segunda-feira, 6 de abril de 2015

Highlander 3 - O Feiticeiro

A franquia Highlander começou muito bem, mas em pouco tempo afundou completamente. Esse terceiro filme, por exemplo, é uma lástima completa. Não gostei na época que assisti pela primeira vez e continuo não gostando de praticamente nada nos dias de hoje. A produção é mal feita, mal realizada e o roteiro é completamente confuso e sem foco algum. Christopher Lambert retornou ao personagem Connor MacLeod para enfrentar Mario Van Peebles, que interpreta Kane, misto de imortal e bruxo, feiticeiro que nas horas vagas pratica o mal em sua essência. Poderia ser bacana, mas o resultado é fraco demais.

Os efeitos especiais são constrangedores e ficamos realmente com pena do diretor Andrew Morahan. Ele deveria ter sido mais inteligente. Se não havia dinheiro suficiente para encher a fita de efeitos, então que procurasse contar um enredo em que eles não fossem necessários. Entre ter efeitos especiais ruins e mal feitos e não tê-los, é óbvio que é bem melhor seguir a segunda opção. O filme é mal produzido em minha opinião porque foi realizado por produtores independentes, fora dos Estados Unidos. Sem distribuição, sem capricho e cuidado, o filme foi um tremendo fracasso comercial - merecidamente, é bom salientar.
 
Highlander 3 - O Feiticeiro (Highlander III: The Sorcerer, Inglaterra, Canadá, França, 1994) Direção: Andrew Morahan / Roteiro: Gregory Widen, Brad Mirman / Elenco: Christopher Lambert, Mario Van Peebles, Deborah Kara Unger / Sinopse: Terceiro filme da franquia Highlander, dessa vez com o personagem enfrentando um vilão com poderes sobrenaturais.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de abril de 2015

A Força em Alerta

Um navio de guerra da marinha americana é dominado por um grupo terrorista. Tudo estaria perdido se não fosse o próprio cozinheiro da embarcação, Casey Ryback (Steven Seagal), que na verdade é um bem treinado combatente do grupo de elite S.E.A.L, especializado em situações assim, de extremo perigo. Esse "Under Siege" é o maior sucesso da carreira do ator Steven Seagal no cinema e também é de longe o mais bem produzido de todos eles. Para se ter uma ideia temos nada mais, nada menos, do que Tommy Lee Jones interpretando William Stranix. Quem diria que Jones, hoje tão consagrado, seria coadjuvante de Seagal? Coisas que só aconteciam mesmo nos anos 90. 

O roteiro, como era de se esperar, passa longe de ser o forte dessa produção. O que vale mesmo são as inúmeras cenas de ação - algumas realmente muito boas - e o carisma sempre presente de Tommy Lee Jones, embora ele não seja a simpatia em pessoa, muito pelo contrário. O diretor Andrew Davis já vinha de outros filmes ao lado de Seagal, entre eles "Nico - Acima da Lei" (a estréia do ator em um grande estúdio). Além disso também já havia trabalhado ao lado de Tommy Lee Jones no movimentado "Entrega Mortal" com Gene Hackman. Como tinha intimidade com ambos os atores foi questão de tempo para o estúdio lhe escalar para dirigir mais esse action movie. No geral o filme se resume ao que se espera dele mesmo, sem nenhuma maior surpresa, o que pode ser uma grande notícia para fãs de Seagal e uma péssima ideia para quem detesta seus filmes. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Especiais e Melhor Som. Também indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Filme de Ação. 

A Força em Alerta (Under Siege, Estados Unidos, 1992) Direção: Andrew Davis / Roteiro: J.F. Lawton / Elenco: Steven Seagal, Gary Busey, Tommy Lee Jones. / Sinopse: Um ex-membro da equipe de elite da Marinha americana que virou cozinheiro passa a ser a única pessoa que pode parar um grupo de terroristas quando eles tomam o controle de um navio de guerra dos EUA.

Pablo Aluísio.

O Caso Roswell

O Caso Roswell
Esse telefilme foi lançado em vídeo no Brasil nos anos 1990 e se revelou uma bela surpresa. O tema, todos já sabem, explora a queda de uma aeronave desconhecida no deserto do Novo México durante a década de 1940. Ao chegar no local o oficial Jesse Marcel (Kyle MacLachlan) acabou concluindo que aquela não era um nave do governo americano, mas sim proveniente de outro planeta, de vida alienígena. Assim que soube do fato ele começou a dar entrevistas para jornais e isso acabou causando uma grande comoção popular, o que obviamente despertou a máquina de acobertamento do governo americano que prontamente entrou em ação, fazendo inclusive com que o próprio Marcel fosse ridicularizado pelos órgãos de imprensa da época. 

Na realidade esse estranho acontecimento ocorrido em Roswell acabou criando toda a mitologia dos discos voadores, que depois iriam explodir na cultura pop, surgindo em filmes, séries, quadrinhos e livros. Um dos maiores méritos dessa produção é que ela adotou um tom muito equilibrado, procurando expor todos os fatos sem sensacionalismos desnecessários ou apelando para soluções banais e infantis. O roteiro não se posiciona claramente sobre o ocorrido, procurando apenas expor o que de fato aconteceu, sem tirar maiores conclusões. Provavelmente seja o filme que melhor captou essa situação, pois foi quase que inteiramente inspirado em um dos melhores livros escritos sobre o tema (de autoria dos doutores Kevin D. Randle e Donald R. Schmitt). Boa reconstituição de época, aliada a uma postura adequada, fazem de "O Caso Roswell" um programa obrigatório para quem se interessa em ufologia e sua história. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Minissérie ou filme produzido para a TV. 

O Caso Roswell (Roswell, Estados Unidos, 1994) Direção: Jeremy Kagan / Roteiro: Kevin D. Randle, Donald R. Schmitt / Elenco: Kyle MacLachlan, Martin Sheen, Dwight Yoakam. / Sinopse: O filme explora aquele caos bem conhecido de Roswell, onde supostamente teria ocorrido um acidente com um disco voador vindo de outro planeta. Verdade ou pura ficção?

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de abril de 2015

Sarah Jones

Sarah Jones
É uma das deusas da telinha. A atriz nascida em Winter Springs, Florida, já estrelou diversas séries de TV. Ela começou a carreira aos 21 anos participando de um episódio da série "Medical Investigation". Depois vieram participações em "Cold Case", "Judging Amy", Ugly Betty", "Big Love" e "The Riches". Sempre trabalhando na TV ela ainda intercalou todas essas participações com vários telefilmes como por exemplo "Love Finds a Home", "Still Green" (no qual foi premiada no Spirit Awards) e "H.M.S.: White Coat", sendo que infelizmente muitos deles permanecem ainda inéditos no Brasil. Também atuou muito bem no terror "Mr. Jones". A virada na carreira começou com sua participação na popular série "Sons of Anarchy" onde interpretou a jovem personagem Polly Zobelle. Nessa série Sarah Jones também acabou encontrando a paixão ao se relacionar com o ator Theo Rossi, que interpretava o motoqueiro Juan Carlos 'Juice' Ortiz. O casal teve um longo relacionamento, mas hoje em dia não se sabe se ainda continuam juntos (coisas de Hollywood, ou melhor dizendo, de Los Angeles). Depois disso Sarah continuou a ser requisitada aparecendo em "House" e "Justified".

Como se pode perceber, com tantas séries no currículo, Sarah Jones já podia se considerar uma veterana. Sua chance de sair de papéis coadjuvantes veio na série "Alcatraz" de 2012. O programa foi esperado com grande expectativa por ter sido idealizado pelo diretor J. J. Abrams, o mesmo de "Lost". Nela a linda Sarah Jones interpretava a detetive Rebecca Madsen que ia atrás de prisioneiros que pareciam fugir de uma Alcatraz da década de 1960, embora toda a trama se passasse nos tempos atuais. O roteiro, meio confuso, não conseguia explicar direito essa diferença temporal, o que provavelmente levou o público americano a rejeitar a ideia. Embora tenha sido premiada com o ASCAP Film and Television Music Awards na categoria de Melhor Série de TV, as coisas não andaram muito bem em termos de audiência. O público não comprou a proposta e após apenas 13 episódios a série foi sumariamente cancelada por falta de audiência. Uma pena pois "Alcatraz" tinha potencial, só não houve tempo de desenvolver melhor seus roteiros. Talvez a falha tenha sido introduzir esse estranho elemento Sci-fi. Se fosse uma série policial convencional, passada nos anos 60, provavelmente teria dado certo.

Depois disso a loirinha de olhos azuis teve uma nova chance com "Vegas" em 2013. Nessa série passada toda na década de 1960 ela interpretava uma linda contadora chamada Mia Rizzo. Filha de um mafioso ela ia trabalhar em um hotel-cassino da cidade, se apaixonando por um dos xerifes de Vegas, justamente os mesmos tiras que queriam colocar as mãos nos membros da máfia que controlavam o jogo na conhecida cidade do pecado. O papel de Sarah Jones nessa série não teve tanto destaque como em "Alcatraz" já que seu personagem era inegavelmente coadjuvante. Mesmo assim os fãs da loira foram presenteados com ela em um momento particularmente maravilhoso de sua beleza, usando um lindo figurino de época. Pena que "Vegas" também não durou muito, sendo cancelada também na sua primeira temporada. Agora a beldade procura por novos caminhos na carreira. Aos 32 anos ela estará na nova série "Texas Rising" que deve chegar nas telas no fim de 2015. Desejamos toda a sorte do mundo para a linda Sarah Jones.

Pablo Aluísio.

Tomates Verdes Fritos

Uma dona de casa infeliz com sua vida e uma viúva solitária acabam se conhecendo, revivendo antigas memórias de uma amizade entre duas mulheres no sul racista dos Estados Unidos na primeira metade do século XX. Acima de tudo um belo filme, um drama sensível que se apóia basicamente no talento maravilhoso de um elenco essencialmente feminino. Em cima de um enredo que aparentemente é simples, toda a história americana é revisitada, mostrando as lutas e batalhas de mulheres corajosas que ousaram desafiar os dogmas do sistema, em uma sociedade atrasada e retrógrada. O grande trunfo de "Fried Green Tomatoes" vem basicamente de seu roteiro, muito emocionante e evocativo, tudo isso sem deixar também pequenas pitadas de humor pelo caminho. 

Também adorei em particular a excelente reconstituição de época e o trabalho de atuação da saudosa e magnífica Jessica Tandy (1909 - 1994), uma das grandes damas da história do teatro de Nova Iorque, uma talentosa profissional que chegou inclusive a dividir o palco com o mito Marlon Brando na adaptação da peça de Tennessee Williams "Uma Rua Chamada Pecado" na década de 1950. Curiosamente sua carreira no cinema só alcançou reconhecimento mesmo bem tarde em sua vida, quando ela hipnotizou o grande público no filme "Conduzindo Miss Daisy", o grande vencedor do Oscar em seu ano. Aqui ela novamente mostra uma sensibilidade à flor da pele e suas cenas são a prova do grande legado que ela deixou na arte de interpretar. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Tandy) e Melhor Roteiro Adaptado. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Kathy Bates) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Tandy) /  

Tomates Verdes Fritos (Fried Green Tomatoes, Estados Unidos, 1991) Direção: Jon Avnet / Roteiro: Fannie Flagg / Elenco: Kathy Bates, Jessica Tandy, Mary Stuart Masterson / Sinopse: O filme conta a história de amizade de mulheres que recordam de seu passado, em um tempo onde o racismo era a ordem do dia no Sul dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Traídos pelo Desejo

Título no Brasil: Traídos pelo Desejo
Título Original: The Crying Game
Ano de Produção: 1992
País: Inglaterra, Japão
Estúdio: Palace Pictures, Channel Four Films
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Neil Jordan
Elenco: Stephen Rea, Jaye Davidson, Forest Whitaker
  
Sinopse:
Um soldado inglês (Forest Whitaker) acaba caindo nas mãos do IRA, o Exército Republicano Irlandês, grupo que luta pela libertação da Irlanda da dominação da Inglaterra. Nas mãos dos sequestradores ele acaba criando uma estranha aproximação com um dos membros (Stephen Rea) do grupo que o sequestrou. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Neil Jordan). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Ator (Stephen Rea) e Melhor Ator Coadjuvante (Jaye Davidson). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama. Vencedor do Bafta Awards na categoria de Melhor Filme Britânico.

Comentários:
Grande filme. Infelizmente muitas pequenas obras primas como essa andam bem esquecidas entre os cinéfilos ultimamente. Por isso quando um canal de TV aberta o reprisa, como vai acontecer hoje na madrugada, é sempre bom tecer alguns comentários, mesmo que breves, só para avisar sobre sua exibição e deixar uma dica de programação. Sempre considerei "Traídos pelo Desejo" um dos mais expressivos filmes da carreira do excelente Neil Jordan. É curioso porque sempre tive um certo sentimento de amor e ódio com a obra desse diretor. Alguns filmes dele detestei logo de cara, mas outros jamais esqueci. Embora seja sempre tão "irlandês" em suas temáticas (especialistas em sua filmografia entenderão o que estou escrevendo), Jordan também conseguiu lidar com temas universais, válidos tanto para quem mora na Irlanda, como para quem vive em uma grande cidade brasileira. Dito isso esse "The Crying Game" é considerado por muitos sua maior obra prima, o filme pelo qual ele provavelmente será lembrado no futuro. Eu não gosto de previsões, principalmente quando diz respeito a perenidade ou não de uma obra de arte, mas tenho que concordar em parte com essa linha de pensamento. O que posso dizer é que aqui ele conseguiu realmente aliar um roteiro poderoso, excepcionalmente bem escrito, com atuações brilhantes e uma técnica de filmagem que ficará na sua mente de cinéfilo por um bom tempo. Não precisa ir muito longe para entender que com tantas peças certas em seus devidos lugares essa é de fato uma obra cinematográfica maravilhosa. Recomendo duas, três, quatro vezes, se possível. Se ainda não conhece, não vá perder essa oportunidade de assistir. 

Pablo Aluísio.

Quanto Mais Idiota Melhor

Título no Brasil: Quanto Mais Idiota Melhor
Título Original: Wayne's World
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Penelope Spheeris
Roteiro: Mike Myers
Elenco: Mike Myers, Dana Carvey, Rob Lowe

Sinopse:
Dois amigos idiotas e preguiçosos, loucos por rock, tentam promover seu programa de TV a cabo de acesso público. E nesse meio acabam se envolvendo nas maiores confusões. Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao ASCAP Film and Television Music Awards.

Comentários:
A primeira vez que ouvi falar em Mike Myers foi quando aluguei esse filme pela primeira vez, lá nos idos dos anos 1990. Não que isso significasse alguma coisa relevante em minha vida de cinéfilo, mas de qualquer maneira foi um primeiro contato. Nos Estados Unidos Myers já era bem conhecido por causa de suas participações no popular programa SNL. Por aqui porém ele seguia sendo um notório desconhecido. Na verdade só aluguei mesmo o filme para completar pacote. Ok, você provavelmente é jovem e não sabe o que é isso, mas nos tempos das locadoras de VHS existiam promoções, então você alugava um determinado número de fitas e levava outra de graça. Eu sinceramente jamais levaria essa comédia por querer ver mesmo o filme. Assim de maneira indireta acabei assistindo. Confesso que não consegui me divertir, achei o humor muito tosco (e sem maior graça). Provavelmente o roteiro só funcione mesmo se: a) você for um adolescente nerd ou b) você gosta de humor mais físico, do tipo "A Praça é Nossa" (que nem sei se ainda passa na TV aberta brasileira). O roteiro? Uma série de piadinhas explorando a figura desses dois nerds, que tentam emplacar um programa amador, mas sem muito sucesso. Bom mesmo apenas a trilha sonora e participações especiais (e metidas a gaiatas) de outros atores mais conhecidos como o ex-ídolo jovem da década de 80, Rob Lowe. No fundo é puro lixo cultural (e o filme não nega isso, se assumindo dessa maneira, sem nenhum pingo de vergonha ou maiores problemas). Só não funcionou muito comigo... Para piorar as várias citações ao mundo da cultura pop não farão mais nenhum sentido aos jovens de hoje.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Atraída Pelo Perigo

Título no Brasil: Atraída Pelo Perigo
Título Original: Catchfire
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Dennis Hopper
Roteiro: Rachel Kronstadt Mann
Elenco: Dennis Hopper, Jodie Foster, Dean Stockwell
  
Sinopse:
Anne Benton (Jodie Foster) é uma artista que sem querer acaba testemunhando o assassinato cometido por membros da máfia. Imediatamente ela chama a polícia, mas acaba descobrindo que o crime organizado tem agentes infiltrados até mesmo dentro da corporação. Lutando por sua vida, uma vez que é a única testemunha daquele crime, ela decide fugir para o México, onde acaba sendo perseguida por um assassino profissional, o estranho e frio Milo (Dennis Hopper). 

Comentários:
Dennis Hopper foi uma das figuras mais interessantes da história de Hollywood. Um sobrevivente da geração paz e amor, que usou todos os tipos de drogas por anos e anos. Tanta festa um dia tinha que chegar ao fim. Assim Hopper chegou aos anos 1990 como um ícone da contracultura, mas também como um profissional virtualmente falido e sem dinheiro. Em determinado momento a única coisa que lhe restava era o prestígio conquistado pelos muitos anos de carreira no cinema. Assim, em grande parte para continuar sobrevivendo, ele acabou aceitando dirigir esse filme de suspense chamado "Catchfire". É praticamente uma produção independente, feita sem maiores recursos, contando com o apoio de seus amigos no meio cinematográfico como a gatinha Jodie Foster que aceitou trabalhar por um cachê irrisório. Na verdade ela topou participar desse pequeno filme apenas pelo prazer de trabalhar ao lado de Dennis Hopper. Curiosamente o próprio resolveu usar um pseudônimo, assinando a fita como Alan Smithee! (um codinome muito usado por cineastas que não querem que seus nomes verdadeiros sejam revelados). Não se sabe se ele estava com vergonha do filme em si ou se tudo não passou de mais uma de suas conhecidas excentricidades malucas, ecos do Flower Power. O resultado de todo esse rocambole? Uma fitinha meio descartável, boa para o mercado de vídeo da época, mas envelhecida precocemente se revista nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.