quarta-feira, 20 de maio de 2020

A Viúva Chinesa

Título no Brasil: A Viúva Chinesa
Título Original: In Harm´s Way
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos, China
Estúdio: Roc Pictures
Direção: Bille August
Roteiro: Greg Latter
Elenco: Emile Hirsch, Yifei Liu, Fangcong Li, Lambert Houston, Cary Woodworth, Gallen Lo

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial um avião militar americano cai em um território chinês ocupado por tropas japonesas após bombardear Tóquio. O piloto americano Jack (Emile Hirsch) sobrevive e é ajudado por uma jovem viúva chinesa chamada Ying (Yifei Liu) e sua pequena filha.

Comentários:
Esse filme mescla fatos históricos reais com personagens de pura ficção. De fato muitos militares americanos da força aérea caíram na China após atacar a capital dos japoneses, porém os personagens mostrados no filme, do jovem piloto e da chinesa são meramente ficcionais. O que não importa no final das contas porque a história contada é bem interessante e vai interessar tanto a quem gosta de filmes de guerra como também quem procura por romances impossíveis. Como é uma produção bem globalizada, financiada por estúdios de cinema dos Estados Unidos e da China, com um diretor dinamarquês, o sempre correto Bille August, o filme apresenta um bem escrito roteiro e uma boa escolha de elenco multinacional. A atriz chinesa Yifei Liu se destaca pela beleza delicada e pelo talento dramático. O americano Emile Hirsch é nosso velho conhecido. Embora ainda seja jovem já tem um excelente currículo de bons (e alguns excelentes) filmes para exibir. Enfim, um bom filme que me agradou bastante, com todos os elementos bem enquadrados dentro da história que almeja contar. Vale a pena conhecer e assistir.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de maio de 2020

A Possessão de Mary

Título no Brasil: A Possessão de Mary
Título Original: Mary
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Entertainment One
Direção: Michael Goi
Roteiro: Anthony Jaswinski
Elenco: Gary Oldman, Emily Mortimer, Manuel Garcia-Rulfo, Stefanie Scott, Chloe Perrin, Owen Teague

Sinopse:
Depois de trabalhar anos como capitão de barcos de turismo, David (Gary Oldman) decide comprar seu próprio veleiro em um leilão. Uma embarcação antiga, com algumas histórias misteriosas em seu passado. Na sua primeira viagem em alto-mar, ao lado de sua família, coisas bem estranhas começam a acontecer.

Comentários:
Um filme de terror marítimo? Pois é, aqui o roteirista se inspirou em um velho poema, bem conhecido entre marinheiros da Flórida, desde o século XVII, para criar uma história de terror que achei até bem interessante. Imagine toda uma família (pai, mãe e duas filhas) viajando em um veleiro que esconde maldições e mortes em seu passado. E quando mais eles vão entrando em alto-mar, mais as coisas vão ficando realmente esquisitas. Claro, temos que reconhecer que o uso de uma criatura das trevas, uma espécie de mistura de bruxa e sereia, vai quebrar um pouco o ritmo de suspense que vai numa onda crescente durante o desenrolar do filme, mas esse tipo de coisa faz parte do pacote de um filme como esse. E isso fica ainda mais forte ao se pensar no público que consome filmes de terror nos dias de hoje. Não há como se basear apenas em um terror puramente psicológico, tem que ter ali um tipo de monstro para assustar os mais jovens. E por falar em sustos, o filme tem uns três sustos muito bons, daqueles que vão arrepiar os fios de cabelo do seu braço. Para o padrão dos filmes de terror mais modernos já estã de bom tamanho, não é mesmo?

Pablo Aluísio.

Bronco Billy

Título no Brasil: Bronco Billy
Título Original: Bronco Billy
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Dennis Hackin
Elenco: Clint Eastwood, Sondra Locke, Geoffrey Lewis, Scatman Crothers, Bill McKinney, Sam Bottoms

Sinopse:
O filme conta a história de Bronco Billy (Clint Eastwood), o dono de um circo de faroeste, com artistas fazendo papéis de cowboys, índios e pioneiros do velho oeste. Uma antiga tradição do meio circense dos Estados Unidos. E quando a lona de seu circo pega fogo, ele luta para manter seu grupo ainda ativo e se apresentando em pequenas cidades do interior.

Comentários:
Esse filme é uma verdadeira declaração de amor e respeito por parte de Clint Eastwood ao mundo das artes circenses. Nos tempos de Buffalo Bill os espetáculos de faroeste eram extremamente populares por todo o país. Com o tempo essa tradição foi se perdendo. O personagem de Clint nesse filme, chamado de Bronco Billy, é uma espécie de último representante desse tipo de atividade circense. Ele luta a duras penas para manter seu circo ainda vivo. E os obstáculos para que ele feche sua companhia de artistas são muitos. Há dívidas, falta de público, debandada de artistas, até mesmo um grande incêndio que destrói a lona de seu circo. Suas soluções para as crises são divertidas, como costurar um monte de bandeiras dos Estados Unidos para fazer uma lona nova! Assim ele resiste, lutando a batalha que a cada dia parece mais perdida. No elenco há a presença de atriz Sondra Locke, que foi esposa de Eastwood por longos anos. Clint, que dirige o filme, criou uma verdadeira declaração de apoio a esse tipo de tradição do circo. E o resultado ficou excelente. O roteiro desenvolve e trabalha muito bem com todos os personagens, trazendo uma humanidade tocante ao filme. Todos ali possuem suas próprias histórias de vidas, fazendo com que o espectador crie um vínculo com cada um. É um ótimo momento da filmografia de Clint Eastwood, aqui ja demonstrando todo o seu talento não apenas como ator, mas principalmente como cineasta.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Os Donos da Noite

Título no Brasil: Os Donos da Noite
Título Original: Harlem Nights
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Eddie Murphy
Roteiro: Eddie Murphy
Elenco: Eddie Murphy, Richard Pryor, Danny Aiello, Redd Foxx, Michael Lerner, Della Reese

Sinopse:
Durante a década de 1930, o proprietário ilegal de uma casa de apostas na cidade de Nova York e seus associados devem lidar com forte concorrência, gângsteres e policiais corruptos para permanecer no negócio. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (Joe I. Tompkins).

Comentários:
Esse filme foi uma verdadeira egotrip do comediante Eddie Murphy. Ele escreveu o roteiro, bancou a produção e como se isso não fosse o suficiente ainda escreveu o roteiro. Praticamente foi tudo feito por ele. E a Paramount, como associada, também deu carta branca para que ele trouxesse excelentes figurinos, cenários, carros de época, etc. É um filme de gângsteres ao velho estilo, mas procurando ser diferenciado. Ao invés de mostrar a histórias de criminosos como Al Capone, Murphy decidiu contar o outro lado da moeda, mostrando membros de gangs do bairro negro do Harlem. O filme foi massacrado pela crítica na época de seu lançamento, mas sinceramente falando acho que a reação desses críticos foi um tanto exagerada. Não considero esse um filme ruim, nem nada do tipo. Ele não peca por falta de qualidade cinematográfica. É um filme normal, OK, sem maiores problemas. E ao contrário do que muitos disseram não foi um fracasso comercial de Eddie Murphy no cinema, fazendo 120 milhões de dólares de bilheteria em um filme que custou meros 30 milhões. Deu lucro e não prejuízo. Assim deixo a dica dessa verdadeira despedida de Eddie Murphy aos anos 80, a década onde ele mais fez sucesso em sua carreira.

Pablo Aluísio.

O Pecado Mora ao Lado

Título no Brasil: O Pecado Mora ao Lado
Título Original: The Seven Year Itch
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Billy Wilder
Roteiro: Billy Wilder, baseado na peça de George Axeroid
Elenco: Marilyn Monroe, Tom Ewell, Evelyn Keys, Sonny Tuftis, Robert Strauss, Oskar Homolka

Sinopse:
Richard Sherman (Tom Ewell) é um maridão que fica sozinho em seu apartamento após sua esposa e filho irem passar as férias de verão fora de Nova Iorque. Adorando sua provisória liberdade ele começa a soltar a imaginação. A nova vizinha do andar de cima, uma linda e sensual loira (Marilyn Monroe), atiça ainda mais seus pensamentos eróticos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Tom Ewell).

Comentários:
Esse pode ser considerado tranquilamente o filme mais conhecido de Marilyn Monroe. A imagem dela nesse filme, o seu figurino, a cena da saias ao vento, tudo entrou definitivamente dentro da cultura pop. Tanto isso é verdade que quando se lembra de Marilyn Monroe se lembra imediatamente da sua imagem nesse filme. É o auge de popularidade da atriz em sua carreira no cinema. E o curioso de tudo é que sua personagem sequer tinha nome, era apenas identificada no roteiro como "The Girl" (a garota). Isso porque ela representou mesmo um símbolo de sensualidade que estaria na imaginação daquele homem casado já há alguns anos, entediado totalmente com o casamento, que conhece a loira bonita e tem fantasias sobre ela, como se fosse ter um caso furtivo com a gostosona que mora ao lado. O roteiro (e a peça original) aliás foi escrito em cima de um artigo de um psicólogo que afirmava que quando um casamento completava sete anos, era sinal de que uma crise conjugal estaria para chegar. Esse filme fez muito sucesso de bilheteria, mas também trouxe problemas pessoais para Marilyn. A cena das saias levantadas, com as calcinhas à mostra, despertou a fúria ciumenta de Joe DiMaggio. Mal sabia ele que aquela seria a cena mais famosa e lembrada de toda a filmografia de La Monroe.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de maio de 2020

Os 33

Título no Brasil: Os 33
Título Original: The 33
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Chile, Espanha
Estúdio: Alcon Entertainment
Direção: Patricia Riggen
Roteiro: Mikko Alanne, Craig Borten
Elenco: Antonio Banderas, Rodrigo Santoro, Gabriel Byrne, Juliette Binoche, Lou Diamond Phillips, James Brolin

Sinopse:
O filme conta uma história real ocorrida no deserto de Atacama, no Chile. Um grupo de 33 mineradores ficam presos dentro de uma mina de ouro na região. Para resgatar todos eles com vida é montada uma grande operação que vira notícia internacional de grande repercussão.

Comentários:
Um bom filme. Eu me recordo desse acontecimento porque foi bastante explorado pela imprensa internacional. Esses mineradores ficaram presos dentro de uma mina após um grande desabamento. O problema é que eles ficaram presos em um lugar que estava abaixo 200 andares da superfície. Para resgatar seria preciso uma operação realmente incrível, de complicada execução. E entre elese e a entrada da mina havia ainda uma imensa rocha, do tamanho do prédio Empire State em Nova Iorque. O elenco é muito bom contando com Antonio Banderas como um dos mineradores, Rodrigo Santoro como o representante do governo chileno na operação e Gabriel Byrne como o engenheiro-chefe que tenta superar todos os problemas técnicos para fazer chegar uma broca no lugar certo onde estavam os trabalhadores da mina. Outro destaque é a presença de Juliette Binoche como a irmã desesperada de um dos mineradores. Em conclusão, um filme bem realizado, com bom elenco e direção que resgata essa história que mobilizou tantas pessoas nessa operação de salvamento.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Madame Sousatzka

Título no Brasil: Madame Sousatzka
Título Original: Madame Sousatzka
Ano de Produção: 1988
País: Inglaterra, Canadá
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala
Elenco: Shirley MacLaine, Navin Chowdhry, Peggy Ashcroft, Leigh Lawson, Geoffrey Bayldon, Lee Montague

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Bernice Rubens, o filme conta a história da professora de piano Madame Sousatzka (Shirley MacLaine). Austera, rigorosa, disciplinadora e metódica, ela encontra em um novo aluno a possibilidade de ter um grande talento em suas mãos.

Comentários:
A excelente atriz Shirley MacLaine fez muito sucesso nos anos 80 com seus livros de temas espirituais, explorando o além-vida. Ela deu uma pausa nessa sua fase de escritora de sucesso para voltar ao cinema nesse bom filme, com toques dramáticos, mas também com alguns pontuais momentos de bom humor. A personagem que ela interpreta foi um presente. Uma senhora, professora de piano por muitos anos, que mora em uma velha casa, cheia de antigos móveis da era vitoriana, com um clima de decadência pairando no ar. Sua vida sofre uma grande mudança quando ela começa a ensinar piano a um garoto de origem indiana. Ele tem um talento natural, coisa de grandes pianistas. E isso anima a veterana professora, pois ela vê a chance de formar um verdadeiro futuro mestre no mais nobre dos instrumentos musicais. A atriz foi premiada pelo Globo de Ouro por essa atuação inspirada. Só restou mesmo ao cinéfilo assistir ao filme e no final bater palmas por sua brilhante performance.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Bolden

Logo no começo do filme o público é informado de que não se sabe muitas informações sobre a vida pessoal do músico Buddy Bolden. Ele morreu em 1931, internado em uma instituição para doentes mentais em Nova Orleans, Louisiana. Embora tenha sido um homem saudável e produtivo ao longo de quase toda a sua vida, ele em seus últimos anos sucumbiu após ser diagnosticado com esquizofrenia. Foi um trágico fim para um instrumentista que até hoje é considerado por historiadores como um gênio da música americana. Acontece que Bolden é visto como um dos pais do Jazz. Sim, ele ao lado de outros músicos de sua época, ajudou a criar esse novo idioma musical que até hoje é muito reverenciado.

Pobre e negro, ele viveu uma existência sofrida. O pai morreu cedo e a mãe teve muitas dificuldades para cria-lo. Sua salvação veio na música. Com muito sacrifício conseguiu comprar um instrumento musical de segunda mão e começou a se apresentar no rico cenário artístico de sua cidade. Logo se destacou pois gostava de improvisar durante as apresentações. Inicialmente membro de um grupo de ragtime ele decidiu que iria se descolar dos modelos mais rígidos da época e abraçou a improvisação, a criação em pleno palco. Nesse aspecto acabou se tornando um dos mais inteligentes e criativos músicos do sul.

As histórias de quem o viu tocar ao vivo dão conta que ele tinha um talento realmente excepcional, mas infelizmente nada sobreviveu de suas performances. Ele chegou a fazer algumas gravações, em primitivos sistemas de registro em cilindros (uma tecnologia anterior ao disco), mas esses registros até hoje nunca foram encontrados. Suas músicas porém sobreviveram, muito pela tradição de músicos de sua cidade que nunca deixaram de tocar seus números. Com isso as canções foram preservadas.

O roteiro do filme usa uma linha narrativa interessante colocando Bolden já internado no sanatório onde morreu. Dentro de sua mente ele então passa a relembrar o passado e sua história é contada por longos flashbacks. Porém a direção de Dan Pritzker optou por uma narração bem fragmentada. A mente de Bolden lembrava dos fatos, mas como ele sofria de uma grave doença mental tudo é mostrado para o espectador sob esse viés. Por isso algumas pessoas podem até mesmo acusar o filme de ser um pouco confuso na edição de suas imagens. Eu penso de forma diferente. Achei uma opção de narrativa muito criativa. Assim deixo a dica sobre esse filme que conta a história daquele que muito provavelmente foi o primeiro artista de Jazz da história.

Bolden (Bolden, Estados Unidos, 2019) Direção: Dan Pritzker / Roteiro:  Dan Pritzker, Dan Pritzker / Elenco:  Gary Carr, Erik LaRay Harvey, Ian McShane / Sinopse: Esse filme conta a história real do músico negro norte-americano Buddy Bolden (Gary Carr). No começo do século XX ele começou a chamar a atenção para seu talento como instrumentista numa banda de ragtime. Em poucos anos acabou se tornando um dos grandes fundadores do estilo musical que passou a ser conhecido como Jazz.

Pablo Aluísio.

Torrente de Paixão

Título no Brasil: Torrente de Paixão
Título Original: Niagara
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Charles Brackett, Walter Reisch
Elenco: Marilyn Monroe, Joseph Cotten, Jean Peters, Max Showalter, Denis O'Dea, Richard Allan

Sinopse:
A jovem e bonita Rose Loomis (Marilyn Monroe) viaja com o marido George (Joseph Cotten) para passar um fim de semana nas famosas cataratas do Niágara, um ponto turístico na fronteira entre Estados Unidos e Canadá. Ele é um veterano de guerra, traumatizado e impotente. Ela quer se livrar desse marido o mais rapidamente possível.

Comentários:
Esse é um dos melhores filmes da carreira de Marilyn Monroe. Tecnicamente é um thriller de suspense, com Marilyn interpretando uma típica femme fatale. Uma mulher jovem, muito bonita e com sensualidade à flor da pele. Aqui a atriz não mediu esforços e colocou toda a sua sexualidade natural na tela. O diretor Henry Hathaway entendeu bem isso, criando cenas que são puro deleite visual nas curvas exuberantes da atriz. Na cena mais famosa o diretor deixou a câmera filmar um longo caminhar de Marilyn Monroe, onde ela rebola à vontade para os espectadores. São dois minutos e meio de sequência, algo inédito no cinema até então. Imagine algo assim sendo lançado em plenos anos 1950 com todo aquele moralismo. Claro, os fãs de Marilyn Monroe adoraram. E sua personagem, uma mulher maravilhosa que não estava nem aí para os problemas do marido impotente, procurando sempre por um novo amante de ocasião, ferviam ainda mais o clima de despudor do filme. Assim temos aquele que para muitos é o melhor momento de Marilyn Monroe no cinema, aqui usando e abusando de sua imagem de loira gostosa e sem nenhuma vergonha disso. Uma aula de cinema sutilmente erótico em uma época que isso era considerado um verdadeiro pecado no cinema.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

O Homem Com Dois Cérebros

Título no Brasil: O Homem Com Dois Cérebros
Título Original: The Man with Two Brains
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Carl Reiner
Roteiro: George Gipe, Steve Martin
Elenco: Steve Martin, Kathleen Turner, David Warner, Paul Benedict, Richard Brestoff, James Cromwell

Sinopse:
Um cirurgião especialista na área cerebral se casa com uma femme fatale, fazendo sua vida virar de cabeça para baixo. As coisas ficam mais erradas quando ele se apaixona por um cérebro falante. Um situação que o Dr. Michael Hfuhruhurr (Steve Martin) jamais poderia imaginar ser possível.

Comentários:
Outro sucesso comercial de Steve Martin, aqui bem no comecinho de sua carreira no cinema. O absurdo veio do péssimo título comercial que arranjaram no Brasil, chamando o filme de "O Médico Erótico". Isso era título de pornochanchada brasileira dos anos 70 e nada tinha a ver com a proposta original dessa comédia. Aqui o diretor Carl Reiner deu para seu grupo de roteiristas um velho roteiro, dos anos 50, que tinha uma daquelas histórias absurdas que eram comuns na época em que a imaginação voava no gênero da ficção. E transformaram tudo em uma comédia dos anos 80, que ficou mais uma vez muito divertida e engraçada. Steve Martin aproveitou também para trazer aquele estilo de humor que fazia sucesso no programa SNL (Saturday Night Live) para o cinema. A combinação de todos esses fatores foi perfeita. E a piada já começa no nome do personagem de Martin, que se chama Dr. Michael Hfuhruhurr, um nome absolutamente impossível de dizer. Assim deixo a dica desse bom momento do humor dos anos 80 para quem ainda não assistiu. O tempo só deixou o filme ainda mais engraçado e até nostálgico para quem o assistiu naquele tempo.

Pablo Aluísio.