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sábado, 18 de janeiro de 2014

O Informante

Título no Brasil: O Informante
Título Original: The Insider
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Michael Mann
Roteiro: Marie Brenner, Eric Roth
Elenco: Russell Crowe, Al Pacino, Christopher Plummer

Sinopse: 
O filme narra a estória de um ex-executivo da indústria de cigarros dos Estados Unidos que após anos trabalhando em uma grande empresa decide revelar todo o jogo antiético das corporações que sempre em busca de grandes lucros promovem modificações na composição de seus produtos visando aumentar a dependência dos seus usuários. Baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Michael Mann), melhor ator (Russell Crowe), melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor montagem e melhor som. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor filme - drama, melhor direção (Michael Mann), melhor ator em drama (Russel Crowe), melhor roteiro e melhor trilha sonora original.

Comentários:
Durante décadas a indústria do tabaco nos Estados Unidos (e por extensão do mundo todo) promoveu estudos internos tentando encontrar algum resultado positivo em seu produto. Tudo o que concluiu porém foi que o tabaco era certamente responsável por terríveis doenças como o câncer de pulmão, entre outros. Obviamente que por mero interesse comercial (havia milhões em jogo) tudo foi varrido para debaixo do tapete. Como se isso não bastasse, de forma sorrateira, algumas empresas também começaram a apostar numa mudança na composição química de seus cigarros para aumentar o nível de dependência de seus usuários, os fumantes, tanto passivos como ativos. Tal comportamento, completamente antiético e ilegal, só veio à tona quando um ex-executivo da própria indústria americana resolveu abrir o jogo em um artigo publicado em um dos grandes jornais de Nova Iorque, mostrando todo o jogo sujo que havia por trás das grandes indústrias do fumo nos Estados Unidos.

Foi a partir desse material que nasceu "O Informante". Se trata de um filme que se propõe a denunciar o que está por baixo das pesquisas feitas pelas milionárias empresas que comercializam cigarros na América. O personagem interpretado por Russell Crowe pode até soar esquisito para alguns, mas o valor de seu trabalho não pode ser contestado. Crowe se entregou de corpo e alma ao papel e acabou recebendo importantes indicações para todos os principais prêmios da indústria do cinema (Oscar, Globo de Ouro, BAFTA e até Satellite Awards). Some-se a isso o excelente elenco de apoio que conta com monstros como Al Pacino (pouco tempo em cena, mas marcante como sempre) e Christopher Plummer e você entenderá a força da mensagem dessa produção. É um filme para reflexão, bem investigativo e que levanta questões importantes. Por essa razão talvez não desperte mais nem sequer a curiosidade dos mais jovens hoje em dia, mais interessados em banalidades. De qualquer forma para quem está em busca de respostas sobre o tema ainda não há nada melhor no cinema.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Los Angeles - Cidade Proibida

Título no Brasil: Los Angeles - Cidade Proibida
Título Original: L.A. Confidential
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Curtis Hanson
Roteiro: James Ellroy, Brian Helgeland
Elenco: Kevin Spacey, Russell Crowe, Guy Pearce, James Cromwell, Kim Basinger, Danny DeVito

Sinopse: Prostituição, poder, dinheiro e corrupção policial se mesclam em uma Los Angeles corrupta e perigosa. No jogo da sobrevivência detetives particulares tentarão desvendar toda a teia criminosa enquanto lutam para continuar vivos. Vencedor do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Basinger) e Melhor Roteiro Adaptado. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Basinger).

Comentários:
Ultimamente para que você assista algo que preste na TV aberta tem que começar a agir como uma coruja. Aqui temos outro exemplo disso. A Globo (que ultimamente só tem exibido uma novela atrás da outra) vai exibir nessa madrugada esse conhecido "Los Angeles - Cidade Proibida". O filme foi muito badalado em seu lançamento. Afinal era uma tentativa de Hollywood em tentar encontrar seu antigo estilo, a velha classe que marcava os filmes americanos em sua era de ouro. O roteiro dessa forma é muito referencial aos filmes de detetives da década de 1940. Todos os personagens que povoavam aquelas produções pós-guerra estão aqui. Há o policial levemente corrupto, os detetives com personalidade dúbia e é claro as mulheres fatais - moças lindas mas igualmente perigosas. Confesso que apesar da crítica sempre ter louvado muito esse filme nunca cheguei a cair de amores por ele. Nunca o vi como uma obra prima. Há um certo artificialismo em tentar recriar uma era passada que sempre me incomodou. Em muitas ocasiões tudo soa bem forçado nesse aspecto. Mesmo com essas reservas indico e recomendo. Afinal pelo menos interessante "L.A. Confidential" consegue ser.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Gangster

Esse foi o último grande filme da carreira de Ridley Scott. Uma produção impecável com elenco classe A que prende a atenção do espectador da primeira à última cena. A história do filme (baseada em fatos reais) se passa em Nova Iorque na década de 70. A morte de um chefão do tráfico do Harlem abre espaço para o surgimento de um novo líder, Frank Lucas (Denzel Washington). Ambicioso e metódico ele logo descobre como subir dentro da hierarquia das ruas. Após eliminar ou comprar seus mais potenciais inimigos começa a colocar em prática um plano para trazer a mais fina e pura heroína para o mercado americano. Usando como meio de transporte os próprios aviões militares americanos que voltavam da guerra do Vietnã, Lucas fez fortuna em pouco tempo. Estima-se que chegou a ganhar mais de um milhão de dólares ao dia, uma cifra realmente surpreendente. Dono de um faro comercial e organizacional fora do comum o traficante Frank Lucas logo se tornou o principal importador da drogas aos Estados Unidos. Seu produto dominou todo o mercado de drogas. Com tanto dinheiro e poder em jogo era questão de tempo até chamar a atenção da polícia de Nova Iorque.

Em um departamento policial corroído por todo tipo de corrupção o detetive Richie Roberts (Russell Crowe) parecia ser realmente uma rara exceção. Policial honesto, logo percebeu que algo grande estava acontecendo no submundo do tráfico das ruas da cidade. Após intensas investigações acabou descobrindo todo o itinerário e a complexa rede de intermediários da heroína que chegava até os viciados nova-iorquinos. A heroína além de ser extremamente pura era de uma qualidade excepcional, vendida a um preço muito barato, revelando um grande esquema de distribuição por trás de tudo. “O Gangster” é um tipo de filme que nos faz lembrar como era interessante o cinema americano, principalmente na década de 70. Os temas eram geralmente relevantes, mostrando problemas atuais em tramas bem desenvolvidas, fundadas em ótimos roteiros. A dupla central de atores aqui está excepcionalmente bem. O Frank Lucas de Denzel Washington é um sujeito contraditório naquilo que entende defender e no que faz em seu dia a dia. Grande direção de Ridley Scott que ultimamente tem derrapado bastante em suas escolhas. Um filme atual com o sabor das antigas produções dos anos 70. Excelente.

O Gangster (American Gangster, Estados Unidos, 2007) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Steven Zaillian / Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Chiwetel Ejiofor, Josh Brolin, Lymari Nadal, Ted Levine / Sinopse: O filme conta a história de um dos maiores traficantes de Nova Iorque durante a década de 70. Faturando milhões ele conseguiu criar uma grande rede de distribuição e transporte da heroína vinda da Ásia para ser vendida no mercado americano. Filme indicado aos Oscars de Melhor de Direção de Arte e Atriz Coadjuvante (Ruby Dee). Indicado também aos Globos de Ouro de Melhor Direção, Melhor Filme Drama e Ator (Denzel Washington).

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de julho de 2013

Superman – O Homem de Aço

Vou repetir agora o que venho dizendo há tempos: eu tenho pena dessa garotada de hoje que gosta e frequenta cinema. Ontem fui assistir, acompanhado da minha querida filha, ao tão badalado "Superman". Ops!... desculpem a minha falha... o Superman da minha época virou: "Homem de Aço". Bastaram dez minutos de filme para eu virar para minha filha e perguntar se nós tínhamos comprado ingressos para o filme certo. Com todo respeito mas aquela zorra total que se desenhava na tela não era a história do Superman que aprendi a gostar desde a minha época de guri. Afora os extraordinários efeitos especiais, que estão a cada dia mais impressionantes, o filme é uma viagem lisérgica com um borbardeio multicolorido de tons magníficos, sustentado por uma poluição sonora de fazer inveja aos ensurdecedores acordes do Iron Maiden. Depois de sobreviver as cenas caleidoscópicas do planeta Krypton - um planeta sorumbático, barulhento e recheado de insetos e naves gigantes, além, é claro, da semi-canastrice do Russel Crowe, somos enviados de sopetão, diretamente para alto-mar onde o Superman, já adulto, está sem camisa e todo atrapalhado tentando salvar a tripulação de um cargueiro em chamas.

Depois dessa cena, o diretor Zack Snyder enfia os pés pelas mãos, e começa a abusar de cenas desconexas, sem nenhuma lógica e com uma overdose desse recurso maldito chamado, "flashback" - que para mim, já deveria estar morto e enterrado. O filme é uma zona completa. Jor-El (Russel Crowe) o pai kryptoniano de Kal-El (Henry Cavill - Superman) é de fazer inveja a qualquer Centro Espírita, pois aparece mais depois de morto do que quando estava vivo. A repórter Louis Lane (Amy Adams) que na minha época de garoto era uma repórter do Planeta Diário, normal e recatada, quase rouba o papel de Superman, pois é ela quem negocia com o FBI, com as Forças Armadas e ainda ajuda o Homem de Aço a enfrentar o Kryptoniano e estranhíssimo, General Zod e sua turma de mulheres bonitas. Zod, interpretado pelo ator americano Michael Shannon que é uma mistura de Billy Idol com Supla. Das cenas feéricas do planeta Krypton à barulheira ensurdecedora juntamente com os flashbacks insuportáveis e inúteis, aumentam ainda mais a minha angústia, a medida em que o filme vai se desenrolando. De repente eu me faço mil perguntas: Meu Deus!!!!... cadê o Superman da minha época de criança ???... Por que eu estou usando esses óculos de 3D ridículos que não acrescentam e nem melhoram o filme em nada ??... Por que tantas naves espaciais de todos os tipos e tamanhos ??...Cadê o Marlon Brando como Jor-El ??...Cadê o eterno Glenn Ford como o pai terráqueo do Superman ?? ...Cadê, ainda, o super-ator inglês Terence Stamp, na pele do General Zod ?? ...Cadê o Cristopher Reeve ?? o maior e mais carismático de todos os Super-Homens ??... Fim do filme. Minha água mineral acabou, meu saco de amendoim também. Caminho célere para o meu carro com minha filha, com saudades daquele Superman que usava a cueca vermelha por cima do uniforme azul-claro e que aprendi a amar quando era garoto. Saudades de um tempo e de um cinema que não voltarão mais. Nota 5.

Superman - O Homem de Aço (Man of Steel, Estados Unidos, 2013) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan, baseados nos personagens criados por Jerry Siegel & Joe Shuster / Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne / Sinopse: O filme narra as origens do super-herói Superman.

Telmo Vilela Jr.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Superman – O Homem de Aço

Na iminência do fim de seu planeta o cientista e político Jor-El (Russell Crowe) decide tirar seu filho antes da destruição completa de Krypton. Direcionado para a distante Terra, o pequeno Kal-El atravessa o universo em direção a uma nova vida. Enquanto isso Krypton vive seus últimos e turbulentos dias. O violento General Zod (Michael Shannon) decide dar um golpe militar pois acredita que o sistema político de seu planeta é ultrapassado e ineficiente. Descoberto, logo é capturado e enviado para a zona fantasma onde espera-se que cumpra sua pena pela eternidade. Na terra o pequenino Kal-El é adotado pelo casal Kent, dois fazendeiros pacatos do agrícola estado americano do Kansas. Dotado de grandes poderes pela proximidade com o nosso sol ele cresce tendo que esconder sua verdadeira natureza ao mesmo tempo em que tenta se adaptar à sociedade humana e seus valores. Vivendo de empregos temporários e sem muita importância ele começa a vagar pelo país até descobrir finalmente o seu verdadeiro destino. Após finalmente entender quem é ele terá que enfrentar os antigos inimigos de seu pai, agora em direção ao planeta Terra com o objetivo de destruir a raça humana e recriar a sociedade de Krypton em nosso planeta. Depois de muitas expectativas chega finalmente aos cinemas o novo filme do Superman. Ao contrário do anterior, “Superman – O Retorno” que tentava criar um vinculo com a quadrilogia dos filmes com Christopher Reeve, esse aqui parte novamente do zero, recontando mais uma vez as origens do herói. Se formos comparar os filmes originais com esse novo vamos perceber que na realidade temos aqui a fusão dos roteiros de “Superman 1” e “Superman 2” em uma única produção. A estória é praticamente a mesma, sem tirar nem colocar muitas coisas, o que de certa forma vai decepcionar muita gente.

Esse novo filme também tem outros problemas: o enredo não é satisfatoriamente desenvolvido, o próprio Clark Kent é pouco trabalhado, surgindo do nada, sem mostrar qualquer traço mais marcante de personalidade. O ator que o interpreta, Henry Cavill, também deixa a desejar e só consegue criar saudades de Christopher Reeve. A direção de arte é pesada, escura, sombria, o que não condiz com esse personagem (afinal ele não é o Batman!). O próprio uniforme do herói é azul escuro, feio, com cores em tonalidades obscuras demais, dando a impressão que os produtores tiveram vergonha da roupa original do Superman. Para piorar o bom mocismo que marca tanto esse personagem também foi deixado em segundo plano. O Clark Kent desse filme é um sujeito barbudo, mal encarado, mais parecendo um trabalhador braçal qualquer do que o famoso patriota e conservador Kent. Em suma, o filme falha bastante, inclusive criando coisas sem muito sentido (por exemplo, os kryptonianos nascem debaixo da água, em casulos!) e outras bobagens que vão surgindo ao longo do filme. Para piorar a metade do filme é pura pancadaria, quando Superman finalmente enfrenta o general Zod e sua trupe. A rapidez das cenas de luta e destruição nos dá a incômoda sensação de estar assistindo a um vídeo game e não a um bom filme. Enfim, não foi dessa vez que conseguiram realizar um filme melhor do que aqueles que assistimos na década de 70. O Superman está de volta mas sem o bom e velho carisma de antes.

Superman - O Homem de Aço (Man of Steel, Estados Unidos, 2013) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan, baseados nos personagens criados por Jerry Siegel & Joe Shuster / Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne / Sinopse: O filme narra as origens do super-herói Superman.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Linha de Ação

Título no Brasil: Linha de Ação
Título Original: Broken City
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Allen Hughes
Roteiro: Brian Tucker
Elenco: Mark Wahlberg, Russell Crowe, Catherine Zeta-Jones, Jeffrey Wright
  
Sinopse:
O prefeito Hostetler (Russell Crowe) anda desconfiado de sua jovem esposa. Ele tem até bastante razão para desconfiar dela, que parece ter um relacionamento com ele apenas por causa do status e dinheiro do político. Para confirmar suas suspeitas ele contrata os serviços do detetive particular Billy Taggart (Mark Wahlberg) para seguir os passos de sua esposa infiel, o que dará inicio a uma série de eventos perigosos e mortais.

Comentários:
Detetives sempre renderam excelentes filmes ao longo dos anos. Pena que esse “Linha de Ação” não confirme a regra. É uma produção que não deixa de ser boa, mas fica longe de ser excepcional. O filme narra a vida do detetive particular Billy Taggart (Mark Wahlberg). Ex-membro do Departamento de Polícia de Nova Iorque ele agora ganha a vida espionando esposas infiéis e trapaceiros em geral. Em crise por causa da falta de pagamento de muitos de seus clientes, Billy parece tirar a sorte grande quando o próprio prefeito da cidade (Russel Crowe) o contrata para seguir os passos de sua esposa (interpretada por Catherine Zeta-Jones). O astuto político não parece muito preocupado com a traição em si mas sim na possibilidade de vir a ser o centro de um grande escândalo de teor pessoal o que poderia arruinar sua carreira política. E como todos sabemos isso é apenas o começo de uma intrigada rede que envolverá algo bem maior, inclusive assassinato. A primeira coisa que chama a atenção em “Linha de Ação” é a presença do astro Russel Crowe no papel de um político enfadonho e traído. Parece que a carreira de Crowe está mesmo chegando em um impasse pois em seus dias de glória ele jamais aceitaria interpretar um personagem coadjuvante para um ator como Mark Wahlberg que, diga-se de passagem, nunca teve o mesmo status em sua carreira do que Crowe. A fita é um mediano thriller de suspense e ação que serve muito bem aos seus propósitos de entreter o espectador. Não se trata de nenhuma obra prima policial e nem muitos menos de um filme que será lembrado com muita frequência no futuro, mas mesmo assim merece a recomendação. “Linha de Ação”, apesar de não ser marcante, não se torna em nenhum momento um desperdício de tempo do público.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de novembro de 2012

Gladiador

Em 1994 Steven Spielberg se uniu a David Geffen e Jeffrey Katzenberg para fundar um novo estúdio em Hollywood chamado Dreamworks. Era o sonho do diretor em ter seu próprio estúdio de cinema. Depois de muitos fracassos e erros a Dreamworks, praticamente falida, foi vendida para a Paramount. Olhando para trás o grande momento dessa empresa aconteceu mesmo com esse Gladiador que foi sucesso de público e crítica, tendo sido premiado com os Oscars de Melhor Ator (Russel Crowe), Figurino, Efeitos Visuais, Melhor Filme, Som e foi indicado aos de Ator Coadjuvante (Joaquin Phoenix), Direção de Arte, Fotografia, Direção (Ridley Scott), Edição, Trilha Sonora e Roteiro Original. Como se vê a Academia se rendeu mesmo à produção. Na realidade Gladiador representou mesmo uma tentativa de se voltar aos anos de ouro do cinema americano onde os filmes não eram apenas peças de marketing, mas cinema espetáculo, produções milionárias que tinham como objetivo causar comoção no público, disponibilizar uma experiência única ao espectador que se sentia na própria antiguidade, revivendo os grandes momentos da história. O filme referência desse Gladiador é obviamente Ben-Hur, o épico recordista de Oscars que até hoje em dia é sinônimo de grandeza nas telas. Outro filme no qual Ridley Scott procurou se inspirar foi em "A Queda do Império Romano", que inclusive se passa na mesma época da história Romana que esse Gladiador.

Como não poderia deixar de ser a produção do filme é de encher os olhos. Muito do que se vê nas telas foi recriado digitalmente, perdendo de certa forma o impacto que os antigos filmes tinham pois todos os cenários eram realmente construídos. Mesmo assim tudo é de certa forma tão bem feito, tão bem realizado, que não podemos ignorar o impacto do filme ao se assistir. A trilha sonora também soa evocativa aos grandes épicos do passado. Ridley Scott deixa certos maneirismos irritantes de sua filmografia e se concentra em contar da melhor forma possível a estória do general romano Maximus (Russell Crowe) que após a morte do Imperador Marcus Aurelius (Richard Harris) cai em desgraça pois o novo Imperador, Commodus (Joaquin Phoenix), o vê como um inimigo na sua sucessão. Após muitas reviravoltas ele acaba indo parar nas grandes arenas de gladiadores. A sua luta agora se trava nessas areias onde tentará sobreviver a cada combate mortal. O filme havia sido escrito especialmente para Mel Gibson que declinou do convite por se achar fora da idade ideal para interpretar um gladiador. Melhor para Russell Crowe que a partir dessa produção virou astro de primeira grandeza. Uma pena que o sucesso de Gladiador não tenha salvado a Dreamworks da falência anos depois. De qualquer modo ficou como símbolo do que de melhor o estúdio de Spielberg conseguiu realizar. Uma volta corajosa aos grandes épicos do passado.

Gladiador (Gladiator, Estados Unidos, 2000) Direção: Ridley Scott / Roteiro: David H. Franzoni, John Logal, William Nicholson / Elenco: Russell Crowe, Joaquin Phoenix, Oliver Reed, Richard Harris, Derek Jacobi, Connie Nielsen./ Sinopse: Gladiador conta a estória do general romano Maximus (Russell Crowe) que após a morte do Imperador Marcus Aurelius (Richard Harris) cai em desgraça pois o novo Imperador, Commodus (Joaquin Phoenix), o vê como um inimigo na sua sucessão.Após muitas reviravoltas ele se vê nas areias das grandes arenas de gladiadores. A sua luta agora se trava nesse espaço, onde tentará sobreviver a cada combate mortal.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Robin Hood

Em terra de cego, caolho é rei. Esse ditado infame se aplica muito no que diz respeito a Robin Hood. Em um ano com tanto filme ruim, o filme de Ridley Scott se sobressai acima dos demais blockbusters. O roteiro é bem escrito, apesar de muitas situações absurdas do ponto de vista histórico e o filme em nenhum momento chega a ofender a inteligência do espectador, pelo contrário, é uma tentativa de revitalizar o velho jeito de fazer cinema, principalmente dos antigos filmes de aventura. Nesse aspecto os mais jovens podem até mesmo achar o filme chato em certos momentos (ele não tem tantas cenas de ação como se pensava), é relativamente parado, mas esse tipo de coisa vejo como algo positivo pois as cenas de intrigas palacianas são as melhores na minha opinião. A trama todo mundo já conhece: Robin Hood é o ladrão que rouba dos ricos para dar aos pobres. Tem um caso com sua amada Mariah (ou como aqui no filme Marion) e está em constante atrito com o xerife de Nottingham. Nada de novo. 

Para falar a verdade as bases desse personagem são as mesmas desde a Idade Média quando sua vida era cantada em prosa e verso pelos trovadores e menestréis medievais. Robin existiu realmente ou é apenas um personagem de contos de fadas? Fato ou ficção? Até hoje se debate sobre isso sem uma conclusão definitiva. De qualquer forma, mesmo não tendo existido de fato a questão é que Robin Hood faz parte de um contexto histórico. Olhando sobre esse ponto de vista histórico o filme é quase um desastre completo, temos que admitir. A tentativa de colocar Robin Hood no centro da declaração de direitos do Rei João Sem Terra é um absurdo sem tamanho. Se existiu realmente, Robin era apenas um ladrão de bosque e não um arauto das liberdades individuais. Nesse aspecto a coisa ficou forçada, assim como o romance de Robin com Marion, aqui uma nobre empobrecida. De qualquer forma o filme só não é pior em termos de história porque a caracterização de Ricardo Coração de Leão foi muito boa, melhor do que todas as outras versões sobre Robin. Definitivamente o Rei não era o herói que aparece em tantos filmes mas um sujeito bem cruel e despótico. Além disso apesar de ser um símbolo da realeza inglesa Ricardo era quase que totalmente francês do ponto de vista cultural (falava francês na verdade e seguia muito mais os hábitos e costumes franceses do que ingleses) De qualquer forma deixando isso de lado até que o saldo geral não é ruim, pois o filme diverte, não aborrece e nos prende a atenção. Isso em um ano tão escasso de bons filmes faz toda a diferença do mundo.  

Robin Hood (Robin Hood, Estados Unidos, 2010) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Brian Helgeland, Brian Helgeland / Elenco: Russell Crowe, Cate Blanchett, Matthew Macfadyen / Sinopse: Robin Hood (Russel Crowe) volta das cruzadas onde lutou ao lado do rei Ricardo Coração de Leão e encontra a Inglaterra em grande turbilhão político e social. Ao lado de sua amada Marion Loxley (Cate Blanchett) parte em busca de um país mais igualitário e justo para todos os cidadãos do reino.  

Pablo Aluísio.