domingo, 2 de dezembro de 2018

Legítimo Rei

Esse filme conta a história de Robert, The Bruce. Ele foi Rei da Escócia em um período muito turbulento da história de sua nação. Quando o filme começa Robert (Chris Pine) está ao lado do pai jurando lealdade ao Rei inglês Eduardo I. Após uma longa guerra os escoceses se rendem. O monarca inglês tenta ser benevolente, apaziguando os ânimos entre o povo orgulhoso da Escócia, só que os tributos continuam pesados, massacrando o povo, fomentando uma nova rebelião. Quando pedaços do corpo de William Wallace (o rebelde retratado no filme de Mel Gibson, "Coração Valente") são expostos por toda as cidades escocesas a rebelião explode novamente. Robert, The Bruce, se coroa Rei da Escócia e parte para uma nova guerra contra os ingleses, mesmo sem ter um exército organizado e mesmo sem ter o total apoio dos outros clãs escoceses. Uma rebelião sem muita organização, mas com muita vontade de finalmente expulsar os ingleses de suas terras.

Gostei de praticamente tudo nesse filme. O roteiro é sóbrio e tenta explicar (com sucesso) o contexto político daquela era. Os figurinos e os cenários também são extremamente corretos do ponto de vista histórico. Não é uma produção de encher os olhos como "Coração Valente", por exemplo, mas todos os elementos estão bem encaixados. É o primeiro filme produzido pela Netflix que me deixou plenamente satisfeito. Como gosto de história medieval a situação só melhorou em meu ponto de vista. E como curiosidade final os historiadores ingleses fizeram recentemente uma reconstrução facial desse Robert, The Bruce, através de seus restos mortais. Ficou bem interessante. Isso demonstra que ele foi acima de tudo uma figura histórica importante para os habitantes das terras altas escocesas. No mais, assista ao filme sem receios. Ele é muito bom.

Legítimo Rei (Outlaw King, Reino Unido, Estados Unidos, 2018) Direção: David Mackenzie / Roteiro: Bathsheba Doran, David Mackenzie / Elenco: Chris Pine, Stephen Dillane, Rebecca Robin, Billy Howle / Sinopse: Após celebrar a paz com o Rei da Inglaterra Eduardo I, Robert, The Bruce, Conde de Carrick, chefe de um importante clã da Escócia decide liderar uma nova revolta contra a presença dos ingleses em sua nação, dando origem a uma nova e sangrenta guerra.

Pablo Aluísio.

6 comentários:

  1. Ah se o James Kirk tivesse com a Enterprise e a pistola de faser, a história seria diferente.

    ResponderExcluir
  2. Esqueça Kirk. Nesse filme o Pine está velho, com barba branca... nem parece o mesmo ator!

    ResponderExcluir
  3. Off topic:

    Pablo, eu assisti o filme Gotti, com John Travolta. Eu não sei enumerar quantos defeitos o filme tem, mas o fato do filme ter levado 0% de todos os críticos nas sessões teste, apesar do exagero, deve te dar uma idéia. Agora, o que me chamou atenção foi que os únicos elogios da critica vão justamente para o desempenho do John Travolta. Olha, apesar de eu achar que o tipão do Travolta deixou o Gotti mais imponente, uma vez que o verdadeiro era meio atarracado, eu não consegui ver nunca o Gotti na interpretação do John Travolta. Uma hora eu via o Tony Manero, outra hora eu via o Vincent Vega e outra hora, até, o Danny Zuco, tal as infinidades de maneirismos que o John Travolta carrega com ele para, quase, todos os filmes desde o inicio de sua carreira. Você já viu esse filme?

    ResponderExcluir
  4. Quando assisti ao filme e escrevi sobre ele fui direto ao ponto: John Travolta está caricato. O pior é que eu conhecia o Gotti da época mesmo, dos jornais, etc. Isso piorou ainda mais o trabalho do ator em meu ponto de vista.

    ResponderExcluir