A invasão russa na Ucrânia completou um ano, um ano de insanidade. A verdade é uma só, essa é uma guerra de um homem só, é a guerra de Putin. Ele sempre foi uma pessoa mixuruca, um verme intelectual que acabou, por um lance de sorte ou azar, dependendo do ponto de vista, assumindo grandes poderes em sua mãos. Ter o controle de um império nuclear como a Rússia sem ter o devido preparo intelectual para controlar essa máquina de guerra só dá origem a atrocidades, como temos visto nessa invasão.
Só que Putin não perdeu sua vida, quem perdeu foi o jovem militar russo que morreu no campo de batalha. Velha história que conhecemos bem. E foram muitos mortos. A Rússia perdeu mais homens do que em todas as outras guerras que se envolveu após o fim da II Guerra Mundial. As estimativas não são exatas, mas em um ano de guerra estima-se que o número de baixas, entre mortos e feridos, esteja na casa dos 150 mil. E apesar de todo o drama humano, solenemente ignorado pelo próprio Putin, nada parece melhorar. Não há o vislumbre de um acordo de paz no horizonte, ou seja, será muito provavelmente uma guerra de longa duração e os jovens, tantos russos como ucranianos, vão continuar a morrer nas trincheiras frias e congeladas do solo da Ucrânia.
A democracia em Israel está sob ataque! O atual governo tenta passar mudanças constitucionais que na prática colocarão o poder judiciário sob tutela do poder executivo. A separação de poderes é um dos requisitos mais básicos para que um regime político seja considerado uma verdadeira democracia. Sem isso tudo rui sobre o peso da ditadura e da tirania. O governo de Benjamin Netanyahu nem se esforça mais em esconder que está mesmo tentando tomar medidas autocráticas.
Netanyahu na verdade estaria tentando colocar um freio nos juízes uma vez que responde por crimes em processo de corrupção. Já vimos esse filme antes em muitos momentos da história. O povo de Israel não deixou barato, foi às ruas em diversas cidades para protestar. O povo judeu é um dos mais instruídos e bem educados do mundo e certamente não iria aceitar algo assim de boca fechada. O mais perigoso de tudo é ver que isso está acontecendo em Israel, um dos poucos países do Ocidente Médio que é uma verdadeira democracia. A queda de um regime democrático naquela região iria desestabilizar todo o mundo do ponto de vista político.
Foco Internacional: Brasil, Ucrânia e Rússia
O Brasil do ponto de vista diplomático, passa por uma situação delicada. Não pode apoiar a invasão russa na Ucrânia, tampouco romper laços com o Ocidente democrático que apoia a Ucrânia. Fica assim em uma situação delicada, em cima do muro mesmo. Romper abertamente com Moscou ou apoiar o embargo que está sendo feito a Rússia também não seria sensato, como igualmente não seria uma boa ideia vender armas para Kiev.
A neutralidade é condenado pelo Ocidente civilizado, mas o governo que está aí tem laços históricos com a Rússia, por causa de seu passado socialista, ao mesmo tempo que sempre nutriu uma postura anti-americana, que está no centro da ideologia de esquerda no Brasil. O melhor caminho é abraçar a solução da paz, mas sem enolvimento maior com essa guerra que no final das contas não nos dizem respeito.
O que leva a Rússia a apoiar, mesmo que indiretamente essas ditaduras militares é a possibilidade não apenas de aumentar sua influência política entre os países africanos como também controlar suas ricas reservas minerais. O Níger, por exemplo, tem uma das maiores reservas de Urânio do mundo, algo que é estratégico para os russos. Esse mineral é parte essencial na produção de energia nuclear. Perdem os franceses que importavam grande parte desse Urânio e ganham os russos que agoram praticamente mandarão no Níger.
Rússia compra armas da Coreia do Norte
Serviços de inteligência do mundo ocidental acreditam que Moscou está negociando a compra de armas de guerra da Coreia do Norte. Esse tipo de compra internacional de armamento de guerra seria sintomático da situação da Rússia na guerra contra a Ucrânia. Não apenas mostraria a perda humana no conflito (segundo os russos morreram 40 mil militares na guerra) como também revelaria ao ocidente o desgaste e o tamanho da perda de armamento pesado da Rússia nessa invasão do território ucraniano.
A Coreia do Norte, uma das ditaturas mais sanguinárias e fechadas do planeta, teria sido a única saída para os russos, uma vez que a nação russa sofre um pesado embargo internacional que proíbe inclusive a venda de armas por parte de países ocidentais para Moscou. Sem ter onde comprar e sem ter a reserva necessária de armas de guerra, o jeito teria sido apelar para Pyongyang. Só não se sabe com certeza se a compra foi realmente concretizada e nem a quantidade de armas vendidas.
Pablo Aluísio.
Foco internacional
ResponderExcluirParte XV
Pablo Aluísio.