sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Apenas Amigos

Título no Brasil: Apenas Amigos
Título Original: Just Friends
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Roger Kumble
Roteiro: Adam 'Tex' Davis
Elenco: Ryan Reynolds, Amy Smart, Anna Faris, Julie Hagerty, Chris Klein, Chris Marquette

Sinopse: 
Chris Brander (Ryan Reynolds) sempre foi apaixonado por sua amiga de escola Jamie Palamino (Amy Smart). O namoro de seus sonhos porém nunca se concretizou porque ele era um garoto gordinho, acima do peso. E ela sempre o considerou apenas como um amigo da escola. O tempo passa e ele acaba voltando para a cidade da sua juventude, reencontrando Jamie. Será que agora ele conseguirá conquistar o coração dela?

Comentários:
Filme bem divertido e ao mesmo tempo com toques emocionais, por mais incrível que isso possa parecer. Só o cinema americano consegue mesclar esse tipo de coisa, situações de comédias retardadas com um fundo de história que muita gente vai se identificar. É o conhecido caso do sujeito que é apaixonado por uma garota, mas que é colocado na "friendzone" por ela. Ou seja, você se vê na situação de ser apaixonado por uma mulher que o vê apenas como amigo! Se identificou ou não? Claro que sim. Em algum momento de sua vida isso aconteceu. O Ryan Reynolds consegue fazer humor do mais raso estilo débil mental e ainda trazer carga emocional para seu personagem. Amy Smart é uma graça, uma loira linda que deixaria qualquer um apaixonado por ela e a Anna Faris está impecável como uma cantora teen, ídolo adolescente, que é completamente sem noção em tudo o que faz. Enfim, curti mesmo esse filme. Tem momentos para rir, momentos para ficar com pena do protagonista, um romantismo bem colocado. É bacana, definitivamente é uma comédia romântica bacana. E isso é tudo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sombras do Além

Título no Brasil: Sombras do Além
Título Original: Shadows, Hellgate
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos, Tailândia
Estúdio: Capitol Motion Pictures
Direção: John Penney
Roteiro: John Penney
Elenco: William Hurt, Cary Elwes, Ploy Jindachote

Sinopse: 
Após um acidente de carro na Tailândia, o americano Jeff Mathews (Cary Elwes) passa por um longo período de recuperação. Ao recobrar a consciência descobre que seu pequeno filho e sua esposa não sobreviveram ao trágico evento. Para piorar sua situação ele começa a apresentar uma série de alucinações envolvendo pessoas mortas em acidentes também fatais. Seu desespero vai aumentando ao ponto dele finalmente procurar ajuda. Warren Mills (William Hurt), um guia espiritual meio hippie, tentará fazer com que Mathews supere essas aparições inexplicáveis.

Comentários:
Pela sinopse até parece interessante, infelizmente é melhor deixar o entusiasmo de lado. Esse "Shadows" é muito confuso, atira para todos os lados e tenta criar algum clima de verdadeiro terror - sem sucesso. Um dos grandes problemas é o roteiro truncado que apela inúmeras vezes para sustos fáceis. As aparições de pessoas mortas que se recusam a atravessar para o lado da luz (ou das trevas) logo se torna banal, diluindo o impacto que poderiam ter. O filme erra várias vezes no desenrolar dos acontecimentos e só melhora um pouquinho com a presença de William Hurt. Infelizmente as esperanças logo se vão também pois seu personagem logo se torna um coadjuvante de luxo. A maquiagem é fraca e os efeitos não empolgam. O final tenta apelar um pouco e o enredo quase vira uma espécie de "Indiana Jones espiritual" (por mais estranho que isso possa parecer!). O saldo final certamente é negativo pois pouco do que é prometido é realmente entregue ao espectador. Enfim, uma película de terror que pode ser classificada como mediana para fraca. Existem coisas melhores por aí. Pode ser dispensado sem maiores problemas.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Garota

Mesmo sem experiência o diretor e mestre do suspense Alfred Hitchcock (Toby Jones) decide contratar a jovem atriz Tippi Hedren (Sienna Miller) para ser a próxima estrela de seu novo filme, "Os Pássaros". O que parece ser um grande lance de sorte para Tippi logo se revela uma caixinha de surpresas pois aos poucos o diretor começa a se revelar completamente apaixonado por ela no set, causando uma série de saias justas e situações constrangedoras. E para piorar o que já era ruim as coisas ficam mais do que complicadas durante as filmagens pois Hitch decide usar aves de verdade nas cenas mais perigosas, deixando a jovem starlet simplesmente em pânico! Pois é, fica determinado que o cineasta Alfred Hitchcock não foi apenas um dos maiores diretores da história mas também um personagem e tanto que tem servido para vários filmes sobre os bastidores de suas maiores obras primas. Não faz muito tempo e tivemos as filmagens de "Psicose" no interessante "Hitchcock" e agora acompanhamos o método nada sutil de filmagem do diretor em seus filmes "Os Pássaros" e "Marnie", considerado o último grande filme da carreira do mestre, nesse "A Garota".

Não há como negar que essa nova produção da HBO também é um filme interessante, principalmente para quem adora conhecer os bastidores do mundo do cinema. Claro que o retrato pintado do famoso cineasta vai decepcionar bastante os fãs dele. Afinal o Alfred Hitchcock que vemos aqui é praticamente uma ruína de homem. Além de ser obsessivamente perturbado com suas estrelas loiras ele ainda se mostrava muito complexado com sua própria imagem. Se achava gordo e asqueroso, incapaz de conquistar uma de suas atrizes. Além disso em determinado momento o próprio Hitch confidencia ao seu roteirista que trocaria tudo, sua carreira, seus filmes, sua fama e dinheiro, pela chance de ter um relacionamento com uma linda mulher como Tippi Hedren mas que isso era de fato impossível pois ele era impotente! Informações demais para você? Certamente! Mesmo assim temos que sempre agradecer quando filmes assim são produzidos pois o que pode ser mais delicioso para um cinéfilo do que dar uma espiada no set de filmagens de seus filmes preferidos? Acredito que pouca coisa.

A Garota (The Girl, Estados Unidos, 2012) Direção: Julian Jarrold / Roteiro: Gwyneth Hughes, Donald Spoto / Elenco: Sienna Miller, Toby Jones, Imelda Staunton / Sinopse: "A Garota" conta os bastidores de filmagens de dois clássicos do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Durante os trabalhos acaba ficando completamente apaixonado pela jovem e novata Tippi Hedren, estrelinha dos filmes.

Pablo Aluísio.

O Mensageiro

Em um mundo pós apocalíptico, onde não existem mais instituições e nem o Estado, um homem, conhecido apenas como o mensageiro (Kevin Costner), resolve viajar por diversos locais onde existem sobreviventes para passar adiante a mensagem de que os correios dos Estados Unidos estão novamente funcionando, dando a impressão a todos de que o Estado ainda está vivo e ativo, renascendo no espírito dos que sobreviveram de que ainda há uma nação e uma esperança pelo qual vale a pena lutar e preservar todos os dias. Depois do fracasso monumental de "Waterworld" poucos acreditariam que Kevin Costner voltaria a realizar filmes assim, passados em um mundo devastado após uma grande hecatombe nuclear. Pois ele voltou! "The Postman" (Literalmente "O Carteiro") é justamente isso mas não leva até as últimas consequências aquele tipo de argumento que vimos em sua confusa aventura no mar. Para falar a verdade esse filme está mais para um western modernoso do que para um Mad Max aquático, como era "Waterworld".

Claro que não precisa de muitas cenas para o espectador compreender bem o tom ufanista e patriota que Costner desfila no roteiro. A novela de David Brin no qual o filme se baseou é justamente isso, uma ode à existência do Estado, mostrando que fora dele a convivência da sociedade é completamente impossível e desumana. Quando o personagem de Costner vai a grupos de sobreviventes ele representa não apenas um carteiro mas sim a prova de que a nação organizada ainda existe. A ironia de tudo é que ele, na verdade, apesar de se passar por um servidor público, não é coisa nenhuma, pois seu objetivo é apenas convencer os sobreviventes de que ainda existem os Estados Unidos. Certamente para os brasileiros esse tipo de argumento vai soar no mínimo muito esquisito, afinal nunca fomos conhecidos pelo nosso patriotismo ou nada parecido. Provavelmente se o enredo se passasse no Brasil e o tal mensageiro chegasse aos lugares com a bandeira nacional seria logo agredido mas enfim, deixemos as especulações de lado. O fato é que apesar do tom até meio bobinho o filme não é ruim e funciona. Obviamente o espectador terá que criar algum vínculo com a mensagem principal do roteiro mas feito isso poderá se divertir. De fato "O Mensageiro" passa longe de ser um desastre tão grande quanto foi "Waterworld". Podem conferir sem maiores receios.

O Mensageiro (The Postman, Estados Unidos, 1997) Direção: Kevin Costner / Roteiro: Eric Roth, baseado na obra de David Brin / Elenco: Kevin Costner, Will Patton, Larenz Tate, James Russo / Sinopse: Para restaurar a fé, o patriotismo e a esperança em um mundo pós-apocalíptico, um homem se faz passar por carteiro do governo dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Gremlins

Randall Peltzer (Hoyt Axton) resolve dar de presente ao filho algo diferente do habitual. Visitando uma antiga loja chinesa ele encontra um estranho animal que nunca havia visto antes. O vendedor chinês após alguma insistência resolve vender o pequeno bichinho mas antes dá três avisos a Randall. Conhecidos como Gremlins eles são ótimos animalzinhos de estimação mas jamais podem ser alimentados após a meia noite. Além disso devem ser mantidos longe da água e a da luz. Randall garante que está tudo bem, que seguirá as instruções. Após presentear seu pequeno filho Billy ele descobre que por descuido o pequeno Gizmo acaba entrando em contato com a água dando origem a um verdadeiro caos na pequena cidade de Kingston Falls. "Gremlins" é um verdadeiro clássico do cinema de fantasia dos anos 80. Contanto com um ótimo trio em sua realização (Steven Spielberg na produção, Joe Dante na direção e Chris Columbus no roteiro) o filme marcou época para quem era adolescente naquela época.

Joe Dante sempre foi muito ligado ao mundo dos quadrinhos e animações. Além disso trabalhou ao lado de Roger Corman onde aprendeu todos os macetes para se fazer pequenos mas envolventes filmes de terror e fantasia. Aqui em "Gremlins" ele encontrou o meio ideal para colocar para fora tudo o que havia aprendido ao lado do mestre Corman. O roteiro de Chris Columbus (que anos depois traria Harry Potter para o cinema pela primeira vez) é um primor de criatividade e humor negro. Assim que chegou nos cinemas o público respondeu positivamente até porque quem resistiria aos próprios Gremlins, figuras fofinhas que viravam pequenos monstros anarquistas e destruidores após serem molhados ou alimentados após a meia noite. Por falar no tais bichinhos, o cineasta Joe Dante acertou em cheio ao apostar nos chamados animatronics. Sem efeitos especiais exagerados (não havia ainda a tecnologia digital dos dias atuais) ele resolveu aproveitar algo mais analógico o que trouxe muito charme ao resultado final. Os tais Gremlins aliás viraram febre de consumo quando chegaram ao mercado de brinquedos, até porque eles próprios pareciam ursinhos de pelúcia exóticos. Enfim, muita diversão ao estilo anos 80. Em breve teremos um remake, vamos torcer para que não estraguem essa pequena jóia de Joe Dante nessa nova releitura.

Gremlins (Gremlins, Estados Unidos, 1984) Direção: Joe Dante / Roteiro: Chris Columbus / Elenco: Zach Galligan, Phoebe Cates, Hoyt Axton / Sinopse: Veho vendedor chinês vende a Randall Peltzer (Hoyt Axton) um estranho bichinho chamado Gremlim. Ele é um fofura mas caso entre em contato com a água, a luz ou seja alimentado após a meia noite pode dar origem a algo verdadeiramente terrível.

Pablo Aluísio.

Super-Herói: O Filme

Rick Riker (Drake Bell) é um sujeito comum que acaba sendo picado por um inseto geneticamente modificado. Não uma aranha, mas sim uma libélula! Após isso ele ganha vários poderes e começa a incorporar a identidade de um novo super-herói, o Homem-Libélula (sim, isso mesmo, acredite!). Desastrado, não leva o menor jeito para Batman ou Superman e sempre que tenta ajudar alguém comete uma trapalhada. Agora, como convém a todo herói de quadrinhos, ele terá que enfrentar uma nova ameaça, um super-vilão chamado, ora vejam só, o Ampulheta, que busca o segredo da vida eterna para dominar o mundo! Ok, temos aqui mais um filme ao estilo sátira besteirol cujo alvo é os filmes de super-heróis que tanto sucesso tem feito no cinema nos últimos tempos.

Quando assisto produções como essa fico surpreso como um gênero pode decair tanto como esse. Para quem não se lembra essa tipo de filme começou lá no distantes anos 1980 com comédias malucas ao estilo "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!" (que satirizava os filmes da franquia Aeroporto) e "Top Secret!" (que tirava onda com os filmes de guerra tradicionais). Naquela época, principalmente sob a direção do trio ZAZ (os irmãos Zucker e Jim Abrahams) os filmes eram divertidos, bem bolados, realmente engraçados. Agora o que temos são coisas sem a menor graça, com pitadas grotescas, vulgares, sem uma pingo de talento. Esse "Super-Herói: O Filme" é um típico filme nessa linha. Os risos são raros e as situações não vão lhe fazer rir. Enfim, um desperdício completo de tempo, dinheiro e trabalho. Melhor ignorar.

Super-Herói: O Filme (Superhero Movie, Estados Unidos, 2008) Direção: Craig Mazin / Roteiro: Craig Mazin / Elenco: Drake Bell, Leslie Nielsen, Sara Paxton / Sinopse: Jovem comum é picado por uma libélula e assume a identidade de um novo super-herói, o Homem-Libélula. Filme ao estilo sátira besteirol que procura rir dos filmes de super-heróis que fazem sucesso atualmente no cinema.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Desafiando os Limites

Título no Brasil: Desafiando os Limites 
Título Original: The World's Fastest Indian
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Roger Donaldson
Elenco: Anthony Hopkins, Diane Ladd, Iain Rea

Sinopse: 
Burt Munro (Anthony Hopkins) é considerado velho e ultrapassado pela maioria das pessoas ao seu redor. Para provar que não existe idade para realizar seus sonhos ele decide quebrar o recorde de velocidade nas salinas de Utah com sua moto Indian. Sua meta é transformar seu sonho em realidade e de quebra entrar para o Guinness World Records Book como o homem mais velho a quebrar um recorde de velocidade em motocicletas no mundo.

Comentários:
Infelizmente pouca gente viu esse interessante filme, um projeto muito pessoal do cineasta Roger Donaldson que explora um fato real acontecido com o piloto Burt Munro, um neozelandês obstinado e muito focado que resolveu provar que pessoas da terceira idade conseguiam também atingir grandes feitos na vida, inclusive esportivos. O ator Anthony Hopkins abraçou a ideia a ponto de abrir mão de parte de seu cachê para participar do filme no papel principal. Para ele foi quase uma declaração pessoal, pois assim como o personagem do filme jamais desistiu de sua carreira, se tornando um astro de primeira grandeza no cinema também já com certa idade. Outro ponto atrativo nessa produção é a própria moto Indian. Nos Estados Unidos essa marca de motos é tão cultuada como a Harley-Davidson, o que certamente atrairá o interesse dos amantes de motovelocidade. Por falar nisso as cenas no deserto de sal de Utah são realmente de tirar o fôlego, tal a competência técnica que foi utilizada nas sequências. Em suma, "The World's Fastest Indian" é uma ótima pedida para os fãs do grande Anthony Hopkins, aqui em um filme menor mas não menos precioso.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Expresso Transiberiano

Título no Brasil: Expresso Transiberiano
Título Original: Transsiberian
Ano de Produção: 2008
País: Espanha, Alemanha, Inglaterra
Estúdio:  Filmax International, Canal+ España
Direção: Brad Anderson
Roteiro: Brad Anderson, Will Conroy
Elenco: Woody Harrelson, Emily Mortimer, Ben Kingsley

Sinopse: 
Uma viagem transcontinental entre a China e Moscou, passando pela gelada e inóspita Sibéria se torna um intrigado caso de suspense e morte após um grupo de americanos descobrirem que um crime foi cometido a bordo.

Comentários:
Alguns filmes valem a pena não por serem inovadores, obras primas da sétima arte ou por terem grandes roteiros. Alguns filmes valem a pena por causa de aspectos secundários, que em outras produções, chamariam menos a atenção. É o caso desse "Expresso Transiberiano". O roteiro é até interessante mas sem muitas novidades. Também pudera, desde que a grande escritora Agatha Christie escreveu o famoso livro "Murder on the Orient Express" em 1934 esse tipo de trama como a que vemos aqui deixou de ser novidade. O elenco também não traz nada de muito surpreendente, embora conte com bons atores em seu conjunto. O que no final das contas vale mesmo a pena em "Transsiberian" é a fantástica fotografia de uma das regiões mais selvagens e hostis do planeta, exatamente a rota pelo qual o trem passa em todas as suas viagens. Aliás olhando para todo aquele gelo podemos compreender porque os presos políticos do regime comunista da URSS se consideravam praticamente mortos quando eram enviados à Sibéria. É um mar de gelo e neve que não parece ter fim. Definitivamente não é lugar para um ser humano morar. Belo? Certamente mas apenas em filmes como podemos ver aqui, no aconchego do lar. Enfim, não, a película não é uma obra de arte, nem um clássico do cinema mas vai levar você para uma viagem muito interessante pela inferno gelado da Sibéria.

Pablo Aluísio.

Horas de Desespero

Título no Brasil: Horas de Desespero
Título Original: Desperate Hours
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis
Direção: Michael Cimino
Roteiro: Joseph Hayes, Lawrence Konner
Elenco: Mickey Rourke, Anthony Hopkins, Mimi Rogers

Sinopse: 
Michael Bosworth (Mickey Rourke) é um fugitivo da prisão que entra na casa da família de Tim Cornell (Anthony Hopkins) fazendo todos de reféns, inclusive sua esposa Nora Cornell (Mimi Rogers). Instalado o clima de suspense e terror, ambos, bandido e vítima, começarão um intenso jogo psicológico para descobrir quem sairá vitorioso daquela complicada situação.

Comentários:
Esse é um remake do clássico filme "The Desperate Hours" de 1955 dirigido por William Wyler e que tinha em seu elenco as presenças grandiosas de Humphrey Bogart e Fredric March. Um ótimo suspense que marcou bastante em seu lançamento. Nessa produção do começo dos anos 90 Rourke interpreta um dos assaltantes que invadem uma casa e fazem seus moradores de reféns. Contracenando com ele o grande Anthony Hopkins. Dirigido pelo cineasta Michael Cimino (o mesmo de "O Ano do Dragão") o filme tentava repetir o bom resultado do anterior. Apesar da boa produção e dos diálogos bem trabalhados o filme não conseguiu alcançar um bom resultado comercial. Além disso em decorrência dos constantes atritos de Rourke com a imprensa ele acabou sendo "premiado" com uma indicação ao Framboesa de Ouro por sua atuação aqui. Certamente uma injustiça pois sua atuação é correta, sem máculas. O que pareceu mesmo foi tudo não passar de um ato de vingança dos jornalistas contra Rourke por algumas de suas atitudes fora das telas. No saldo geral temos uma refilmagem correta, muito interessante. Anthony Hopkins está mais contido do que de costume, fruto de seu personagem. Cimino procura  desenvolver da melhor forma possível a tensa situação e se sai bem. Não é uma obra prima e de certa maneira está um pouco abaixo de todos os talentos envolvidos mas mesmo assim é certamente um bom filme que vale a pena ser redescoberto.

Pablo Aluísio.

A Fronteira

Título no Brasil: A Fronteira
Título Original: The Mule
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Voltage Pictures
Direção: Gabriela Tagliavini
Roteiro: Don Fiebiger, Amy Kolquist
Elenco: Sharon Stone, Promise LaMarco, Billy Zane

Sinopse: 
Sofie (Sharon Stone) é uma jornalista americana que vai até o México em busca de seu irmão desaparecido, Aaron (Billy Zane). Ele trabalha numa ONG que ajuda refugiados mexicanos que tentam passar pela fronteira americana, entrando ilegalmente nos Estados Unidos. O problema é que sua atuação militante acaba desagradando os chamados coiotes, criminosos especializados em levar mexicanos pela fronteira. Sofie agora fará de tudo para localizar seu irmão desaparecido.

Comentários:
Produzido pela própria Sharon Stone esse filme B chamado "A Fronteira" é um verdadeiro desastre! O roteiro é primário e nunca se decide entre ser uma filme de ação ou um drama com ares de crítica social. Para piorar ainda a falta de qualidade geral a atriz Sharon Stone está simplesmente péssima! Com o cabelo pintado de preto a ex-sex symbol se limita a desfilar um festival de caretas e olhos esbugalhados ao longo do filme. Sua "atuação" é canhestra ao ponto de passar vergonha alheia ao espectador. Quem consegue ser pior do que ela (coisa muito complicada de superar) é o Billy Zane que passa o filme todo acorrentado, sendo torturado por uma mexicana coiote, com ares de machona! O filme tem poucos cenários (fruto de seu orçamento apertado) e muitos clichês. Também surgem situações absurdas e fora da realidade como a de patrulheiros americanos fazendo tiro ao alvo em imigrantes mexicanos na fronteira, algo que me lembrou "A Lista de Schindler". O problema é que os policiais de fronteira dos EUA não são nazistas, provando que o roteiro é de fato boboca e infantilóide. Enfim, esqueça. A produção só serve mesmo para mostrar o quão decadente está a carreira de Sharon Stone.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Negócios de Família

Título no Brasil: Negócios de Família
Título Original: Family Business
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Vincent Patrick
Elenco: Sean Connery, Dustin Hoffman, Matthew Broderick

Sinopse: 
Uma família de criminosos entra em conflito após o avô Jessie (Sean Connery) cumprir sua longa pena por assalto. De volta às ruas ele pretende retomar sua vida de delitos. Para isso acaba convidando seu neto,  Adam (Matthew Broderick), para participar de um plano envolvendo um ousado assalto a banco. O convite acaba sendo combatido pelo pai de Adam, Vito (Dustin Hoffman), um ex-criminoso que agora está tentando voltar a uma vida honesta.

Comentários:
Um filme que tinha tudo para se tornar uma pequena obra prima mas que ficou pelo meio do caminho, assim podemos definir esse "Family Business" que prometia muito, principalmente por causa do excelente elenco, mas que cumpriu pouco. O resultado é morno, o que é de surpreendente pelos talentos envolvidos. Até mesmo o grande Sidney Lumet se mostra sem inspiração, burocrático mesmo. Outro aspecto muito curioso é que os atores não tinham faixa etária para representarem avô, pai e filho - as idades não batiam. Mesmo assim o estúdio ignorou isso e todos foram escalados, principalmente por causa de seu apelo comercial junto ao público. Dos três astros do elenco principal (que eu particularmente aprecio muito de outros trabalhos) o que se sai melhor em cena é Dustin Hoffman. É o único que parece ter se preocupado em desenvolver melhor seu personagem. Os demais não se destacam muito. Sean Connery não parece levar o seu papel muito à sério e Matthew Broderick está ofuscado, talvez pelo brilho natural dos mais veteranos. Interessante também notar que Broderick teve uma oportunidade incrível de trabalhar ao lado de verdadeiros monstros do cinema por essa época, inclusive trabalhando com o mito Marlon Brando em "Um Novato na Máfia".

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ishtar

Título no Brasil: Ishtar
Título Original: Ishtar
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Elaine May
Roteiro: Elaine May
Elenco: Warren Beatty, Dustin Hoffman, Isabelle Adjani, Charles Grodin

Sinopse: 
Dois cantores americanos de segunda linha contratados para trabalhar em um hotel do Marrocos acabam se envolvendo numa complexa trama envolvendo agentes da CIA, chefes políticos árabes e rebeldes revolucionários.

Comentários:
Pouca gente vai se lembrar desse filme até porque pouca gente viu, mesmo na época. "Ishtar" foi um dos maiores fracassos da história de Hollywood, um filme que deu tanto prejuízo que quase afunda as carreiras dos atores Warren Beatty e Dustin Hoffman! A premissa era terrivelmente ruim e o filme, que pretendia ser uma comédia bem humorada lidando com os problemas dos países árabes, logo se tornou um vexame alheio, fruto do roteiro confuso, sem foco algum e o pior, contando com um sem número de cenas vergonhosamente mal feitas, sem graça, obtusas. Por isso certo estava o público que não gastou seu dinheiro para ver essa coisa. Para se ter uma ideia do desastre financeiro de "Ishtar" basta consultar os números. O filme custou 51 milhões de dólares (um absurdo para a época) e faturou no mercado americano 14 mil dólares!!! Faltou pouco para a Columbia Pictures abrir falência! Para não dizer que nada presta temos pelo menos de brinde a quem se aventurou a ver esse abacaxi a presença maravilhosa de Isabelle Adjani. Jovem, no auge da beleza, ela consegue por poucos momentos diminuir a tortura de assistir a esse "Ishtar", um filme simplesmente pavoroso, em todos os sentidos.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O Diabo Veste Prada

Título no Brasil: O Diabo Veste Prada
Título Original: The Devil Wears Prada
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Frankel
Roteiro: Aline Brosh McKenna, Lauren Weisberger
Elenco: Anne Hathaway, Meryl Streep, Adrian Grenier

Sinopse: 
Miranda Priestly (Meryl Streep) é editora de uma das mais conceituadas revistas de moda do mundo. Como tal ela não admite de seus funcionários nada que não seja simplesmente perfeito. Que o diga Andy Sachs (Anne Hathaway), contratada para ser sua assistente pessoal. Ela descobrirá isso da pior forma possível.  

Comentários:
A Rede Globo andou ameaçando acabar com a Sessão da Tarde algumas semanas atrás. Alegava falta de audiência. Estava planejando até mesmo colocar mais uma reprise de novela no ar (Deus nos livre!) mas de uns dias para cá tem melhorado a seleção de seus filmes no horário da tarde. Ainda bem. Hoje teremos a exibição desse muito bom "O Diabo Veste Prada" que fez sucesso quando lançado nos cinemas e conseguiu repercussão em seu lançamento. O roteiro é baseado no livro de Lauren Weisberger que através de uma obra ficcional resolveu contar coisas reais que viveu quando foi assistente da editora toda poderosa da revista Vogue. Miranda Priestly é assim o retrato da executiva que tratava todos mal, colecionando momentos de assédio moral em sua rotina. É a tal coisa. Algumas pessoas não podem ter qualquer tipo de poder em mãos que logo abusam dele, muitas vezes da pior maneira possível.

Pois bem, falar que Meryl Streep está um arraso em sua atuação seria chover no molhado. Quando você viu essa atriz em algo que não fosse simplesmente espetacular? Ela sempre se sobressai em qualquer filme mesmo. Já Anne Hathaway continua daquele jeito. Se uma atriz não consegue se destacar nem como a Mulher Gato então é melhor desistir da carreira. Mesmo com sua falta de carisma habitual o filme vale muito a pena. É um retrato mordaz do mundo corporativo americano, com toda a sua crueza e falta de humanidade no trato social entre altos executivos e empregados de base. Para piorar o que já era ruim tudo se passa no fútil mundo da moda onde obviamente aparência e status é tudo! Compaixão? Respeito? Esqueça! Assista e sinta na pela como é duro a realidade das grandes empresas daquele país. Capitalismo puro, selvagem, implacável - para o bem e para o mal.

Pablo Aluísio.

Hostages

Título no Brasil: Hostages
Título Original: Hostages
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Henry Bronchtein, Phil Abraham, Matt Earl Beesley
Roteiro: Alon Aranya, Jeffrey Nachmanoff, Omri Givon 
Elenco: Toni Collete, Dylan McDermott, Quinn Shephard, Mateus Ward

Sinopse: 
A cirurgiã chefe da operação de coração do presidente dos Estados Unidos se torna refém de um grupo de origem desconhecida. A exigência é que ela mate o presidente na sala de cirurgia, caso contrário o grupo vai eliminar toda a sua família, agora refém em sua casa!

Comentários:
Assim que eu soube que se tratava de uma produção de Jerry Bruckheimer  já desanimei um pouco, afinal esse produtor não é conhecido pela sutileza e nem muito menos pelo refinamento de seus filmes no cinema. Agora ele está investindo no mundo da televisão. Mesmo com esse receio resolvi seguir em frente para conferir o piloto de "Hostages". A minha primeira impressão foi apenas regular. A premissa é boa, interessante, mas ideal apenas para um thriller de no máximo noventa minutos. Não sei como vão esticar esse enredo a ponto de dar origem a mais de dez episódios. Prevejo com isso saturação na certa. Sabe quando você fica com a clara intenção de que estão te enrolado episódio a cada episódio? Pois é isso mesmo que acho que acontecerá aqui. Séries precisam de mais, necessitam de subtramas interessantes, personagens cativantes, personalidades complexas e sinceramente nada vi aqui disso. Apenas uma situação de tensão não segura o espectador semana após semana. Em poucas palavras não me cativou muito. Obviamente darei chance e verei no mínimo uns cinco episódios para ter certeza mesmo do que se trata, caso não decole deixarei para trás. Com séries é justamente isso que você deve fazer. Não agradou, parte-se para outra.

Pablo Aluísio.

N.Y.C. Underground

Título no Brasil: N.Y.C. Underground
Título Original: N.Y.C. Underground
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Garbus Kroupa Entertainment, Hallway Pictures
Direção: Jessy Terrero
Roteiro: Andrew Klavan, Matthias Visser
Elenco: Arielle Kebbel, Sean Faris, Evan Ross, Rob Mayes

Sinopse: 
Dylan Montgomery (Rob Mayes) é um filhinho de papai que mora no lado mais rico de Nova Iorque. Em busca de emoção ele convence o seu motorista particular a ir com ele até uma festa no Brooklin para que ele o apresente ao chefão do tráfico local. Dylan deseja fazer uma ponte entre o bandido que lhe venderia as drogas e seu círculo social onde sempre há alguém querendo comprar a mercadoria proibida por lei. Seus planos porém acabam dando errado quando um membro da gangue de criminosos descobre que o chofer é na verdade um informante do FBI. Sem alternativa Dylan e seus amigos tentam fugir, entrando em túneis de metrô desativados da cidade, onde acabam sendo literalmente caçados pelos criminosos.

Comentários:
"N.Y.C. Underground" é uma produção B de ação que nos Estados Unidos foi lançada diretamente no mercado de vídeo. O que temos aqui é uma tentativa de criar tensão, ação e suspense no subterrâneo de Nova Iorque. Abaixo da grande cidade existe praticamente uma outra, formada por lugares escuros, cheios de ratos, baratas e viciados em crack. É justamente nesse submundo que dois irmãos riquinhos de Park Avenue tentam sobreviver enquanto membros do tráfico do Brooklin os procuram para não deixarem testemunhas pelo meio do caminho (afinal eles presenciaram a morte de seu próprio motorista pelos traficantes após eles descobrirem que o sujeito seria um dedo-duro do FBI). Nada de muito relevante você encontrará nesse filme. A partir do momento que os jovens riquinhos se escondem em túneis de metrô a coisa fica saturada, com muitos clichês e tentativas de se criar alguma situação realmente interessante. Todo o elenco é formado por atores desconhecidos. As garotas são particularmente irritantes, dando gritinhos a todo momento. Os irmãos não são melhores. Um é do tipo inconsequente, irresponsável e o outro um universitário de Harvard certinho. Personagens rasos sem qualquer profundidade. Enfim, pode deixar passar batido, pois não há nada que vá fazer falta em sua coleção.

Pablo Aluísio.