Filme francês bem distante do que um espectador comum poderia esperar de algo produzido naquele país. Tudo começa quando um especialista em meteorologia chega em uma distante ilha, um lugar isolado do mundo, fora das rotas comerciais. A ilha conta com um farol, com apenas dois homens que ficam um certo período do ano por lá. Logo quando chega descobre que um deles está morto, foi vítima de tifo. O outro, barbada e com cara de poucos amigos, parece sofrer de algum problema ou distúrbio mental, obviamente causado pelo isolamento em que vive.
Porém a ilha guarda maiores segredos. Durante à noite a única cabana que existe por ali é atacada por estranhos seres, ainda desconhecidos pela ciência em 1914, o ano em que a história do filme se passa. Depois disso os ataques se proliferam e aqueles homens precisam acima de tudo sobreviver até que o próximo navio chegue na ilha para resgatá-los. Pela sinopse já deu para perceber que se trata mesmo de um filme de monstro, com criaturas que vivem no mar, mas que durante à noite atacam com ferocidade os únicos homens que vivem naquela ilha distante e esquecida.
E por se tratar de monstros o roteiro até mesmo abre espaço para algumas bizarrices. Uma dessas criaturas acaba sendo "adotada" por um dos homens, como se fosse um animal de estimação. Pior do que isso, ele chega a ter relações impróprias com o estranho ser, abrindo uma fenda nesse enredo que depois fica complicado explicar. Porém o que vale mesmo nessa produção francesa é a diversão. Ver ataques e mais ataques de seres anfíbios e violentos, mantém o interesse, porém uma coisa é certa, esse tipo de filme nunca passará nas sessões vespertinas da TV aberta. É ousado demais para uma censura completamente livre.
A Pele Fria (Cold Skin, França, Espanha, 2017) Direção: Xavier Gens / Roteiro: Jesús Olmo, Eron Sheean / Elenco: Ray Stevenson, David Oakes, Aura Garrido / Sinopse: Dois homens isolados, que trabalham em um farol numa ilha distante, passam a ser atacados por uma horda de estranhas criaturas que chegam do mar durante as noites. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards na categoria de Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
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terça-feira, 28 de abril de 2020
quinta-feira, 3 de maio de 2018
Exorcismos e Demônios
Filmes sobre exorcismos estão saturados. Nem iria assistir a esse filme, mas como ele entrou em cartaz nos cinemas brasileiros (uma raridade de acontecer ultimamente) resolvi conferir para ver se tinha algo a mais. Como a curiosidade matou o gato, acabei me dando mal. O filme é fraquinho realmente. Logo no começo os produtores informam que tudo é baseado em fatos reais (duvido mesmo, me engana que eu gosto!). A trama é básica. Uma jovem jornalista resolve investigar um caso de suposto homicídio envolvendo uma freira em um convento. Ela teria sido assassinada durante um exorcismo. O bispo até que conseguiu chegar a tempo antes do final do ritual, mas quando ela finalmente foi levada para o hospital acabou morrendo no caminho.
Caso real de possessão ou tudo fruto de um fanatismo exagerado por parte do padre? Aliás a origem do sacerdote me deixou em dúvida. Não me pareceu ser católico romano, mas sim ortodoxo, embora o roteiro nunca explique direito sua denominação religiosa. As igrejas mostradas no filme pelo menos me pareceram bem bizantinas. Então a trama avança com essa jornalista que não acredita em nada sendo testada pelos acontecimentos inexplicáveis que vai testemunhando. O filme quase cai no amadorismo completo. O elenco não é muito bom, com uma protagonista inexpressiva. O próprio clero é pouco convincente. Há um outro padre que mais parece um jogador de futebol brasileiro dos anos 70. Enfim, tudo bem decepcionante e fraco. Esperava muito mais, afinal o filme arranjou lugar no concorrido circuito comercial dos cinemas. Será que não havia nada melhor para exibir em nossas salas de cinema? Pelo visto, não!
Exorcismos e Demônios (The Crucifixion, Estados Unidos, Inglaterra, Romênia. 2017) Direção: Xavier Gens / Roteiro: Chad Hayes, Carey W. Hayes / Elenco: Sophie Cookson, Corneliu Ulici, Ada Lupu / Sinopse: Uma jovem jornalista resolve investigar um caso de morte envolvendo uma freira. Ela supostamente teria sido morta durante um ritual mal sucedido de exorcismo! O que teria de fato acontecido? Uma possessão do diabo real ou apenas um delírio religioso promovido por fanáticos? Conforme as investigações avançam ela descobre que há muito mais por trás de toda a história.
Pablo Aluísio.
Caso real de possessão ou tudo fruto de um fanatismo exagerado por parte do padre? Aliás a origem do sacerdote me deixou em dúvida. Não me pareceu ser católico romano, mas sim ortodoxo, embora o roteiro nunca explique direito sua denominação religiosa. As igrejas mostradas no filme pelo menos me pareceram bem bizantinas. Então a trama avança com essa jornalista que não acredita em nada sendo testada pelos acontecimentos inexplicáveis que vai testemunhando. O filme quase cai no amadorismo completo. O elenco não é muito bom, com uma protagonista inexpressiva. O próprio clero é pouco convincente. Há um outro padre que mais parece um jogador de futebol brasileiro dos anos 70. Enfim, tudo bem decepcionante e fraco. Esperava muito mais, afinal o filme arranjou lugar no concorrido circuito comercial dos cinemas. Será que não havia nada melhor para exibir em nossas salas de cinema? Pelo visto, não!
Exorcismos e Demônios (The Crucifixion, Estados Unidos, Inglaterra, Romênia. 2017) Direção: Xavier Gens / Roteiro: Chad Hayes, Carey W. Hayes / Elenco: Sophie Cookson, Corneliu Ulici, Ada Lupu / Sinopse: Uma jovem jornalista resolve investigar um caso de morte envolvendo uma freira. Ela supostamente teria sido morta durante um ritual mal sucedido de exorcismo! O que teria de fato acontecido? Uma possessão do diabo real ou apenas um delírio religioso promovido por fanáticos? Conforme as investigações avançam ela descobre que há muito mais por trás de toda a história.
Pablo Aluísio.
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