quarta-feira, 3 de julho de 2013

O Demolidor

Na época de vacas magras da carreira de Stallone, os anos 90, ele tentou se voltar para os filmes de ação ambientados no futuro. Certamente estava de olho nos sucessos de bilheteria do rival Arnold Schwarzenegger, que sempre se deu muito bem nesse universo. Além de Sly o filme ainda trazia em seu elenco duas outras estrelas em ascensão: a simpática Sandra Bullock, para atuar nas cenas de alivio cômico e Wesley Snipes como o vilão da estória, um perigoso criminoso do século XX que é trazido de volta à vida depois de muitos anos. O mundo em que ele retorna é bem diferente daquele em que viveu, pois a criminalidade praticamente desapareceu e os policiais do futuro não têm muita coisa importante a fazer por causa disso. A trama é levemente baseada no famoso livro “Brave New World” de autoria de Aldous Huxley mas não espere nada de muito profundo ou marcante, já que “O Demolidor” é um filme de muita ação e não pretende ser mais do que isso.

Em termos de boas cenas de pancadaria e pirotecnia até que o filme se sai bem. O problema é que as piadinhas de certa forma minam o resultado final. Se “O Demolidor” tivesse adotado um tom mais sério e focado, principalmente investindo melhor no duelo dos dois principais personagens o filme teria sido bem melhor recebido pelo público e pela critica. Do jeito que está agradou apenas parcialmente o público de Stallone e em contrapartida não conseguiu trazer, por exemplo, as fãs de Sandra Bullock para as filas nas bilheterias dos cinemas. Por falar em Sandra Bullock ela recebeu mais uma de suas inúmeras indicações ao Framboesa de Ouro de pior atriz. De fato ela parece bem fora de seu ambiente nesse filme, mostrando que sua personagem, uma policial do futuro, não faz a menor falta na trama principal. Na época recordo que “O Demolidor” funcionava muito melhor no mercado de vídeo, algo que se repete atualmente. Visto como um programa descontraído e descompromissado o filme funciona razoavelmente bem. Não leve muito à sério e se divirta.

O Demolidor (Demolition Man, Estados Unidos,1993) Direção: Marco Brambilla / Roteiro:  Peter M. Lenkov, Robert Reneau / Elenco: Sylvester Stallone, Wesley Snipes, Sandra Bullock / Sinopse: No futuro um perigoso criminoso do passado é trazido de volta à vida causando muitos problemas para as forças policiais daquela época.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Star Trek – Além da Escuridão

Após violar uma das regras mais importantes da federação (aquela que determina que nenhuma expedição pode influir no destino e desenvolvimento natural das civilizações de outros planetas) o jovem Capitão Kirk (Chris Pine) acaba sendo punido pela frota estelar. Ele perde o comando da Enterprise e é removido para outra nave, ocupando dessa vez o posto de primeiro oficial. Quando tudo parecia perdido, uma reviravolta do destino muda os rumos de sua carreira novamente. Um ex-capitão da frota se rebela e se torna um terrorista e uma ameaça, atacando outras naves, criando problemas diplomáticos com os Klingons e o mais ousado de tudo: promovendo ataques na própria sede da frota estelar em San Francisco. Após um atentado que quase mata a todos o comandante geral Marcus (Peter Weller) resolve reabilitar Kirk para que esse vá até um ponto remoto do universo em busca do rebelde. Ao lado de Spock (Zachary Quinto) e toda a sua tripulação a Enterprise então parte para os confins da galáxia para colocar as mãos no insurgente, ao mesmo tempo em que tenta não despertar uma nova guerra interplanetária pois estará em território dominado pelo Império Klingon. Para sua surpresa o que parecia ser uma missão simples, de busca e prisão, acaba se revelando muito mais e Kirk se vê no meio de uma rede complexa de conspirações envolvendo a alta cúpula da Frota Estelar.

“Star Trek – Além da Escuridão” é o novo filme da franquia Jornada nas Estrelas a chegar nos cinemas. Falar sobre esse universo Star Trek é complicado e até desnecessário tamanha a sua importância dentro da cultura pop. São inúmeros os filmes, as séries, os livros, a influência e as demais vertentes dessa maravilhosa saga que nasceu na TV nos anos 60 e depois invadiu os cinemas, os quadrinhos e tudo mais a que tinha direito. A boa notícia para os fãs é que desde a retomada da franquia nos cinemas não há maiores sobressaltos. O cineasta J.J. Abrams se mostra muito preciso e talentoso ao lidar com a mitologia. Ele já tinha mostrado muito domínio em seu primeiro filme e repete o êxito aqui. O roteiro é ágil, bem escrito e se apóia em um personagem muito querido dos fãs, um vilão que surgiu ainda na série clássica e que agora retorna para resgatar sua posição dentro dessa série (cuja identidade não revelarei aqui no texto para não estragar a surpresa de quem ainda não viu o filme). Já do lado da tripulação original temos uma muito bem-vinda participação especial de Leonard Nimoy, o eterno Spock da série e dos primeiros filmes no cinema. Sua aparição é pequena, é verdade, mas seu carisma encherá de alegria os fãs mais saudosistas. Para quem gosta de efeitos especiais a produção é tecnicamente impecável, inclusive homenageando em sua direção de arte muitas das concepções que Gene Roddenberry usou nos primeiros episódios na TV. Os nativos primitivos de um planeta isolado que surgem logo na primeira cena do filme parecem ter saído de algum episodio da série clássica original. Enfim, só resta elogiar e recomendar. “Star Trek – Além da Escuridão” é realmente um excelente filme da eterna franquia Jornada nas Estrelas. Vida longa e próspera aos novos filmes.

Star Trek - Além da Escuridão (Star Trek Into Darkness, Estados Unidos, 2013) Direção: J.J. Abrams / Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman / Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana, Leonard Nimoy, Karl Urban / Sinopse: A Entrerprise sob o comando do capitão Kirk (Pine) é enviada a um setor distante do universo para capturar um ex-membro da frota estelar que agora está rebelado, promovendo ataques terroristas contra o alto comando da federação.

Pablo Aluísio.  

Avalon High

Filme produzido pela Disney para seu canal a cabo nos Estados Unidos. É baseado em um livro bem popular entre os adolescentes americanos escrito por Meg Cabot. O enredo é obviamente direcionado ao público jovem: A bonita e simpática Allie Pennington é transferida para uma nova escola. O local inicialmente se revela cheio de novidades mas nada a prepararia para o que acaba descobrindo pois seus novos colegas de classe são na verdade reencarnações da corte do Rei Arthur. Apaixonada pelo quarterback da escola ela acaba se envolvendo em muitas aventuras!

Pois é, pelo enredo já deu para ver que dificilmente um adulto vá curtir essa estória. Como se trata de um produto Disney não espere nada de muito ousado mas em compensação também não espere por algo mal feito. A produção segue o padrão do estúdio, muito embora adaptado para o universo das TVs a cabo, o que significa um orçamento mais modesto. O elenco é praticamente desconhecido do público brasileiro, todo formado por uma garotada ao estilo Disney: belas garotas e rapazes de boa aparência. O enredo tem romance e fantasia nas doses certas para os adolescentes. Quem já sintonizou alguma vez na vida o canal Disney Channel saberá muito bem o que lhe espera. Não chega a aborrecer como alguns programas que vemos ali mas para o público teen vai soar bem mais ideal. Só não recomendo para quem tem mais de 16 anos.
   
Avalon High (Idem, Estados Unidos, 2011) Direção: Stuart Gillard / Roteiro:  Julie Sherman Wolfe, Amy Talkington / Elenco: Britt Robertson, Gregg Sulkin, Joey Pollari, Devon Graye / Sinopse: Garota novata em escola descobre uma nova realidade em sua vida, ao mesmo tempo em que se envolve em muitas aventuras ao lado de seus novos colegas.

Pablo Aluísio.

domingo, 30 de junho de 2013

Um Cara Quase Normal

Jack Giamoro (Ben Affleck) é um sujeito bem sucedido. Tem sua própria agência de talentos, uma ótima casa, carros modernos e uma linda esposa, a ex-top model Nina (interpretada pela não menos maravilhosa deusa loira Rebecca Romijn). Tudo parece correr às mil maravilhas até que de repente as coisas começam a dar errado. Clientes deixam sua agência, as receitas caem, o pai sofre um derrame e por fim, para arruinar de uma vez por todas a sua ascensão pessoal e profissional, sua mulher tem um caso com um de seus mais importantes clientes. Tudo parece desmoronar de uma vez na cabeça do agora pobre coitado Jack. Essa é a premissa inicial desse “Um Cara Quase Normal”. Como era de se esperar o título nacional é dos mais estúpidos e certamente muitos deixaram de ver esse filme por essa razão. Quem se aventurar porém terá uma boa surpresa pois "Man About Town", seu título original, é uma película bem interessante, mostrando os dois lados da mesma moeda, onde o sucesso e o fracasso ficam bem próximos.

O elenco é liderado por Ben Affleck. Bom, já sabemos que ele é muito mais talentoso como diretor do que como ator pois sua lista de atuações canastras é longa. Aqui pelo menos ele não compromete. Seu papel é de um jovem homem de negócios com muita sede de poder e dinheiro que em determinado momento de sua vida tem uma revelação e começa a entender que no fundo isso não tem tanta importância como ele pensava. Sua vida mais parece um castelo de cartas que vai ao chão ao menor sinal de mudanças. Sua reviravolta no modo de pensar curiosamente começa quando ele decide entrar em um curso de escrita, ministrado por um professor com ares de charlatão (ótimo papel nas mãos de John Cleese, ator e comediante de mão cheia). Quando começa a escrever um diário com suas impressões da vida (uma das tarefas do tal curso) começa a finalmente entender os rumos de sua existência. Em essência temos aqui um filme divertido, leve, mas que também traz algumas questões interessantes. Esqueça o idiota titulo nacional e assista para tirar suas próprias conclusões.

Um Cara Quase Normal (Man About Town, Estados Unidos, 2006) Direção: Mike Binder / Roteiro: Mike Binder / Elenco: Ben Affleck, Rebecca Romijn, John Cleese / Sinopse: Jack (Affleck) é dono de uma agência de talentos que de repente vê os principais aspectos de sua vida pessoal e profissional ruir.

Pablo Aluísio.

Karate Kid

Eu sempre costumo dizer que alguns filmes já encontraram suas versões definitivas no cinema, por isso não é necessário tentar realizar remakes. Apenas a ganância em busca de caça-níqueis justifica a existência de certas produções. Um exemplo claro disso aconteceu com Karate Kid. A estória já havia encontrado seu veículo perfeito pois virou até franquia na década de 80. Infelizmente em crise completa de criatividade Hollywood resolveu ressuscitar o personagem nessa obra bufa, sem carisma, sem razão de existência, sem qualidade nenhuma. Para piorar o que já era uma idéia ruim o novo Karate Kid nada mais é que do uma tentativa (das mais desesperadas e toscas) do paizão Will Smith em transformar seu filhote Jaden Smith em astro instantâneo.

O enredo é muito parecido com o que já conhecemos. Dre Parker (o chatinho do Jaden Smith) se muda com a mãe para Pequim. Lá acaba se interessando por uma jovem garota chamada Meiving (Wenwen Han). O problema é que esse inocente e doce romance acaba irritando profundamente um valentão chamado Cheng, que não hesita em agredir Parker por sua ousadia de tentar conquistar a jovem de seus sonhos. Para aprender a se defender ele começa a ser treinado pelo Sr. Han (Jackie Chan, pagando mico), que através de sua arte marcial e filosofia tentará transformar o garoto em um grande lutador. É a mesma estória dos filmes anteriores só que agora maquiada para parecer algo diferente. Não colou. Nada de muito marcante acontece e o saldo final é mais do que negativo. É o tipo de filme que não soma em nada, não acrescenta nada de novo. Por isso é bem melhor rever os filmes originais, que eram bem melhores e muito charmosos com todo aquele estilo que só o cinema dos anos 80 conseguia reproduzir. Essa aqui é uma obra fajuta e descartável, sem a menor importância.

Karate Kid (idem, Estados Unidos, 2010) Direção: Harald Zwart / Roteiro: Christopher Murphey, Robert Mark Kamen / Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson / Sinopse: Garoto americano após sofrer agressões na China resolve aprender artes marciais com um velho e sábio professor.

Pablo Aluísio.

sábado, 29 de junho de 2013

A Identidade Bourne

Esse foi o primeiro filme da franquia Bourne. Com toques de James Bond e muita ação os filmes Bourne fizeram grande sucesso e lançaram o ator indie Matt Damon no rol dos heróis de Action Movies. Não há como negar que todos os três filmes da série são bem realizados, bem roteirizados, com ótimo enfoque na mais pura ação. Como se sabe o gênero ação vive sua fase de ouro desde a década de 80 e segue colecionando ótimas bilheterias todos os anos, sendo que se formos analisar bem praticamente todos os blockbusters de Hollwyood atualmente são de ação (até mesmo os filmes de super-heróis). Praticamente não existem exceções. Mas voltemos a Bourne. Jason Bourne (Matt Damon) acorda de repente no meio do nada, sem memória e sem saber direito quem é. Em posse de um código, que parece ser um número relativo a uma conta bancária na Suíça, ele cruza a Europa e os Estados Unidos em busca de respostas. Como todos já sabemos Bourne é um agente especial de um programa ultra-secreto do governo americano que treina apenas a elite da elite.

Matt Damon se preparou bastante para o papel, afinal esse é o tipo de filme que era uma completa novidade para ele, uma vez que construiu sua carreira em cima de filmes mais alternativos, dramas em essência. Virar um astro de filmes de ação não é para qualquer um. Conforme explicou depois em entrevistas de promoção da fita ele treinou arduamente artes marciais para se sair bem em cena. Em muitas cenas – como a luta dentro do apartamento – literalmente dispensou dublês, realizando ele próprio toda a coreografia do confronto contra seu oponente. A produção de “A Identidade Bourne” foi cara e complicada pois o filme foi filmado em diversas locações, em países diferentes. O diretor Doug Liman também nunca tinha feito nada no gênero ação, sendo seus filmes anteriores pertencentes a outros estilos. Houve um tipo de atrito inicial entre Damon e o estúdio pouco antes do começo das filmagens pois resolveu-se mudar o roteiro da noite para o dia. “Esse não foi o filme que eu topei fazer” – avisou Damon, deixando claro que abandonaria o projeto caso o roteiro fosse modificado de última hora. Depois de muitas negociações ele e o diretor Doug Liman conseguiram então impor a primeira versão do texto, que é justamente essa que o espectador conferiu nos cinemas. Assim deixamos a dica do primeiro filme Bourne – caso você seja jovem demais para conhecer que tal uma maratona nesse fim de semana com toda a trilogia? Pode ser uma boa pedida, sem dúvida.

A Identidade Bourne (The Bourne Identity, Estados Unidos, 2002) Direção: Doug Liman / Roteiro: Tony Gilroy, W. Blake Herron / Elenco: Matt Damon, Franka Potente, Chris Cooper / Sinopse: Jason Bourne (Matt Damon) é um super agente da CIA que acorda sem memória. Agora terá que correr contra o tempo para entender a complexa rede de interesses no qual está supostamente envolvido.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A.I. Inteligencia Artificial

O projeto nasceu inicialmente como uma parceria entre dois grandes diretores, Steven Spielberg e Stanley Kubrick. Ambos queriam trabalhar juntos, se admiravam e por essa razão desenvolveram a adaptação do famoso conto chamado “Superbrinquedos Duram o Verão Inteiro” de Brian Aldiss. Foi um processo longo e demorado, por dez anos Spielberg e Kubrick trocaram notas, idéias e opiniões até que infelizmente, poucos meses antes do começo das filmagens, Kubrick morreu. Para Spielberg foi um choque pois tudo estava certo para que Stanley dirigisse o filme, com produção executiva do próprio Steven. De inicio o diretor resolveu cancelar tudo mas depois de uma conversa muito franca com a viúva de Kubrick decidiu voltar atrás. Era muita coisa para se jogar fora da noite para o dia. Além disso o projeto estava concluído e era de fato a última visão do mestre Kubrick no cinema. Em honra de sua memória Spielberg resolveu arregaçar as mangas e partir para as filmagens, afinal seria não apenas a concretização de um projeto de dez anos mas também uma homenagem ao seu mentor.

O enredo conta a estória de dois andróides em busca de suas próprias humanidades. O cenário é um futuro caótico, sem esperanças, em um planeta atolado em lixo e caos. Tecnicamente “A.I. Inteligência Artificial” é simplesmente perfeito. Ótimos efeitos especiais, figurinos criativos, cenários inspirados. Seu roteiro também é bem inteligente, tratando de temas intrigantes. O problema é que antes das filmagens começarem Spielberg mexeu mais uma vez no texto e resolveu criar uma extensão na estória adaptada por Kubrick. Por isso o espectador acabou ficando com a impressão de que o filme na realidade tinha dois finais – aquele escrito por Kubrick e um mais adiante escrito por Spielberg. Ninguém duvida que Steven Spielberg é um dos grandes gênios da história do cinema mas aqui ele realmente se equivocou. Deveria ter filmado tal como Stanley Kubrick deixou o roteiro antes de partir. Spielberg errou ao tentar explicar demais ao público, algo que Kubrick não queria, pois seu final deixava tudo em aberto, para a imaginação do espectador. Já Spielberg foi além do necessário tirando nesse processo parte do impacto de A.I. Mesmo assim, com esses problemas, o filme ainda vale a pena. É uma ficção acima da média embora nunca tenha de fato se tornado uma unanimidade.

A.I. Inteligência Artificial (Artificial Intelligence: AI, Estados Unidos, 2001) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Steven Spielberg, Ian Watson e Stanley Kubrick (não creditado), baseados no conto "Supertoys Last All Summer Long" de Brian Aldiss / Elenco: Haley Joel Osment, Jude Law, William Hurt, Frances O'Connor, Sam Robards / Sinopse: Dois andróides tentam entender sua existência em um mundo futurista dominado pelo caos e desordem.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Um Crime Americano

O abuso doméstico é uma realidade cada vez mais comum nas sociedades. Usando do poder de mando dentro das famílias certas pessoas ultrapassam todos os limites da decência e do bom senso. É justamente esse o tema central desse “Um Crime Americano”. O roteiro é baseado em fatos reais e mostra o inferno em que entraram duas jovens que são colocadas por seus pais em um lar provisório enquanto eles tentam ganhar a vida (pois trabalham em feiras itinerantes que não propiciam estabilidade e segurança para as garotas). O problema é que a mulher com quem ficam é literalmente uma louca sádica que não perde a chance de promover espancamentos por qualquer motivo que seja. Em troca de 20 dólares semanais ela se propõe a tomar conta das garotas mas qualquer desvio por parte delas é severamente punido, qualquer mínimo deslize não escapa das piores punições, inclusive físicas e psicológicas. Uma verdadeira sádica sem limites.

O curioso é que certos aspectos da história real foram amenizadas, o que deixa qualquer espectador mais atento impressionado, pois o que é mostrado em cena já parece ser violento o bastante. O filme aposta em um realismo brutal mas sem expor o público a cenas explicitas demais de espancamentos e abusos. O diretor muitas vezes prefere apenas sugerir do que escancarar aos olhos dos que assistem ao filme toda a crueza sórdida da situação enfocada. O grande destaque do elenco vai para a sempre talentosa Ellen Page. Quem acompanha sua carreira tem pleno conhecimento de seu grande carisma e talento. Quando tem bom material em mãos para trabalhar Page se saí realmente bem, algo que se repete aqui pois a humanidade que traz para seu personagem é um dos grandes trunfos da produção. “Um Crime Americano” é um filme bastante relevante, pois mostra um tema importante. Seu roteiro também serve como uma denúncia dos absurdos que podem acontecer dentro de quatro paredes. Um alerta mais do que importante para toda a sociedade.

Um Crime Americano (An American Crime, Estados Unidos, 2007) Direção: Tommy O'Haver / Roteiro: Tommy O'Haver, Irene Turner / Elenco: Ellen Page, Hayley McFarland, Nick Searcy / Sinopse: O filme narra a história real de Gertrude Baniszewski, uma dona de casa sádica que promoveu diversos abusos contra uma garota menor de idade durante a década de 1960 em Indiana, Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

Fuga à Meia Noite

Nem só de grandes clássicos vivem os grandes atores. Um exemplo é esse policial “Fuga à Meia Noite” estrelado por Robert De Niro. Hoje em dia o ator vive uma fase negligente na carreira, estrelando filmes medíocres, comédias bobas que nada acrescentam a ele, mas na década de 80 De Niro ainda era visto como um dos monstros sagrados da interpretação. Por isso a surpresa quando chegou nos cinemas esse policial sem grandes novidades, praticamente rotineiro, que pensando bem poderia ser estrelado por qualquer outro ator especializado em filmes de ação. Na época De Niro explicou que era necessário fazer de vez em quando filmes assim, mais simples, menos pretensiosos. Sempre interpretei essa postura dele como uma espécie de válvula de escape, afinal não era todo dia que se podia estrelar um “Touro Indomável” ou um “Poderoso Chefão II”. Na verdade temos aqui uma fita descartável, ideal para o mercado de vídeo. Seu nome ajudaria a vender a produção, o espectador se divertiria um pouco em casa e depois esqueceria do que viu.

Como você já deve ter percebido a trama é das mais comuns. Robert De Niro interpreta o ex-policial Jack Walsh. Sua missão é levar um contador especializado em fraudes financeiras, Jonathan "The Duke" Mardukas (Charles Grodin), de Nova Iorque até Los Angeles. Seu objetivo não será nada fácil uma vez que Mardukas tem sua cabeça à prêmio por ter enganado famílias mafiosas poderosas. Isso significa que não será uma viagem das mais tranqüilas. “Fuga à Meia Noite” tem muitos clichês em seu roteiro batido. Robert De Niro, como não poderia deixar de ser, está obviamente no controle remoto. Ele certamente sabia que o material era de rotina e por isso não se esforçou muito. O diretor Martin Brest era especialista em fitas assim, policiais com bastante ação. Seu grande sucesso até aquele momento era “Um Tira da Pesada”. De Niro, por sua vez, certamente estava em procura de algo nessa linha, um filme policial com toques de humor que rendesse bastante bilheteria. Se essa era a sua intenção então não deu muito certo pois “Fuga à Meia Noite” teve um retorno comercial apenas morno.

Fuga à Meia-Noite (Midnight Run, Estados Unidos, 1988) Direção: Martin Brest / Roteiro: George Gallo / Elenco: Robert De Niro, Charles Grodin, Yaphet Kotto / Sinopse: Ex-policial tenta levar um contador jurado de morte pela máfia de Nova Iorque até Los Angeles.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

U-571 - A Batalha do Atlântico

Durante a II Guerra Mundial a marinha alemã se destacou por sua grande e poderosa frota de submarinos. Era de fato a espinha dorsal do reich nos mares. Após inúmeras operações um desses submarinos acaba ficando inoperante no Atlântico após ser severamente atacado por navios ingleses. Suas mensagens de socorro acabaram sendo interceptadas pelos serviços de inteligência dos aliados que imediatamente mandam um submarino americano ao local. A intenção é se fazer passar por alemães com o objetivo de colocar as mãos em uma máquina de códigos extremamente importante para as forças armadas inimigas. De posse da chamada “Enigma” os americanos poderiam a partir daí decifrar todos os códigos de ordem das operações militares envolvendo as forças alemãs, algo vital para vencer as tropas de Hitler nos campos de batalha.

Após assistir a “U-571 - A Batalha do Atlântico” não há outra conclusão. Se trata realmente de um dos melhores filmes de guerra mostrando operações navais de submarinos no cinema. Embora o filme não seja historicamente 100% correto, não há como negar que é uma produção excelente. Na época de seu lançamento houve de fato uma certa controvérsia envolvendo os veteranos ingleses que afirmaram que o papel dos americanos não tinha sido tão vital na operação como vemos no filme mas isso é o que menos importa ao espectador. Para quem procura um bom entretenimento o filme funciona excepcionalmente bem. O elenco é liderado por Matthew McConaughey. Hoje em dia ele estrela uma comédia romântica boba atrás da outra mas na época ainda era considerado um ator promissor. Ao seu lado se saem bem melhor Bill Paxton e Harvey Keitel. Particularmente gosto muito do estilo do diretor Jonathan Mostow. Ele tinha desenvolvido um trabalho maravilhoso com a série “Da Terra à Lua” na TV mas errou ao se envolver com a terceira parte da franquia “O Exterminador do Futuro” em um filme que acabou não agradando a ninguém. De uma forma ou outra fica a recomendação desse ótimo filme naval, que resgata uma das missões mais importantes de toda a segunda grande guerra mundial.

U-571 - A Batalha do Atlântico (U-571, Estados Unidos, 2000) Direção: Jonathan Mostow / Roteiro: Jonathan Mostow / Elenco: Matthew McConaughey, Bill Paxton, Harvey Keitel / Sinopse: Após ficar a deriva em alto-mar um submarino alemão vira o alvo de uma importante missão americana que procura colocar as mãos em uma máquina decodificadora de códigos que se encontra dentro dele.

Pablo Aluísio.

A Trilha

Para se realizar um bom filme de suspense psicológico não basta apenas reciclar velhos clichês. Essa é a conclusão que se chega após assistir a esse “A Trilha”. O filme tem no elenco a atriz e modelo Milla Jovovich da franquia “Resident Evil”. Ao seu lado surgem dois astros da TV, o comediante Steve Zahn (que está excelente na serie “Treme” da HBO) e Timothy Olyphant (que interpreta o agente federal durão Raylan Givens da boa série policial “Justified” do canal FX). Apesar dos nomes envolvidos não espere grande coisa de “A Trilha”. No enredo acompanhamos um casal de praticantes de esportes radicais (aventureiros de fim de semana como são chamados) que em lua de mel pelo Havaí acaba descobrindo da pior maneira que seguir trilhas adentro no meio da natureza envolvem muitos riscos, inclusive de segurança, já que bem no meio da aventura se deparam com psicopatas perigosos.

O roteiro usa e abusa de clichês que já conhecemos bem. Nem todos parecem ser o que aparentam e as cenas de tensão e terror se sucedem sem muita inspiração. Há muito apelo para o simples e puro mau gosto sensacionalista (afinal quem levaria a sério alguém que coleciona dentes?) e problemas de interpretação, com destaque para a inexpressiva Milla Jovovich que até hoje nunca convenceu em papel nenhum de sua carreira. E não seria em um filme raso desses que alcançaria sua redenção profissional. De bom se salva apenas o belo cenário do Havaí, que realmente é lindo, de encher os olhos. No mais nada de novo em cena. “A Trilha” foi dirigido por David Twohy, que já havia dado ao público Sci-fi os bons “Eclipse Mortal” e “A Batalha de Riddick” mas que ultimamente não tem acertado muito bem a mão (vide o fraco “Submersos”). Esse certamente é um de seus mais convencionais e decepcionantes filmes. Espero que volte ao bom caminho em sua próxima produção, “Riddick”, que está em fase de conclusão.

A Trilha (A Perfect Getaway, Estados Unidos, 2009) Direção: David Twohy / Roteiro: David Twohy / Elenco: Steve Zahn, Timothy Olyphant, Milla Jovovich / Sinopse: Casal em férias no Havaí acaba caindo nas mãos de terríveis psicopatas.

Pablo Aluísio.

Rocky Balboa

A década de 90 foi bem complicada para Stallone. Ao contrário dos anos 80 quando ele se tornou o astro número 1 do cinema americano, na década seguinte ele enfrentou uma série de incríveis fracassos comerciais, algo que era impensável para um campeão de bilheteria como ele. Assim depois de muitos anos Stallone resolveu apostar novamente no certo e seguro e isso significava voltar aos seus mais populares personagens do passado, entre eles o lutador Rocky Balboa. O último filme havia sido lançado há 16 anos mas Stallone ainda acreditava na força da franquia. Aqui encontramos Rocky Balboa como uma sombra do campeão que um dia foi. Ele tem um pequeno restaurante de comida italiana onde entretém os fregueses contando histórias de sua carreira. Está completamente aposentado e sente falta de sua esposa, Adrian, que morreu de câncer após uma prolongada luta pela vida. O velho campeão sente-se abandonado e esquecido, algo muito comum na vida de esportistas em geral. Uma vez passada a época de glórias sobra apenas o ostracismo dos últimos anos.

A sorte para Rocky muda porém quando o atual campeão de pesos pesados, Mason 'The Line' Dixon (Antonio Tarver) decide lutar contra ele em uma exibição promocional. No fundo Dixon está revoltado por causa de um jogo de simulação em que ele luta contra Rocky e perde. O programa usa as características dos lutadores reais e o resultado se mostra favorável ao antigo campeão Balboa. Para mostrar que isso não tem compatibilidade com o mundo real ele decide subir ao ringue para enfrentar Rocky. Esse como não tem mais nada a perder decide aceitar o desafio. A partir daí não precisa ser vidente para saber o que vai acontecer. Quem já assistiu a algum filme da série Rocky já prevê de antemão que o lutador vai competir até o limite de suas forças físicas, mesmo que o preço a pagar seja muito alto. Não há como negar que “Rocky Balboa” seja um bom filme. Stallone soube muito bem tirar proveito das principais características que fizeram desse personagem um ícone do cinema. Só espero que ele agora deixe o velho Balboa em paz pois essa continuação tardia serve muito bem como uma digna despedida para a franquia. Bem melhor do que o obtuso Rocky V, esse sim um filme bem abaixo do esperado.

Rocky Balboa (Rocky Balboa, Estados Unidos, 2006) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Burt Young, Antonio Tarver / Sinopse: Atual campeão de pesos pesados decide subir ao ringue para desafiar um antigo campeão aposentado, Rocky Balboa. Ele quer provar que pode derrotar também a lenda do boxe do passado.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de junho de 2013

Inimigos de Sangue

Logo na primeira cena temos uma idéia do que virá. Um grupo de assaltantes de bancos extremamente armados escapa após uma bem sucedida operação. Em seu encalço vai o tira Max Lewinsky (James McAvoy). Ele está sozinho, pois por um golpe de sorte descobriu os planos da operação mas não houve tempo de chamar reforços, mesmo assim decide seguir em frente para pegar os bandidos, que agora fogem em velozes motocicletas. Após encurralar o grupo ele consegue derrubar da moto o líder do grupo, Jacob Sternwood (Mark Strong), um foragido da justiça. Logo partem para o confronto físico mas o policial Max acaba sendo atingido no joelho por um tiro certeiro. Jacob escapa ileso. Três anos depois Max é praticamente um inválido pois uma sucessão de cirurgias o fez ficar dependente de dolorosas injeções em seu joelho. Mas algo de novo acontece pois Jacob parece estar agindo novamente. Era tudo o que o policial queria pois agora pode caçar novamente seu algoz para acertar de uma vez as contas entre eles.

“Inimigos de Sangue” é um excelente exemplo do bom momento em que o cinema inglês de ação passa atualmente. O roteiro pode até ser considerado simples mas a condução dos acontecimentos fazem toda a diferença do mundo. Movido por vingança, o tira Max (em boa interpretação do subestimado James McAvoy) acaba se tornando aliado de seu principal inimigo, isso porque ambos descobrem que estão na verdade lutando contra um inimigo comum já que o filho de Jacob é morto, assim como a parceira de Max. O filme tem muito estilo e tenta combinar ação com um argumento mostrando os efeitos nocivos que podem ser causados quando policiais corruptos se aliam a políticos inescrupulosos (não, o filme não foi rodado no Brasil, apesar disso!). Os dois principais atores do filme estão muito bem mas destaco Mark Strong como o líder do grupo criminoso Jacob que descobre da pior maneira que as peças do intrigado jogo de xadrez do mundo do crime foram movidas e ele não foi avisado dos novos movimentos! Em suma está mais do que bem recomendado para os fãs de filmes policiais de ação. Pode assistir sem qualquer receio. 

Inimigos de Sangue (Welcome to the Punch, Inglaterra, Estados Unidos, 2013) Direção: Eran Creevy / Roteiro: Eran Creevy / Elenco: James McAvoy, Mark Strong, Andrea Riseborough / Sinopse: Dois inimigos, um policial e um assaltante de bancos, acabam tendo que se unir contra um poderoso inimigo em comum. Somente o mais forte sobreviverá. Produzido por Ridley Scott.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de junho de 2013

Terapia de Risco

Após cumprir uma pena de quatro anos de prisão finalmente Martin Taylor (Channing Tatum) é colocado em liberdade. Ao lado de sua jovem esposa, Emily (Rooney Mara), ele pretende reconstruir sua vida. O problema é que ela sofre de uma grave depressão que a faz cometer um ato impensado. Após ficar em crise, Emily decide acabar com tudo e joga seu carro em alta velocidade contra uma parede em um estacionamento. Felizmente sobrevive e passa a ser tratada pelo Dr. Jonathan Banks (Jude Law). Esse começa a fazer parte de um grupo de pesquisas que tenta chegar a uma nova droga particularmente eficaz contra a depressão. De comum acordo então o médico resolve colocar Emily no projeto mas as coisas definitivamente não saem como planejado... Essa é a premissa inicial de “Terapia de Risco”, novo filme que está chegando ao mercado trazendo um elenco de nomes famosos, inclusive com a presença de Catherine Zeta-Jones, que há tempos andava bem discreta em sua carreira. Também conta com o carisma de Jude Law, aqui interpretando um psiquiatra que começa a entender aos poucos que acabou entrando em um beco sem saída.

É talvez esse seja justamente o grande deslize do filme. O roteiro é daquele tipo com várias reviravoltas, algumas nada plausíveis. De repente ninguém é o que aparenta ser e tudo vira de cabeça para baixo (não se preocupem não darei spoiler no texto). A trama também se mostra bem arrastada e para falar a verdade não existem personagens muito interessantes. Talvez, apenas talvez, o enredo desperte algum interesse nos estudantes de psiquiatria mas eles provavelmente também ficarão decepcionados com os furos de lógica e diagnostico que se alastram durante todo o desenrolar da estória. Catherine Zeta-Jones também não convence. Com maquiagem escura, pesada (provavelmente para realçar o lado mais sombrio de sua personagem) a atriz passa o tempo todo falando de forma sussurrada, o que demonstra que não conseguiu encontrar o tom certo para sua interpretação. Os grupos GLS também não ficarão nada contentes com sua caracterização em cena. No final das contas temos que admitir que o filme não passa de outra decepção assinada pelo irregular Steven Soderbergh.

Terapia de Risco (Side Effects, Estados Unidos, 2013) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: Scott Z. Burns / Elenco: Rooney Mara, Channing Tatum, Jude Law, Catherine Zeta-Jones / Sinopse: Psiquiatra bem sucedido começa a usar uma nova droga em sua paciente depressiva. O tratamento porém começa a sair perigosamente do que era planejado.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Show de Vizinha

Tudo o que Matthew Kidman (Emile Hirsch) deseja é se formar no high school e ganhar uma bolsa de estudos em Georgetown, uma das universidades mais tradicionais dos EUA. Afinal ele sempre foi um cara certinho que nunca deu um passo em falso em sua vida. Sua vida porém começa a mudar quando Danielle (Elisha Cuthbert) se muda para a casa ao lado. Ela é uma linda jovem, loira, muito sensual, representando tudo que um colegial sonharia em conquistar. Depois de um primeiro encontro meio desastrado Matthew consegue finalmente conhecer Danielle melhor e como era de se esperar acaba se apaixonando por ela. Mas como nem tudo são flores o colegial acaba descobrindo que a garota de seus sonhos é na realidade uma atriz pornô. Filmes adolescentes picantes sempre existiram no cinema americano, afinal é uma tradição mas aqui você não vai encontrar nada parecido com os “clássicos” do gênero como “Porky´s” ou “O Último Americano Virgem”.

Tudo é muito mais suave, embora existam cenas de nudez moderada. Na verdade se formos analisar bem esse roteiro chegaremos facilmente na conclusão de que é realmente uma comédia romântica das mais rotineiras, mesmo que a personagem principal seja uma profissional do cinema adulto. Assim credito ao belo casal central o principal motivo de se assistir a esse “Show de Vizinha”. Emile Hirsch é um ator talentoso, basta lembrar do ótimo “Na Natureza Selvagem”. Ainda é um jovem e provavelmente vai realizar muita coisa boa ainda em sua carreira embora tenha dado alguns passos em falso (como o fracasso “Speed Racer”). Já Elisha Cuthbert é uma das atrizes mais lindas já surgidas nas telas nos últimos anos. Ela alterna aparições em séries de TV e filmes para o cinema e ainda não conseguiu virar uma estrela mas diante de sua beleza clássica isso definitivamente vira um mero detalhe. No final das contas temos, como já escrevi, uma produção simpática, diria até descartável, mas que diverte proporcionando um ou dois sorrisos mais sinceros.

Show de Vizinha (The Girl Next Door, Estados Unidos, 2004) Direção: Luke Greenfield / Roteiro: David Wagner, Brent Goldberg / Elenco: Emile Hirsch, Elisha Cuthbert, Timothy Olyphant / Sinopse: Jovem adolescente collegial se apaixona pela nova vizinha, uma gatinha loira e sensual que na realidade é uma atriz pornô.

Pablo Aluísio.