quarta-feira, 16 de maio de 2007

Disque Butterfield 8

Esse filme é uma grata surpresa por vários motivos. Primeiro por seu tema. O roteiro enfoca a vida de uma call girl (expressão antiga para designar aquilo que você está pensando mesmo), Pensar que um filme assim foi realizado no começo dos anos 60 já é um feito e tanto. É preciso entender que a primeira metade dos anos 60 foi a época em que comédias românticas bobinhas com Doris Day estavam na moda e nada é mais longe daquela ingenuidade do que esse Butterfield com Elizabeth Taylor. Seu personagem mora com a mãe, que finge não saber o que ela faz. Ao se envolver com um homem casado Gloria (Liz Taylor) tenta reabilitar sua vida que está fora dos eixos desde a morte precoce do pai.

O filme não tem a profundidade daqueles que foram baseados em Tennessee Williams e nem é tão bem escrito como "Gata em Teto de Zinco Quente" mas compensa isso com diálogos inteligentes recheados de duplo sentido. Aliás o cinismo do filme é um dos atrativos do roteiro. Gloria sabe o que é e brinca com o fato. A cena inicial do filme, um longo plano sequência com ela se levantando após uma noite de aventuras com um homem casado é um primor de naturalismo no cinema. Eu acredito que Liz realizou esse filme em resposta ao escândalo de seu envolvimento com o marido de Debbie Reynolds, o Eddie Fisher (que está no filme). Como ela foi xingada bastante de vagabunda por isso então resolveu interpretar uma no cinema! O resultado é ótimo e ela levou seu primeiro Oscar (que dizem ter sido de consolação). Mas isso é o de menos. Assista Butterfield 8 e entenda porque ela foi uma das grandes divas da história do cinema americano.

Disque Butterfield 8 (Butterfield 8, Estados Unidos, 1960) Direção: Daniel Mann / Roteiro de John O'Hara e Charles Schnee / Elenco: Elizabeth Taylor, Laurence Harvey e Eddie Fisher / Sinopse: Jovem garota esconde sua vida de call girl. Sua vida porém começa a se complicar ao se envolver com um homem casado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de maio de 2007

A Águia Solitária

O filme enfoca a travessia do oceano Atlântico por Charles Lindberg em 1927. Para quem andou cabulando as aulas de história esse foi um evento e tanto e o piloto virou automaticamente herói americano, sendo recebido por incríveis 4 milhões de pessoas quando retornou a Nova Iorque de sua famosa aventura! Em vista de todo esse clima, digamos, ufanista, não é de se admirar que o filme adote uma postura de reverência com o personagem principal. Para interpretar uma pessoa com toda essa reputação nada mais natural que chamar James Stewart, que naquele momento de sua carreira estava totalmente consagrado, não apenas por seus filmes ao lado de Frank Capra mas também por uma invejável lista de sucessos que vinha colecionando. Além disso interpretar heróis ou virtuosos era com ele mesmo! O roteiro pode ser chamado de burocrático pois não toma nenhuma grande liberdade com o fato histórico. Vamos acompanhando a travessia e como o filme não poderia se concentrar apenas no que acontecia dentro da pequenina cabine do Spirit St Louis durante duas horas de duração, os roteiristas resolveram intercalar momentos em flashback da vida de Lindberg enquanto ele vai atravessando o oceano. Funciona muito bem uma vez que evita que o espectador fique entediado.

O diretor aqui é o consagrado Billy Wilder, famoso por sua fina ironia e cinismo que usava em seus filmes. Porém aqui em "Águia Solitária" nada disso acontece. Claro que ele coloca pequenos momentos de humor aqui ou acolá mas em relação a Lindberg ele não arrisca e adota uma postura de respeito e consagração. Interessante é que anos depois a figura desse "herói" foi seriamente arranhada pois alguns historiadores afirmaram que ele tinha uma simpatia nada disfarçada pelo regime nazista! Claro que nada disso é mostrado no filme, pois foi algo que surgiu anos depois mas mesmo que não fosse o caso duvido muito que alguém fosse mexer em um vespeiro desses na época da realização do filme. Enfim, apesar dos pesares, da longa duração, do ufanismo e da falta de leveza, "Águia Solitária" é um bom entretenimento - e serve também como aula de história para os que achavam a escola um tédio!

A Águia Solitária (The Spirit of St. Louis, Estados Unidos, 1957) Direção: Billy Wilder / Elenco: James Stewart,: Murray Hamilton, Patricia Smith e Marc Connelly./ Sinopse: O piloto Charles Lindeberg (James Stewart) tenta pela primeira vez na história cruzar sozinho em seu avião o Oceano Atlântico, saindo de Nova Iorque até Paris. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Louis Lichtenfield).

Pablo Aluísio

Gata Em Teto de Zinco Quente

Produção: Elegante, acima de tudo. O enredo se passa todo dentro de um grande casarão que é sede de uma fazendo de algodão no sul dos EUA. Embora isso possa parecer tedioso, não é. Hoje a MGM está à beira da falência mas naquela época não economizava no bom gosto, como bem podemos comprovar aqui. A fazenda tipicamente sulista, o bonito figurino (especialmente de Liz Taylor) e a fotografia inspirada confirmam a elegância da película.

Direção: Eu considero o cineasta Richard Brooks, que dirigiu esse filme, muito mais um roteirista do que um diretor propriamente dito. Sua carreira como diretor é um pouco irregular, onde se mesclam filmes bons e ruins na mesma proporção. Mas aqui seu talento de bom escritor foi conveniente pois ele não promove alterações substanciais no texto de Tennessee Williams e consegue transmitir sem problemas tudo que o dramaturgo queria passar ao público. No fundo o Brooks não complicou e isso já é um mérito e tanto.

Elenco: Ótimo. Elizabeth Taylor, linda e talentosa, mostra serviço e esbanja naturalidade e carisma. Paul Newman, que passa o tempo todo de muletas e engessado, mostra muito talento no papel de Brick Pollitt, talvez o único personagem que valha realmente alguma coisa dentro daquela casa. O curioso é que mesmo atores com escolas diferentes (Newman do teatro e Liz basicamente uma atriz de cinema) conseguem se entender extremamente bem em cena. Sua química salta aos olhos, mesmo Paul Newman interpretando um marido que diante de tantos problemas negligencia sua bela e jovem esposa. Do elenco de apoio tenho que destacar primeiramente Burl Ives (Big Daddy, ótimo em sua caracterização de um homem que não conseguiu passar afeto aos seus familiares) e Madeleine Sherwood (que faz a insuportável Mae Pollitt). Dentre as cenas a que destaco como a melhor na minha opinião é aquela que se passa entre Newman e Ives no porão quando em tom de nostalgia Big Daddy se recorda de seu falecido pai, um mero vagabundo. Ótimo momento no quesito atuação.

Roteiro e argumento: O filme foi roteirizado pelo diretor Richard Brooks. Como eu disse antes, ele era mais roteirista do que diretor. Pois bem, embora Tennessee Williams tenha reclamado de algumas mudanças em seu texto original, temos que convir que o roteiro em si é muito bem escrito e trabalhado, deixando o filme com ótimo ritmo, fugindo da armadilha de o deixar teatral demais.. Penso que os textos de autoria do grande Tennessee Williams eram perigosos ao serem adaptados ao cinema, pois poderiam deixar qualquer filme pesado ou com aspecto de teatro filmado, o que não seria adequado pois artes diferenciadas exigem também adaptações diferentes. Nem sempre o que é adequado ao teatro consegue ser satisfatório na tela. Em "Gata em Teto de Zinco Quente" isso definitivamente não acontece e o espectador ao final da exibição terá a certeza de que assistiu a um grande filme, cinema puro.

Gata em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof,Estados Unidos, 1958) Diretor: Richard Brooks / Roteiro: James Poe e Richard Brooks baseado na peça "Cat on a Hot Tin Roof" de Tennessee Williams / Elenco: Elizabeth Taylor, Paul Newman, Burl Ives, Jack Carson, Judith Anderson./ Sinopse: Jovem esposa (Elizabeth Taylor) não consegue entender o que se passa com seu marido (Paul Newman), um homem em constante crise existencial.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Os Incompreendidos

Título no Brasil: Os Incompreendidos
Título Original: Les Quatre Cents Coups
Ano de Produção: 1959
País: França
Estúdio: Les Films du Carrosse, Sédif Productions
Direção: François Truffaut
Roteiro: François Truffaut, Marcel Moussy
Elenco: Claire Maurier, Jean-Pierre Léaud, Albert Rémy

Sinopse:
Antoine Doinel tem apenas quatorze anos. Negligenciado pelos próprios pais ele não tem muito interesse pelos estudos. Seu passatempo preferido é ir ao cinema com seu grupo de amigos. Sua adolescência comum acaba sofrendo um abalo quando descobre que sua mãe tem um amante. A partir daí o garoto fica em uma encruzilhada na vida. Vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes (1959).

Comentários:
Um exemplo do ótimo cinema de François Truffaut. Com rara sensibilidade ele joga um olhar muito poético (embora realista também) sobre os dramas, sonhos e anseios de um garoto entrando na adolescência da forma mais complicado possível. Afinal quando seus modelos caem por terra o que sobra? Nesse sentido o personagem Antoine Doinel é um achado. Mostra muito bem a complexidade de seus pensamentos e sua peculiar visão de vida. François Truffaut, o crítico que virou diretor talentoso, tem aqui o seu melhor filme em minha opinião. Gosto muito do final e da habilidade que François Truffaut mostra nesse momento em especial. Dizem que todo crítico de cinema é na verdade um cineasta frustrado. Bom, François Truffaut provou que esse pensamento é totalmente absurdo e sem noção. Duvida? Então assista a esse maravilhoso 'Os Incompreendidos.

Pablo Aluísio.

Drácula, O Príncipe das Trevas

Mais uma produção da Hammer, famoso estúdio inglês de filmes de terror. Esse aqui é a sequência do sucesso "Drácula" de 1958 dirigido pelo mesmo diretor nessa mesma produtora com o mesmo Christopher Lee no papel título, aqui fazendo o Conde pela segunda vez em sua carreira. Curiosamente logo no começo de "Drácula - O Príncipe das Trevas" há uma colagem de cenas do filme anterior. Tecnicamente foi uma forma encontrada pelo diretor para situar os espectadores sobre a estória do primeiro filme (que havia sido lançado oito anos antes). A questão é que o Conde havia sido destruído por Van Helsing na cena final daquele, virando pó. Então como trazer de volta o famoso vampiro de volta para essa continuação? Certamente não vou falar aqui para não estragar mas podemos entender bem de onde veio a ideia que fez o psicopata Jason ressuscitar em tantos "Sexta Feira 13" na década de 80. Se deu sucesso e lucro porque não encontrar um jeito de trazer o monstro de volta?

Por falar em monstro o público atual certamente vai estranhar a caracterização de Drácula nesse tipo de filme. Aqui ele não passa de um monstro, que apenas busca sua presa e nada mais. O Drácula interpretado por Christopher Lee entra mudo e sai calado de cena. Não existe nenhum tipo de herói romântico envolvido nas cenas em que aparece e nem muito menos os sinais de galanteio que vimos em tantos filmes sobre o famoso personagem. Para falar a verdade longe da sedução o Conde aqui é simplesmente brutal com as mulheres - quando chega perto delas é apenas para morder ou então dar uns sopapos! O diretor Terence Fischer foi um grande especialista do gênero terror e aqui consegue bons resultados em uma produção até modesta, sem grande orçamento. Na época as produções de terror não eram levados muito à sério e os filmes eram feitos sem grande preocupação com orçamentos de primeira linha. Mesmo assim o resultado se mostra satisfatório. Enfim, "Drácula, O Príncipe das Trevas" é bem interessante pois traz um vampiro que no final das contas é apenas um monstro - bem diferente dos dândis românticos que enchem as telas dos cinemas atualmente.

Drácula, O Príncipe das Trevas (Dracula Prince of Darkness, Inglaterra, 1966) Direção: Terence Fisher / Com Christopher Lee, Barbara Shelley, Andrew Keir, Francis Matthews, Suzan Farmer, Charles 'Bud' / Sinopse: Depois de sua destruição pelo Dr. Van Helsing no filme Vampiro da Noite (1958), a lenda do Conde Drácula ainda aterroriza a população local. Um grupo de turistas ingleses, apesar dos alertas, inclui em seu roteiro pelos Cárpatos a cidade de Carlsbad, nas cercanias do castelo de Drácula.

Pablo Aluísio

domingo, 13 de maio de 2007

Rio Violento

Um filme clássico que une o talento de direção de Elia Kazan com a excelente performance de um grande ator como Montgomery Clift só poderia despertar muito o interesse dos cinéfilos. E foi justamente isso o que aconteceu com esse "Rio Violento". O filme procurava responder a uma questão extremamente pertinente: Até que ponto o progresso da sociedade justificava a mudança compulsória do modo de vida das pessoas? Qual era igualmente o limite de intervenção do Estado na existência das pessoas comuns? Até que ponto essa interferência era legítima ou legalmente justificável?

No filme Montgomery Clift (excepcionalmente bem) interpreta o personagem Chuck Glover, um agente do governo dos Estados Unidos que tem a missão de retirar uma senhora idosa que mora em uma ilha no rio Tennessee. Ela se recusa a abandonar o local pois foi ali que nasceu e criou seus filhos, enterrou seu marido e viveu ao lado de negros libertos e demais moradores do local. Lutando por seus valores tradicionais e por aquilo que lhe é mais importante a senhora resolve enfrentar até mesmo o poder do governo americano. E isso obviamente criou uma disputa jurídica que iria repercutir em todo o sistema judiciário norte-americano.

O filme apresente um excelente elenco. Aliás essa sermpre foi uma característica marcante nos filmes de Elia Kazan. A atriz Jo Van Fleet está simplesmente maravilhosa. Interpretando a matriarca Ella Garth, ela tem duas grandes cenas que a fazem ser o grande destaque de todo o filme. Em uma delas explica ao personagem de Montgomery Clift a dignidade de quem viveu e trabalhou no rio Tennessee há gerações. Devo dizer que poucas vezes vi Clift ser superado em cena, mas aqui ele realmente foi colocado de lado, até mesmo pela força do texto que a atriz tem a declamar. Socialmente consciente, tocando em temas tabus para a época (como o racismo do sul dos Estados Unidos), "Rio Violento" é um dos melhores trabalhos de Kazan. Ele foi um diretor que via o cinema como algo a mais e não apenas um mero entretenimento. Por isso seus filmes sempre tinham alguma mensagem a passar ao público.

Rio Violento (Wild River, Estados Unidos, 1957) Direção: Elia Kazan / Elenco: Montgomery Clift, Lee Remick, Jo Van Fleet / Sinopse: Chuck Glover (Clift) é um jovem agente do governo dos Estados Unidos que tem a missão de retirar um grupo de moradores de uma ilha no meio do rio Tennessee. As pessoas não querem ir embora de lá, deixando suas casas e sua história para trás. Porém é do interesse do Estado que elas deixem aquelas terras. Filme indicado no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio. 

sábado, 12 de maio de 2007

Sublime Obsessão

O filme é um drama tipicamente dos anos 50. Achei tudo muito melodramático e pesado, sem nenhum traço de qualquer tipo de fina ironia ou algo do tipo. O argumento não suaviza para o espectador, assim se essa não for a sua praia é melhor nem assistir. "Sublime Obsessão" transformou o ator Rock Hudson em um astro. Fez grande sucesso de bilheteria e mostrou que ele tinha capacidade de atrair o público aos cinemas. O mais curioso é que ele só foi escalado porque a Universal estava com problemas financeiros e não tinha dinheiro para contratar um ator do primeiro time de Hollywood, assim teve que se contentar com a chamada "prata da casa" (Hudson era ator contratado da Universal, foi treinado e feito dentro do próprio estúdio, tudo ao estilo do antigo "Star System").

Devo confessar que a atuação de Rock no filme é apenas mediana. Ele, para falar a verdade, não era um grande ator mas simplesmente um galã, que se saía muito melhor em filmes mais leves como as comédias românticas que rodou ao lado de Doris Day. Aqui, principalmente nas cenas mais tensas, faltou um pouco mais de talento. Já a atriz Jane Wyman (primeira esposa do presidente Ronald Reagan) também não era lá essas coisas. Confesso que esperava mais de sua interpretação. Na maioria das cenas ela se limita a fazer o papel de "boazinha". Apesar da dupla central não estar à altura do que o roteiro exige, o filme não deixa de ser interessante. Para falar a verdade é bem didático assistir filmes antigos assim pois nos anos 50 ainda era possível realizar produções como essa, sem nenhum traço do cinismo que hoje impera na sociedade. Se você gosta da cultura vintage fique à vontade para curtir "Sublime Obsessão".

Sublime Obsessão
(Magnificent Obsession, Estados Unidos, 1954) Direção: Douglas Sirk / Elenco: Jane Wyman, Rock Hudson, Agnes Moorehead, Barbara Rush, Otto Kruger, Sara Shane, Gregg Palmer, Jack Kelly, Myrna Hansen / Sinopse: Um milionário irresponsável causa um sério acidente em uma mulher. Para se redimir ele tentar restaurar a saúde dela, se tornando especialista médico na área.

Pablo Aluísio.

A Queda do Império Romano

Produção: Uma das mais ricas que já vi. Na época não existia possibilidade de fazer nada virtual, tudo tinha que realmente existir. Assim tudo o que se vê na tela é real (e impressiona). São multidões de figurantes (acredito que seja o filme com o maior número de figurantes da história), cenários maravilhosos, figurinos deslumbrantes e tudo o que não poderia faltar em um filme épico como esse. Como produção o filme é realmente nota 10.

Direção: Acredito que o diretor Anthony Mann se perdeu com o tamanho da produção. O filme tem três horas de duração mas o enredo fica disperso, sem foco. Mesmo com todo esse tempo ele não conseguiu contar direito a história. Em muitos momentos se percebe que a direção está mais preocupada em explorar os cenários luxuosos do que investir nos personagens do filme. Na minha opinião esse é o típico caso em que a direção foi engolida pela produção do filme.

Elenco: Tem altos e baixos. Entre as interpretações de grande categoria o filme traz Alec Guiness perfeito na pele do Imperador Marco Aurélio. Suas cenas são excelentes, inclusive um inspirado monólogo de grande impacto. Christopher Plummer como o Imperador Comodus também está acima da média. Já do lado ruim no quesito de elenco temos uma Sophia Loren muito bonita mas canastrona até o último fio de cabelo encaracolado e um Livius (o mocinho do filme) muito xoxo interpretado por Stephen Boyd. Ele é tão sem graça que quase coloca todo o filme a perder. E pensar que esse papel seria do Charlton Heston.

Roteiro: Toma grandes liberdades com a história real dos Imperadores retratados no filme. Certamente não é historicamente correto e acredito inclusive que essa nunca foi a intenção dos roteiristas. De qualquer forma consegue, aos trancos e barrancos, prender a atenção do espectador.

A Queda do Império Romano (The Fall of the Roman Empire, Estados Unidos, 1964) Direção de Anthony Mann / Com Alec Guiness, Sophia Loren, Christopher Plummer, Omar Sharif, James Mason e Stephen Boyd / Sinopse: Maior império que o mundo já conheceu o Império Romano começa a entrar em colapso por causa de problemas internos ao qual o filme explora muito bem: corrupção, brigas internas, politicagem e um Imperador frívolo que negligencia a administração do Império em razão de sua obsessão por lutas de gladiadores.

Pablo Aluísio