sexta-feira, 1 de maio de 2020

Anna: O Perigo Tem Nome

Essa produção é mais uma tentativa de revitalizar os filmes de espionagem. Se você estiver em busca de um roteiro mostrando uma agente da KGB que é uma assassina profissional ao mesmo tempo em que faz sucesso nas passarelas de moda, então nada poderia ser mais indicado. O filme pode se resumir a essa ideia. Anna (Sasha Luss) é uma jovem russa, com histórico de viciada em drogas, que decide mudar de vida. Na internet se inscreve na marinha e acaba sendo procurada pelo serviço de inteligência de seu país. Após um treinamento intensivo se transforma numa máquina de matar, enquanto usa um disfarce de top model em Paris.

A atriz Sasha Luss, que interpreta Anna, é uma russa que fez poucos filmes. Esse é seu quinto filme. Antes a conhecia apenas da fantasia Sci-fi "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas". Ela pode até ser adequada para o papel, pois esse exigiu uma loira de olhos azuis e poucas expressões faciais, uma típica assassina, mas no geral considerei seu desempenho bem fraquinho. O diretor Luc Besson sempre teve essa mania de escalar atrizes que no fundo não passam de modelos tentando atuar. Nem sempre dá certo, como bem prova sua filmografia. E por falar no diretor francês, é inegável que esse filme tem semelhanças demais com outro filme dirigido por ele nos anos 90, chamado "Nikita: Criada para Matar". Ele não assume que se trata de um remake. Se for isso mesmo então estamos apenas na presença de um cineasta que deixou as novas ideias no passado, sem sinais de originalidade no presente.

E no final de tudo quem segura as pontas no quesito atuação é mesmo a ótima Helen Mirren. Ela interpreta uma agente da KGB que começa a treinar Anna. Dona de uma visão bem ampla do mundo da espionagem, ela não perde tempo e começa a usar sua nova agente subordinada para atender seus próprios interesses pessoais, algo que ficará bem claro apenas na última cena do filme. Até esse momento final chegar, não faltam reviravoltas na trama do filme, como convém a todo bom filme de espionagem. Ora Anna se comporta como uma agente leal da KGB, ora faz acordos de dupla espionagem com a CIA, ora usa os homens ao seu bel prazer. E como pano de fundo de tudo, temos o estilo do mundo fashion em Paris. Se você gostou de todos esses elementos combinados, então deixo a dica desse novo filme de Luc Besson. Provavelmente você gostará.

Anna: O Perigo Tem Nome (Anna, França, Estados Unidos, Canadá, Rússia, 2019) Direção: Luc Besson / Roteiro: Luc Besson / Elenco: Sasha Luss, Helen Mirren, Luke Evans, Cillian Murphy, Lera Abova, Alexander Petrov / Sinopse: Jovem russa chamada Anna (Sasha Luss) entra para a KGB e se torna uma agente especializada em assassinar os inimigos da sua agência de espionagem. Após várias mortes, ela passa a ser alvo da CIA que deseja torná-la uma agente dupla do ocidente infiltrada na sede da KGB em Moscou.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Chicago PD - Quinta Temporada

Chicago PD - Quinta Temporada
Então chegamos na quinta temporada da série Chicago PD. Não deixa de ser irônico o fato de que esse programa nasceu como um spin-off de "Chicago Fire". A primeira vez que vi o personagem do sargento Hank Voight (Jason Beghe) foi nessa primeira série de bombeiros (que eu também acompanhava). E o mais interessante é que Voight não era um cara bonzinho quando surgiu. Pelo contrário, ele era um policial corrupto, com fama de assassino, que chantageava um dos protagonistas. O tempo passou, "Chicago PD" é um sucesso na TV e uma terceira série dos mesmos produtores, chamada "Chicago Med" também está fazendo sucesso. Essas séries sobre Chicago fazem bons índices de audiência por uma razão até bem simples. Bastava a audiência dos moradores de Chicago para que a série bancasse seus custos de produção, afinal estamos falando de uma das maiores metrópoles dos Estados Unidos. Quem sabe um dia Nova Iorque e Los Angeles venham a copiar a mesma fórmula. Então vamos agora tecer comentários sobre os episódios dessa temporada. As resenhas serão incorporadas ao longo do tempo, enquanto vou assistindo a eles.

Chicago PD 5.01 - Reform
Como o próprio título do episódio insinua, temos aqui várias mudanças, várias reformas no começo dessa quinta temporada, mas sem também mudar o time que está vencendo. A primeira cena tem um elemento de humor involuntário. Hank Voight (Jason Beghe) fazendo análise, contando seus mais íntimos pensamentos? Logo ele? Soou divertido na minha visão. Ele lamenta a saída de Erin Lindsay da polícia de Chicago. Afinal havia um sentimento de pai para filha envolvido em tudo. A atriz Sophia Bush decidiu deixar o programa para seguir por outros caminhos. Os fãs da série obviamente também lamentaram sua saída, afinal era uma das personagens principais. Porém em série isso quase sempre acontece mesmo. Depois disso começa o episódio propriamente dito. Os policiais perseguem uma dupla de membros de gangue. A coisa foge do controle. Um tiro é disparada e uma garotinha negra que estava em uma creche clandestina ali perto morre. Quem teria dado o tiro que a matou? Depois da perícia vem a grande surpresa. O projetil saiu da pistola do policial Jay Halstead (Jesse Lee Soffer). Claro, ele fica arrasado com o incidente. Porém esse nem é o seu maior problema. Um policial corrupto, agora indicado como auditor do departamento e um vereador envolvido com membros de quadrilhas, também querem sua cabeça. Bom episódio que inclusive toca em um assunto delicado, a da tensão racial existente entre moradores negros da periferia de Chicago e a abortagem de policiais brancos em sua vizinhança. Uma dinamite sempre pronta a explodir. / Chicago PD 5.01 - Reform (Estados Unidos, 2017) Direção: Eriq La Salle / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco:  Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer,Tracy Spiridakos.

Chicago PD 5.02 - The Thing About Heroes
Uma van parada em um festival popular, de rua, logo chama a atenção da polícia. E realmente as suspeitas logo se mostram verdadeiras. A van explode, dois civis são mortos na explosão e apenas um dos terroristas é capturado. O pior de tudo para a equipe de Hank Voight vem depois, pois eles descobrem que um policial de Chicago chamado Frank Toma estaria envolvido. Esse tira tem origem muçulmana, mas até aquele momento ninguém poderia desconfiar que ele seria um jihadista radical, envolvido dentro de uma célula terrorista em Chicago. Assim passa a ser crucial prender ele de todas as formas, até mesmo para evitar que um novo atentado terrorista seja cometido. / Chicago PD 5.02 - The Thing About Heroes (Estados Unidos, 2017) Direção: Rohn Schmidt / Roteiro:  Michael Brandt, Derek Haas / Elenco:  Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 5.03 - Promise
Uma jovem latina é morta. Seu corpo é encontrado com sinais de grande brutalidade. No começo a equipe de Hank Voight pensa se tratar do caso de mais uma "mula", imigrantes ilegais que engolem pacotes de drogas para trazer ilegalmente para os Estados Unidos. Porém com o avanço das investigações eles descobrem um motorista que teria dado carona para a vítima. Ele trabalhava na mesma empres em que ela. Havia sinais de assédio sexual entre eles. As peças começam a se encaixar, porém sem provas fortes de que ele teria sido mesmo o assassino. Diante disso o que fazer? Se conformar com os fatos, deixando o sujeito sair livre ou tentar fazer justiça pelas próprias mãos? Assista ao episódio e descubra o seu final. / Chicago PD 5.03 - Promise (Estados Unidos, 2017) Direção: John Whitesell / Roteiro: Derek Haas  / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffe.

Chicago PD 5.04 - Snitch  
Infiltrar um policial no meio de uma quadrilha de traficantes sempre é uma operação complicada que pode gerar efeitos colaterais. Que o diga Adam Ruzek (Patrick John Flueger). Ele se infiltra em uma dessas gangs, mas seu disfarce é descoberto. O jovem negro que o apresentou ao chefe do tráfico é morto e Adam acaba se sentindo culpado. Pior do que isso, a única testemunha do crime é filho de seu parceiro no QG do grupo de inteligência da polícia de Chicago comandado por Hank Voight (Jason Beghe). O nome do episódio em inglês "Snitch" é uma gíria que significa dedo-duro, X9, cagueta, aquele que entrega outros membros da quadrilha. / Chicago PD 5.04 - Snitch (Estados Unidos, 2017) Direção: Terry Miller / Roteiro: Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer, Patrick John Flueger.

Chicago PD 5.05 - Home
Existe algum crime tão terrível como o tráfico de crianças? Esse é o tema desse episódio. Durante uma batida contra traficantes de meta, a equipe de Hank Voight descobre um cativeira onde estão 3 menores, sendo que dois deles já estão mortos. O que teria acontecido? As investigações acabam levando a uma quadrilha que literalmente leiloa crianças pela deep web, o esgoto completo da internet. Essas crianças, muitas delas imigrantes ilegais nos Estados Unidos, são vendidas pela net. Quem der o lance maior, leva. É ótima a cena em que Hank parte para cima de um dos criminosos que decide usar uma menina como "escudo humano". Ali vemos o verdadeiro Voight, sem máscaras. / Chicago PD 5.05 - Home (Estados Unidos, 2017) Direção: Eriq La Salle / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 5.06 - Fallen  
Nem sempre a verdade é algo necessário. Esse episódio mostra a morte de um policial do setor de narcóticos. Ele vinha na cola de um traficante que inclusive esteve envolvido na morte da família de um advogado de Chicago. Quando ele é morto, as pistas levam imediatamente a esse traficante, só que nem sempre a verdade é tão óbvia. Esse episódio é muito interessante porque mostra como Hank pode manipular a verdade de uma investigação por um bem maior. O traficante no final das contas pode nem estar envolvido na morte do policial, mas prendê-lo se torna algo preciso, por causa de seu histórico de crimes. Além disso o policial, embora não fosse um exemplo em vida, pois traía a esposa e vivia devendo em mesas de jogos e apostas, poderia vir a se tornar um exemplo e um herói fardado para a cidade. Além disso seus filhos precisam da pensão do pai falecido. Hank coloca todas essas questões na balança e decide que não, a verdade nem sempre é o melhor caminho. Ótimo episódio. Tem um subtexto muito profundo se o espectador for pensar bem. / Chicago PD 5.06 - Fallen (Estados Unidos, 2017) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 5.07 - Care Under Fire
Existe crime mais hediondo de que o sequestro de uma criança indefesa e inocente? Pensando bem, poucos crimes são piores do que esse. E é justamente isso que Hank Voight e sua equipe precisam lidar nesse episódio. Uma criança é sequestrada. Através de um informante de rua, os policiais descobrem que um veterano do exército pode estar envolvido. Jay, que foi do grupo Rangers, então é usado como isca. Ele é infiltrado, conhece o suspeito, a irmã dele (uma boa pessoa) e tudo se confirma. Realmente veteranos se uniram para sequestrar o menino. Algo repugnante e repulsivo. Muito bom episódio. A vida depois da guerra pode ser pior do que muitos podem pensar. / Chicago PD - Distrito 21 5.07 - Care Under Fire (Estados Unidos, 2017) Direção: Lily Mariye / Roteiro: Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 5.08 - Politics
Hank Voight começa o episódio confraternizando em um jantar bancado por um político de direita. Um sujeito que valoriza o trabalho da polícia. Mas eis que logo no dia seguinte esse mesmo deputado é encontrado em um quarto, ao lado de uma prostituta ucraniana que acabou de levar um tiro na cabeça. E agora? Conforme as investigações avançam a equipe de Voight descobre que há muito mais podre por baixo do tapete. O caso envolve traficantes de pessoas, criminosos que trazem garotas bonitas da Ucrânia para trabalharem como garotas de programa. Eles ficam com o passaporte delas, manda que as jovens droguem seus clientes (o velho golpe do "Boa Noite Cinderella") e roubem seus cartões de crédito. Jogo sujo envolvendo estelionato, roubo e prostituição. Barra pesada mesmo. Bom episódio que mostra um lado real do mundo do crime no mundo todo. / Chicago PD 5.08 - Politics (Estados Unidos, 2017) Direção: Mark Tinker / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 5.09 - Monster  
A filha de um juiz sofre uma overdose de oxicodona. O juiz é um velho conhecido de Hank Voight pois no passado ambos trabalharam juntos. As investigações acabam levando a um barman, depois ao dono desse mesmo bar e a um primo dele, um médico que usava sua profissão para ganhar dinheiro, vendendo receitas falsas para viciados em geral. Só que Hank Voight também percebe que está sendo armado uma arapuca para cima dele. Durante uma batida em um apartamento de um dos envolvidos, é encontrado uma grana alta dentro de uma caixa de sapato. Hank pega o dinheiro e enfia no bolso. Claro, isso o torna um alvo de seus inimigos. O problema é que o policial Adam Ruzek está ali, pegando provas contra Hank. A cena final desse episódio é ótima, quando Hank encontra Rezek em um lugar distante e escuro, ideal para providenciar uma execução de última hora! Será que ele vai enfiar uma bala na cabeça do Rezek? Só saberemos a verdade no próximo episódio, meus caros... / Chicago PD 5.09 - Monster (Estados Unidos, 2017) Direção: Valerie Weiss / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.10 - Rabbit Hole 
Uma agente disfarçada do DEA é morta perto de uma boate em Chicago. O agente Jay é quem a socorre. Ele também estava na boate, se envolvendo com uma mulher chamada Camilla. O problema é que ela na verdade é uma traficante de drogas, com envolvimento no assassinato da agente. Um problemão para Jay. Voight decide manter ele no caso, já que conhece todo mundo por ali, passa a trabalhar como infiltrado para chegar nos executores e mandantes do crime. E esse não é o único problema para o sargento. Ele precisa "dar uma volta" em Woods que quer acusá-lo de ter ficado com uma grana que foi encontrada em uma cena de crime. E Voight realmente se dá bem, deixando Woods a ver navios. Experiência das ruas é tudo! / Chicago PD 5.10 - Rabbit Hole (Estados Unidos, 2017) Direção: Carl Seaton / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.11 - Confidential
As coias começam meio por acaso. Uma informante diz que tem uma amiga. Essa amiga tem um namorado. E esse namorado matou uma mulher e jogou seu corpo perto de uma fábrica. Ela passa essas informações por medo de ser presa, pois foi encontrada com algumas doses de heroína. Os policiais vão atrás e descobrem que há mesmo o corpo de uma mulher jogado em um terreno baldio perto de uma fábrica desativada de Chicago. E a partir desse crime uma rede de prostituição é descoberta, envolvendo inclusive pessoas que deveriam proteger essas garotas em situação de vulnerabilidade. Mais um episódio sagaz de Chicago PD, mostrando o lado mais cruel da exploração de mulheres indefesas. / Chicago PD 5.11 - Confidential (Estados Unidos, 2018) Direção: Mark Tinker / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco:  Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.12 - Captive
Sem dúvida um dos melhores episódios dessa quinta temporada. O agente Kevin Atwater (LaRoyce Hawkins) é sequestrado por dois traficantes. Eles querem saber de sua carga de  cocaína que foi roubada. Para azar do policial ele estava no lugar errado e na hora errada. Ele então é levado para uma igreja abandonada. Ao seu lado vai também outro homem. Para surpresa dele é o pai de um jovem que ele matou no passado, durante uma batida. Se os bandidos descobrirem que Kevin é um tira, será executado sumariamente. Enquanto a tensão aumenta Hank Voight e sua equipe tentam descobrir onde seria o cativeiro para salvar a vida de Kevin. Tensão máxima em um episódio realmente acima da média. / Chicago PD 5.12 - Captive (Estados Unidos, 2018) Direção: Eriq La Salle / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, LaRoyce Hawkins, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.13 - Chasing Monsters  
Uma quadrilha de criminosos formada por imigrantes de El Salvador começa a chantagear comerciantes de um barrio de Chicago. Ou eles pagam por "proteção" ou então serão mortos em seus estabelecimentos. O chefe do grupo é um sujeito cheio de tatuagens no rosto conhecido como El Lobo. Os policiais então começam a fazer o cerco, sabendo que a quadrilha usa meros adolescentes para extorquir o dinheiro dos comerciantes locais. Velha tática mafiosa, é bom frisar. Enquanto isso, Hank Voight tem problemas. O corpo do assassino de seu filho é encontrado em um terreno baldio. Claro, todas as suspeitas recaem sobre Hank, ainda mais quando descobrem que um bala encontrada no local pelos investigadores pode vir a ser associada a uma arma que teria ligação com um caso de Hank no passado. /  Chicago PD 5.13 - Chasing Monsters (Estados Unidos, 2018) Direção: Terry Miller / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.14 - Anthem
Ótimo episódio! Tudo começa com protestos numa universidade. Todos estão protestando contra o racismo da polícia. Até aí tudo bem. As coisas só pioram quando um grupo de supremacistas brancos, jovens de extrema-direita, chegam no campus. Aí a confusão começa. Todos brigam entre si. Na saída da pancadaria um jovem negro é morto. Ora, tudo leva a crer que ele foi assassinado por um dos neonazistas, só que as investigações vão por um caminho completamente diferente, envolvendo fraudes em jogos de basquete universitário, membros de gangues e até mesmo a filha do Danny Woods, o sujeito dentro do departamento de polícia que quer ver a caveira do sargento Hank Voight. Gostei muito desse episódio. Já está facilmente na lista dos cinco melhores dessa temporada. Não deixe de assistir! / Chicago PD 5.14 - Anthem (Estados Unidos, 2018) Direção: John Hyams / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.15 - Sisterhood
Sisterhood é uma palavra em inglês que designa comunidade de irmãs ou irmandade feminina. É justamente isso (ou quase) o caso aqui. Tudo começa quando uma jovem garota de 15 anos é encontrada morta. Ela foi brutalmente estuprada e depois assassinada. A equipe policial acredita que tenha sido um ato de iniciação de uma gangue de Chicago, mas será que foi isso mesmo? As investigações acabam indo parar em uma criminosa conhecida apenas como Q. Ela comanda uma gangue feminina de nome Vipers Queen. Mas quem estaria mesmo por trás de todas aquelas mortes violentas? Mais um bom episódio da série com uma cena final muito interessante onde o sargento Voight descobre que uma de suas policiais não seguiu basicamente as regras da lei. Ele, claro, abafa tudo visando um bem maior em sua cidade. Afinal, em seu ponto de vista, certos criminosos não merecem mesmo viver. / Chicago PD 5.15 - Sisterhood (Estados Unidos, 2018) Direção: Rohn Schmidt / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco:  Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.16 - Profiles  
Há um terrorista à solta em Chicago. Ele mata dois jornalistas com bombas caseiras. No começo os policiais pensam que se trata de um veterano do exército, especializado em explosivos, mas as pistas não confirma essa suspeita. Na verdade o criminoso também teria sido jornalista no passado. Sua vida foi destruída por uma fake news que viralizou na net. Era uma mentira, mas até mesmo outros colegas jornalistas deram espaço para publicá-las. Acabou que ele foi demitido, sua esposa o deixou e sua vida profissional foi destruída. E tudo por uma fake news da internet. E assim ele parte para sua vingança. Um detalhe importante sobre esse episódio. Ele é um daqueles mistos, feito com colaboração com "Chicago Fire" e o fim dessa história acontece justamente na outra série irmã. Se você só assiste Chicago PD, bem, vai ficar sem ver o que acontece. / Chicago PD 5.16 - Profiles  (Estados Unidos, 2018) Direção: Eriq La Salle / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.17 - Breaking Point  
Um vereador de Chicago é morto, na madrugada, após sair de um bar. Tudo leva a crer que ele foi assassinado por uma gangue violenta da cidade. O vereador estava interferindo numa região conhecida como "rota da heroína", uma região onde traficantes dessa droga vendiam sua "mercadoria". Só que para Hank Voight esse não seria o maior problema. Ele está preocupado para valer mesmo com o detetive Alvin Olinsky. O DNA do policial foi encontrado no corpo do assassino do filho de Voight, que foi encontrado em uma zona abandonada de construção. Quem acompanha a série sabe que eles têm culpa no cartório. E agora? Com o cerco se fechando Al Olinsky começa a duvidar de si mesmo. Ele entregará Voight em troca de sua liberdade? Ou irá para a cadeia respondendo pelo crime? A conferir nos próximos episódios. / Chicago PD 5.17 - Breaking Point (Estados Unidos, 2018) Direção: Terry Miller / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.18 - Ghosts
Esse episódio é praticamente todo focado na policial loirinha      Hailey Upton (Tracy Spiridakos). No passado ela havia se infiltrado numa quadrilha de traficantes de Meta, liderados por um sujeito chamado Booth. Ele agora surge como o suspeito de um assassinato. Assim ela retoma ao velho disfarce, como uma garota chamada Kelly. O problema é que há muitas pontas soltas do passado. Ela inclusive foi brutalmente espancada por esse mesmo traficante em uma festa de ano novo. E ele também é o principal suspeito de ter matado o parceiro dela, outro policial disfarçado. As coisas vão ficando cada vez mais tensas com o tempo. E tudo explode numa grande troca de tiros em um momento crucial do episódio. Outra cena importante surge quando Hank Voight conversa com seu velho parceiro Alvin Olinsky. O cerco vai se fechando, com rumores que ele irá para o tribunal do júri. Voight diz a ele que caso isso venha acontecer ele vai assumir toda a culpa. Será mesmo que isso vai rolar? A conferir nos próximos episódios da série. / Chicago PD 5.18 - Ghosts (Estados Unidos, 2018) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Tracy Spiridakos, Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer 

Chicago PD 5.19 - Payback
Durante um assalto um garotinho é baleado. Tipicamente um caso de bala perdida. Ele não resiste e morre dos graves ferimentos. A equipe de Voight entra no caso e descobre que os assaltantes estavam em busca de armas, drogas e dinheiro. E sempre que um novo mandado de busca era expedido na central de polícia, eles voltavam a atacar, se antecipando às batidas policiais. Obviamente um "dirty cop", um tira sujo, estaria por trás de tudo, passando informações para os criminosos. Mas quem seria esse ou essa policial? Assista para saber. E nesse episódio também temos Voight mexendo os pauzinhos para livrar a barra de seu colega de grupo de inteligência da polícia. Nada que algumas gramas de heroína plantada em um antigo usuário de drogas não resolva. / Chicago PD 5.19 - Payback (Estados Unidos, 2018) Direção: Nicole Rubio / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.20 - Saved
Uma jovem garota de 18 anos de idade, chamada Hannah, procura pela ajuda de Voight. Muitos anos atrás, a mulher de Hawk havia lhe dado o cartão do marido. Caso ela um dia viesse a precisar de ajuda mesmo. E esse dia chega, mas chega tarde demais. Ela acaba se envolvendo com um assaltante de bancos e assassino. E pior do que isso, ela mesma começa a fazer parte dos roubos. Voitht tenta de tudo para salvá-la de um destino pior, de um destino trágico, mas é tudo em vão. Ela acaba sendo morta pelos policiais quando tentava fugir atirando ao lado do namorado. Triste fim de uma vida breve. Na outra linha narrativa Hawk e Al passam a ser cada vez mais pressionados pela acusação de assassinato e ocultação de cadáver. O caso está montado na promotoria, com tudo pronto para o tribunal. Como Voight e Al vão escapar dessa? / Chicago PD 5.20 - Saved (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul McCrane / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.21 - Allegiance  
Penúltimo episódio da temporada e um dos mais marcantes da série. Se você gosta de Chicago PD vai se lembrar dele por muito tempo ainda. O que podemos dizer? A casa caiu para Alvin "Al" Olinsky. Ele recebe voz de prisão em sua própria escrivaninha, na frente de todos os demais policiais, que ficam boquiabertos. Hank Voight tenta de tudo para salvar a pele do colega (e da dele também, é bom frisar), mas as coisas ficam turvas. Um esquema com um juiz falha e Al não consegue liberdade provisória sob pagamento de fiança. Pior do que isso, ele acaba sendo esfaqueado severamente na frente da porta de sua cela. Afinal policiais presos viram alvos fáceis para criminosos, alguns que eles próprios ajudaram a ir para a prisão. Será que Al morrerá? A resposta fica para o último episódio da temporada, desde já um dos episódios mais aguardados de toda a série. Arrepios na espinha. / Chicago PD 5.21 - Allegiance (Estados Unidos, 2018) Direção: Carl Seaton / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 5.22 - Homecoming  
Último episódio da quinta temporada. E o que acontece nesse final de Chicago PD? Alvin Olinsky está morto! Ele não sobreviveu às punhaladas que levou na prisão. Claro, isso deixa chocada toda a equipe de Hank Voight, que fica obcecado em pegar os responsáveis pelo crime. Usando de seus métodos violentos, ele descobre que o assassino seria um prisioneiro mexicano. Mas quem seria o mandante do crime, aquele que pagou 5 mil dólares pela morte de Al? As investigações vão parar em um chefe do crime organizado, um sujeito do Cartel de Cali que tinha contas a acertar com o veterano policial. Outro que se dá mal nas mãos de Voight é Denny Woods. Ele decide pagar 10 mil dólares para uma testemunha falar o que não tinha visto no tribunal. Acaba caindo nas garras da corregedoria. Voight não deixa barato e ele termina o episódio sendo levado pelos policiais. Grande episódio, realmente ótimo, fechando com chave de ouro mais essa temporada de "Chicago PD". Palmas e mais palmas. / Chicago PD 5.22 - Homecoming (Estados Unidos, 2018) Direção: Eriq La Salle / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Mestres do Universo

No passado as coisas funcionavam mais ou menos assim: um filme fazia sucesso no cinema e virava desenho animado ou histórias em quadrinhos. A última fase era virar brinquedo, mas para isso tinha que ser muito popular entre a criançada. Com o personagem He-Man as coisas foram inversas. Primeiro inventaram os brinquedos. Depois com o sucesso de vendas criaram o desenho animado. Por último é que finalmente ganhou uma versão para o cinema. E He-Man fez muito sucesso nos anos 80. O desenho animado era campeão de audiência na TV (inclusive no Brasil), o que consagrou sua adaptação para outros meios, como o cinema.

O curioso é que na época todo estúdio de Hollywood queria esses direitos autorais, mas quem acabou levando a melhor foi a companhia cinematográfica Cannon. Pertencente a dois produtores independentes, eles tinham uma proposta ousada e agressiva de fazer cinema, comprando direitos de personagens populares, para baterem de frente com os grandes estúdios. O problema é que nem sempre eles tinham o dinheiro suficiente para fazer bons filmes. Isso aconteceu também com "Superman IV". Eles compraram os direitos do personagem, mas não tinham fundos suficientes para bancar o filme. O resultado? Filmes B, bem ruins e mal produzidos.

Com He-Man aconteceu a mesma coisa. Eles não tinham os recursos para fazer um bom filme, tanto que desistiram de recriar o mundo, o universo em que He-Man vivia sua aventuras. Ao contrário disso trouxeram todos os personagens para o mundo atual (entenda-se o mundo dos anos 80, nos Estados Unidos). O resultado foi bem fraco, ruim, pífio mesmo. Dolph Lundgren tinha o porte físico para encarnar o herói, mas não sabia representar bem (ele nunca melhorou nesse aspecto) e o único grande ator do filme, Frank Langella, ficou soterrado sob forte maquiagem pois interpretava o vilão Esqueleto. Assim, apesar do tom nostálgico que pode atingir alguns a rever esse filme, o fato é que ele é mesmo bem ruinzinho. Já era fraco nos anos 80 e hoje em dia, com efeitos especiais datados, ficou ainda pior.

Mestres do Universo (Masters of the Universe, Estados Unidos, 1987) Direção: Gary Goddard / Roteiro: David Odell / Elenco: Dolph Lundgren, Frank Langella, Meg Foster, Billy Barty / Sinopse: O herói He-Man (Lundgren) precisa ir até o planeta Terra para salvar um grupo de crianças e adolescentes das garras do vilão Esqueleto (Langella).

Pablo Aluísio.

O Grande Anjo Negro

Título no Brasil: O Grande Anjo Negro
Título Original: Dark Angel
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Vision PDG, Epic Productions
Direção: Craig R. Baxley
Roteiro: Craig R. Baxley
Elenco: Dolph Lundgren, Brian Benben, Betsy Brantley, Matthias Hues, David Ackroyd, Sherman Howard

Sinopse:

O detetive Jack Caine (Dolph Lundgren) é um policial renegado que é forçado a trabalhar com um agente do FBI para derrubar um grupo de traficantes de drogas com planos sinistros.

Comentários:
Acredite, Dolph Lundgren já atuou em mais de 90 filmes ao longo de sua carreira! Poucos de sua geração conseguem apresentar uma filmografia tão extensa! E a maioria de seus filmes foram lançamentos B, de baixo orçamento, feitos muitas vezes para ser lançados diretamente no mercado de vídeo (que no caso desse aqui foi no velho sistema VHS). No Brasil essa produção barata, pois custou apenas 7 milhões de dólares, nunca foi lançada nos cinemas, chegando diretamente nas locadoras pelo selo Paris Filmes (quem lembra?). E como era comum em produções de ação nos anos 80 e 90 havia muito neon, explosões, trilha sonora com excesso de sintetizadores e um vilão pra lá de caricato, com longos cabelos loiros e olhar de criatura sobrenatural. O visual chegava até mesmo a lembrar o Highlander, o imortal personagem interpretado pelo Christopher Lambert, que era outro sucesso da época. Seria um anjo como sugere o título nacional? Bom, só assistindo para saber (ou lembrar caso você tenha visto na época).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de abril de 2020

A Pele Fria

Filme francês bem distante do que um espectador comum poderia esperar de algo produzido naquele país. Tudo começa quando um especialista em meteorologia chega em uma distante ilha, um lugar isolado do mundo, fora das rotas comerciais. A ilha conta com um farol, com apenas dois homens que ficam um certo período do ano por lá. Logo quando chega descobre que um deles está morto, foi vítima de tifo. O outro, barbada e com cara de poucos amigos, parece sofrer de algum problema ou distúrbio mental, obviamente causado pelo isolamento em que vive.

Porém a ilha guarda maiores segredos. Durante à noite a única cabana que existe por ali é atacada por estranhos seres, ainda desconhecidos pela ciência em 1914, o ano em que a história do filme se passa. Depois disso os ataques se proliferam e aqueles homens precisam acima de tudo sobreviver até que o próximo navio chegue na ilha para resgatá-los. Pela sinopse já deu para perceber que se trata mesmo de um filme de monstro, com criaturas que vivem no mar, mas que durante à noite atacam com ferocidade os únicos homens que vivem naquela ilha distante e esquecida.

E por se tratar de monstros o roteiro até mesmo abre espaço para algumas bizarrices. Uma dessas criaturas acaba sendo "adotada" por um dos homens, como se fosse um animal de estimação. Pior do que isso, ele chega a ter relações impróprias com o estranho ser, abrindo uma fenda nesse enredo que depois fica complicado explicar. Porém o que vale mesmo nessa produção francesa é a diversão. Ver ataques e mais ataques de seres anfíbios e violentos, mantém o interesse, porém uma coisa é certa, esse tipo de filme nunca passará nas sessões vespertinas da TV aberta. É ousado demais para uma censura completamente livre.

A Pele Fria (Cold Skin, França, Espanha, 2017) Direção: Xavier Gens / Roteiro:  Jesús Olmo, Eron Sheean / Elenco: Ray Stevenson, David Oakes, Aura Garrido / Sinopse: Dois homens isolados, que trabalham em um farol numa ilha distante, passam a ser atacados por uma horda de estranhas criaturas que chegam do mar durante as noites. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de abril de 2020

Cenas de uma Família

Título no Brasil: Cenas de uma Família
Título Original: Mr. & Mrs. Bridge
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: James Ivory
Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala
Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Saundra McClain, Margaret Welsh, Kyra Sedgwick, Simon Callow

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Evan S. Connell, o filme conta a história do casal Bridge. Durante a Segunda Guerra Mundial, uma família de classe alta começa a desmoronar devido à natureza conservadora do patriarca e aos valores progressivos de seus filhos.

Comentários:
A atriz Joanne Woodward foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro por esse trabalho de atuação. Muito merecido. Ela foi inclusive a pessoa que mais lutou para que esse filme fosse produzido. Esposa por longos anos do galã e mito do cinema Paul Newman, ela tinha grande carinho por esse filme que é um drama sensível de época que valoriza bastante o aspecto familiar do casal Bridge. O grande patriarca Walter Bridge (Newman) é um homem que resiste às mudanças dos novos tempos. Ele foi criado dentro de uma certa tradição e não abre mão disso. Os filhos, claro, pertencem a outra geração e não querem seguir nessa linha. E no meio desse verdadeiro cabo de guerra entre o pai e seus filhos surge a esposa India Bridge (Joanne Woodward) como fonte de equilíbrio e sensatez. O roteiro coloca em primeiro plano assim os conflitos familiars e suas consequências. As duas filhas estão sempre com problemas a superar em relação aos anseios do pai. Pior é o relacionamento com o filho que tem planos para sua vida, mas que o pai sempre coloca abaixo por não concordar com eles. Por fim há uma bela produção em cena. De fato o casal Newman poucas vezes esteve tão elegante em um filme. Os figurinos são de primeira linha e o filme como um todo agrada bastante, principalmente para um público mais refinado que esteja procurando um filme com mais classe e elegância.

Pablo Aluísio.

Blaze, o Escândalo

Título no Brasil: Blaze, o Escândalo
Título Original: Blaze
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Ron Shelton
Roteiro: Huey Perry
Elenco: Paul Newman, Lolita Davidovich, Jerry Hardin, Gailard Sartain, Jeffrey DeMunn, Richard Jenkins

Sinopse:
Earl Long (Paul Newman) é um político tradicional e populer que consegue se eleger para o cargo de governador da Louisiana, estado do sul dos Estados Unidos, com forte tradição evangélica e conservadora. Só que sua carreira é abalada após a imprensa descobrir um escândalo envolvendo sua vida pessoal. História baseada em fatos reais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Fotografia (Haskell Wexler).

Comentários:
É a velha história de político que aparece publicamente como um exemplo, mas que esconde diversos segredos que chocariam seus eleitores. No caso aqui o veterano (e excelente ator) Paul Newman interpretou uma figura que se tornou infame no cenário político americano após a descoberta de que ele tinha um caso amoroso escandaloso com uma prostituta e dançarina de clubes de strip-tease chamada Blaze Starr (Lolita Davidovich). Um espertalhão de boa lábia e mentiroso contumaz, como é comum em políticos populistas. O curioso é que o diretor resolveu selecionar uma atriz completamente novata no cinema para esse papel e logo para contracenar em seu primeiro filme com uma lenda do porte de Newman. Apesar de tudo a dupla deu certo na tela. Lolita foi até muito elogiada por sua atuação na época de lançamento do filme. Outro aspecto curioso desse filme é que o principal biógrafo da vida de Paul Newman, o escritor Shawn Levy, afirmou que Paul Newman aceitou fazer o filme porque a história dele se parecia muito com sua vida pessoa. O ator posava publicamente de bom marido, casado por várias décadas com uma mesma mulher, mas mantinha diversas amantes escondidas, numa verdadeira vida dupla. A vida imita a arte ou a arte imita a vida? Eis a questão.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

O Caso Richard Jewell

Título no Brasil: O Caso Richard Jewell
Título Original: Richard Jewell
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Billy Ray, Marie Brenner
Elenco: Paul Walter Hauser, Sam Rockwell, Kathy Bates, Brandon Stanley, Ryan Boz, Charles Green, Olivia Wilde

Sinopse:
Richard Jewell (Paul Walter Hauser) é um bom homem. Ele trabalha como segurança em um show, quando uma bomba caseira é encontrada. O artefato explode e pessoas morrem. O FBI então abre uma investigação para descobrir a identidade do terrorista, mas erra ao colocar o próprio Jewell como um dos acusados. A partir daí ele passa a ser alvo da imprensa que o massacra diariamtente, destruindo sua reputação. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Kathy Bates).

Comentários:
Clint Eastwood surpreende mais uma vez e surge com mais um excelente filme. Aqui, se o espectador interpretar bem o roteiro, há dois aspectos bem importantes a se colocar em evidência. A primeira surge quando uma pessoa inocente é acusada de um crime que não cometeu. Richard Jewell é uma boa pessoa, chegando a ser mesmo até meio bobão. Tem um excelente coração, ser bonzinho demais no mundo de hoje, pode ser bem perigoso. Ele tem seus valores, entre eles a valorização da autoridade policial, e de repente se vê entrando numa armadilha armada por um agente do FBI. O tipo de pessoa que ele mais admirava em sua vida agora luta por sua ruína pessoal. É o Estado massacrando o cidadão, até mesmo sem provas. A existência de direitos individuais se justifica justamente por esse tipo de situação. A outra grande relevância dessa história é mostrar como a imprensa também pode se tornar um problema, principalmente quando toma partido e começa a levar a opinião pública para um lado que no fundo naõ tem raízes sólidas. Por causa da imprensa - aqui corporificada numa personagem, a jornalista sem ética - o pobre e bem intencionado Richard Jewell se vê massacrado dia a dia pelos jornais e pelos noticiários de TV. São duas lições importantes a se aprender nesse filme. A primeira é que o poder de punição do Estado pode facilmente se tornar um instrumento de injustiça sem limites e que a imprensa, quando surge sem ética, é uma das coisas mais perigosas do mundo moderno. Assim Clint Eastwood acerta mais uma vez, expondo as veias abertas de uma América que ainda precisa melhorar muito para ser uma sociedade realmente admirável.

Pablo Aluísio.

Na Linha de Fogo

Título no Brasil: Na Linha de Fogo
Título Original: In the Line of Fire
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wolfgang Petersen
Roteiro: Jeff Maguire
Elenco: Clint Eastwood, John Malkovich, Rene Russo, Dylan McDermott, Gary Cole, Fred Dalton Thompson

Sinopse:
O agente do Serviço Secreto Frank Horrigan (Clint Eastwood) não pôde salvar o presidente John Kennedy, que foi assassinado ao seu lado, quando esse andava de carro aberto em Dallas, mas ele está determinado a não deixar um assassino obcecado derrubar esse novo presidente.

Comentários:
Achei apenas razoável esse filme. Veja bem, eu adoro o trabalho de Clint Eastwood, tanto como diretor, como apenas ator. Aqui ele deu um freio numa série de filmes em que atuava e dirigia e topou interpretar o protagonista, sem dar apito em roteiro, direção, etc. Em se tratando de Clint Eastwood é uma surpresa e tanto. De volta ao filme, o que temos aqui é apenas uma fita de rotina no meu ponto de vista. Novamente o roteiro adota um certo tom ufanista em relação aos presidentes americanos (isso foi antes da era Trump) e os mostra como heróis da nação, homens íntegros, etc. Aquela coisa toda. Sabemos que na vida real, por exemplo, o presidente JFK tinha falhas de caráter, então não tem como embarcar completamente em certa nuances desse roteiro cheio de patriotada barata. De qualquer forma Clint Eastwood sempre mantém sua dignidade, mesmo em filmes de rotina. E mantém o charme mesmo quando corre ao lado de um carro presidencial, sendo um homem de sua idade. Pensando bem esses caras durões realmente não respeitam e nem seguem limites por causa da idade. São forjados em outra época. Por fim uma curiosidade: o filme conseguiu três indicações ao Oscar! Foi indicado ao Oscar de melhor roteiro original e melhor edição. Além disso o ator John Malkovich foi lembrado pela academia na categoria de melhor ator coadjuvante. Nada mal, nada mal mesmo...

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Em Má Companhia

Título no Brasil: Em Má Companhia
Título Original: Bad Company
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Gary M. Goodman, David Himmelstein
Elenco: Anthony Hopkins, Chris Rock, Peter Stormare, Gabriel Macht, Kerry Washington, Adoni Maropis

Sinopse:
Um agente da CIA, a agência central de inteligência do governo americano, é assassinado em uma missão que envolvia armas nucleares. Sem ter outra opção seu irmão gêmeo é recrutado para tomar seu lugar, só que ele tem a personalidade completamente diferente da do irmão, gerando muitas confusões no mundo dos espiões internacionais.

Comentários:
Eu não gostei desse filme. Veja, eu sou fã número 1 do ator Anthony Hopkins. Tiro meu chapéu para seu talento, que na minha opinião, é um dos maiores que existem hoje no mundo do cinema. Porém, ele também tem um grave defeito, que é o de não saber escolher sempre, de forma precisa, os melhores filmes em que vai atuar. Uma de suas más escolhas foi aceitar o convite do produtor Jerry Bruckheimer para trabalhar nesse filme. Bruckheimer faz parte de outra linha da indústria cinematográfica. Se Hopkins é o ator dos dramas, dos grandes filmes, dos excelentes elencos e atuações, Bruckheimer é o homem por trás de filmes de pura ação genérica, de carros explodindo, planetas sendo invadidos por extraterrestres. São de mundos diferentes. E para piorar tudo Anthony Hopkins aqui precisou contracenar com um comediante escrachado, de piadas escrotas, que é o Chris Rock! Pegaram um lorde da atuação, um homem de imenso prestígio, para trabalhar com o produtor errado, no filme errado, com um parceiro completamente equivocado em seu estilo. Algo assim poderia dar certo? De jeito nenhum! Assim temos uma fitinha bem desprezível. Roteiro nada marcante, jeito de filme genérico mesmo, com muitas piadas sem graça. Sir Anthony Hopkins não precisava participar de uma patuscada dessas.

Pablo Aluísio.