúria que se torna desespero total! Afinal não é fácil gastar tanto dinheiro para colocar aquela casa de pé novamente! Os trabalhadores que vão até o imóvel também são divertidíssimos – os encanadores, por exemplo, andam em carrões, não dão a menor bola para Walter e se comportam como verdadeiros pernósticos! Enfim, um retrato muito bem humorado e sarcástico do modo de vida da classe média americana que passa por vários apuros para morar bem. Depois de rever comédias como essa cheguei numa conclusão: nos anos 80 Tom Hanks certamente não tinha o prestígio que tem hoje em dia mas era seguramente um ator muito mais divertido do que agora! Bons tempos aqueles.
Um Dia a Casa Cai (The Money Pit, Estados Unidos, 1986) Direção: Richard Benjamin / Roteiro: David Giler / Elenco: Tom Hanks, Shelley Long, Alexander Godunov, Maureen Stapleton / SInopse: Walter (Tom Hanks) e Anna (Shelley Long) resolvem comprar uma velha mansão por uma verdadeira pechincha. Mal sabiam no pepino que estavam se metendo. A casa caindo aos pedaços necessita de uma reforma urgente – o que dará origem a várias confusões, colocando em risco inclusive o relacionamento do casal.
Pablo Aluísio.
No caso de “Um Dia a Casa Cai” Tom Hanks interpreta Walter, que ao lado da esposa, resolve comprar uma grande e bela casa por uma pechincha! A casa realmente é das mais bonitas mas por baixo da fachada se encontra um imóvel literalmente caindo aos pedaços! Quem já passou por uma reforma de casa sabe o quanto isso pode ser estressante e fonte de problemas! Sem alternativas Walter (Hanks) e Anna (Shelley Long) resolvem começar a reformar toda a casa – e isso abre margem para muitas situações cômicas, das mais diversas e divertidas que a mente dos roteiristas conseguiram criar. Eles não têm muita grana e por isso ficam dentro do imóvel enquanto a reforma segue em frente (algo pra lá de desaconselhável). Algumas das situações que surgem disso são realmente extremamente engraçadas como a queda da escada principal, onde o personagem de Hanks tem um acesso de riso e fúria que se torna desespero total! Afinal não é fácil gastar tanto dinheiro para colocar aquela casa de pé novamente! Os trabalhadores que vão até o imóvel também são divertidíssimos – os encanadores, por exemplo, andam em carrões, não dão a menor bola para Walter e se comportam como verdadeiros pernósticos! Enfim, um retrato muito bem humorado e sarcástico do modo de vida da classe média americana que passa por vários apuros para morar bem. Depois de rever comédias como essa cheguei numa conclusão: nos anos 80 Tom Hanks certamente não tinha o prestígio que tem hoje em dia mas era seguramente um ator muito mais divertido do que agora! Bons tempos aqueles.
Um Dia a Casa Cai (The Money Pit, Estados Unidos, 1986) Direção: Richard Benjamin / Roteiro: David Giler / Elenco: Tom Hanks, Shelley Long, Alexander Godunov, Maureen Stapleton / SInopse: Walter (Tom Hanks) e Anna (Shelley Long) resolvem comprar uma velha mansão por uma verdadeira pechincha. Mal sabiam no pepino que estavam se metendo. A casa caindo aos pedaços necessita de uma reforma urgente – o que dará origem a várias confusões, colocando em risco inclusive o relacionamento do casal.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
3000 Milhas Para o Inferno
Covers de Elvis Presley, centenas deles, todos em Las Vegas para uma convenção mundial de imitadores do Rei do Rock! É justamente nesse mar de jumpsuits e colarinhos levantados que Michael Zane (Kurt Russell) e Thomas Murphy (Kevin Costner), líderes de uma gangue de criminosos barra pesada, decidem agir. Seu alvo é o milionário e luxuoso Riviera Hotel & Cassino! O plano é se misturar aos covers, roubar o dinheiro e depois sumir da forma mais rápida e discreta possível! O problema é que entre os próprios membros do grupo há um acerto final de contas pendente! “300 Milhas Para o Inferno” é um filme de ação diferente! Pelo menos assim pensaram seus realizadores. Não há como deixar de admitir que sua ambientação se torna divertida, afinal o filme foi rodado em Las Vegas onde o Rei Elvis reinou em seus últimos anos. Claro que muitos covers são bem ridículos mas isso faz parte da diversão também. No fundo esses artistas nada mais são do que caricaturas de um tempo – a década de 1970 – em que tudo era permitido em termos de roupas e acessórios. O próprio Elvis que desde a juventude se vestia de maneira bem diferenciada, obviamente adorou o estilo e a moda daqueles anos. Depois que morreu e virou o ícone cultural que é, sua imagem se tornou um símbolo do estilo kitsch dos 70´s. E é justamente em cima desse luxo despudorado dos últimos anos de Elvis que os covers fazem a festa!
Apesar de tentar ser diferente a verdade é que “3000 Milhas Para o Inferno” só tem de diferencial mesmo os imitadores de Elvis Presley. Todo o resto, o roteiro, as cenas, os clichês, não apresentam novidades, no fundo não há nada que você já não tenha visto antes em dezenas de outras produções de ação. Claro que a música de Elvis Presley tocando o tempo todo é uma delícia mas só isso não basta para transformar essa produção em um bom filme. Kevin Costner e Kurt Russell são atores bacanas, não há como negar, mas seus personagens são bem vazios e desprovidos de um melhor tratamento. Russell está até bem mais à vontade do que Costner, uma vez que esse é o seu estilo de filme, afinal ele estrelou várias produções de ação ao longo de sua carreira. Além disso quando era apenas um garotinho ele participou de um filme de Elvis Presley! Isso mesmo! Russell já contracenou com o Rei em pessoa! Foi em 1963. Em uma cena muito engraçada ele dava uns pontapés no personagem de Elvis que queria dar em cima de uma enfermeira e precisava de uma desculpa para ir até onde ela trabalhava. Foi um chute e tanto nas canelas mais famosas da história do Rock! Já Kevin Costner aparece bem desconfortável. Não é a praia dele, que sempre preferiu trabalhar em outros gêneros, dramas em sua maior parte. Além disso a calvície pesa na hora de se vestir como Elvis Presley, que afinal de contas entrou para a história por causa de seu volumoso e brilhante topete. Enfim, chega de devaneios. “3000 Milhas Para o Inferno” é mais do mesmo. Nada de novo no front, ou melhor, em Graceland. O velho e bom Elvis merecia coisa melhor!
3000 Milhas Para o Inferno (3000 Miles To Graceland, Estados Unidos, 2001) Direção: Demian Lichtenstein / Roteiro: Demian Lichtenstein, Richard Recco / Elenco: Kurt Russell, Kevin Costner, Courteney Cox, Christian Slater, Kevin Pollak, David Arquette, Jon Lovitz, Ice-T / Sinopse: Grupo de criminosos se aproveita de uma grande convenção de imitadores de Elvis Presley em Las Vegas para cometer um grande roubo em um dos hotéis cassinos mais luxuosos da cidade.
Pablo Aluísio.
Apesar de tentar ser diferente a verdade é que “3000 Milhas Para o Inferno” só tem de diferencial mesmo os imitadores de Elvis Presley. Todo o resto, o roteiro, as cenas, os clichês, não apresentam novidades, no fundo não há nada que você já não tenha visto antes em dezenas de outras produções de ação. Claro que a música de Elvis Presley tocando o tempo todo é uma delícia mas só isso não basta para transformar essa produção em um bom filme. Kevin Costner e Kurt Russell são atores bacanas, não há como negar, mas seus personagens são bem vazios e desprovidos de um melhor tratamento. Russell está até bem mais à vontade do que Costner, uma vez que esse é o seu estilo de filme, afinal ele estrelou várias produções de ação ao longo de sua carreira. Além disso quando era apenas um garotinho ele participou de um filme de Elvis Presley! Isso mesmo! Russell já contracenou com o Rei em pessoa! Foi em 1963. Em uma cena muito engraçada ele dava uns pontapés no personagem de Elvis que queria dar em cima de uma enfermeira e precisava de uma desculpa para ir até onde ela trabalhava. Foi um chute e tanto nas canelas mais famosas da história do Rock! Já Kevin Costner aparece bem desconfortável. Não é a praia dele, que sempre preferiu trabalhar em outros gêneros, dramas em sua maior parte. Além disso a calvície pesa na hora de se vestir como Elvis Presley, que afinal de contas entrou para a história por causa de seu volumoso e brilhante topete. Enfim, chega de devaneios. “3000 Milhas Para o Inferno” é mais do mesmo. Nada de novo no front, ou melhor, em Graceland. O velho e bom Elvis merecia coisa melhor!
3000 Milhas Para o Inferno (3000 Miles To Graceland, Estados Unidos, 2001) Direção: Demian Lichtenstein / Roteiro: Demian Lichtenstein, Richard Recco / Elenco: Kurt Russell, Kevin Costner, Courteney Cox, Christian Slater, Kevin Pollak, David Arquette, Jon Lovitz, Ice-T / Sinopse: Grupo de criminosos se aproveita de uma grande convenção de imitadores de Elvis Presley em Las Vegas para cometer um grande roubo em um dos hotéis cassinos mais luxuosos da cidade.
Pablo Aluísio.
Um Tira da Pesada 2
Por falar em filmes policiais engraçadinhos da década de 80 que tal relembrar esse enorme sucesso de bilheteria estrelado pelo comediante Eddie Murphy? Infelizmente hoje em dia Murphy está completamente decadente, aparecendo em verdadeiras bombas, filmes horríveis que geralmente se tornam grandes fracassos mas nos anos 80 ele era o queridinho da indústria cinematográfica americana. Egresso do popular programa de TV Saturday Night Live, Murphy encarnava um tipo de humor mordaz mas até bem comportado se formos comparar com outros humoristas negros de sua época. Assim, diante de um humor mais leve ele logo caiu no gosto popular dos brancos e se tornou um sucesso de popularidade. Sair da TV e ir para o cinema era apenas questão de tempo e Murphy fez excepcionalmente bem essa transição. Após largar o programa de TV ele assinou com a poderosa Paramount a realização de uma série de filmes, que se tornariam grandes êxitos populares nos anos que viriam. A série “Um Tira da Pesada” foi seu auge. A idéia era colocar um policial negro da barra pesada Detroit na sofisticada Beverly Hills, com toda aquela gente ricaça e esnobe. O choque cultural ao ver os métodos do tira Axel Foley (Murphy) no meio da grã finada era o grande trunfo do filme.
De fato deu muito certo. Se o primeiro já havia sido bem recebido, esse aqui, com muitos mais recursos e publicidade, se tornou um dos mais rentáveis da década. Eddie Murphy se viu assim disputando os cachês milionários da época lado a lado com Sylvester Stallone ou Arnold Schwarzenegger. Tão empolgado ficou com sua enorme fama e sucesso que disparou: “A década de 50 foi de Elvis Presley, a década de 60 dos Beatles e a década de 80 foi de Eddie Murphy”. Não há como negar que Murphy seja realmente talentoso e engraçado principalmente nessas suas primeiras produções no cinema (que também faziam enorme sucesso no milionário mercado de vídeo VHS para consumo domiciliar). O problema é que, como sempre acontece aliás, o sucesso lhe subiu à cabeça e Eddie começou a ter acessos de egolatria, escolhendo projetos equivocados que não mais fizeram sucesso. Nem sua tentativa de fazer um humor mais ácido com suas apresentações ao vivo (que também viraram vídeos de sucesso) reverteram o lento e gradual declínio de seu sucesso comercial. A década de 80 chegou ao final e com ele os melhores anos da carreira de Eddie Murphy. Ele foi de certo modo substituído pelo gosto do público americano por outro negro, que também vinha da TV e estourou de uma hora para outra nos cinemas. Seu nome? Will Smith. Rei morto, rei posto. Mesmo assim fica a dica: “Um Tira da Pesada 2”, uma produção de uma época em que Eddie Murphy poderia se considerar um Rei em Hollywood, sem exagero algum.
Um Tira da Pesada 2 (Beverly Hills Cop II, Estados Unidos, 1987) Direção: Tony Scott./ Roteiro: Larry Ferguson, Warren Skaaren / Elenco: Eddie Murphy, Judge Reinhold, Jürgen Prochnow, Ronny Cox, John Ashton, Brigitte Nielsen, Allen Garfield, Dean Stockwell./ Sinopse: Axel Foley (Eddie Murphy) é um tira de Detroit que vai até Beverly Hills para investigar uma quadrilha especializada em tráfico de armas. Chegando lá se une aos tiras mauricinhos do Departamento de Polícia de Los Angeles e se mete em várias confusões.
Pablo Aluísio.
De fato deu muito certo. Se o primeiro já havia sido bem recebido, esse aqui, com muitos mais recursos e publicidade, se tornou um dos mais rentáveis da década. Eddie Murphy se viu assim disputando os cachês milionários da época lado a lado com Sylvester Stallone ou Arnold Schwarzenegger. Tão empolgado ficou com sua enorme fama e sucesso que disparou: “A década de 50 foi de Elvis Presley, a década de 60 dos Beatles e a década de 80 foi de Eddie Murphy”. Não há como negar que Murphy seja realmente talentoso e engraçado principalmente nessas suas primeiras produções no cinema (que também faziam enorme sucesso no milionário mercado de vídeo VHS para consumo domiciliar). O problema é que, como sempre acontece aliás, o sucesso lhe subiu à cabeça e Eddie começou a ter acessos de egolatria, escolhendo projetos equivocados que não mais fizeram sucesso. Nem sua tentativa de fazer um humor mais ácido com suas apresentações ao vivo (que também viraram vídeos de sucesso) reverteram o lento e gradual declínio de seu sucesso comercial. A década de 80 chegou ao final e com ele os melhores anos da carreira de Eddie Murphy. Ele foi de certo modo substituído pelo gosto do público americano por outro negro, que também vinha da TV e estourou de uma hora para outra nos cinemas. Seu nome? Will Smith. Rei morto, rei posto. Mesmo assim fica a dica: “Um Tira da Pesada 2”, uma produção de uma época em que Eddie Murphy poderia se considerar um Rei em Hollywood, sem exagero algum.
Um Tira da Pesada 2 (Beverly Hills Cop II, Estados Unidos, 1987) Direção: Tony Scott./ Roteiro: Larry Ferguson, Warren Skaaren / Elenco: Eddie Murphy, Judge Reinhold, Jürgen Prochnow, Ronny Cox, John Ashton, Brigitte Nielsen, Allen Garfield, Dean Stockwell./ Sinopse: Axel Foley (Eddie Murphy) é um tira de Detroit que vai até Beverly Hills para investigar uma quadrilha especializada em tráfico de armas. Chegando lá se une aos tiras mauricinhos do Departamento de Polícia de Los Angeles e se mete em várias confusões.
Pablo Aluísio.
Tocaia
Na década de 80 a Touchstone Pictures se tornou o braço adulto do império Disney. As produções dessa companhia, embora feitas para o público acima dos 16 anos, ainda eram leves, divertidas e realizadas para toda a família. Nada de palavrão, nem de situações ofensivas. Tudo era light e soft. Dentro do selo vários atores fizeram bastante sucesso como os dois protagonistas desse delicioso policial com várias pitadas de comédia. Estamos falando da dupla Emilio Estevez e Richard Dreyfuss. Esse tipo de roteiro que explorava a diferença de personalidade entre dois policiais já não era nenhuma novidade na época (basta lembrar de “Máquina Mortífera”) mas a boa química entre esses atores garantiram uma ótima diversão. Na deliciosa trama acompanhamos dois tiras, Chris (Richard Dreyfuss) e Bill (Emilio Estevez), que recebem a missão de vigiar a casa onde mora Maria (Madeleine Stowe), ex-namorada de um criminoso foragido da lei. A chamada tocaia é sempre uma operação de muita paciência e espera e aqui a dupla passa por vários apuros para transformar sua missão em um sucesso. Escondidos na casa em frente e armados com potentes equipamentos de espionagem eles esperam... esperam... e esperam um pouco mais. Tudo em nome da possibilidade de colocar as mãos no criminoso.
Como sempre acontece nesse tipo de filme temos no roteiro dois policiais com personalidades bem opostas. Bill (Estevez), o tira mais jovem, é quadrado, certinho e procura seguir todos os procedimentos e protocolos de sua corporação policial. Já o veterano Chris (Dreyfuss) é o extremo oposto disso. Fanfarrão e pouco avesso a seguir as normas ao pé da letra ele acaba fazendo o impensável ao se relacionar com a mulher que está vigiando. Isso obviamente vai contra todas as regras da polícia. O que poderia se tornar bem cansativo – assistir a uma dupla de policiais em tocaia – logo se torna uma ótima diversão justamente por causa das atitudes fora dos padrões de Chris. “Tocaia” é aquele tipo de filme que você não cria maiores expectativas mas acaba gostando muito por causa do roteiro bem escrito e das situações bem armadas e desenvolvidas. Os atores em cena também ajudam muito. Dreyfuss é ótimo para interpretar personagens assim, a do cara mais velho e nada responsável ou maduro. Idem para Estevez (filho de Martin Sheen e irmão de Charlie Sheen) que faz o tira nerd e careta. Do choque entre eles teremos as melhores cenas do filme. O resultado é dos mais simpáticos e agradáveis e isso tudo se reverteu na excelente bilheteria – que daria origem a uma continuação bem inferior e sem idéias novas. De qualquer forma se você quiser conhecer um policial divertido e bem humorado da década de 80 procure por “Tocaia”, uma produção que diverte bastante e mostra que nem só de “Um Tira da Pesada” vivia o gênero naqueles anos.
Tocaia (Stakeout, Estados Unidos, 1987) Direção: John Badham / Roteiro: Jim Kouf / Elenco: Richard Dreyfuss, Emílio Estevez, Madeleine Stowe, Aidan Quinn, Dan Lauria, Forest Whitaker, Earl Billings./ Sinopse: Dois policiais, um jovem e um veterano, ficam de tocaia na frente da casa de uma ex-namorada de um fugitivo perigoso procurado pelo FBI. O que começa como uma simples operação de rotina acaba virando um caos após um dos tiras decidir, de forma irresponsável, se envolver com a mulher que é justamente o foco de sua investigação.
Pablo Aluísio.
Como sempre acontece nesse tipo de filme temos no roteiro dois policiais com personalidades bem opostas. Bill (Estevez), o tira mais jovem, é quadrado, certinho e procura seguir todos os procedimentos e protocolos de sua corporação policial. Já o veterano Chris (Dreyfuss) é o extremo oposto disso. Fanfarrão e pouco avesso a seguir as normas ao pé da letra ele acaba fazendo o impensável ao se relacionar com a mulher que está vigiando. Isso obviamente vai contra todas as regras da polícia. O que poderia se tornar bem cansativo – assistir a uma dupla de policiais em tocaia – logo se torna uma ótima diversão justamente por causa das atitudes fora dos padrões de Chris. “Tocaia” é aquele tipo de filme que você não cria maiores expectativas mas acaba gostando muito por causa do roteiro bem escrito e das situações bem armadas e desenvolvidas. Os atores em cena também ajudam muito. Dreyfuss é ótimo para interpretar personagens assim, a do cara mais velho e nada responsável ou maduro. Idem para Estevez (filho de Martin Sheen e irmão de Charlie Sheen) que faz o tira nerd e careta. Do choque entre eles teremos as melhores cenas do filme. O resultado é dos mais simpáticos e agradáveis e isso tudo se reverteu na excelente bilheteria – que daria origem a uma continuação bem inferior e sem idéias novas. De qualquer forma se você quiser conhecer um policial divertido e bem humorado da década de 80 procure por “Tocaia”, uma produção que diverte bastante e mostra que nem só de “Um Tira da Pesada” vivia o gênero naqueles anos.
Tocaia (Stakeout, Estados Unidos, 1987) Direção: John Badham / Roteiro: Jim Kouf / Elenco: Richard Dreyfuss, Emílio Estevez, Madeleine Stowe, Aidan Quinn, Dan Lauria, Forest Whitaker, Earl Billings./ Sinopse: Dois policiais, um jovem e um veterano, ficam de tocaia na frente da casa de uma ex-namorada de um fugitivo perigoso procurado pelo FBI. O que começa como uma simples operação de rotina acaba virando um caos após um dos tiras decidir, de forma irresponsável, se envolver com a mulher que é justamente o foco de sua investigação.
Pablo Aluísio.
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