No mundo do cinema os quadrinhos viraram a grande febre do momento. Suas adaptações rendem milhões ao redor do mundo e os fãs estão sempre prontos a conferir as novidades nas telas, mesmo que seja de personagens de segundo escalão que quase ninguém conhece. É o caso desse Homem-Formiga. Ele foi criado na década de 60 por Stan Lee, mas nunca realmente chegou a emplacar. Embora tenha tido uma revista mensal ela logo foi cancelada por causa das baixas vendas. Afinal de contas um herói cujo maior poder é se tornar pequeno como uma formiga não era bem algo atrativo para a garotada da época. Depois desse começo ruim o Homem-Formiga acabou sendo incorporado aos Vingadores e por lá ficou anos e anos, aparecendo apenas esporadicamente. Agora com o sucesso que as adaptações de quadrinhos andam fazendo no cinema a Marvel Studios resolveu apostar suas fichas nesse notório desconhecido.
Até que o resultado não é nada mal. Longe das amarras que geralmente atrapalham os filmes dos personagens mais famosos, esse aqui conseguiu tratar tudo com uma leveza e bom humor que acabam sendo a grande sacada da produção. Os roteiristas conseguiram escrever um enredo que conseguia ser ao mesmo tempo fiel aos quadrinhos originais trazendo também algo de novo para esse universo. Assim o Homem-Formiga original surge na tela já velho e tentando passar seu legado a outro para que venha vestir seu uniforme. Michael Douglas é o envelhecido herói e Paul Rudd o seu sucessor. Essa transição vai agradar aos fãs da Marvel ao mesmo tempo em que abre novas possibilidades aos cinéfilos que ficam livres de tentar saber tudo o que já aconteceu com o personagem no mundo das tirinhas. Diante disso temos um filme com ótimo desenvolvimento, boas e divertidas soluções na história e uma produção de primeira, com excelentes efeitos especiais. Acredito que ninguém esperaria por algo melhor. Vale a diversão.
Homem-Formiga (Ant-Man, EUA, 2015) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Edgar Wright, Joe Cornish / Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Michael Peña / Sinopse: Scott Lang (Paul Rudd) sai da prisão após um bom tempo cumprindo pena. Sua vida está em frangalhos. Sem emprego, abandonado pela esposa e sem contato com a filha ele não encontra muitas possibilidades de melhorar. Até que aceita fazer parte de um roubo na casa de um milionário, algo que mudará sua vida para sempre.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de março de 2016
sábado, 12 de março de 2016
Boa Noite e Boa Sorte
Edward R. Murrow (David Strathairn) trabalha como apresentador de TV nos Estados Unidos e é escalado para entrevistar o infame senador Joseph McCarthy, o idealizador da política de "Caça às Bruxas" dentro do mundo da política, literatura e artes em geral. Sua doutrina conhecida como Macartismo arruinou centenas de artistas, escritores e roteiristas talentosos que após serem acusados de comunistas viam suas carreiras terminarem prematuramente pois os estúdios não mais os contratavam com medo de represálias do público e dos altos escalões do governo. Edward R. Murrow achava aquilo um grande absurdo e resolveu combater na TV o pensamento de McCarthy e seus seguidores. O filme narra esse período de sua vida. Um tema mais do que bem-vindo para George Clooney um dos atores mais alinhados com o partido democrata e o liberalismo nos Estados Unidos. Esse filme é mais um em sua luta para se tornar um astro de Hollywood bem sucedido. Como se sabe Clooney foi por anos galã de séries de TV. Só tardiamente conseguiu fazer a transição para o cinema com sucesso. Depois de também interpretar personagens nessa linha nos filmes resolveu arriscar, ir além, para provar que era um sujeito inteligente e não apenas uma estrela em Hollywood.
Um de seus melhores filmes é justamente esse, onde dirige, atua e produz. Ousado, resolveu fazer uma película toda em preto e branco, algo bem corajoso pois filmes assim são considerados hoje em dia como comercialmente inviáveis. Mesmo com toda a maré contra resolveu filmar a história que foi baseada em fatos reais nesse formato, até para criar um clima melhor de contexto histórico. Ele certamente conseguiu realizar uma boa obra, dissecando um dos períodos mais nebulosos da história dos Estados Unidos, quando a paranoia anticomunista colocou na berlinda até mesmo os ideais mais importantes da democracia daquele país. Seguindo em frente em seus objetivos George Clooney não fez nenhum tipo de concessão comercial. O enredo não apela para soluções fáceis e nem simplifica tudo para o público. O estilo pode ser definido até mesmo como seco e direto, sempre fugindo dos clichês, quase em estilo documental. Ao invés de apelar para momentos dramáticos ele resolveu mostrar tudo da forma mais fiel possível. Esse tipo de atitude levou o filme a ser indicado a vários prêmios da Academia, mas infelizmente não conseguiu vencer nenhum. Não faz mal, a mensagem e o tema falam por si sós. Um pouco de história que abre os olhos sobre o passado para que momentos como esse não mais se repitam no futuro.
Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck, Estados Unidos, 2005) Direção: George Clooney / Roteiro: Grant Heslov e George Clooney / Estúdio: Warner Bros / Elenco: David Strathairn, George Clooney, Patricia Clarkson / Sinopse: Um corajoso apresentador de TV e seu produtor resolvem enfrentar de forma direta a doutrina política chamada de Macartismo. Idealizada pelo senador McCarthy essa doutrina visava desmascarar comunistas e esquerdistas infiltrados no mundo do entretenimento americano. Filme baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhor Ator (David Strathairn). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Ator (David Strathairn).
Pablo Aluísio.
Um de seus melhores filmes é justamente esse, onde dirige, atua e produz. Ousado, resolveu fazer uma película toda em preto e branco, algo bem corajoso pois filmes assim são considerados hoje em dia como comercialmente inviáveis. Mesmo com toda a maré contra resolveu filmar a história que foi baseada em fatos reais nesse formato, até para criar um clima melhor de contexto histórico. Ele certamente conseguiu realizar uma boa obra, dissecando um dos períodos mais nebulosos da história dos Estados Unidos, quando a paranoia anticomunista colocou na berlinda até mesmo os ideais mais importantes da democracia daquele país. Seguindo em frente em seus objetivos George Clooney não fez nenhum tipo de concessão comercial. O enredo não apela para soluções fáceis e nem simplifica tudo para o público. O estilo pode ser definido até mesmo como seco e direto, sempre fugindo dos clichês, quase em estilo documental. Ao invés de apelar para momentos dramáticos ele resolveu mostrar tudo da forma mais fiel possível. Esse tipo de atitude levou o filme a ser indicado a vários prêmios da Academia, mas infelizmente não conseguiu vencer nenhum. Não faz mal, a mensagem e o tema falam por si sós. Um pouco de história que abre os olhos sobre o passado para que momentos como esse não mais se repitam no futuro.
Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck, Estados Unidos, 2005) Direção: George Clooney / Roteiro: Grant Heslov e George Clooney / Estúdio: Warner Bros / Elenco: David Strathairn, George Clooney, Patricia Clarkson / Sinopse: Um corajoso apresentador de TV e seu produtor resolvem enfrentar de forma direta a doutrina política chamada de Macartismo. Idealizada pelo senador McCarthy essa doutrina visava desmascarar comunistas e esquerdistas infiltrados no mundo do entretenimento americano. Filme baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhor Ator (David Strathairn). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Ator (David Strathairn).
Pablo Aluísio.
Kids
Título no Brasil: Kids
Título Original: Kids
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Guys Upstairs, Independent Pictures
Direção: Larry Clark
Roteiro: Larry Clark, Harmony Korine
Elenco: Leo Fitzpatrick, Justin Pierce, Chloë Sevigny
Sinopse:
Um retrato dos adolescentes de Nova Iorque. Eles vivem em um mundo completamente sem regras ou padrões morais. O uso de drogas é algo corriqueiro, diário, banal. O sexo anônimo, sem proteção ou aproximação afetiva, também se torna habitual. Nesse meio um jovem que é HIV positivo não se importa em sair ao lado de seus amigos atrás de garotas virgens, na faixa de 14, 15 anos de idade para satisfazer seus mais básicos instintos sexuais. Assim a AIDS também se torna uma presença constante na vida do grupo.
Comentários:
Kids procura mostrar uma visão realista da juventude americana. O diretor Larry Clark se propôs a fazer um filme que é praticamente quase um documentário. A maioria das cenas mistura fatos reais com representação. Muitos dos que aparecem em cena são jovens das ruas de Nova Iorque e não atores profissionais. O roteiro inclusive nasceu da aproximação do diretor com um grupo de adolescentes que lhe contou como era sua rotina, seu cotidiano. O que ouviu o deixou tão assustado que ele resolveu escrever o roteiro como uma denúncia sobre o que estava acontecendo pelas ruas da cidade. O que vemos em Kids é um bando de jovens sem qualquer valor moral ou religioso, que dedicam seus dias ao abuso de drogas e ao sexo sem responsabilidade. O enredo se passa em Nova Iorque, mas também poderia ser passado em qualquer grande cidade brasileira. A realidade, infelizmente, é muito parecida. Assim temos pela frente um filme que mostra a juventude medíocre que infesta as grandes cidades. O filme é bem feitinho mas sua obsessão em ser politicamente correto demais o torna muitas vezes cansativo. A intenção de Larry Clark era de conscientizar e ganhar alguns prêmios em festivais de cinema alternativo. O segundo objetivo foi alcançado pois Kids realmente venceu várias premiações importantes. A primeira meta porém não foi bem sucedida pois o filme, ao que parece, não conseguiu conscientizar muito o seu público alvo pois a juventude continua na mesma, sem evolução.
Pablo Aluísio.
Título Original: Kids
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Guys Upstairs, Independent Pictures
Direção: Larry Clark
Roteiro: Larry Clark, Harmony Korine
Elenco: Leo Fitzpatrick, Justin Pierce, Chloë Sevigny
Sinopse:
Um retrato dos adolescentes de Nova Iorque. Eles vivem em um mundo completamente sem regras ou padrões morais. O uso de drogas é algo corriqueiro, diário, banal. O sexo anônimo, sem proteção ou aproximação afetiva, também se torna habitual. Nesse meio um jovem que é HIV positivo não se importa em sair ao lado de seus amigos atrás de garotas virgens, na faixa de 14, 15 anos de idade para satisfazer seus mais básicos instintos sexuais. Assim a AIDS também se torna uma presença constante na vida do grupo.
Comentários:
Kids procura mostrar uma visão realista da juventude americana. O diretor Larry Clark se propôs a fazer um filme que é praticamente quase um documentário. A maioria das cenas mistura fatos reais com representação. Muitos dos que aparecem em cena são jovens das ruas de Nova Iorque e não atores profissionais. O roteiro inclusive nasceu da aproximação do diretor com um grupo de adolescentes que lhe contou como era sua rotina, seu cotidiano. O que ouviu o deixou tão assustado que ele resolveu escrever o roteiro como uma denúncia sobre o que estava acontecendo pelas ruas da cidade. O que vemos em Kids é um bando de jovens sem qualquer valor moral ou religioso, que dedicam seus dias ao abuso de drogas e ao sexo sem responsabilidade. O enredo se passa em Nova Iorque, mas também poderia ser passado em qualquer grande cidade brasileira. A realidade, infelizmente, é muito parecida. Assim temos pela frente um filme que mostra a juventude medíocre que infesta as grandes cidades. O filme é bem feitinho mas sua obsessão em ser politicamente correto demais o torna muitas vezes cansativo. A intenção de Larry Clark era de conscientizar e ganhar alguns prêmios em festivais de cinema alternativo. O segundo objetivo foi alcançado pois Kids realmente venceu várias premiações importantes. A primeira meta porém não foi bem sucedida pois o filme, ao que parece, não conseguiu conscientizar muito o seu público alvo pois a juventude continua na mesma, sem evolução.
Pablo Aluísio.
400 Dias
Um grupo de astronautas é confinado em uma instalação subterrânea por 400 dias para simular uma longa viagem em direção ao planeta Marte. Eles deverão ficar completamente isolados do mundo exterior, sem informações e contatos com o que ocorre fora de sua nave. Durante os dias o confinamento, o tédio e a tensão começam a cobrar seu preço. Os quatro tripulantes começam a sofrer alucinações e comportamentos fora do padrão. Para piorar a situação o capitão do grupo, Theo (Brandon Routh), tem um relacionamento mal resolvido e em crise com a médica Emily (Caity Lotz). Aos poucos eles começam a entender que estão ficando completamente enlouquecidos. "400 Dias" é uma ficção de baixo orçamento que pretende se apoiar em um roteiro intrigante que conta uma história até bem interessante. O problema é que o mesmo roteiro não parece muito determinado a explicar diversas situações que vão surgindo ao longo do filme. As pontas soltas vão se acumulando e de repente o espectador se vê jogado em uma série de situações estranhas que jamais serão esclarecidas.
Não se impressione muito com o poster e o material de divulgação. Os cenários que parecem bem elaborados nesses materiais não aparecem na fita. Quando o filme começa logo vem a decepção. A produção que foi bancada pelo ator e humorista Dane Cook é apenas razoável, quase abaixo do aceitável. O único ponto realmente bom dessa ficção B vem do elenco. O próprio Cook, por exemplo, interpreta um dos astronautas, um sujeito especializado em mecânica. Não há traços de humor e ele só se torna levemente divertido quando começa a alucinar por causa do confinamento. O ex-Superman Brandon Routh também não tem muito o que fazer a não ser ficar com cara de fossa após levar um fora da namorada que inclusive faz parte da tripulação. Ela é interpretada pela linda (coloca linda nisso) atriz Caity Lotz. Seus olhos azuis e seu carisma acabam sendo um dos principais motivos para assistir ao filme até o seu final que é bem decepcionante, não podemos negar. O roteiro apresenta uma reviravolta lá pelos 60 minutos de duração, mas não se empolgue com isso, pois tudo é mal aproveitado e desenvolvido. Enfim, "400 Days" só vale como mero passatempo para uma tarde tediosa e nada mais.
400 Dias (400 Days, EUA, 2015) Direção: Matt Osterman / Roteiro: Matt Osterman / Elenco: Brandon Routh, Dane Cook, Caity Lotz, Ben Feldman, Tom Cavanagh / Sinopse: Um grupo de astronautas é confinado numa instalação que simula uma nave espacial rumo a Marte. Eles deverão ficar isolados por 400 dias, sem contato nenhum com o mundo exterior. A falta de comunicação com o restante do planeta porém começa a exercer uma grande pressão sobre todos eles. Em pouco tempo começam a apresentar alucinações e ilusões, seguidos de ataques constantes de insanidade. A única saída é desistir do projeto e ir embora, mas para surpresa de todos algo de muito sério aconteceu com a Terra enquanto estavam isolados do mundo lá fora.
Pablo Aluísio.
Não se impressione muito com o poster e o material de divulgação. Os cenários que parecem bem elaborados nesses materiais não aparecem na fita. Quando o filme começa logo vem a decepção. A produção que foi bancada pelo ator e humorista Dane Cook é apenas razoável, quase abaixo do aceitável. O único ponto realmente bom dessa ficção B vem do elenco. O próprio Cook, por exemplo, interpreta um dos astronautas, um sujeito especializado em mecânica. Não há traços de humor e ele só se torna levemente divertido quando começa a alucinar por causa do confinamento. O ex-Superman Brandon Routh também não tem muito o que fazer a não ser ficar com cara de fossa após levar um fora da namorada que inclusive faz parte da tripulação. Ela é interpretada pela linda (coloca linda nisso) atriz Caity Lotz. Seus olhos azuis e seu carisma acabam sendo um dos principais motivos para assistir ao filme até o seu final que é bem decepcionante, não podemos negar. O roteiro apresenta uma reviravolta lá pelos 60 minutos de duração, mas não se empolgue com isso, pois tudo é mal aproveitado e desenvolvido. Enfim, "400 Days" só vale como mero passatempo para uma tarde tediosa e nada mais.
400 Dias (400 Days, EUA, 2015) Direção: Matt Osterman / Roteiro: Matt Osterman / Elenco: Brandon Routh, Dane Cook, Caity Lotz, Ben Feldman, Tom Cavanagh / Sinopse: Um grupo de astronautas é confinado numa instalação que simula uma nave espacial rumo a Marte. Eles deverão ficar isolados por 400 dias, sem contato nenhum com o mundo exterior. A falta de comunicação com o restante do planeta porém começa a exercer uma grande pressão sobre todos eles. Em pouco tempo começam a apresentar alucinações e ilusões, seguidos de ataques constantes de insanidade. A única saída é desistir do projeto e ir embora, mas para surpresa de todos algo de muito sério aconteceu com a Terra enquanto estavam isolados do mundo lá fora.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Kundun
Depois da morte de mais um Dalai Lama os monges budistas partem em busca de sua próxima reencarnação. O encontram em um pequeno garoto de apenas dois anos, que seria assim a volta do Lama anterior, agora chamado de "Buda da Compaixão". Seu caminho espiritual porém é interrompido bruscamente pelo regime comunista da China que considera a religião apenas um "Ópio do povo" que deve ser varrida da região, agora sob controle do regime socialista de Pequim. Como se pode perceber pela sinopse esse seria um filme indicado para qualquer diretor de Hollywood menos Martin Scorsese que nunca havia feito nada parecido em sua carreira. Diante disso e levando-se em conta que Scorsese tem uma origem completamente diversa da história que tenta contar até que o resultado não se saiu tão mal. Quem diria que o velho Scorsese iria realizar um filme assim, sobre o budismo tibetano? O problema maior talvez seja o fato de que Scorsese, apesar de ser um gênio da sétima arte, não tenha nenhuma intimidade com o tema que explora.
Some-se a isso um certo idealismo bobo envolvendo tudo e você terá um dos filmes mais fracos de sua carreira. Pelo menos na época o diretor conseguiu realizar uma produção em prol da luta do Dalai Lama, já que atualmente a indústria do cinema americano tem grandes interesses no mercado da China e jamais voltaria a produzir um filme desse estilo, com esse viés de apoio político a ele, afinal o Dalai Lama é um desafeto histórico do regime comunista de Pequim. Além disso o Dalai Lama atualmente já não é mais o queridinho da imprensa mundial principalmente após ter cometido uma gafe lamentável, soltando uma piada que foi considerada ofensiva e machista em relação às mulheres, mostrando que talvez ele não seja tão "iluminado" como o roteiro do filme tenta em vão provar. Por essa razão eu sempre gosto de dizer que filmes sobre grandes figuras internacionais só devem ser realizados após suas mortes quando seu ciclo já foi completado. Antes disso as coisas podem se complicar. De qualquer maneira devemos ao menos reconhecer que o filme no final foi salvo pelas suas boas intenções.
Kundun (Kundun, Estados Unidos, 1997) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Melissa Mathison / Elenco: Tenzin Thuthob Tsarong, Gyurme Tethong / Estúdio: Touchstone Pictures / Sinopse: Após a morte do décimo terceiro Dalai Lama em 1933 os monges budistas partem em busca do menino que seria sua décima quarta reencarnação, agora chamado de "Buda da Compaixão". Acabam encontrando o que procuravam dois anos mais tarde em uma região distante e isolada do Tibet. História baseada em fatos reais. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Roger Deakins), Melhor Direção de Arte (Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo), Melhor Figurino (Dante Ferretti) e Melhor Trilha Sonora (Philip Glass). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
Some-se a isso um certo idealismo bobo envolvendo tudo e você terá um dos filmes mais fracos de sua carreira. Pelo menos na época o diretor conseguiu realizar uma produção em prol da luta do Dalai Lama, já que atualmente a indústria do cinema americano tem grandes interesses no mercado da China e jamais voltaria a produzir um filme desse estilo, com esse viés de apoio político a ele, afinal o Dalai Lama é um desafeto histórico do regime comunista de Pequim. Além disso o Dalai Lama atualmente já não é mais o queridinho da imprensa mundial principalmente após ter cometido uma gafe lamentável, soltando uma piada que foi considerada ofensiva e machista em relação às mulheres, mostrando que talvez ele não seja tão "iluminado" como o roteiro do filme tenta em vão provar. Por essa razão eu sempre gosto de dizer que filmes sobre grandes figuras internacionais só devem ser realizados após suas mortes quando seu ciclo já foi completado. Antes disso as coisas podem se complicar. De qualquer maneira devemos ao menos reconhecer que o filme no final foi salvo pelas suas boas intenções.
Kundun (Kundun, Estados Unidos, 1997) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Melissa Mathison / Elenco: Tenzin Thuthob Tsarong, Gyurme Tethong / Estúdio: Touchstone Pictures / Sinopse: Após a morte do décimo terceiro Dalai Lama em 1933 os monges budistas partem em busca do menino que seria sua décima quarta reencarnação, agora chamado de "Buda da Compaixão". Acabam encontrando o que procuravam dois anos mais tarde em uma região distante e isolada do Tibet. História baseada em fatos reais. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Fotografia (Roger Deakins), Melhor Direção de Arte (Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo), Melhor Figurino (Dante Ferretti) e Melhor Trilha Sonora (Philip Glass). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
Perseguidor Implacável
Resolvi rever o primeiro filme da série Dirty Harry, que no Brasil se chamou Perseguidor Implacável. O filme, um policial eficiente, sempre foi polêmico por causa de seu subtexto. Basicamente ele prega a ineficiência do sistema jurídico e a vingança olho por olho, dente por dente, como uma forma de saciar a sede de justiça da sociedade. Esse roteiro fez escola, todo filme do gênero em que você se depara com um policial cansado da burocracia ineficiente do Estado que resolve limpar as ruas por conta própria é de certa forma um herdeiro desse famoso personagem interpretado por Clint Eastwood. Para Dirty Harry tudo é muito simples, basta empunhar sua Magnum 44 e mandar fogo em cima dos meliantes. Fácil, rápido e eficaz; Em determinada cena do filme Harry se irrita quando o comissário de polícia lhe avisa que a prisão que ele fez era completamente ilicita e que não teria valor jurídico, o que iria ocasionar a soltura do criminoso, que assim estaria de volta às ruas. O problema nasceu porque o detetive interpretado por Clint Eastwood havia invadido um local sem mandado judicial, pois ele simplesmente arrebentou as portas e foi lá pegar o bandido.
Como prega o direito dos países ocidentais não se pode invadir um local sem autorização judicial. Para o cidadão comum isso não passa de uma fírula jurídica, até porque no final tudo não deu certo? Harry não prendeu o Serial Killer? Bom, essa visão simplista não iria valer se o local invadido fosse sua própria casa, não é mesmo? É isso, as pessoas de uma forma em geral não conseguem entender que todos esses direitos e garantias individuais servem para proteger o cidadão do próprio Estado, que sem nenhum tipo de norma que regulasse o seu poder iria obviamente abusar do mesmo. Tirando essas questões sociais de lado o fato é que como diversão o filme funciona muito bem. Clint deixou os filmes de western de lado e levou a ética que movia seus personagens sem nome para a selva da cidade grande, para o caos urbano onde impera a violência sem limites. O filme, apesar de ser totalmente incorreto do ponto de vista político se tornou um grande sucesso de bilheteria, gerando várias continuações. Curiosamente Clint Eastwood iria virar as costas para Dirty Harry quando emplacou sua carreira política - ele chegou a se tornar prefeito de uma cidade americana. A mensagem de violência do justiceiro Harry não caia muito bem nos palanques.
Perseguidor Implacável (Dirty Harry, Estados Unidos, 1971) Direção: Don Siegel / Roteiro: Harry Julian Fink, Rita M. Fink / Elenco: Clint Eastwood, Andrew Robinson, Harry Guardino / Sinopse: A população da cidade de San Francisco fica em pânico ao saber que há um novo assassino em série pela ruas. Ele se auto denomina 'Scorpio Killer' e está disposto a espalhar o terror entre a sociedade. Antes disso porém terá que enfrentar o detetive Harry Callahan (Clint Eastwood), conhecido pela imprensa como "Dirty Harry" por causa de seus métodos violentos de lidar com a criminalidade. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards na categoria de Melhor Filme.
Pablo Aluísio.
Como prega o direito dos países ocidentais não se pode invadir um local sem autorização judicial. Para o cidadão comum isso não passa de uma fírula jurídica, até porque no final tudo não deu certo? Harry não prendeu o Serial Killer? Bom, essa visão simplista não iria valer se o local invadido fosse sua própria casa, não é mesmo? É isso, as pessoas de uma forma em geral não conseguem entender que todos esses direitos e garantias individuais servem para proteger o cidadão do próprio Estado, que sem nenhum tipo de norma que regulasse o seu poder iria obviamente abusar do mesmo. Tirando essas questões sociais de lado o fato é que como diversão o filme funciona muito bem. Clint deixou os filmes de western de lado e levou a ética que movia seus personagens sem nome para a selva da cidade grande, para o caos urbano onde impera a violência sem limites. O filme, apesar de ser totalmente incorreto do ponto de vista político se tornou um grande sucesso de bilheteria, gerando várias continuações. Curiosamente Clint Eastwood iria virar as costas para Dirty Harry quando emplacou sua carreira política - ele chegou a se tornar prefeito de uma cidade americana. A mensagem de violência do justiceiro Harry não caia muito bem nos palanques.
Perseguidor Implacável (Dirty Harry, Estados Unidos, 1971) Direção: Don Siegel / Roteiro: Harry Julian Fink, Rita M. Fink / Elenco: Clint Eastwood, Andrew Robinson, Harry Guardino / Sinopse: A população da cidade de San Francisco fica em pânico ao saber que há um novo assassino em série pela ruas. Ele se auto denomina 'Scorpio Killer' e está disposto a espalhar o terror entre a sociedade. Antes disso porém terá que enfrentar o detetive Harry Callahan (Clint Eastwood), conhecido pela imprensa como "Dirty Harry" por causa de seus métodos violentos de lidar com a criminalidade. Filme indicado ao Edgar Allan Poe Awards na categoria de Melhor Filme.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 10 de março de 2016
George Martin (1926 - 2016)
Ontem o mundo lamentou a morte do maestro e produtor George Martin. Quem é fã dos Beatles sabe muito bem da sua importância na história do grupo. Martin era conhecido como o "Quinto Beatle" e essa designação não era gratuita e nem destituída de relevância. Martin foi realmente uma figura chave dentro dos estúdios e isso desde os primórdios quando os Beatles não passavam de quatro jovens desconhecidos tentando uma vaga na poderosa EMI Odeon. Eles já tinham sido rejeitados por outras gravadoras de Londres, em especial a Decca Records, que achou o grupo muito cru e sem consistência musical (imagine você!)
De certa forma até havia um pouco de verdade na avaliação dos produtores da Decca. Os Beatles vinham de uma série de apresentações em Hamburgo e não primavam por serem tecnicamente perfeitos. Eles não tinham formação musical formal e tudo o que podiam apresentar a Martin nos estúdios Abbey Road era a experiência adquirida em noites e mais noites tocando nos clubes noturnos da Alemanha e Liverpool. Não foi uma grande audição, mas Martin colocou fé neles. Anos depois o produtor confessaria que do ponto de vista musical não havia achado grande coisa em John, Paul, George e Pete Best (Ringo ainda não havia chegado). Porém ele viu muita personalidade em cada um deles, o que fez com que aconselhasse para a direção da EMI que fechasse um contrato com aqueles jovens que se auto denominavam Beatles. Nada excepcional, apenas uma chance que poderia vingar ou não com o tempo.
Martin trabalhava em um selo específico da EMI, a Parlophone Records. Esse era o nome de uma velha gravadora alemã especializada em lançar discos de jazz dos anos 1920 que anos depois foi comprada pela EMI. Na empresa britânica a Parlophone foi decaindo em importância com o tempo. Quando Martin chegou lá os lançamentos era esparsos e de pouca importância. Em determinado momento o maestro e produtor percebeu que o selo estava começando a lançar discos de comédia, entendendo que havia chegado a hora de mudar, ir em outra direção. Foi quando os Beatles pintaram em Abbey Road atrás de uma oportunidade. A presença de Martin se fez presente desde as primeiras gravações. Quando ouviu uma composição de Lennon e McCartney chamada "Please Please Me", com uma levada a la Roy Orbison, ele percebeu que a música não tinha pegada, ritmo, e assim resolveu acelerar seu tempo. O resto é história. Depois do primeiro álbum lançado os Beatles tomaram o mundo de assalto com sua música e seu estilo único.
Um aspecto que George Martin logo percebeu em seu recém contratado grupo é que eles faziam questão de gravar suas próprias canções, algo que era raro na época. Assim criou-se uma simbiose perfeita dentro dos estúdios pois o próprio George Martin também se considerava um criador nato. Os Beatles traziam suas ideias e Martin lapidava todas as suas criações. Foi dele a sugestão de acrescentar um quarteto de cordas em "Yesterday", algo extremamente raro em discos de grupos de rock dos anos 60. Também foi Martin quem escreveu os lindos arranjos de canções eternas como "Eleanor Rigby" e "Here, There And Everywhere". São centenas de exemplos semelhantes. Sempre que John, Paul ou George tinham uma nova ideia no estúdio lá estava Martin para tornar tudo aquilo uma realidade. Conforme os anos foram passando a importância de George Martin só foi crescendo.
Ouça a obra prima "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" e perceba como Martin está presente em cada nota, em cada pequeno arranjo orquestral. Ser chamado de o quinto Beatle não era apenas um elogio, mas também um reconhecimento por tudo o que ele fez pelos Beatles! O fato é que apenas seu trabalho ao lado dos Beatles já lhe valeria a eternidade na história da música, mas ele foi além, trabalhando também com outros grandes nomes da música internacional. George Martin foi certamente um dos nomes mais importantes da música do século XX, sem favor algum. Um verdadeiro marco na história musical de nossa era. Um gênio e um mestre dos estúdios. Descanse em paz grande maestro!
Pablo Aluísio.
De certa forma até havia um pouco de verdade na avaliação dos produtores da Decca. Os Beatles vinham de uma série de apresentações em Hamburgo e não primavam por serem tecnicamente perfeitos. Eles não tinham formação musical formal e tudo o que podiam apresentar a Martin nos estúdios Abbey Road era a experiência adquirida em noites e mais noites tocando nos clubes noturnos da Alemanha e Liverpool. Não foi uma grande audição, mas Martin colocou fé neles. Anos depois o produtor confessaria que do ponto de vista musical não havia achado grande coisa em John, Paul, George e Pete Best (Ringo ainda não havia chegado). Porém ele viu muita personalidade em cada um deles, o que fez com que aconselhasse para a direção da EMI que fechasse um contrato com aqueles jovens que se auto denominavam Beatles. Nada excepcional, apenas uma chance que poderia vingar ou não com o tempo.
Martin trabalhava em um selo específico da EMI, a Parlophone Records. Esse era o nome de uma velha gravadora alemã especializada em lançar discos de jazz dos anos 1920 que anos depois foi comprada pela EMI. Na empresa britânica a Parlophone foi decaindo em importância com o tempo. Quando Martin chegou lá os lançamentos era esparsos e de pouca importância. Em determinado momento o maestro e produtor percebeu que o selo estava começando a lançar discos de comédia, entendendo que havia chegado a hora de mudar, ir em outra direção. Foi quando os Beatles pintaram em Abbey Road atrás de uma oportunidade. A presença de Martin se fez presente desde as primeiras gravações. Quando ouviu uma composição de Lennon e McCartney chamada "Please Please Me", com uma levada a la Roy Orbison, ele percebeu que a música não tinha pegada, ritmo, e assim resolveu acelerar seu tempo. O resto é história. Depois do primeiro álbum lançado os Beatles tomaram o mundo de assalto com sua música e seu estilo único.
Um aspecto que George Martin logo percebeu em seu recém contratado grupo é que eles faziam questão de gravar suas próprias canções, algo que era raro na época. Assim criou-se uma simbiose perfeita dentro dos estúdios pois o próprio George Martin também se considerava um criador nato. Os Beatles traziam suas ideias e Martin lapidava todas as suas criações. Foi dele a sugestão de acrescentar um quarteto de cordas em "Yesterday", algo extremamente raro em discos de grupos de rock dos anos 60. Também foi Martin quem escreveu os lindos arranjos de canções eternas como "Eleanor Rigby" e "Here, There And Everywhere". São centenas de exemplos semelhantes. Sempre que John, Paul ou George tinham uma nova ideia no estúdio lá estava Martin para tornar tudo aquilo uma realidade. Conforme os anos foram passando a importância de George Martin só foi crescendo.
Ouça a obra prima "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band" e perceba como Martin está presente em cada nota, em cada pequeno arranjo orquestral. Ser chamado de o quinto Beatle não era apenas um elogio, mas também um reconhecimento por tudo o que ele fez pelos Beatles! O fato é que apenas seu trabalho ao lado dos Beatles já lhe valeria a eternidade na história da música, mas ele foi além, trabalhando também com outros grandes nomes da música internacional. George Martin foi certamente um dos nomes mais importantes da música do século XX, sem favor algum. Um verdadeiro marco na história musical de nossa era. Um gênio e um mestre dos estúdios. Descanse em paz grande maestro!
Pablo Aluísio.
American Ultra: Armados e Alucinados
Ok, vamos direto ao ponto, colocando as cartas na mesa. Você provavelmente só gostará desse novo filme de ação teen se tiver no máximo 16 anos de idade e nunca tiver assistido um filme de James Bond na vida. Fora dessas duas opções vai ser muito complicado curtir "American Ultra". A sinopse? Veja só: Mike Howell (Jesse Eisenberg) é um jovem comum, como outro qualquer da sua idade, ou melhor explicando, ele está até mesmo abaixo da média pois passa o dia inteiro atrás de um balcão de uma loja de conveniência semi falida desenhando histórias em quadrinhos sobre um macaco astronauta que muito provavelmente jamais conseguirá lançar no mercado, de tão idiotas que são as estorinhas que cria. Maconheiro inveterado, sua única grande conquista na vida é ter uma namorada que parece realmente gostar dele. Phoebe Larson (Kristen Stewart) é bonita, descolada e apesar do namorado sem grandes atrativos parece louquinha por ele. A vida sem graça de Mike muda da noite para o dia quando ele começa a ser perseguido por agentes da CIA - e o que é mais estranho, ele parece demonstrar um treinamento em defesa e armas que surpreeende até ele mesmo! Na hora da necessidade ele realmente age como um verdadeiro assassino profissional.
O que poderia ter acontecido em seu passado para explicar isso tudo? Na verdade o nerd Mike é uma espécie de super agente da CIA. Fruto de um projeto da agência ele teve sua memória apagada que só se ativa quando ele ouve determinadas frases. O problema é que o agente Adrian Yates (Topher Grace) decide que é hora de tirá-lo de circulação e então começa um verdadeiro jogo de gato e rato, com a CIA tentando matar Mike ao mesmo tempo em que ele vai demonstrando ter uma incrível capacidade de luta e sobrevivência, algo que causa espanto até mesmo nos altos figurões da agência de inteligência. O roteiro é um tanto raso e o filme se concentra mesmo nas cenas de ação. Em relação a elas uma coisa me chamou bastante a atenção: os últimos vinte minutos do filme são extremamente violentos, com sangue e tripas voando para todos os lados, o que provavelmente impedirá o filme de se tornar um clássico da Sessão da Tarde no futuro. Outro problema dessa fita de ação é que a dupla central é, e não há como negar esse fato, muito inadequada para esse tipo de filme. Quem realmente teve a péssima ideia de tentar transformar Jesse Eisenberg em um tipo de herói de ação adolescente? Ele não funciona nesse tipo de papel. No máximo ele consegue enganar interpretando esquisitos como Mark Zuckerberg (como vimos em "A Rede Social"). Fora disso não funciona mesmo. Pior se sai Kristen Stewart! Eu nunca a considerei uma boa atriz, mas até que ela vinha escolhendo bons filmes para atuar. Aqui, por outro lado, pisou feio na bola, numa personagem sem qualquer interesse, vazia de importância, que não vai adicionar nada em sua carreira. Enfim, esqueça, a não ser que você cumpra os requisitos que colocamos no começo do texto. Isso é tudo!
American Ultra: Armados e Alucinados (American Ultra, EUA, 2015) Direção: Nima Nourizadeh / Roteiro: Max Landis / Elenco: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Topher Grace, Connie Britton, John Leguizamo, Walton Goggins, Bill Pullman / Sinopse: Mike Howell (Jesse Eisenberg) pensa ser um jovem comum. Ele tem um emprego péssimo e sem futuro, e definitivamnete não sabe bem que rumo tomar na vida. Sua vida só não é pior porque em compensação ele tem uma namorada que o ama, Phoebe Larson (Kristen Stewart). A única coisa que ele nem desconfia é que na verdade no passado ele fez parte de um projeto da CIA que agora está prestes a explodir em fúria e violência.
Pablo Aluísio.
O que poderia ter acontecido em seu passado para explicar isso tudo? Na verdade o nerd Mike é uma espécie de super agente da CIA. Fruto de um projeto da agência ele teve sua memória apagada que só se ativa quando ele ouve determinadas frases. O problema é que o agente Adrian Yates (Topher Grace) decide que é hora de tirá-lo de circulação e então começa um verdadeiro jogo de gato e rato, com a CIA tentando matar Mike ao mesmo tempo em que ele vai demonstrando ter uma incrível capacidade de luta e sobrevivência, algo que causa espanto até mesmo nos altos figurões da agência de inteligência. O roteiro é um tanto raso e o filme se concentra mesmo nas cenas de ação. Em relação a elas uma coisa me chamou bastante a atenção: os últimos vinte minutos do filme são extremamente violentos, com sangue e tripas voando para todos os lados, o que provavelmente impedirá o filme de se tornar um clássico da Sessão da Tarde no futuro. Outro problema dessa fita de ação é que a dupla central é, e não há como negar esse fato, muito inadequada para esse tipo de filme. Quem realmente teve a péssima ideia de tentar transformar Jesse Eisenberg em um tipo de herói de ação adolescente? Ele não funciona nesse tipo de papel. No máximo ele consegue enganar interpretando esquisitos como Mark Zuckerberg (como vimos em "A Rede Social"). Fora disso não funciona mesmo. Pior se sai Kristen Stewart! Eu nunca a considerei uma boa atriz, mas até que ela vinha escolhendo bons filmes para atuar. Aqui, por outro lado, pisou feio na bola, numa personagem sem qualquer interesse, vazia de importância, que não vai adicionar nada em sua carreira. Enfim, esqueça, a não ser que você cumpra os requisitos que colocamos no começo do texto. Isso é tudo!
American Ultra: Armados e Alucinados (American Ultra, EUA, 2015) Direção: Nima Nourizadeh / Roteiro: Max Landis / Elenco: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Topher Grace, Connie Britton, John Leguizamo, Walton Goggins, Bill Pullman / Sinopse: Mike Howell (Jesse Eisenberg) pensa ser um jovem comum. Ele tem um emprego péssimo e sem futuro, e definitivamnete não sabe bem que rumo tomar na vida. Sua vida só não é pior porque em compensação ele tem uma namorada que o ama, Phoebe Larson (Kristen Stewart). A única coisa que ele nem desconfia é que na verdade no passado ele fez parte de um projeto da CIA que agora está prestes a explodir em fúria e violência.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 9 de março de 2016
Oscar 2016: Ex_Machina Instinto Artificial
O grande vencedor do Oscar 2016 na categoria Melhores Efeitos Visuais (ou Melhores Efeitos Especiais) foi "Ex_Machina Instinto Artificial". Esse foi um prêmio que pegou muitos de surpresa, justamente porque os concorrentes eram de peso e o filme sobre a androide feminina não era tão cotado, de certo modo era até mesmo o azarão da noite. Imagine concorrer ao prêmio técnico mais importante do Oscar com super produções como "Star Wars - O Despertar da Força", "Mad Max - Estrada da Fúria" e "Perdido em Marte". O único estranho no ninho nessa categoria era mesmo "O Regresso", uma vez que faroestes nunca são indicados em efeitos especiais (esse foi um caso único na história do Oscar até os dias de hoje).
Outro fato chama a atenção: todas as equipes que foram indicadas ao Oscar em efeitos especiais já tinham sido indicadas antes, mostrando que essa categoria definitivamente não é coisa para amadores ou novatos. A equipe que criou os efeitos de "Star Wars - O Despertar da Força", liderada por Roger Guyett, por exemplo, foi a mesma que foi indicada por "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" (O melhor da franquia Harry Potter em termos de efeitos especiais), "Star Trek" (o primeiro filme da nova franquia) e "Star Trek - Além da Escuridão" (sua elogiada sequência). São extremamente competentes em sua área.
Richard Stammers, responsável pelos ótimos efeitos de "Prometheus" e "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" (filmes aos quais foi indicado em anos anteriores) era o grande favorito em vencer nessa categoria no Oscar 2016. Seu trabalho é de fato primoroso. Quem assistiu a "Perdido em Marte" no cinema em 3D sabe que seu trabalho foi simplesmente perfeito. Ele, utilizando-se de imagens captadas pela NASA no planeta vermelho, recriou aquele planeta inteiro para o universo imaginado por Ridley Scott. Realmente é de uma perfeição absurda. Em minha opinião nenhum dos demais candidatos (nem mesmo "Star Wars - O Despertar da Força" com seu visual de videogame) conseguiu chegar perto. Era realmente o trabalho que merecia ter vencido, caso os votos fossem apoiados em questões puramente técnicas e não também políticas e de relações públicas como sempre acontece em termos de Oscar.
Já "Mad Max - Estrada da Fúria", apesar de ser também um trabalho brilhante, não merecia tanto. Os desertos da Austrália e da Namíbia já são presentes da natureza, por essa razão não se pode comparar com toda a extensão de se criar um planeta do nada como foi visto em "Perdido em Marte". Além disso grande parte dos efeitos desse filme são de outra natureza, mecânicos, analógicos e não digitais como nos demais concorrentes. Ficou um pouco fora do páreo justamente por essas razões. E por fim chegamos no vencedor "Ex_Machina Instinto Artificial". Penso que esse filme venceu por duas razões básicas: a primeira se deve pela própria sutileza dos efeitos criados pela equipe técnica do filme (Andrew Whitehurst, Paul Norris, Mark Ardington e Sara Bennett). Tudo é de uma beleza digital realmente perfeita, tão bem inserida dentro da trama que em nenhum momento tomam conta do filme. Os efeitos ajudam a narrativa e não passam por cima dela. Isso justifica a segunda grande razão do porquê o filme ter sido premiado. A inserção extremamente bem realizada dos efeitos dentro do roteiro, de sua história, é algo que a cada dia se torna extremamente raro em Hollywood.
Pablo Aluísio.
Outro fato chama a atenção: todas as equipes que foram indicadas ao Oscar em efeitos especiais já tinham sido indicadas antes, mostrando que essa categoria definitivamente não é coisa para amadores ou novatos. A equipe que criou os efeitos de "Star Wars - O Despertar da Força", liderada por Roger Guyett, por exemplo, foi a mesma que foi indicada por "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" (O melhor da franquia Harry Potter em termos de efeitos especiais), "Star Trek" (o primeiro filme da nova franquia) e "Star Trek - Além da Escuridão" (sua elogiada sequência). São extremamente competentes em sua área.
Richard Stammers, responsável pelos ótimos efeitos de "Prometheus" e "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" (filmes aos quais foi indicado em anos anteriores) era o grande favorito em vencer nessa categoria no Oscar 2016. Seu trabalho é de fato primoroso. Quem assistiu a "Perdido em Marte" no cinema em 3D sabe que seu trabalho foi simplesmente perfeito. Ele, utilizando-se de imagens captadas pela NASA no planeta vermelho, recriou aquele planeta inteiro para o universo imaginado por Ridley Scott. Realmente é de uma perfeição absurda. Em minha opinião nenhum dos demais candidatos (nem mesmo "Star Wars - O Despertar da Força" com seu visual de videogame) conseguiu chegar perto. Era realmente o trabalho que merecia ter vencido, caso os votos fossem apoiados em questões puramente técnicas e não também políticas e de relações públicas como sempre acontece em termos de Oscar.
Já "Mad Max - Estrada da Fúria", apesar de ser também um trabalho brilhante, não merecia tanto. Os desertos da Austrália e da Namíbia já são presentes da natureza, por essa razão não se pode comparar com toda a extensão de se criar um planeta do nada como foi visto em "Perdido em Marte". Além disso grande parte dos efeitos desse filme são de outra natureza, mecânicos, analógicos e não digitais como nos demais concorrentes. Ficou um pouco fora do páreo justamente por essas razões. E por fim chegamos no vencedor "Ex_Machina Instinto Artificial". Penso que esse filme venceu por duas razões básicas: a primeira se deve pela própria sutileza dos efeitos criados pela equipe técnica do filme (Andrew Whitehurst, Paul Norris, Mark Ardington e Sara Bennett). Tudo é de uma beleza digital realmente perfeita, tão bem inserida dentro da trama que em nenhum momento tomam conta do filme. Os efeitos ajudam a narrativa e não passam por cima dela. Isso justifica a segunda grande razão do porquê o filme ter sido premiado. A inserção extremamente bem realizada dos efeitos dentro do roteiro, de sua história, é algo que a cada dia se torna extremamente raro em Hollywood.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de março de 2016
Revólver
O diretor Guy Ritchie nunca se preocupou com as histórias que conta em seus filmes, mas sim como as conta. Um exemplo perfeito disso você encontra nessa fita de ação chamada "Revolver". O enredo que o roteiro explora não é colocado de forma linear em sua narrativa. Ao contrário disso vemos passado, presente e futuro se mesclarem completamente, muitas vezes numa mesma sequência onde vemos toda a ação se desenvolvendo, sua planejamento e a reação dos bandidos que foram passados para trás, tudo muitas vezes colocado fora de ordem cronológica. Com linguagem que muitas vezes pede emprestado a estética dos quadrinhos (o diretor chega inclusive a usar cenas animadas no longa), o filme se destaca por sua originalidade. Ritchie é assim um mestre não apenas em inverter o que se espera de um filme convencional, como também em frustrar expectativas de quem espera por um filme redondinho, com começo, meio e fim, seguindo as velhas fórmulas já desgastadas pelo tempo.
No filme acompanhamos a saída de Jake Green (Jason Statham) da prisão. Ele ficou sete anos numa solitária, sem falar com praticamente ninguém. De volta à liberdade ele começa a planejar sua vingança pessoal contra Dorothy Macha (Ray Liotta) que o traiu no passado. Macha, um gângster e traficante de drogas bem sucedido, agora tem seu próprio cassino onde ganha rios de dinheiro a cada jogada. Ele se preocupa com a saída de Green da prisão, mas está certo que com todo o seu poder pode anular seu antigo inimigo. Green porém tem pressa, principalmente depois que descobre estar sofrendo de uma doença rara que lhe dá poucos dias de vida. Ele resolve se unir a dois agiotas violentos, esperando com isso atingir Macha de uma vez por todas. Como eu já escrevi o filme não se limita a uma narrativa tradicional e ao invés disso se apoia bastante numa linguagem mais sensorial, dando voz aos pensamentos de Green, ao que ele sente e como pensa. É um filme esteticamente muito interessante, bem na linha de Guy Ritchie, que é um cineasta do tipo ame ou odeie. Assim se o estilo dele não faz a sua cabeça, passe longe, caso contrário se divirta, pois é um dos melhores de sua safra.
Revólver (Revolver, França, Inglaterra, 2005) Direção: Guy Ritchie / Roteiro: Luc Besson, Guy Ritchie / Elenco: Jason Statham, Ray Liotta, Vincent Pastore, Mark Strong / Sinopse: Após ficar sete anos preso, Jake Green (Jason Statham), resolve se vingar do criminoso Dorothy Macha (Ray Liotta), um dos responsáveis por sua prisão por tantos anos. Sua vingança porém terá que ser a mais rápida possível pois ele foi diagnosticado com uma rara doença que lhe dá poucos dias de vida. Filme premiado pelo Golden Trailer Awards na categoria de Melhor Trailer - Filme de ação estrangeiro.
Pablo Aluísio.
No filme acompanhamos a saída de Jake Green (Jason Statham) da prisão. Ele ficou sete anos numa solitária, sem falar com praticamente ninguém. De volta à liberdade ele começa a planejar sua vingança pessoal contra Dorothy Macha (Ray Liotta) que o traiu no passado. Macha, um gângster e traficante de drogas bem sucedido, agora tem seu próprio cassino onde ganha rios de dinheiro a cada jogada. Ele se preocupa com a saída de Green da prisão, mas está certo que com todo o seu poder pode anular seu antigo inimigo. Green porém tem pressa, principalmente depois que descobre estar sofrendo de uma doença rara que lhe dá poucos dias de vida. Ele resolve se unir a dois agiotas violentos, esperando com isso atingir Macha de uma vez por todas. Como eu já escrevi o filme não se limita a uma narrativa tradicional e ao invés disso se apoia bastante numa linguagem mais sensorial, dando voz aos pensamentos de Green, ao que ele sente e como pensa. É um filme esteticamente muito interessante, bem na linha de Guy Ritchie, que é um cineasta do tipo ame ou odeie. Assim se o estilo dele não faz a sua cabeça, passe longe, caso contrário se divirta, pois é um dos melhores de sua safra.
Revólver (Revolver, França, Inglaterra, 2005) Direção: Guy Ritchie / Roteiro: Luc Besson, Guy Ritchie / Elenco: Jason Statham, Ray Liotta, Vincent Pastore, Mark Strong / Sinopse: Após ficar sete anos preso, Jake Green (Jason Statham), resolve se vingar do criminoso Dorothy Macha (Ray Liotta), um dos responsáveis por sua prisão por tantos anos. Sua vingança porém terá que ser a mais rápida possível pois ele foi diagnosticado com uma rara doença que lhe dá poucos dias de vida. Filme premiado pelo Golden Trailer Awards na categoria de Melhor Trailer - Filme de ação estrangeiro.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de março de 2016
Garotas sem Rumo
O filme mostra um bando de garotos e garotas brancas de classe alta dos melhores e mais ricos bairros de Los Angeles que se comportam como se fossem jovens negros e latinos de bairros pobres da cidade. Obviamente influenciados pela cultura negra, principalmente musical, eles pensam ser gangsters perigosos, membros de gangues, mas no fundo não passam de jovens mimados e vazios, sem nada na cabeça. Em busca de aventuras um grupo de garotas lideradas pela dondoca mimadinha Allison Lang (Anne Hathaway) resolve ir até o lado leste da cidade, onde impera a violência e a criminalidade. Ele procura por um amor bandido e acaba encontrando o que procurava na pele do traficante de crack Hector (Freddy Rodríguez). Afinal para quem leva uma vida tão fútil e vazia nada seria mais emocionante do que frequentar lugares barra pesada, fugindo sempre que possível da polícia, essa opressora arma nas mãos da sociedade americana! Bom, pela sinopse do enredo do filme já deu para perceber do que esse filme se trata.
Antes de mais nada é bom avisar que todos os personagens jovens desse filme são idiotizados ou imbecializados ao extremo. Tirando os "chicanos" e latinos em geral (todos retratados pelo roteiro como criminosos), os tais adolescentes brancos se comportam como verdadeiros imbecis. Eles se comportam como se fossem negros da periferia, usam colares cheios de ouro e demonstram um jeito de ser de dar pena, de tão idiotas que são. O roteiro é ambíguo. O espectador não sabe se ele no fundo satiriza ou critica esse tipo de estilo de vida ou se o está vangloriando de alguma forma. A personagem de Anne Hathaway faz o tipo "pobre menina rica". Mora em uma casa fabulosa, tem tudo à mão, mas não se "sente real e verdadeira". Para superar isso o que ela faz? Claro, se interessa por um traficante que vende crack na periferia. Por falar nisso um dos motivos para se assistir a esse filme vem justamente da presença de Anne Hathaway. Quando o filme foi feito ela ainda era bem desconhecida e jovem e talvez por isso tenha topado rodar ousadas cenas de nudez (uma das raras situações desse tipo em sua carreira). Assim se você tem algum tipo de atração por ela, aproveite. Fora isso há pouco mesmo a se elogiar nessa produção.
Garotas sem Rumo (Havoc, EUA, 2005) Direção: Barbara Kopple / Roteiro: Stephen Gaghan, Jessica Kaplan/ Elenco: Anne Hathaway, Bijou Phillips, Freddy Rodríguez, Shiri Appleby / Sinopse: Jovens ricas e brancas do melhor e mais rico bairro de Los Angeles resolvem ir para o lado leste da cidade, o mais pobre e cheio de criminalidade, para se envolver com traficantes de crack. Tudo pelo prazer da emoção de se viver um verdadeiro amor bandido. Filme indicado ao Cinema Audio Society na categoria de Melhor Mixagem de Som.
Pablo Aluísio.
Antes de mais nada é bom avisar que todos os personagens jovens desse filme são idiotizados ou imbecializados ao extremo. Tirando os "chicanos" e latinos em geral (todos retratados pelo roteiro como criminosos), os tais adolescentes brancos se comportam como verdadeiros imbecis. Eles se comportam como se fossem negros da periferia, usam colares cheios de ouro e demonstram um jeito de ser de dar pena, de tão idiotas que são. O roteiro é ambíguo. O espectador não sabe se ele no fundo satiriza ou critica esse tipo de estilo de vida ou se o está vangloriando de alguma forma. A personagem de Anne Hathaway faz o tipo "pobre menina rica". Mora em uma casa fabulosa, tem tudo à mão, mas não se "sente real e verdadeira". Para superar isso o que ela faz? Claro, se interessa por um traficante que vende crack na periferia. Por falar nisso um dos motivos para se assistir a esse filme vem justamente da presença de Anne Hathaway. Quando o filme foi feito ela ainda era bem desconhecida e jovem e talvez por isso tenha topado rodar ousadas cenas de nudez (uma das raras situações desse tipo em sua carreira). Assim se você tem algum tipo de atração por ela, aproveite. Fora isso há pouco mesmo a se elogiar nessa produção.
Garotas sem Rumo (Havoc, EUA, 2005) Direção: Barbara Kopple / Roteiro: Stephen Gaghan, Jessica Kaplan/ Elenco: Anne Hathaway, Bijou Phillips, Freddy Rodríguez, Shiri Appleby / Sinopse: Jovens ricas e brancas do melhor e mais rico bairro de Los Angeles resolvem ir para o lado leste da cidade, o mais pobre e cheio de criminalidade, para se envolver com traficantes de crack. Tudo pelo prazer da emoção de se viver um verdadeiro amor bandido. Filme indicado ao Cinema Audio Society na categoria de Melhor Mixagem de Som.
Pablo Aluísio.
Assassino Virtual
Título no Brasil: Assassino Virtual
Título Original: Virtuosity
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Brett Leonard
Roteiro: Eric Bernt
Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Kelly Lynch
Sinopse:
Um serial killer do mundo virtual consegue romper a barreira do tempo e espaço e vem parar no mundo real, na nossa realidade. Uma vez nesse ambiente ele resolve levar em frente sua trajetória de crimes violentos. Apenas um policial poderá detê-lo em sua jornada de cadáveres. Filme indicado ao Prêmio Sitges - Catalonian International Film Festival na categoria de Melhor Ficção do ano.
Comentários:
Com a popularização de computadores pessoais (os chamados PCs) houve uma explosão de interesse no assunto. Essa ficção, produzida há mais de vinte anos, apostava justamente nesse crescente interesse pelo mundo virtual pelos jovens. O roteiro, até muito bem bolado, procurava trazer o que poderia acontecer se as duas realidades (a real e a virtual) colidissem em um mesmo ambiente, um mesmo mundo. No caso temos o serial killer do mundo virtual transportado para o nosso mundo e um policial fazendo de tudo para impedi-lo. Soa meio bobo para você? Provavelmente sim, já que o tempo não costuma ser muito gentil ou favorável a filmes de ficção. Com o tempo eles tendem a ficar ridículos pois os avanços da tecnologia torna todas as previsões obsoletas e até cômicas. Nesse filme, por exemplo, apesar de sua proposta futurista, nem há o uso de telefones celulares, por exemplo. De qualquer maneira sempre é de interesse do cinéfilo em ver dois grandes atores em cena, atuando juntos. Denzel Washington e Russell Crowe se saem muito bem embora esse último pareça meio deslocado nesse tipo de filme que definitivamente nunca foi sua especialidade. Já Denzel parece empenhado em fazer a fita dar certo. Até que em alguns momentos ele consegue mesmo dar um bom ritmo ao filme como um todo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Virtuosity
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Brett Leonard
Roteiro: Eric Bernt
Elenco: Denzel Washington, Russell Crowe, Kelly Lynch
Sinopse:
Um serial killer do mundo virtual consegue romper a barreira do tempo e espaço e vem parar no mundo real, na nossa realidade. Uma vez nesse ambiente ele resolve levar em frente sua trajetória de crimes violentos. Apenas um policial poderá detê-lo em sua jornada de cadáveres. Filme indicado ao Prêmio Sitges - Catalonian International Film Festival na categoria de Melhor Ficção do ano.
Comentários:
Com a popularização de computadores pessoais (os chamados PCs) houve uma explosão de interesse no assunto. Essa ficção, produzida há mais de vinte anos, apostava justamente nesse crescente interesse pelo mundo virtual pelos jovens. O roteiro, até muito bem bolado, procurava trazer o que poderia acontecer se as duas realidades (a real e a virtual) colidissem em um mesmo ambiente, um mesmo mundo. No caso temos o serial killer do mundo virtual transportado para o nosso mundo e um policial fazendo de tudo para impedi-lo. Soa meio bobo para você? Provavelmente sim, já que o tempo não costuma ser muito gentil ou favorável a filmes de ficção. Com o tempo eles tendem a ficar ridículos pois os avanços da tecnologia torna todas as previsões obsoletas e até cômicas. Nesse filme, por exemplo, apesar de sua proposta futurista, nem há o uso de telefones celulares, por exemplo. De qualquer maneira sempre é de interesse do cinéfilo em ver dois grandes atores em cena, atuando juntos. Denzel Washington e Russell Crowe se saem muito bem embora esse último pareça meio deslocado nesse tipo de filme que definitivamente nunca foi sua especialidade. Já Denzel parece empenhado em fazer a fita dar certo. Até que em alguns momentos ele consegue mesmo dar um bom ritmo ao filme como um todo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 4 de março de 2016
Augustus - O Primeiro Imperador
Título no Brasil: Augustus - O Primeiro Imperador
Título Original: Imperium Augustus
Ano de Produção: 2003
País: Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália
Estúdio: EOS Entertainment, RAI Radiotelevisione Italiana
Direção: Roger Young
Roteiro: Eric Lerner
Elenco: Peter O'Toole, Charlotte Rampling, Vittoria Belvedere
Sinopse:
O velho Imperador Augustus Caesar (Peter O'Toole) resolve relembrar para sua frívola filha Júlia (Vittoria Belvedere), após a morte de seu marido Marcus Vipsanius Agrippa (Ken Duken), como se tornou o homem mais poderoso do Império Romano após vencer as tropas do general Marco Antônio (Massimo Ghini) e da Rainha do Egito Cleopatra (Anna Valle), após o assassinato de seu tio Julius Caesar (Gérard Klein). Filme baseado em fatos históricos reais.
Comentários:
Um telefilme que se propõe a contar a história de Caio Otaviano que passou para a história como Augusto César, aquele que é considerado o primeiro imperador de Roma. Já tinha lido uma extensa biografia sobre ele antes de assistir ao filme e talvez por essa razão fiquei com aquela sensação de que muita coisa foi deixada de fora pelo roteiro. Além disso um velho problema da indústria cultural americana se repetiu com uma certa insistência irritante no decorrer do filme - a de se unificar personagens diferentes da história em um só, com o objetivo de dar maior agilidade dramática ao desenrolar dos acontecimentos. Assim dois generais viram um só, ou senadores importantes na biografia de Augusto surgem na figura de apenas um político. Se de um certo ponto de vista isso é até aceitável, do outro deixa o resultado bem comprometido. No geral, como se trata de uma produção para a TV, não temos toda a opulência dos antigos épicos de Hollywood. Nada que venha a lembrar os filmes de Cecil B. DeMille. Isso porém não estraga o espetáculo já que o elenco procura compensar a falta de uma produção mais rica com um trabalho mais fiel ao modo de agir dos romanos antigos. E por falar em elenco temos o maravilhoso Peter O'Toole como o próprio Augusto, envelhecido e com uma certa melancolia pelos rumos que a vida tomou, mas mesmo assim muito enigmático e carismático em cena. Charlotte Rampling como Livia Drusilla também impressiona por sua classe e postura nobre. Um filme que se não consegue ser brilhante pelo menos conta com dignidade parte da biografia dessa importante figura da história da Roma Imperial.
Pablo Aluísio.
Título Original: Imperium Augustus
Ano de Produção: 2003
País: Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália
Estúdio: EOS Entertainment, RAI Radiotelevisione Italiana
Direção: Roger Young
Roteiro: Eric Lerner
Elenco: Peter O'Toole, Charlotte Rampling, Vittoria Belvedere
Sinopse:
O velho Imperador Augustus Caesar (Peter O'Toole) resolve relembrar para sua frívola filha Júlia (Vittoria Belvedere), após a morte de seu marido Marcus Vipsanius Agrippa (Ken Duken), como se tornou o homem mais poderoso do Império Romano após vencer as tropas do general Marco Antônio (Massimo Ghini) e da Rainha do Egito Cleopatra (Anna Valle), após o assassinato de seu tio Julius Caesar (Gérard Klein). Filme baseado em fatos históricos reais.
Comentários:
Um telefilme que se propõe a contar a história de Caio Otaviano que passou para a história como Augusto César, aquele que é considerado o primeiro imperador de Roma. Já tinha lido uma extensa biografia sobre ele antes de assistir ao filme e talvez por essa razão fiquei com aquela sensação de que muita coisa foi deixada de fora pelo roteiro. Além disso um velho problema da indústria cultural americana se repetiu com uma certa insistência irritante no decorrer do filme - a de se unificar personagens diferentes da história em um só, com o objetivo de dar maior agilidade dramática ao desenrolar dos acontecimentos. Assim dois generais viram um só, ou senadores importantes na biografia de Augusto surgem na figura de apenas um político. Se de um certo ponto de vista isso é até aceitável, do outro deixa o resultado bem comprometido. No geral, como se trata de uma produção para a TV, não temos toda a opulência dos antigos épicos de Hollywood. Nada que venha a lembrar os filmes de Cecil B. DeMille. Isso porém não estraga o espetáculo já que o elenco procura compensar a falta de uma produção mais rica com um trabalho mais fiel ao modo de agir dos romanos antigos. E por falar em elenco temos o maravilhoso Peter O'Toole como o próprio Augusto, envelhecido e com uma certa melancolia pelos rumos que a vida tomou, mas mesmo assim muito enigmático e carismático em cena. Charlotte Rampling como Livia Drusilla também impressiona por sua classe e postura nobre. Um filme que se não consegue ser brilhante pelo menos conta com dignidade parte da biografia dessa importante figura da história da Roma Imperial.
Pablo Aluísio.
Quebra de Confiança
A história desse filme é baseada em fatos reais. Tudo começa quando o FBI começa a desconfiar que o veterano agente Robert Hanssen (Chris Cooper) está repassando para os russos importantes informações da segurança interna dos Estados Unidos. Para comprovar as suspeitas a própria agência arma uma complexa rede de agentes e recursos para pegar Hanssen em flagrante. Para isso eles convocam o jovem agente Eric O'Neill (Ryan Phillippe), recém ingresso na agência de investigação, para se fazer passar por seu assistente pessoal. Como ambos são católicos e possuem as mesmas origens, o FBI acredita que Eric acabará entrando mais a fundo nos segredos e na intimidade de Hanssen. Logo nos primeiros momentos porém Eric descobre que essa missão não será nada fácil. O velho agente, calejado pela experiência, é bastante cuidadoso, minucioso e até mesmo paranoico. Ele desconfia que o FBI está fechando o cerco sobre ele e por isso jamais abaixa a guarda, mas Eric persiste, demonstrando que nenhum segredo é realmente cem por cento seguro e imune a falhas.
Gostei bastante desse filme. Esse gênero de espionagem ultimamente já não é mais tão explorado, com raras exceções, então quando você se depara com uma fita realmente boa desse estilo, valorizada por um roteiro inteligente, o melhor mesmo é comemorar. O texto foca bastante no relacionamento conturbado dos dois protagonistas. O velho Robert Hanssen é um mestre em contraespionagem, porém o FBI passa a desconfiar que ele virou agente duplo, repassando informações aos russos. Apenas a proximidade e a amizade de Eric poderá desvendar o que realmente se passa em sua carreira. Eu já tive várias oportunidades de escrever dizendo que não gosto do trabalho do ator Ryan Phillippe. Ele é fraco e pouco complexo em suas atuações. Aqui ele jamais chega a atrapalhar o filme porque temos em cena Chris Cooper em atuação inspirada. Seu personagem é muito bem desenvolvido do ponto de vista psicológico. Ele parece estar sempre em conflito existencial. Ao mesmo tempo em que tenta ser um bom católico cultiva perversões sexuais bizarras. Externamente passa a imagem de um agente impecável, com quase 25 anos de bons serviços prestados ao FBI, enquanto que nas sombras joga dos dois lados, tanto dos americanos como dos russos. É certamente um personagem com uma personalidade dividida e atormentada, um belo presente para qualquer grande ator. O filme no geral é realmente muito bom, valorizado por enfocar o mundo da espionagem de uma maneira mais humana e relacional.
Quebra de Confiança (Breach, Estados Unidos, 2007) Direção: Billy Ray / Roteiro: Adam Mazer, William Rotko / Elenco: Chris Cooper, Ryan Phillippe, Laura Linney, Dennis Haysbert / Sinopse: Após muitos anos de trabalho no FBI, o agente Robert Hanssen (Chris Cooper) começa a ser alvo de uma investigação interna da agência após surgirem indícios de que ele estaria passando informações secretas aos russos. Para ficar em sua cola e de forma mais próxima possível o FBI coloca o jovem agente Eric O'Neill (Ryan Phillippe) como seu assistente pessoal para que ele possa relatar todos os seus passos no dia a dia. Filme indicado ao Village Voice Film Poll na categoria de Melhor Ator (Chris Cooper).
Pablo Aluísio.
Gostei bastante desse filme. Esse gênero de espionagem ultimamente já não é mais tão explorado, com raras exceções, então quando você se depara com uma fita realmente boa desse estilo, valorizada por um roteiro inteligente, o melhor mesmo é comemorar. O texto foca bastante no relacionamento conturbado dos dois protagonistas. O velho Robert Hanssen é um mestre em contraespionagem, porém o FBI passa a desconfiar que ele virou agente duplo, repassando informações aos russos. Apenas a proximidade e a amizade de Eric poderá desvendar o que realmente se passa em sua carreira. Eu já tive várias oportunidades de escrever dizendo que não gosto do trabalho do ator Ryan Phillippe. Ele é fraco e pouco complexo em suas atuações. Aqui ele jamais chega a atrapalhar o filme porque temos em cena Chris Cooper em atuação inspirada. Seu personagem é muito bem desenvolvido do ponto de vista psicológico. Ele parece estar sempre em conflito existencial. Ao mesmo tempo em que tenta ser um bom católico cultiva perversões sexuais bizarras. Externamente passa a imagem de um agente impecável, com quase 25 anos de bons serviços prestados ao FBI, enquanto que nas sombras joga dos dois lados, tanto dos americanos como dos russos. É certamente um personagem com uma personalidade dividida e atormentada, um belo presente para qualquer grande ator. O filme no geral é realmente muito bom, valorizado por enfocar o mundo da espionagem de uma maneira mais humana e relacional.
Quebra de Confiança (Breach, Estados Unidos, 2007) Direção: Billy Ray / Roteiro: Adam Mazer, William Rotko / Elenco: Chris Cooper, Ryan Phillippe, Laura Linney, Dennis Haysbert / Sinopse: Após muitos anos de trabalho no FBI, o agente Robert Hanssen (Chris Cooper) começa a ser alvo de uma investigação interna da agência após surgirem indícios de que ele estaria passando informações secretas aos russos. Para ficar em sua cola e de forma mais próxima possível o FBI coloca o jovem agente Eric O'Neill (Ryan Phillippe) como seu assistente pessoal para que ele possa relatar todos os seus passos no dia a dia. Filme indicado ao Village Voice Film Poll na categoria de Melhor Ator (Chris Cooper).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de março de 2016
The Dressmaker - A Vingança Está na Moda
Festa estranha, com gente esquisita... lembram da música do "Legião Urbana"? Pois é... os versos caem bem nesse novo filme da atriz Kate Winslet. Ela interpreta Myrtle 'Tilly' Dunnage. Quando era apenas uma criança ela foi envolvida (injustamente) na morte de um garoto da sua cidade, um lugarzinho poeirento no meio do deserto da Austrália. Para não ser presa foi embora. Muitas décadas depois resolve retornar. Ela viveu por muitos anos em Londres onde aprendeu uma profissão e se tornou uma estilista reconhecida. De volta para o lugar onde nasceu ela reencontra sua mãe, praticamente enlouquecida, morando sozinha numa velha casa e todos os tipos mais bizarros que você possa imaginar. Um velho químico, dono de uma farmácia, que na verdade é um pedófilo, um homem de negócios desleal e infiel à esposa e um policial homossexual que não consegue se conter ao ver finas peças de roupas elegantes (uma das coisas mais divertidas do filme, em interpretação impagável do ator Hugo Weaving. aquele mesmo que interpretou o agente Smith da franquia Matrix).
Pois bem, esse filme é bem estranho e não apenas em relação aos seus personagens. No começo ele adota um estilo de humor negro, depois vai se levando gradualmente mais à sério até se tornar quase um drama. Não entendo como Kate Winslet topou fazer um filme como esse porque comercialmente suas chances de fazer algum sucesso são próximas do zero absoluto. O filme não tem muita graça (o que não o ajuda a se vender como uma comédia) e nem uma dramaticidade que justifique sua existência (o que torna seu lado drama bem raso e vazio). A única coisa boa acaba se resumindo em ver a própria Kate Winslet desfilando um figurino bem exótico (que ora se mostra elegante, ora exagerado e brega). A cidadezinha perdida no deserto onde se passa a história também não ajuda em nada. O lugar se mostra sujo, desolado e cheio de figuras asquerosas. Enfim, não é uma produção para todos os públicos. Só indico mesmo para os fãs mais radicais de Kate Winslet e ninguém mais.
The Dressmaker - A Vingança Está na Moda (The Dressmaker, Austrália, 2015) Direção: Jocelyn Moorhouse / Roteiro: Rosalie Ham, P.J. Hogan/ Elenco: Kate Winslet, Hugo Weaving, Liam Hemsworth, Sarah Snook / Sinopse: Myrtle 'Tilly' Dunnage (Kate Winslet) é uma jovem estilista que resolve voltar para a cidadezinha onde nasceu após ter sido acusada na infância de ter matado um garoto na região. Ela quer descobrir toda a verdade de seu caso, ao mesmo tempo em que procura se vingar de todos aqueles que a prejudicaram no passado.
Pablo Aluísio.
Pois bem, esse filme é bem estranho e não apenas em relação aos seus personagens. No começo ele adota um estilo de humor negro, depois vai se levando gradualmente mais à sério até se tornar quase um drama. Não entendo como Kate Winslet topou fazer um filme como esse porque comercialmente suas chances de fazer algum sucesso são próximas do zero absoluto. O filme não tem muita graça (o que não o ajuda a se vender como uma comédia) e nem uma dramaticidade que justifique sua existência (o que torna seu lado drama bem raso e vazio). A única coisa boa acaba se resumindo em ver a própria Kate Winslet desfilando um figurino bem exótico (que ora se mostra elegante, ora exagerado e brega). A cidadezinha perdida no deserto onde se passa a história também não ajuda em nada. O lugar se mostra sujo, desolado e cheio de figuras asquerosas. Enfim, não é uma produção para todos os públicos. Só indico mesmo para os fãs mais radicais de Kate Winslet e ninguém mais.
The Dressmaker - A Vingança Está na Moda (The Dressmaker, Austrália, 2015) Direção: Jocelyn Moorhouse / Roteiro: Rosalie Ham, P.J. Hogan/ Elenco: Kate Winslet, Hugo Weaving, Liam Hemsworth, Sarah Snook / Sinopse: Myrtle 'Tilly' Dunnage (Kate Winslet) é uma jovem estilista que resolve voltar para a cidadezinha onde nasceu após ter sido acusada na infância de ter matado um garoto na região. Ela quer descobrir toda a verdade de seu caso, ao mesmo tempo em que procura se vingar de todos aqueles que a prejudicaram no passado.
Pablo Aluísio.
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