sábado, 30 de julho de 2022

O Soldado Que Não Existiu

Título no Brasil: O Soldado Que Não Existiu
Título Original: Operation Mincemeat
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos; Reino Unido
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Madden
Roteiro: Michelle Ashford, Ben Macintyre
Elenco: Colin Firth, Rufus Wright, Matthew Macfadyen, Ruby Bentall, Kelly Macdonald, Charlotte Hamblin

Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial um grupo de agentes do serviço britânico de inteligência elabora um plano para enganar o  o inimigo. Seu objetivo é forjar um plano falso, de contrainformação para convencer os nazistas de que os aliados estão prestes a invadir a Grécia e não a Sicília, como é o plano real elaborado pelas forças armadas da Inglaterra.

Comentários:
Aprecio muito filmes baseados em fatos históricos. Esse roteiro explora um fato real acontecido durante a segunda guerra, quando foi elaborado todo um plano para enganar os espiões nazistas. Eles colocaram informações falsas sobre uma invasão da Grécia dentro de uma maleta presa a um cadáver que foi deixado  perto da Costa da Espanha. Esses planos deveriam cair nas mãos de espiões alemães em atividade na região. A intenção era obviamente fazer com que Hitler e seu generais mandassem tropas para a Grécia, deixando a Sicília desprotegida. Interessante que enquanto o plano se desenvolvia o serviço de inteligência da Inglaterra alertava que o chefe dessa operação poderia ser um agente duplo, passando informações para os comunistas, para o soviéticos. Filme muito bem construído, muito bem produzido, com elenco acima da média. Eu destaco um personagem secundário da trama, chamado Ian Fleming, o criador de James Bond, na época um mero burocrata da inteligência britânica. O filme entretanto mostra o mundo real da espionagem, o jogo de bastidores dos espiões na chamada guerra oculta que poderia ser tão ou mais importante que a guerra travada nos campos de Batalha.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

O Telefone Preto

Título no Brasil: O Telefone Preto
Título Original: The Black Phone
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Scott Derrickson
Roteiro: Joe Hill
Elenco: Mason Thames, Madeleine McGraw, Ethan Hawke, Jeremy Davies, E. Roger Mitchell, Troy Rudeseal

Sinopse:
Durante a década de 1970, um garoto é raptado por um serial killer e levado para seu porão escuro e fechado. O lugar sombrio possui um velho telefone preto desativado que inesperadamente começa a tocar. Ao atender o telefone, o garoto percebe que está falando com as vítimas anteriores do assassino em série e eles vão tentar salvar o menino de um destino trágico.

Comentários:
Esse filme fez um inesperado sucesso nas bilheterias americanas, chegando ao ponto de disputar posição com Top Gun Maverick, o grande sucesso da temporada. O roteiro traz uma versão estendida da história de um curta metragem, por essa razão a história é basicamente simples, trazendo uma situação básica, a do garoto preso no porão. O enredo traz uma interessante inclusão de aspectos sobrenaturais na história, pois o garoto começa a falar por telefone com os jovens que foram mortos pelo mesmo assassino no passado. Do além eles tentam fazer com que o menino consiga fugir daquela armadilha. Além disso ele tem uma irmã que também tem poderes paranormais. É um bom filme de terror e suspense,  apreciei a forma como essa história foi contada. O assassino surge o tempo todo com máscaras de demônio e o espectador nem se dá conta que o ator que está por trás delas é o talentoso Ethan Hawke, em boa interpretação, com doses precisas de insanidade e loucura para assustar.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Os Dez Mandamentos

Considerado até hoje um dos maiores épicos da história de Hollywood. Essa superprodução foi fruto do empenho pessoal do produtor e diretor Cecil B. DeMille. Conhecido por pensar grande, para alguns sofria de uma certa megalomania, ele tinha verdadeira obsessão pelas histórias do velho testamento. Era um dos vários magnatas judeus da indústria cinematográfica americana. Ele já havia produzido uma versão de Moisés na era do cinema mudo, mas resolveu fazer o remake de sua própria obra, com mais tecnologia e recursos do cinema dos anos 50. Para isso ele não poupou recursos, inclusive se utilizando de diversas técnicas de efeitos especiais, sendo que o filme, apesar de ser indicado oito vezes ao Oscar, acabou vencendo apenas em uma categoria, justamente a de efeitos visuais. O filme também se notabilizou pelo visual, maquiagem, figurino e demais aspectos de produção, que foi obviamente milionária.

O resultado certamente soa grandioso na tela, não apenas pelos exageros de cenários, figurinos, etc, mas também pela longa duração do filme, o que assustou um pouco os donos de cinema da época, pois eles acreditavam que isso iria ser prejudicial nas bilheterias. Não foi, "Os Dez Mandamentos" se tornou uma das maiores bilheterias da época e acabou abrindo caminho para outras megaproduções que seguiam na mesma linha. Para o ator Charlton Heston esse clássico foi um divisor de águas pois interpretar Móises marcou para sempre sua carreira. Enfim, um dos filmes que melhor captaram o que Hollywood poderia fazer de melhor naquele período histórico.

Os Dez Mandamentos (The Ten Commandments, Estados Unidos, 1956) Direção: Cecil B. DeMille / Roteiro: Dorothy Clarke, A.E. Southon / Elenco: Charlton Heston, Yul Brynner, Anne Baxter / Sinopse: O filme conta a história de Moisés (Heston), líder religioso e político do povo hebreu que liderou sua saída do Egito, onde viveram como escravos por longos anos. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (John P. Fulton).

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Elvis Presley - Elvis (1956) - Parte 3

Uma das músicas preferidas de Elvis nesse disco era a balada sentimental "Old Shep" de Red Foley. Elvis a cantava desde quando era um garotinho em Memphis. Inclusive essa foi a primeira música que Elvis cantou em um palco na sua vida, quando ainda era bem jovem e participava de um programa de calouros numa feira de gado, típico evento popular em sua cidade.

Outro fato que chama a atenção nessa faixa é que ele tem mais de 4 minutos de duração, o que fugia do padrão da época. As músicas geralmente tinham apenas dois minutos ou um pouco acima disso. Era uma duração ideal para tocar nas rádios. Além do mais a gravação ficou com uma sonoridade que lembrava em muito seus anos na Sun Records. Teria sido algo proposital? Não sabemos ao certo.

"First In Line" era outra balada romântica. Essa, ao contrário de "Old Shep", não tinha ligação com o passado de Elvis. Na realidade era uma boa produção da "fábrica" de criação da RCA Victor. A companhia, como se sabe, mantinha equipes de compositores prontos para criarem qualquer música, sempre que a gravadora solicitasse. Essa faixa foi composta pela dupla Aaron Schroeder e Ben Weisman. Eles se tornariam bem presentes nas trilhas sonoras de Elvis nos anos 60. Weisman, por exemplo, compôs muitas das canções dos filmes de Elvis em Hollywood. Segundo alguns dados chegou a escrever mais de 50 músicas para Presley! Um número bastante significativo.

O produtor e guitarrista Chet Atkins também trouxe sua contribuição para o disco. No estúdio ele apresentou a Elvis a canção "How's The World Treating You". Ele tinha composto a faixa ao lado do parceiro e amigo de Nashville Boudleaux Bryant. Elvis ouviu a música e não demorou muito a se convencer a gravá-la. Foi até curiosa essa escolha, pois nesse momento de sua carreira Elvis se firmava com a imagem de um roqueiro rebelde, um "James Dean de guitarra" como chegou a escrever um jornalista influente de Nova Iorque. Então mais uma balada chorosa contrastava com essa imagem. Porém para quem o conhecia mais de perto não havia surpresa alguma. Elvis era mesmo esse artista com coração, que sempre apreciava esse tipo de som mais sentimental.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de julho de 2022

Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 3

Uma das grandes sortes que John Wayne teve em sua carreira foi o fato dele começar a se tornar popular justamente na mesma época em que o grande cowboy do cinema, o astro Tom Mix, estava se aposentando. Ídolo máximo do western na era do cinema mudo, Mix estava descontente com os novos rumos que a indústria cinematográfica americana começava a tomar. O cinema falado estava prestes a dominar completamente o mercado, enquanto os antigos filmes mudos perdiam espaço nas telas a cada ano. Era o fim de uma era.

Tom Mix já se sentia velho e cansado. Cavalgar para ele estava se tornando um problema por causa de dores na coluna. Ele sofria dessas dores há anos, mas agora tudo se tornara insuportável. O estúdio lhe arranjou dublês, mas o público começou a perceber a diferença e assim, procurando manter sua estrela, sua áurea, Mix decidiu se aposentar. Ele queria se retirar antes que se tornasse completamente decadente. Depois de atuar em mais de duzentos filmes ele estava multimilionário e não queria mais saber de cavalos, selas, poeira e tiroteios. Os dias do faroeste tinham chegado também ao fim para Mix.

Com o afastamento de Tom Mix das telas todo um espaço ficou vazio. Quem seria o próximo herói dos filmes de faroeste? Bom, John Wayne estava de olho nesse trono. Esforçado, disciplinado, bom profissional na visão dos diretores da época, John Wayne começou a deixar de lado suas participações como dublê para realmente se tornar ator na frente das telas. Foi um processo gradual. Nos primeiros anos John Wayne ainda procurou se esforçar na universidade, mas depois ele viu que poderia ter grande futuro no mundo do cinema. O pagamento era muito bom, o trabalho era relativamente fácil e a fama, que ele começava a desfrutar, acabou lhe convencendo que ele deveria se esforçar para fazer sucesso no cinema, acima de tudo.

Durante as filmagens de um novo filme, Wayne conversou longamente com o diretor Andrew Bennison. Esse lhe avisou que iria filmar um faroeste em breve e que queria John Wayne em seu elenco. Depois explicou que esse novo western seria mais realista, tentando mostrar o mundo dos cowboys como ele realmente era: com muito suor, trabalho duro e roupas surradas. Nada a ver com Tom Mix e suas roupas engomadinhas. "John, o futuro dos filmes de western será o realismo nu e cru, por isso quero que você apareça como se fosse um cowboy real. Roupas empoeiradas, chapéu amassado, nada de ter um visual como Tom Mix, com seu figurino cheio de estrelinhas e esporas de prata!". Wayne concordou plenamente com a opinião do diretor. Era hora do cinema americano abraçar uma visão bem mais pé no chão. O mito em torno de John Wayne começava a ganhar vida.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Confidências à Meia Noite

"Pillow Talk" é certamente um dos melhores filmes de Doris Day em sua filmografia (se não for o melhor). A primeira parceria com Rock Hudson (faria mais dois filmes ao lado dele) rende ótimas cenas de humor. Considerado ousado e sofisticado demais para os anos 50 o filme fez um tremendo sucesso. Rock em sua biografia afirma que esse foi sem dúvida um dos trabalhos que mais gostou de fazer pois o clima no set era o melhor possível, muito descontraído e alegre. Além disso ele criou uma ótima química com Doris nas cenas. Hudson havia recentemente se separado da esposa e procurava por novos caminhos em sua carreira. Depois de estrelar faroestes e dramas com Douglas Sirk e George Stevens, Rock tinha dúvidas se poderia fazer bem um papel de playboy numa comédia romântica sofisticada como essa. Depois de pensar por um tempo resolveu arriscar. O interessante é que o sucesso de "Confidências à Meia Noite" acabou significando uma mudança completa nos rumos de sua filmografia. A partir daqui ele deixaria definitivamente os dramas pesados de lado para se dedicar a filmes leves, divertidos como "Volta meu Amor", "Não me Mandem Flores", "O Esporte Favorito do Homem" e "Quando Setembro Vier".

Já Doris Day atribui ao filme à sua fama de "Virgem profissional" e diz não entender a razão. No filme sua personagem se recusa a ir para a cama com o conquistador barato vivido por Hudson. Isso criou e ajudou muito na imagem de "Sandy" dos anos 60, mas segundo Doris aqui ela não interpretava uma "virgem" mas sim uma mulher independente, inserida no mercado de trabalho, profissional, que pela primeira vez tinha o direito de escolher o homem com quem queria se casar - ou não casar, de acordo única e exclusivamente com sua consciência. O filme foi divisor de águas também porque acabou criando um dos filões mais usados em Hollywood - o da comédia romântica! Antes de Pillow Talk (Conversa de Travesseiro, seu título original) os estúdios não prestavam muito atenção nesse estilo. Com o sucesso do filme eles começaram a investir mais no gênero - que atingiria seu auge vinte anos depois, nos anos 80. Uma fórmula que até hoje não demonstra sinais de desgaste perante o público, principalmente feminino.

Confidências à Meia Noite (Pillow Talk, Estados Unidos, 1959) Direção de Michael Gordon / Roteiro de Stanley Shapiro e Maurice Richlin / Elenco: Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall / Sinopse: Jovem playboy (Rock Hudson) se faz passar por uma caipirão para conquistar sua vizinha (Doris Day) que implica com ele por causa da linha de telefone que ambos dividem.

Pablo Aluísio.

20.000 Léguas Submarinas

Título no Brasil: 20.000 Léguas Submarinas
Título Original: 20,000 Leagues Under the Sea
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Productions
Direção: Richard Fleischer
Roteiro: Earl Felton
Elenco: Kirk Douglas, James Mason, Paul Lukas, Peter Lorre, Robert J. Wilke, Ted de Corsia

Sinopse:
Um estranho homem do mar, o Capitão Nemo (James Mason), tem uma visão toda própria do mundo em que vive. A bordo de seu moderno e poderoso submarino, o Nautilus, ele cruza os sete mares em busca da utopia que sempre perseguiu. Seria ele um homem de boas intenções ou um perigo para a humanidade? Filme premiado pelo Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte (John Meehan e Emile Kuri) e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Durante muitos anos a famosa novela de fantasia escrita pelo genial Jules Verne foi considerada impossível de se adaptar para o cinema. A imaginação do escritor era rica em detalhes e aspectos que seriam complicados de se levar para as telas. Realmente transpor todo aquele universo submarino não seria fácil. Porém transformar fantasia em realidade era algo natural para os estúdios Disney. Assim em 1954 chegou nas telas de cinemas de todo o mundo esse clássico do gênero. O filme teve uma produção cara para a época, diversos cenários bem elaborados foram construídos e a equipe de efeitos especiais trabalhou como nunca. O resultado ficou muito charmoso. Visto hoje em dia poderá soar datado, como seria óbvio, mas o fato é que o filme mantém seu estilo intocável, mesmo com o passar dos anos. O roteiro foi muito bem adaptado, conseguindo capturar o universo criado por Verne, inclusive na personalidade dos personagens principais. O Capitão Nemo, por exemplo, foi perfeitamente retratado pela adaptação. Além disso há a possibilidade de rever o grande Kirk Douglas (recentemente falecido) em um de seus mais marcantes filmes. Aliás esse segue sendo um dos mais populares de sua carreira. Enfim, úm ótimo programa para a imaginação. Um filme tão saboroso que até hoje segue sendo exibido com regularidade nos canais de TV a cabo. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 24 de julho de 2022

Benedetta

Título no Brasil: Benedetta
Título Original: Benedetta
Ano de Lançamento: 2021
País: França 
Estúdio: SBS Productions
Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Paul Verhoeven
Elenco: Virginie Efira, Charlotte Rampling, Daphne Patakia, Lambert Wilson, Olivier Rabourdin, Louise Chevillotte

Sinopse:
Santa ou devassa? Benedetta Carlini, religiosa católica que viveu em uma convento na Itália, começou a afirmar que estava tendo visões de Jesus e que tinha profecias sobre o futuro de sua comunidade, naquela época passando por uma terrível epidemia de peste negra. Tudo isso acabou chamando a atenção da inquisição que mandou um representante para estudar os eventos dentro do próprio convento.

Comentários:
O filme conta a história real de uma freira que viveu no século XVII. O que torna essa história especial a ponto de virar filme? Basicamente temos aqui uma religiosa que afirmava ter visões do próprio Jesus Cristo e como se isso tudo não fosse o bastante ela ainda começou a apresentar estigmas de crucificação nas mãos e nos pés. Inicialmente um padre local acreditou nas suas manifestações, ele acreditou que era um milagre, mas a Igreja Católica logo ficou alerta, pois surgiram denúncias de outras freiras que moravam no convento que diziam que era tudo uma farsa. Um inquisidor acabou sendo enviado para o convento e descobriu coisas realmente escandalosas, entre elas de que a freira tinha um romance lésbico com uma noviça dentro dos muros do convento e que usava uma imagem de Nossa Senhora em madeira para fins libidinosos, o que realmente chocou a todos. Essa freira ainda hoje é muito comentada, principalmente depois do lançamento de um livro contando sua história. Uma freira lésbica, mística, que rompeu as barreiras do que era aceitável pela Igreja em sua época. Acabou escapando de ser consumida pelas chamas de uma fogueira da inquisição por pouco. O filme é bom, interessante pela história que conta, mas  que também tem suas doses de sensacionalismo, inclusive com cenas de nudez e lesbianismo. Ainda assim gostei do filme pois tive a oportunidade de conhecer essa história que até então desconhecia. Só não recomendo o filme para pessoas excessivamente religiosas pois vão se escandalizar.

Pablo Aluísio.

A Garota da Foto

Título no Brasil: A Garota da Foto
Título Original: Girl in the Picture
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: All3Media America
Direção: Skye Borgman
Roteiro: Skye Borgman
Elenco: Karen Parsley, Charles Engles, Merle Bean, Ernest Bean, Billy Carter, Joe Fitzpatrick

Sinopse:
Uma jovem acaba sendo encontrada morta em uma estrada deserta. A partir disso um grupo de investigadores da polícia local começa a procurar por sua verdadeira identidade e acaba encontrando uma sórdida história envolvendo um pedófilo e sequestrador, um criminoso procurado há anos pelas autoridades policiais dos Estados Unidos.

Comentários:
Esse filme me chocou, simplesmente isso, eu fiquei chocado com sua história criminal e olha que sou acostumado a ler livros e assistir filmes sobre assassinos em série, principalmente psicopatas americanos. O que diferencia aqui é a sordidez da história de uma jovem que passou por todos os tipos de abusos possíveis e imagináveis nas mãos de um assassino e um pedófilo completamente cruel e desumano. O filme resgata a história real de um grupo de policiais que tentou por anos descobrir a verdadeira história de uma jovem que foi assassinada. O mais louco disso é que eles não encontraram apenas uma identidade sobre ela, mas varias, pois ela viveu ao longo de seus anos em muitos lugares diferentes, em diversas cidades americanas onde geralmente assumia uma nova identidade ao lado de um homem que ora se passava por seu pai, ora se passava por seu marido. E quem ele era afinal de contas? O pior é que ele era um criminoso que havia sequestrado essa menina e que vivia com ela desde a sua infância. Uma história simplesmente horripilante. Eu fiquei muito chocado ao saber sobre tudo. Onde estava o FBI por todos aqueles anos?

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de julho de 2022

Persuasão

Título no Brasil: Persuasão
Título Original: Persuasion
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Bisous Pictures
Direção: Carrie Cracknell
Roteiro: Ron Bass
Elenco: Dakota Johnson, Cosmo Jarvis, Richard E. Grant, Yolanda Kettle, Jordan Long, Simon Paisley Day

Sinopse:
Anne Elliot (Dakota Johnson) sempre foi apaixonada pelo capitão Wentworth da marinha inglesa, só que seu romance com ele nunca deu certo. Oito anos depois o casal volta a se reencontrar. Será que dessa vez voltarão a ficar juntos? Adaptação para o cinema do romance escrito por Jane Austen em 1816.

Comentários:
Sempre que um livro de Jane Austen é adaptado para o cinema surgem inevitavelmente os mesmos tipos de comentários negativos, de que há passagens no filme que não existem nos livros, de que o filme não é fiel ao livro original e críticas que seguem esse mesmo caminho. Chega a ser cansativo. Em meu ponto de vista, isso tudo é fonte de uma interpretação equivocada do que seria uma adaptação de um livro clássico para o cinema. A sétima arte tem sua própria linguagem, seu próprio modo de contar uma história e a literatura tem suas peculiaridades que devem ficar apenas nas páginas dos livros. Dito isso, quero esclarecer que apesar das inúmeras críticas que esse filme sofreu eu gostei plenamente dessa adaptação. O resultado final se revelou ser um filme leve, gostoso de assistir, mantendo a essência da obra romântica original. A essência dessa história é  mostrar um casal que se ama, mas que encontra dificuldades em concretizar esse amor. A diretora Carrie Cracknell, que veio do meio teatral, conseguiu tornar tudo adequado para a nova geração. O filme se revela assim de mais fácil assimilação para os jovens. Além disso o elenco conta com a graciosidade da atriz Dakota Johnson que é definitivamente um dos destaques em cena. Ela revitalizou essa personagem sem perder o essencial. Enfim, esse é um filme que me agradou plenamente. É um ponto inicial para quem quiser conhecer a obra de Jane Austen e aí se você quiser ir em busca de fidelidade completa só mesmo lendo o livro original.

Pablo Aluísio.