terça-feira, 9 de setembro de 2014

Tudo Por Um Segredo

Título no Brasil: Tudo Por Um Segredo
Título Original: Welcome to Collinwood
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Pandora Cinema
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Roteiro: Anthony Russo, Joe Russo
Elenco: George Clooney, Sam Rockwell, William H. Macy, Michael Jeter, Luis Guzmán, Patricia Clarkson

Sinopse:
Uma grande confusão envolvendo várias pessoas, um roubo, 5 mil dólares, roubos, fraudes e todo tipo de encrencas. Um filme divertido e cheio de cenas de ação.

Comentários:
George Clooney conseguiu fazer a complicada transição entre a TV e o cinema, só que uma vez chegando lá, se tornando um astro da sétima arte, o que ele fez? Pois é, atuou em vários filmes bobocas como esse. O filme é um daqueles que você assiste, quem sabe de relance na TV a cabo e depois esquece para sempre. Nada fica na sua mente, nada. O que isso significa? Ora, óbvio, se trata de um filme altamente esquecível, que não marca a vida de ninguém, não muda na história do cinema. Enfim, esse filme é isso, um grande e redondo... Nada!

Pablo Aluísio.

Beijos Que Matam

Título no Brasil: Beijos Que Matam
Título Original: Kiss the Girls
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Gary Fleder
Roteiro: James Patterson, David Klass
Elenco: Morgan Freeman, Ashley Judd, Cary Elwes

Sinopse:
O Dr. Alex Cross (Morgan Freeman), um especialista em criminologia forense envolvendo psicopatas, acaba descobrindo que sua própria sobrinha pode ter se tornado alvo de um serial killer obcecado por mulheres jovens e solteiras. Agora, participando de uma intensa busca envolvendo inclusive o FBI, Cross e os demais membros de sua equipe tentarão colocar as mãos no violento assassino.

Comentários:
Já que estamos falando de Morgan Freeman, psicopatas e franquias de cinema, vale a pena relembrar desse muito bom "Kiss the Girls", um policial de suspense e tensão que fez bastante sucesso na época, mas que hoje em dia segue sendo pouco lembrado. Morgan Freeman interpreta o papel do Dr. Alex Cross, um policial e psiquiatra forense, especialista em serial killers, que acaba sendo contratado pelo FBI para resolver os casos mais sombrios da agência. Esse personagem foi criado pelo autor James Patterson e depois ganhou as telas de cinemas em dois outros filmes, "Na Teia de Aranha" de 2001 com o mesmo Morgan Freeman retornando à pele de Cross e "A Sombra do Inimigo" de 2012 onde o papel foi interpretado pelo ator Tyler Perry. Os enredos envolvendo o Dr. Alex Cross são por demais interessantes pois mesclam muito bem investigações forenses bem embasadas com tensas cenas de violência e terror. Esse aqui não decepciona a quem está em busca de bons filmes policiais envolvendo assassinos em série. Uma boa pedida para os estudiosos do tema, não resta a menor dúvida.

Pablo Aluísio .

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Um Sonho de Liberdade

Título no Brasil: Um Sonho de Liberdade
Título Original: The Shawshank Redemption
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont
Elenco: Tim Robbins, Morgan Freeman, Bob Gunton

Sinopse:
Andy Dufresne (Tim Robbins) é um mestre em finanças que, acusado de ter cometido um duplo assassinato, é condenado a pena de prisão perpétua numa penitenciária em Shawshank, na Flórida, durante os anos 1940. O lugar é dominado por guardas violentos e diretores corruptos. Logo ele se torna amigo e próximo de outro prisioneiro, Ellis "Red" Redding (Morgan Freeman). Aos poucos Andy começa a trazer alguns benefícios para os presos em troca de favores ao corrupto diretor Samuel Norton (Bob Gunton). A liberdade porém se torna cada vez mais distante.

Comentários:
Baseado no conto "Rita Hayworth and Shawshank Redemption" de Stephen King, esse é seguramente uma das melhores adaptações para o cinema do mestre do terror. O enredo é profundamente humano e conta com maravilhosas interpretações de Tim Robbins e Morgan Freeman, o que me faz arriscar a dizer que sem dúvida é o melhor trabalho de ambos até os dias de hoje. O interessante nesse texto de Stephen King é que ele, pela primeira vez em muitos anos, resolveu mudar o foco de suas estórias, dando dessa vez prioridade em desenvolver psicologicamente todos os seus personagens em um nível que nunca foi comum em seus outros livros. O resultado é realmente excepcional, uma obra prima absoluta da sétima arte durante os anos 1990. Sucesso de público e crítica o filme recebeu sete indicações ao Oscar, inclusive Melhor Filme, Ator (para o sempre digno Morgan Freeman), fotografia e roteiro adaptado (para o próprio diretor Frank Darabont, que foi injustamente esquecido na categoria de Melhor Direção). Também foi indicado ao Globo de Ouro em diversas outras categorias, incluindo Melhor roteiro e ator (novamente para Darabont e Freeman). Em suma, "Um Sonho de Liberdade" é aquele tipo de filme que não fica datado nunca, soando tão inovador e belo como se tivesse sido lançado ontem nos cinemas. Se ainda não viu não perca mais tempo, é uma obra essencial para todo e qualquer cinéfilo que se preze.

Pablo Aluísio.

Fronteira

Título no Brasil: Fronteira
Título Original: Frontera
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Michael Berry
Roteiro: Michael Berry, Louis Moulinet
Elenco: Ed Harris, Eva Longoria, Michael Peña

Sinopse:
A ex-esposa de um xerife do Arizona é morta enquanto andava por sua propriedade, um rancho distante da cidade. Todas as pistas apontam para um imigrante mexicano ilegal que foi visto poucos minutos depois de seu corpo ser localizado. O xerife porém não quer tomar decisões precipitadas pelo caso e começa a procurar por pistas mais consistentes. Roteiro parcialmente baseado em fatos reais.

Comentários:
Um bom filme que tem a coragem de tentar ir mais a fundo na questão da imigração nos Estados Unidos. Esse parece ser um problema de complicada solução para os americanos - como sempre tiveram uma visão liberal sobre a questão não conseguem mais deter a enxurrada de imigrantes atravessando sua fronteira, tanto de forma legal como ilegal. O problema é que ao abrir as portas de seu país para estrangeiros (brasileiros incluídos nesse bolo) os Estados Unidos perdem não apenas parte de sua cultura, mas também de sua liberdade e identidade como nação. Como bem disse um famoso político republicano trazer imigrantes em massa para a América é também importar seus problemas, suas mazelas sociais e tudo o que vem junto no pacote. Daqui alguns anos o espanhol será mais falado dentro dos Estados Unidos do que o inglês e quando isso acontecer já era. De uma forma ou outra o roteiro é muito bem escrito, contando com um bom elenco, plenamente empenhado em dar o melhor de si. Obviamente o argumento segue a linha liberal do politicamente correto, tentando humanizar o máximo possível o tema. No final das contas o que temos mesmo é um bom retrato dos Estados Unidos prestes a deixarem de ser os Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de setembro de 2014

Só Deus Perdoa

Título no Brasil: Só Deus Perdoa
Título Original: Only God Forgives
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Tailândia, França
Estúdio: Wild Bunch, Icon Pictures
Direção: Nicolas Winding Refn
Roteiro: Nicolas Winding Refn
Elenco: Ryan Gosling, Kristin Scott Thomas, Vithaya Pansringarm

Sinopse:
Julian (Ryan Gosling) e Billy (Tom Burke) são dois irmãos americanos que vivem na Tailândia, agenciando lutas ilegais. Suas vidas mudam radicalmente quando Billy, em um surto de loucura, resolve matar e estuprar uma jovem menor de idade da comunidade local. O crime acaba desencadeando uma série de mortes, acertos de contas e violência que parecem não ter mais fim. Filme indicado à Palma de Ouro no Cannes Film Festival.

Comentários:
A sinopse pode enganar. Muitos vão pensar que se trata de um filme com aqueles roteiros banais sobre vingança e morte no Oriente. Nada mais longe da verdade. Certamente o filme é dos mais violentos, porém o diferencial não surge da violência e nem mesmo do enredo (que sim, pode ser considerado banal). O grande diferencial de "Only God Forgives" vem da maneira como essa estória é contada. A narrativa cinematográfica utilizada pelo cineasta dinamarquês Nicolas Winding Refn é completamente fora dos padrões. Poucas vezes você viu algo igual a isso. Praticamente não há diálogos e os que existem são sucintos e breves. O enredo assim é contado de maneira quase surreal, com farto uso de olhares, momentos de tensão e até mesmo algumas pinceladas de humor involuntário. O personagem mais marcante não é o Julian de Ryan Gosling, sempre com olhar vidrado no horizonte,  mas sim o policial Chang (Vithaya Pansringarm) que distribui seu senso de justiça com uma espada samurai, decepando, degolando e trucidando todos aqueles que ousam cruzar seu caminho. É um filme estranho, diria até bizarro, mas que por ser tão ousado e diferente merece ser conhecido.

Pablo Aluísio.

O Guardião de Lincoln

Título no Brasil: O Guardião de Lincoln
Título Original: Saving Lincoln
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: New Films International
Direção: Salvador Litvak
Roteiro: Nina Davidovich, Salvador Litvak
Elenco: Tom Amandes, Lea Coco, Penelope Ann Miller

Sinopse:
O filme mostra a trajetória do presidente americano Abraham Lincoln (1809 - 1865) sob o ponto de vista de seu amigo e segurança pessoal Ward Hill Lamon (Lea Coco), desde os tempos em que Lincoln era apenas um advogado no interior dos Estados Unidos até sua trágica morte após uma das mais sangrentas guerras da história, a guerra civil americana. Roteiro baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
Filme muito bom retratando parte da vida de Lincoln, mostrando aspectos importantes de sua vida. Cinematograficamente o que mais me chamou atenção foi a escolha do diretor em usar fotografias e imagens reais da época da guerra civil como cenário para praticamente todas as cenas. Visualmente surge algo muito interessante e talentoso dessa estética, embora o espectador tenha que se acostumar um pouco com a inovadora proposta. Dessa forma temos atores interpretando seus personagens com o fundo formado por cenários virtuais, muito bem escolhidos e inseridos no enredo. O ator Tom Amandes que dá vida a Abraham Lincoln também me surpreendeu. Quem acompanha séries o reconhecerá de imediato por causa de suas atuações em seriados de sucesso como "Everwood" e "Parenthood", entre outros. Mesmo não sendo parecido fisicamente com o famoso líder americano acabou incorporando muito bem a maneira de agir e pensar de Abraham Lincoln. Não afirmo que todos vão gostar do resultado, por causa de seu design diferente, mas quem conseguir comprar a ideia certamente vai no mínimo gostar da forma como o filme narra essa grande história.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de setembro de 2014

A Última Música

Título no Brasil: A Última Música
Título Original: The Last Song
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Julie Anne Robinson
Roteiro: Nicholas Sparks, Jeff Van Wie
Elenco: Miley Cyrus, Liam Hemsworth, Greg Kinnear

Sinopse:
Ronnie Miller (Miley Cyrus) é uma jovem, filha de pais divorciados, que não conseguiu ainda superar a separação de sua família. Durante o verão sua mãe decide enviar a garota para passar suas férias ao lado de seu pai, que mora numa região muito bonita, com belas praias, o cenário perfeito para passar dias de descanso e lazer. Lá Ronnie acaba conhecendo muito mais seu pai e acaba descobrindo uma pessoa maravilhosa por trás de toda aquela imagem negativa que ela tinha criado em sua mente.

Comentários:
Miley Cyrus hoje em dia virou uma artista pop apelativa e vulgar, quase uma caricatura completa. Esse filme foi rodado em uma fase mais, digamos assim, "normal" de sua carreira. Nada de vestidos escandalosos e nem língua para fora, o que vemos aqui é um drama familiar que investe em bons sentimentos e numa boa lição de vida, ideal para garotas como a personagem principal, que de certa forma também se culpa pelo fracasso do casamento de seus pais. Outro destaque do elenco vem com o subestimado Greg Kinnear, um ator que sempre gostei, discreto e sofisticado, sempre acrescentando muito aos personagens que interpretou durante todos esses anos de carreira no cinema e na TV. Em suma, um bom filme para conhecer Miley Cyrus antes de virar esse monstro de marketing agressivo dos dias de hoje.

Pablo Aluísio.

O Limite da Traição

Título no Brasil: O Limite da Traição
Título Original: Extreme Prejudice
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco, Columbia Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: John Milius, Fred Rexer
Elenco: Nick Nolte, Powers Boothe, Michael Ironside

Sinopse:
Jack Benteen (Nick Nolte) é um xerife durão de uma cidadezinha do Texas que acaba descobrindo que sua região, antes pacata e pacífica, está agora na rota do tráfico de drogas entre México e Estados Unidos. Para piorar o chefe da quadrilha de traficantes internacionais é um velho conhecido do xerife, desde os tempos em que ambos serviram o exército americano na guerra do Vietnã. Agora estão em lados opostos da lei.

Comentários:
Exemplo de bom policial dos anos 80, cinema macho à prova de falhas. O roteiro é de John Milius, diretor de "Conan, o Bárbaro" e "Amanhecer Violento". A direção foi entregue ao especialista Walter Hill, que dirigiu verdadeiras pedradas do gênero como por exemplo "Inferno Vermelho" e "Ruas de Fogo". Para completar o pacote de testosterona o filme é estrelado por Nick Nolte, com cara de poucos amigos. Com tantos elementos favoráveis o espectador já sabe de antemão que encontrará coisa boa, acima da média dos filmes policiais da época. A produção inclusive pede emprestado vários elementos dos filmes de faroeste, como o ambiente hostil e desértico e a lei da selva, onde apenas o mais forte sobreviverá. A fita fez sucesso, tanto no mercado de VHS como nos cinemas brasileiros onde chegou a ser lançada. Revisto hoje em dia mantém o charme de uma época em que o cinema não tinha vergonha de ser macho até o último fio de cabelo. Se é o que você está procurando não tenha receios de assistir.

Pablo Aluísio.