segunda-feira, 23 de setembro de 2024
O Exorcismo
terça-feira, 13 de dezembro de 2022
Lansky
segunda-feira, 8 de novembro de 2021
Sabotagem
Título Original: Sabotage
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Open Road Films
Direção: David Ayer
Roteiro: Skip Woods, David Ayer
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Sam Worthington, Terrence Howard
Sinopse:
Após a invasão de uma casa pertencente a um poderoso cartel de drogas, um grupo de agentes do DEA resolve esconder no encanamento do local uma verdadeira fortuna avaliada em 10 milhões de dólares. Quando eles retornam depois para pegar o dinheiro descobrem que ele não está mais lá. Depois de virarem alvo de investigação os membros se reúnem novamente. O grande mistério porém persiste: quem teria ficado com todo aquele dinheiro?
Comentários:
Não adianta mais esperar pela grandiosidade que existia na filmografia de Arnold Schwarzenegger nas décadas de 1980 e 1990. O tempo passou, ele próprio mudou e após ficar alguns anos afastado do cinema por causa de uma carreira política seu cacife está muito longe do que era antes. Reflexos de um tempo passado. Veja o caso desse "Sabotage". O filme custou meros 35 milhões de dólares, ora em seu auge Schwarzenegger ganhava isso de cachê! Então os tempos são outros. Por isso a primeira regra para se curtir essa produção é realmente baixar a bola das expectativas. É um filme pequeno, com orçamento modesto de um antigo astro que está tentando reerguer sua carreira. Isso é tudo. Muitas pessoas não gostaram do resultado. Vejo isso como um reflexo de altas expectativas não cumpridas. De fato se você for assistir "Sabotage" esperando por muita coisa irá se decepcionar. Muitos personagens são caricaturais e o roteiro, apesar de ter uma boa reviravolta de que gostei bastante, não foge muito da fórmula dos filmes de ação atuais. O diretor David Ayer (de "Marcados para Morrer", "Os Reis da Rua" e "Tempos de Violência") pelo menos teve bom senso, dando aquilo que um fã de Arnold Schwarzenegger espera: uma boa fita de ação, com algumas sequências bem construídas, tiros, brigas e movimentação. Fora isso é, como eu já escrevi, apenas esperar por algo que já não existe mais.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Um Refúgio
Ao se depararem com a bela Augusta (Brit Marling) eles resolvem persegui-la, indo até sua fazenda no meio rural. O pior é que Augusta está praticamente indefesa. Os homens da casa foram embora lutar na guerra e lá ficaram apenas ela, sua irmã mais jovem que está doente e uma escrava negra. Os yankees estão chegando com toda a brutalidade conhecida e Augusta precisa defendê-las! Para isso conta apenas com um velho rifle e muita coragem. O roteiro explora basicamente essa situação e o faz muito bem.
Obviamente em temos de guerra era de se esperar por muita violência e isso certamente você encontrará no filme. Há inclusive cenas de estupro e assassinatos sumários. O ponto de vista de uma mulher, civil, tentando sobreviver a uma guerra insana como aquela, é o grande triunfo desse roteiro, porque ao invés de explorar as grandes batalhas ele foca sua ponto de vista para o medo e a agonia de quem está fora do campo de batalha, em casa, mas que teve que lidar com tudo após a própria guerra chegar em sua porta. Um bom filme, valorizado por algumas belas cenas como a que está no poster, com Augusta vendo o horizonte vermelho por causa das explosões no front de batalha.
The Keeping Room (Estados Unidos, 2014) Direção: Daniel Barber / Roteiro: Julia Hart / Elenco: Brit Marling, Hailee Steinfeld, Sam Worthington / Sinopse: Três mulheres tentam sobreviver em uma velha casa de fazenda do sul quando os primeiros soldados da União chegam na região durante a Guerra Civil Americana. Em tempos de vida ou morte apenas as mais fortes conseguirão sobreviver.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de julho de 2018
Até o Último Homem
A direção é de Mel Gibson. Após alguns anos em que ficou brigado com os principais nomes da indústria cinematográfica americana, ele retornou para dirigir essa produção. Gibson dividiu seu filme em dois atos bem distintos, na primeira parte mostrando aspectos da vida pessoal de seu protagonista e a segunda, já no campo de guerra na Europa, quando seu personagem principal acaba se tornando um herói no front. O segundo ato do filme é bem mais interessante. Gibson mostra muita habilidade em explorar as cenas de batalha. Por fim uma curiosidade histórica. Esse roteiro foi escrito originalmente para ser estrelado por Audie Murphy, um herói de verdade da guerra que havia virado astro de filmes de cowboy nos anos 50.
Até o Último Homem (Hacksaw Ridge, Estados Unidos, Austrália, 2016) Direção: Mel Gibson / Roteiro: Robert Schenkkan, Andrew Knight / Elenco: Andrew Garfield, Hugo Weaving, Vince Vaughn, Sam Worthington / Sinopse: O filme conta a história real do soldado Desmond Doss (Andrew Garfield). Ele é um jovem adventista do sétimo dia que se alista no exército americano durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Alegando objeção de consciência (de natureza religiosa), ele acaba se dispondo a ajudar os companheiros no campo de batalha, trabalhando como assistente médico. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Andrew Garfield), Melhor Direção (Mel Gibson), Melhor Edição (John Gilbert), Melhor Mixagem de Som (Kevin O'Connell e Andy Wright) e Melhor Edição de Som (Robert Mackenzie e Andy Wright).
Pablo Aluísio.
domingo, 6 de maio de 2018
Titã
Título Original: The Titan
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix, Nostromo Pictures
Direção: Lennart Ruff
Roteiro: Max Hurwitz, Arash Amel
Elenco: Sam Worthington, Taylor Schilling, Tom Wilkinson, Agyness Deyn, Nathalie Emmanuel, Diego Boneta
Sinopse:
O Tenente Rick Janssen (Sam Worthington) da Marinha dos Estados Unidos decide entrar em um projeto pioneiro que enviará o primeiro homem para a distante lua de Saturno conhecida como Titã. Maior do que o planeta Mercúrio, o distante mundo é especialmente perigoso para os seres humanos pois possui uma atmosfera tóxica. Os cientistas porém acharam uma maneira de mudar o DNA dos astronautas, os tornando ideias para aquele satélite. O problema é que a mudança também acaba ocasionando muitos efeitos colaterais perigosos em todos os que passaram pelas experiências genéticas.
Comentários:
Mais uma produção original da Netflix. Mais uma produção que deixa a desejar. A premissa é interessante, não tenha dúvidas. Uma missão pretende enviar o primeiro homem para Titã, uma lua de Saturno. O problema é que seria impossível para um ser humano viver lá por causa das temperaturas congelantes e do excesso de Nitrogênio na atmosfera. Como resolver isso? Como promover uma adaptação? Simples. Mudando o próprio DNA dos astronautas que vão para lá. E ai começam todos os testes e experiências. O personagem de Sam Worthington acaba sendo um dos mais promissores nas mutações, já que seu organismo aguenta a violência das modificações em sua estrutura. Só que há um problema no meio do caminho. Os que passam pelas transformações acabam também desenvolvendo um modo de ser violento, assassino, que coloca todos em perigo. Eu pessoalmente esperava bem mais desse filme quando li a sinopse. Esperava por efeitos especiais de primeira linha (não espere por isso) ou pelo menos por uma maquiagem da criatura que fosse surpreender (e que infelizmente é outra decepção!). Além disso a tal chegada do primeiro homem em Titã quase não acontece. Praticamente 99 por cento de todo o enredo se passa nos treinamentos da missão e, é claro, nos procedimentos de mutação. Com isso o filme perde muito ritmo e decai muito em certos momentos. Não se surpreenda se começar a bocejar lá pelo meio do filme. É o tédio que se impõe, tudo misturado com decepção e um incômodo aborrecimento. O tal primeiro homem em Titã não consegue empolgar muito, nem mesmo os mais interessados no tema da conquisa do homem dos confins do universo. Em certo aspecto só conseguimos sentir sono, muito sono desse filme que não consegue suprir as expectativas de ninguém. Não foi dessa vez que acertaram.
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de junho de 2017
A Cabana
Nunca assisti nada igual a esse filme. A trindade sendo representada como personagens, como pessoas reais, é certamente algo original. O problema é que apesar de todas as belas intenções do roteiro o que podemos perceber é que teologicamente o texto é bem fraco. A mensagem de perdão e esperança até que é muito bem-vinda, porém a pergunta principal do protagonista (Por que Deus deixa que o mal exista?) não é muito bem respondida do ponto de vista teológico. O roteiro procura ter uma postura não alinhada às religiões tradicionais, sendo mais espiritualista, mas falha mesmo ao tentar responder uma questão tão crucial. Não é assim um filme para todos os públicos e nem esgota as questões filosóficas e de teologia que propõe. No final das contas não vai resolver a equação de natureza divina que ousou levantar. Isso é algo que inegavelmente fica pelo meio do caminho...
A Cabana (The Shack, Estados Unidos, 2017) Direção: Stuart Hazeldine / Roteiro: John Fusco, Andrew Lanham / Elenco: Sam Worthington, Octavia Spencer, Tim McGraw, Megan Charpentier, Alice Braga / Sinopse: Pai de família arrasado emocionalmente depois do assassinato de sua filha tem uma experiência surreal ao se encontrar com a própria trindade divina (pai, filho e espírito santo) na mesma cabana onde a criança foi morta por um assassino em série.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Até o Último Homem
Título Original: Hacksaw Ridge
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Icon Productions
Direção: Mel Gibson
Roteiro: Robert Schenkkan, Andrew Knight
Elenco: Andrew Garfield, Hugo Weaving, Vince Vaughn, Sam Worthington
Sinopse:
O filme conta a história real do soldado Desmond Doss (Andrew Garfield). Ele é um jovem adventista do sétimo dia que se alista no exército americano durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Alegando objeção de consciência (de natureza religiosa), ele acaba se dispondo a ajudar os companheiros no campo de batalha, trabalhando como assistente médico, porém se recusa a pegar em armas para matar o inimigo. Inicialmente sua postura lhe traz muitos problemas, inclusive quase o levando à corte marcial, porém uma vez no front ele acaba se destacando por causa de sua bravura e coragem. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Andrew Garfield), Melhor Direção (Mel Gibson), Melhor Edição (John Gilbert), Melhor Mixagem de Som (Kevin O'Connell e Andy Wright) e Melhor Edição de Som (Robert Mackenzie e Andy Wright). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Ator (Andrew Garfield) e Melhor Direção - Drama (Mel Gibson). Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Edição (John Gilbert).
Comentários:
"Hacksaw Ridge" parece ser o filme da redenção da carreira de Mel Gibson. Após anos de brigas e desavenças em Hollywood ele retorno ao topo, com um filme que é sucesso de bilheteria e crítica. Além disso conseguiu uma grande leva de indicações ao Oscar, mostrando que seu prestígio na Academia está de volta. De fato Gibson, que nunca foi bobo, acertou no alvo ao escolher a história certa para filmar. O que temos aqui é um dos capítulos mais curiosos e desconhecidos da guerra, a história de um pracinha que se recusava a lutar por causa de suas convicções religiosas. Nascido no interior dos Estados Unidos, ele se via obrigado por questões morais e patrióticas a ir para a guerra, mas uma vez no exército não admitia a possibilidade de matar o inimigo no campo de batalha. Acabou sendo enviado para uma das maiores carnificinas da guerra, na ilha de Okinawa, a porta de entrada para a invasão do Japão. Esse filme tem dois aspectos que merecem a atenção do espectador. Ele é basicamente dividido em dois atos. No primeiro somos apresentados à história pessoal de Desmond Doss antes dele seguir para a guerra, mostrando detalhes de sua vida pessoal, quando era apenas um civil. Nesse ato vemos um momento crucial na sua infância que o levou a se tornar uma pessoa bem religiosa, os problemas de relacionamento com seu pai (um homem corroído pela bebida e pelo fracasso) e o grande amor de sua vida, uma enfermeira do hospital de sua cidade.
No segundo ato, Doss finalmente entra para o exército. Sob o treinamento de um sargento durão chamado Howell (em boa interpretação de Vince Vaughn), ele tenta sobreviver aos desafios do campo de combate. A primeira parte do filme achei bem mediana, um tanto plastificada, principalmente pelos excessos de "bondadismo" (a síndrome do bonzinho) do protagonista. Ele não parece ser uma pessoa real (embora tenha existido de fato, como bem demonstrado nas cenas finais, onde há uma breve entrevista com ele). O grande mérito dessa produção vem no segundo ato, no campo de guerra, na dureza da batalha. Como diretor, Mel Gibson conseguiu produzir tomadas excelentes, cenas tão boas de combate assim não tinha visto desde "O Resgate do Soldado Ryan"! Não é à toa que o filme tem sido considerado um dos mais bem editados do ano, pois certamente a luta entre japoneses e americanos nas areias vulcânicas de Okinawa valem por todo o filme! Mesmo sob intenso bombardeio dos navios americanos, os soldados japoneses conseguiam sobreviver, por contar com uma extensa rede de túneis subterrâneos por toda a ilha. Tudo muito bem demonstrado em cena. Então é isso, certamente é um dos melhores filmes do ano, pois conta com excelente produção, direção e roteiro. Talvez fosse ainda melhor se Gibson tivesse investido ainda mais nas cenas de luta, mas do jeito que está passa longe de ser decepcionante. É sim um dos melhores trabalhos assinados por Gibson. Um dos filmes obrigatórios do próximo Oscar. Não deixe de assistir.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Um Refúgio
Ao se depararem com a bela Augusta (Brit Marling) eles resolvem persegui-la, indo até sua fazenda no meio rural. O pior é que Augusta está praticamente indefesa. Os homens da casa foram embora lutar na guerra e lá ficaram apenas ela, sua irmã mais jovem que está doente e uma escrava negra. Os yankees estão chegando com toda a brutalidade conhecida e Augusta precisa defendê-las! Para isso conta apenas com um velho rifle e muita coragem. O roteiro explora basicamente essa situação e o faz muito bem. Obviamente em temos de guerra era de se esperar por muita violência e isso certamente você encontrará no filme. Há inclusive cenas de estupro e assassinatos sumários. O ponto de vista de uma mulher, civil, tentando sobreviver a uma guerra insana como aquela, é o grande triunfo desse roteiro, porque ao invés de explorar as grandes batalhas ele foca sua ponto de vista para o medo e a agonia de quem está fora do campo de batalha, em casa, mas que teve que lidar com tudo após a própria guerra chegar em sua porta. Um bom filme, valorizado por algumas belas cenas como a que está no poster, com Augusta vendo o horizonte vermelho por causa das explosões no front de batalha.
Um Refúgio (The Keeping Room, Estados Unidos, 2014) Direção: Daniel Barber / Roteiro: Julia Hart / Elenco: Brit Marling, Hailee Steinfeld, Sam Worthington / Sinopse: Três mulheres tentam sobreviver em uma velha casa de fazenda do sul quando os primeiros soldados da União chegam na região durante a Guerra Civil Americana. Em tempos de vida ou morte apenas as mais fortes conseguirão sobreviver.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Apenas uma Noite
Esse "Apenas uma Noite" tem uma moralidade bem duvidosa. Ao mesmo tempo em que mostra a derrocada de um casamento joga com a expectativa do espectador sobre os acontecimentos que se desenrolam na tela. Será que ele trairá a esposa? Será que ela trairá o marido? A trama se desenrola apenas em uma noite (como deixa claro o título), onde marido e mulher terão a oportunidade (ou não) de trair seus laços matrimoniais. Keira Knightley está muito bem na caracterização da esposa, que está em grande conflito emocional. Sabe que o marido talvez a esteja traindo mas não tem certeza. Ao mesmo tempo não sabe se o trair será uma boa ideia. Infelizmente o ator Sam Worthington, que interpreta o marido, não se sai bem em cena, ficando muitas vezes inexpressivo na tentativa de passar algum conflito para o público que assiste ao filme. Já Eva Mendes interpreta uma caricatura, a da mulher latina, muito sexy, que pouco está se importando com o fato do homem objeto de seu desejo ser casado ou não! Apesar desses pequenos pecados a película ainda é bem interessante pois procura mostrar a questão da infidelidade conjugal de uma forma bem adulta e coerente.
Apenas uma Noite (Last Night, Estados Unidos, 2010) Direção: Massy Tadjedin / Roteiro: Massy Tadjedin / Elenco: Keira Knightley, Sam Worthington, Eva Mendes, Guillaume Canet / Sinopse: Durante uma noite um casal em crise tem todas as oportunidades para concretizar uma infidelidade mútua. Será que vão realmente pular a cerca?
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Avatar
Título Original: Avatar
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron
Elenco: Sam Worthington, Sigourney Weaver, Michelle Rodriguez, Zoe Saldana
Sinopse:
Fantasia que mostra um mundo distante que é invadido por uma civilização que quer dominar o lugar, impondo sua visão colonialista ao pacífico povo local. Ao lado de humanos os nativos começam a lutar por sua liberdade e pela natureza de seu planeta. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Mauro Fiore), Melhores Efeitos Especiais (Joe Letteri, Stephen Rosenbaum e Richard Baneham) e Melhor Direção de Arte (Rick Carter e Robert Stromberg). Filme indicado ao Oscar de Melhor Filme.
Comentários:
Avatar é uma das maiores enganações da história do cinema. Um filme que não se parece com um filme, já que não tem peças vitais para isso como um roteiro bem escrito, um argumento convincente e atuações decentes. É um produto feito único e exclusivamente para mostrar os avanços tecnológicos em efeitos digitais e nada mais. Falar do roteiro ridículo e mal escrito de Avatar é chover no molhado. Escrito por James Cameron, ele repete todos os problemas de filmes anteriores de sua filmografia. O argumento é piegas, boboca e se apoia numa mensagem tipicamente de ecochatos. Apelar para o sentimentalismo é válido, desde que se tenha o talento para isso como Spielberg. No caso de Cameron tudo desanda para a simples breguice. Em termos de atuação Avatar também inexiste. Poucas são as atuações "live action", sendo a maioria das cenas apenas virtuais. Isso talvez não fosse grande problema se a dupla central do filme não fosse completamente medíocre. Não consigo até hoje determinar quem é pior, Sam Worthington ou Zoe Saldana. São simplesmente péssimos! O Sam inclusive por causa do sucesso desse filme espalhou sua canastrice para outros projetos que poderiam dar certo, sem sua insignificante presença, como aconteceu com "Fúria de Titãs". Já a Zoe parece que vai desaparecer sem deixar rastros (graças a Deus!). A lamentar apenas a presença de Sigourney Weaver nisso. Ela tenta, mas não há salvação para "Avatar" no quesito atuação. A única coisa que sustenta é a presença pesada de efeitos digitais. São bem feitos, é preciso reconhecer, mas também cansam. A tentativa de fazer um mundo super colorido e bonito, além de irreal demais, é chato. Nenhum lugar do universo é assim. Só a mente de um ecochato emo para criar aquilo. Aliás falando em criação esse é outro problema grave de "Avatar" já que o filme é também supostamente um dos grandes plágios do cinema mundial. Parece que nada em "Avatar" foi originalmente criado. Quando o filme foi lançado os internautas mostraram de onde veio todo aquele universo nada original: antigas publicações de quadrinhos, capas de discos de rock progressivo e filmes da Disney como "Pocahontas". Sobrou semelhanças até para com o western "Dança com Lobos". Enfim não adianta ir adiante mostrando os defeitos de Avatar (eles são muitos). Só um marketing agressivo como foi feito para justificar o sucesso absurdo. Avatar é banal, derivativo, boboca e chato. Aliás nem é um filme, é um programa de computador. Como gosto de filmes, ele me soa até hoje como uma tremenda bobagem.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
O Exterminador do Futuro 4: A Salvação
Quarto filme da franquia de grande sucesso. Não havia mais sentido em fazer um quarto filme utilizando do mesmo argumento dos anteriores (Exterminador volta ao passado para matar John Connor evitando que ele lidere a resistência contra a dominação da Skynet). Assim os produtores resolveram finalmente chegar no futuro da série. Aqui a estória se passa em 2018. Já houve o chamado "Dia do Julgamento" e a humanidade se resume a poucos grupos de resistência ao redor do mundo. Todos tentam retomar o controle do planeta. John Connor (Christian Bale) está em luta contra a Skynet, conforme foi profetizado, e tem a complicada tarefa de salvar aquele que seria seu pai, Kyle Reese (Anton Yalchin). No caminho encontra o misterioso Marcus (Sam Worthington) que terá um papel chave no desfecho da trama. Esse filme é curioso pois ao mesmo tempo que tenta seguir o fio da meada dos filmes originais inaugura uma nova linha nas produções. Tirando o argumento que segue em frente pouca coisa liga "A Salvação" com os filmes anteriores. A equipe técnica é completamente outra, temos novo elenco, sem nenhum ator da série original e claro um novo diretor que tentou recomeçar do zero, embora respeitando a mitologia do universo "Terminator".
O interessante é que o filme tenta criar um estilo próprio dentro da franquia mas acaba trazendo muitos ecos de outra franquia de sucesso do passado: Mad Max. Isso mesmo, impossível realizar um filme em um mundo pós apocalipse sem trazer elementos da famosa série estrelada por Mel Gibson. Aqui temos cenas inteiras que nos lembram de imediato do louco Max. As perseguições no deserto, a luta por combustível, etc. Os efeitos digitais são extremamente bem feitos e há obviamente farto uso deles. Um desses momentos inclusive é muito curioso pois recria a imagem do ator Arnold Schwarzenegger tal como visto no primeiro filme, lá no distante ano de 1984. O resultado é realmente perfeito. No mais o roteiro encaixa tudo de forma muito eficiente só que ao invés de encerrar a estória os produtores em um lance de oportunismo colocam Bale explicando que a guerra ainda seguirá em frente (obviamente deixando a porta aberta para futuras continuações). "Exterminador 4" ainda faz uma bela homenagem a Stan Winston no letreiros finais. O criador do design original do Terminator, falecido pouco antes, era um gênio da maquiagem e efeitos especiais e marcou toda uma época. Sem dúvida um belo fechar de cortinas para o filme.
O Exterminador do Futuro 4 - A Salvação (Terminator Salvation, Estados Unidos, 2009) Direção: McG / Roteiro: John D. Brancato, Michael Ferris / Elenco: Christian Bale, Sam Worthington, Anton Yelchin, Helena Bonham Carter, Michael Ironside / Sinopse: Aqui a estória se passa em 2018. Já houve o chamado "Dia do Julgamento" e a humanidade se resume a poucos grupos de resistência ao redor do mundo. Todos tentam retormar o controle do planeta. John Connor (Christian Bale) está em luta contra a Skyner, conforme foi profetizado, e tem a complicada tarefa de salvar aquele que seria seu pai, Kyle Reese (Anton Yalchin). No caminho encontra o misterioso Marcus (Sam Worthington) que terá um papel chave no desfecho da trama.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Fúria de Titãs 2
"Fúrias de Titãs 2" assim como o primeiro filme da franquia prefere ignorar os acontecimentos da mitologia original novamente. Alguns seres mitológicos bem conhecidos como Minotauro finalmente surgem em cena mas apenas como coadjuvantes sem maior importância, bem distante do espaço de destaque que tinha nos textos milenares. Estão lá também os Ciclopes, o cavalo voador Pegasus e claro Kronos, que aqui surge como um monstro colossal feito de fogo e larvas incandescentes. Infelizmente como tudo é muito ligeiro e sem profundidade nenhum personagem é minimamente desenvolvido. Nem a tensa relação entre Zeus e Hades é desenvolvida e explorada. Perseu então praticamente não tem personalidade, surgindo apenas em ação e combate, sem qualquer trabalho realizado em cima de sua persona. Uma pena. Personagens tão ricos em história e mitologia viram meros bonequinhos para uma tonelada de efeitos digitais. Diante de tudo isso o melhor a fazer é ler a mitologia grega original mesmo.
Fúria de Titãs 2 (Wrath of the Titans, Estados Unidos, 2010) Direção: Jonathan Liebesman / Roteiro: Dan Mazeau, David Johnson / Elenco: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes / Sinopse: Perseu (Sam Worthington) é o filho bastardo do grande Zeus (Liam Neeson) que tenta levar uma vida normal de mortal mas é chamado novamente para a batalha para enfrentar o terrível Kronos, um titã colossal que está prestes a fugir de sua prisão.
Pablo Aluísio.
Fúria de Titãs
Vamos aos fatos. Fui assistir hoje Fúria de Titãs. Pensei que iria ser horrível mas para minha surpresa não foi. Esse filme é um blockbuster que se assume como tal. Os produtores sabiam bem disso e fizeram sim um filme pipoca mas pelo menos tiveram o bom senso de não torrar nossa paciência com um filme enorme e sem fim (como Avatar). A duração é rápida (pouco mais de uma hora e meia de duração) e vai logo direto ao ponto. Assim não chega a aborrecer. A produção tem bons efeitos especiais, um roteiro que faz uma mistureba de mitologia grega e nórdica, atuações sem importância e um final com um monstro colossal. Bem ao gosto do público adolescente de hoje. É um produto de consumo rápido e descartável, não há como negar, mas pelo menos não é pretensioso e nem tenta ser o que efetivamente não é. Fica muito longe do charme do filme original que foi lançado no começo da década de 80 e não tem nenhum grande nome no elenco como aquele. Em essência é quase um videogame para falar a verdade, só faltando mesmo a interação com o jogador / espectador.
Como cinema ele tem vários outros pontos fracos que podem ser citados. O principal foi não terem sido fiéis à mitologia grega. De posse desses efeitos especiais o filme seria muito interessante se tivesse seguido à risca a mitologia original, principalmente para quem gosta do tema como eu. O design da Medusa não me agradou totalmente. Parece uma serpente mas curiosamente mantém a beleza de seu rosto, tal como era antes de ser amaldiçoada pelos deuses (um dos poucos pontos do roteiro que segue mais de perto com a mitologia original). Por falar em deuses todos estão fracos nesse filme: Zeus e Hades são decepções, principalmente em termos de atuação (todo mundo no controle remoto). E cadê o meu querídissimo Poseidon? Esqueceram dele. Hermes também foi ignorado, logo ele que é vital na mitologia de Perseu. Mas isso seria pedir demais dos executivos de Hollywood. Diverte sim, mas só se você for com expectativas baixas (como foi o meu caso).
Fúria de Titãs (Clash of the Titans, Estados Unidos, 2010) Direção: Louis Leterrier / Roteiro: Travis Beacham, Phil Hay / Elenco: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes / Sinopse: Perseu (Sam Worthington) é o filho bastardo do grande Zeus (Liam Neeson) e terá que provar toda sua força e poder contra um terrível monstro mitológico.
Pablo Aluísio.