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sábado, 12 de março de 2016

400 Dias

Um grupo de astronautas é confinado em uma instalação subterrânea por 400 dias para simular uma longa viagem em direção ao planeta Marte. Eles deverão ficar completamente isolados do mundo exterior, sem informações e contatos com o que ocorre fora de sua nave. Durante os dias o confinamento, o tédio e a tensão começam a cobrar seu preço. Os quatro tripulantes começam a sofrer alucinações e comportamentos fora do padrão. Para piorar a situação o capitão do grupo, Theo (Brandon Routh), tem um relacionamento mal resolvido e em crise com a médica Emily (Caity Lotz). Aos poucos eles começam a entender que estão ficando completamente enlouquecidos. "400 Dias" é uma ficção de baixo orçamento que pretende se apoiar em um roteiro intrigante que conta uma história até bem interessante. O problema é que o mesmo roteiro não parece muito determinado a explicar diversas situações que vão surgindo ao longo do filme. As pontas soltas vão se acumulando e de repente o espectador se vê jogado em uma série de situações estranhas que jamais serão esclarecidas.

Não se impressione muito com o poster e o material de divulgação. Os cenários que parecem bem elaborados nesses materiais não aparecem na fita. Quando o filme começa logo vem a decepção. A produção que foi bancada pelo ator e humorista Dane Cook é apenas razoável, quase abaixo do aceitável. O único ponto realmente bom dessa ficção B vem do elenco. O próprio Cook, por exemplo, interpreta um dos astronautas, um sujeito especializado em mecânica. Não há traços de humor e ele só se torna levemente divertido quando começa a alucinar por causa do confinamento. O ex-Superman Brandon Routh também não tem muito o que fazer a não ser ficar com cara de fossa após levar um fora da namorada que inclusive faz parte da tripulação. Ela é interpretada pela linda (coloca linda nisso) atriz Caity Lotz. Seus olhos azuis e seu carisma acabam sendo um dos principais motivos para assistir ao filme até o seu final que é bem decepcionante, não podemos negar. O roteiro apresenta uma reviravolta lá pelos 60 minutos de duração, mas não se empolgue com isso, pois tudo é mal aproveitado e desenvolvido. Enfim, "400 Days" só vale como mero passatempo para uma tarde tediosa e nada mais.

400 Dias (400 Days, EUA, 2015) Direção: Matt Osterman / Roteiro: Matt Osterman / Elenco: Brandon Routh, Dane Cook, Caity Lotz, Ben Feldman, Tom Cavanagh / Sinopse: Um grupo de astronautas é confinado numa instalação que simula uma nave espacial rumo a Marte. Eles deverão ficar isolados por 400 dias, sem contato nenhum com o mundo exterior. A falta de comunicação com o restante do planeta porém começa a exercer uma grande pressão sobre todos eles. Em pouco tempo começam a apresentar alucinações e ilusões, seguidos de ataques constantes de insanidade. A única saída é desistir do projeto e ir embora, mas para surpresa de todos algo de muito sério aconteceu com a Terra enquanto estavam isolados do mundo lá fora.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Maldita Sorte

Charlie Logan é um garoto de dez anos que se recusa a beijar uma amiguinha durante aquele típico jogo de adolescentes chamado joguinho da garrafa, onde um casco de refrigerante é girado sobre uma mesa e o participante deve beijar a garota que estiver na direção da garrafa quando essa parar. A questão é que a menina se sente ofendida com isso e acaba jogando uma espécie de feitiço em Charlie. Obviamente que algo assim não será levado à sério por um garoto mas os anos passam e ele começa a perceber que tudo dá errado em seus relacionamentos amorosos. As garotas pelas quais se apaixona acabam lhe traindo, ficam noivas de outros homens logo em seguida e se casam, sem maiores explicações. É sempre a mesma coisa, com ele sempre ficando na mão em todas as ocasiões. Mesmo sendo uma brincadeira de criança será que a tal maldição realmente pegou em Charlie?

Ok, sinopse pra lá de bobinha, temos que admitir. Já é fato notório que as comédias românticas americanas passam por uma crise de criatividade enorme. Esse "Maldita Sorte" não foge muito disso a não ser por um detalhe bem interessante: o casal central, Dane Cook e Jessica Alba, estão pra lá de carismáticos. Mesmo com material abaixo da média, sem grandes atrativos, eles cativam o espectador. Ela surge na vida de Charlie (Cook) e ele acaba se convencendo de estar na presença finalmente de sua alma gêmea mas antes disso terá que fazer de tudo para quebrar o feitiço que lhe foi feito aos 10 anos. Dizem que primeira paixão é coisa de outro mundo, a pessoa jamais esquece - será realmente verdade? Se for, Cook estará mesmo em apuros aqui nesse filme. Eu assisti essa película em seu lançamento (não chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros pelo que me lembre) mas agora ganha uma nova chance pois será exibido pela Globo hoje à noite. Se você gosta de comédias românticas bobinhas mas simpáticas já tem programa para logo mais na TV aberta. Good Luck!

Maldita Sorte (Good Luck Chuck, Estados Unidos, 2007) Direção: Mark Helfrich / Roteiro: Mark Helfrich, Dane Cook / Elenco: Dane Cook, Jessica Alba, Dan Fogler, Ellia English, Sasha Pieterse, Lonny Ross / Sinopse: Charlie (Cook) não consegue se acertar com garota nenhuma em sua vida. Seria o efeito de uma maldição colocada nele quando era apenas um garoto de 10 anos?

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de setembro de 2013

Aviões

Estreou muito bem nos Estados Unidos essa nova animação da Disney, "Aviões". Nem é preciso ir muito longe para entender de onde veio a ideia central dessa produção. É basicamente o mesmo argumento usado em "Carros", a animação da Pixar. Na verdade há alguns anos a Pixar foi incorporada pela Disney o que foi de certa forma algo ruim para o mundo da animação pois ambos os estúdios estavam em uma sadia concorrência pelo milionário mercado da animação onde quem ganhava mesmo no final das contas era o espectador. Agora que uma faz parte da outra essa saudável briga entre eles deixou de existir. A Disney como se sabe segue um padrão de qualidade e moralidade ao qual não abre mão e isso não acontecia com a Pixar que, no ponto de vista de roteiros, era sempre muito mais ousada, usando piadas com inúmeras referências ao mundo pop em geral e temática mais adulta.

Mas deixando isso de lado o que temos aqui em "Aviões" é certamente mais um produto de extremo perfeccionismo que do ponto de vista técnico é realmente impecável. O argumento é bem mais infantilizado, temos que reconhecer, o que faz "Aviões" ser mais indicado para crianças menores de 10 anos. Não se vê nenhum traço mais ousado por parte do texto, ficando tudo, como já tinha dito antes, dentro dos padrões familiares dos estúdios Disney. O comediante Dane Cook dubla a voz do personagem principal o que não deixa de ser uma surpresa e tanto já que Cook ficou conhecido justamente por seu humor mais pesado, bem vulgar em certos momentos. Basta lembrar de alguns de seus filmes no cinema como por exemplo "Funcionário do Mês", "Maldita Sorte" e "Amigos, Amigos, Mulheres à Parte" para entender melhor do que se trata. No mais é isso, "Aviões" é irmão gêmeo de "Carros", a ponto inclusive da própria Disney usar como slogan a frase: " From above the world of Cars". Se você gostou de "Carros" certamente gostará desse aqui também. Boa viagem!

Aviões (Planes, Estados Unidos, 2013) Direção: Klay Hall / Roteiro: Jeffrey M. Howard, John Lasseter / Elenco (vozes): Carlos Alazraqui, Dane Cook, Stacy Keach / Sinopse: Assim como aconteceu em "Carros" aqui temos aviões animados em incríveis aventuras pelos céus do mundo.

Pablo Aluísio.