O filme "Sangue de Bárbaros" ficou notório por vários motivos. Um deles e o mais visível é que John Wayne ficou realmente ridículo com maquiagem de Gengis Khan. Essa foi uma das escolhas mais infelizes em termos de elenco na história de Hollywood. Simplesmente puxaram os olhos do ator para trás, para que ele parecesse um oriental. Nada convincente. Imaginar aquele grande cowboy americano como um bárbaro mongol era exigir demais do público. Outro erro - e esse foi fatal - foi a escolha do lugar das filmagens. Escolheram um lugar em Utah, no meio do deserto, para parecer com as longas planícies da Mongólia onde o verdadeiro Gengis Khan viveu. O problema número 1 é que o lugar não se parecia em nada com as vastas terras do império Mongol e o problema número 2 é que o governo americano havia feito testes nucleares na região. Estava tudo contaminado com radiação. A maioria dos membros do elenco e da equipe técnica morreriam de câncer com o passar dos anos. Até hoje muitos autores e biógrafos defendem que todos eles morreram por causa da radiação a que foram expostos. Nas cenas em que os cavaleiros de Khan descem as montanhas podemos perceber bem toda aquela poeira vermelha (e radioativa) se espalhando pelo ar. Uma tragédia. E nem se o filme fosse bom isso seria justificável. O pior é que ao assistir a "Sangue de Bárbaros" percebemos logo que não se trata de um bom filme, muito pelo contrário.
O roteiro se propõe a ser uma reconstituição dos primeiros anos de Gengis Khan. Ainda um jovem líder mongol que começa a fazer alianças com tribos diversas para a formação de um grande exército. Para filmar um épico dessa magnitude o produtor Hall Wallis deveria ter disponibilizado um grande orçamento, mas não foi isso que aconteceu. As cenas de batalha, por exemplo, são pífias e em certo sentido até medíocres. Como se não bastasse a péssima caracterização envolvendo John Wayne ainda havia o problema do suposto romance de seu personagem com a de Susan Hayward. Ele a rapta, mata seu esposo e depois leva com brutalidade para suas terras. Que mulher em sã consciência iria se apaixonar por um criminoso desses? Pois os roteiristas inventaram um amor inverossímil que brota sem mais nem menos. Lamentável. Enfim, essa é uma produção que foi infeliz em vários aspectos, tanto do ponto de vista da contaminação radioativa como também pela má qualidade artística de seus resultados.
Sangue de Bárbaros (The Conqueror, Estados Unidos, 1956) Direção: Dick Powell / Roteiro: Oscar Millard / Elenco: John Wayne, Susan Hayward, Pedro Armendáriz, Lee Van Cleef, William Conrad / Sinopse: O filme narra a história de Gengis Khan (John Wayne) em seus primeiros anos de conquista. Ao se aliar a antigos rivais ele acaba criando o maior exército de todos os tempos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
The Hollow Point
Esse
filme se passa no moderno oeste americano, sendo mais específico na
fronteira entre México e Estados Unidos. É um lugar perigoso, onde os
cartéis mexicanos da droga começam a dominar. É no meio desse deserto
que trabalha o veterano xerife Leland (Ian McShane). Homem da lei
experiente, ele começa a desconfiar do vai e vem sem fim de caminhonetes
dirigidas por jovens da região. A maioria desses rapazes são
desempregados que topariam qualquer trabalho, mas Leland começa a ficar
bem desconfiado pois eles parecem transportar velhas peças de
ferro-velho, algo que não faria muito sentido. Ao parar
um desses jovens ele acaba perdendo o controle da situação e em um
gesto impensado termina matando o garoto com um tiro certeiro na cabeça.
John Wallace (Patrick Wilson), também um xerife da fronteira, é então
designado para investigar a morte. Logo de cara ele vai até a casa de
Leland para pegar sua estrela e sua arma, demonstrando que a partir
daquele momento o velho policial estaria fora de suas funções
oficialmente. O que Wallace nem desconfia é que ele está prestes a
enfrentar uma situação de extrema violência, da qual nem ele mesmo
poderia escapar sem danos irreparáveis.
Esse filme tem uma lição muito interessante ao passar para o espectador. Os dois xerifes possuem modos de agir e pensar bem diferentes. O veterano acredita que muitas vezes é vital fazer justiça pelas próprias mãos. Já o mais jovem pensa diferente. Ele quer seguir todas as regras do manual, sem se desviar do que ele acredita ser o certo. Com o tempo, exposto a uma violência descomunal, o próprio Wallace acaba agindo como o veterano da lei, mostrando que em certas situações realmente não há salvação. A cena final é bem representativa disso. O filme é protagonizado por Patrick Wilson, um bom ator de que sempre gostei, embora ele nunca tenha alcançado o status de grande astro. Seu personagem passa por uma situação limite, de dar nos nervos, ao ter sua mão decepada em uma situação sangrenta e bem violenta. Ao se ver mutilado ele começa a rever seus velhos conceitos. Outra boa surpresa do elenco vem da presença do ator John Leguizamo. Não me lembro de ter visto ele interpretar um criminoso tão violento e insano como o desse filme. Por ter origem latina Leguizamo sempre foi estigmatizado no cinema americano, interpretando tipos marginais (ou insanamente lunáticos), mas aqui ele conseguiu imprimir uma sordidez digna de aplausos ao presidiário que interpreta. Em suma, mais um bom filme que nos remete aos bons filmes de faroeste do passado, com seu roteiro versando sobre vingança, violência e morte no meio de um deserto imprestável.
The Hollow Point (Estados Unidos, 2016) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Nils Lyew / Elenco: Patrick Wilson, Ian McShane, John Leguizamo, Jim Belushi, Lynn Collins / Sinopse: Xerifes da fronteira entre México e Estados Unidos precisam lidar com um matador profissional, presidiário, que executa pessoas que fazem parte de uma lista negra de assassinatos.
Pablo Aluísio.
Esse filme tem uma lição muito interessante ao passar para o espectador. Os dois xerifes possuem modos de agir e pensar bem diferentes. O veterano acredita que muitas vezes é vital fazer justiça pelas próprias mãos. Já o mais jovem pensa diferente. Ele quer seguir todas as regras do manual, sem se desviar do que ele acredita ser o certo. Com o tempo, exposto a uma violência descomunal, o próprio Wallace acaba agindo como o veterano da lei, mostrando que em certas situações realmente não há salvação. A cena final é bem representativa disso. O filme é protagonizado por Patrick Wilson, um bom ator de que sempre gostei, embora ele nunca tenha alcançado o status de grande astro. Seu personagem passa por uma situação limite, de dar nos nervos, ao ter sua mão decepada em uma situação sangrenta e bem violenta. Ao se ver mutilado ele começa a rever seus velhos conceitos. Outra boa surpresa do elenco vem da presença do ator John Leguizamo. Não me lembro de ter visto ele interpretar um criminoso tão violento e insano como o desse filme. Por ter origem latina Leguizamo sempre foi estigmatizado no cinema americano, interpretando tipos marginais (ou insanamente lunáticos), mas aqui ele conseguiu imprimir uma sordidez digna de aplausos ao presidiário que interpreta. Em suma, mais um bom filme que nos remete aos bons filmes de faroeste do passado, com seu roteiro versando sobre vingança, violência e morte no meio de um deserto imprestável.
The Hollow Point (Estados Unidos, 2016) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Nils Lyew / Elenco: Patrick Wilson, Ian McShane, John Leguizamo, Jim Belushi, Lynn Collins / Sinopse: Xerifes da fronteira entre México e Estados Unidos precisam lidar com um matador profissional, presidiário, que executa pessoas que fazem parte de uma lista negra de assassinatos.
Pablo Aluísio.
Loucos de Amor
Título no Brasil: Loucos de Amor
Título Original: She's So Lovely
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: John Cassavetes
Elenco: Sean Penn, Robin Wright, John Travolta, James Gandolfini
Sinopse:
Maureen (Robin Wright) é uma jovem grávida de seu primeiro filho. Para seu desespero seu marido Eddie (Sean Penn) está sumido. Teria ele ido embora, com medo das responsabilidades? Não se sabe. Nervosa e com ansiedade ela resolve aceitar o convite do vizinho Kiefer (James Gandolfini) para ir em sua casa, tomar alguns drinks e relaxar, mas as coisas fogem do controle e ele tenta estuprá-la. Algum tempo depois Eddie retorna e descobre que a vida de sua ex-esposa está um completo caos emocional.
Comentários:
Esse filme chegou a ser premiado em Cannes e no Screen Actors, mas poucos ainda se lembram dele. Um filme chamado "Loucos de Amor" pode dar a falsa impressão de que se trata de uma daquelas comédias românticas bobas. Nada mais longe da verdade. Embora o lado emocional (e com um pouco de força, romântico) esteja presente nessa estória o que temos aqui é realmente um drama. Esse é aquele tipo de filme que você ia até a locadora nos anos 90 e acabava levando para casa apenas por causa do elenco. Mesmo naquela época a fita passou longe de ser muito popular ou ter muita repercussão, porém o fato é que a presença de Sean Penn e John Travolta compensava o risco. Além deles dois outros nomes chamam bastante a atenção. O primeiro é a presença no elenco de James Gandolfini. Ele interpreta um sujeito asqueroso que se esconde por trás de uma imagem de bonachão e gente boa. Embora fosse um veterano nas telas o ator ainda não era conhecido do grande público na época pois ele só iria se tornar famoso de verdade dois anos depois com a estreia da excelente série "Família Soprano". Já Robin Wright era esposa de Sean Penn quando o filme foi rodado. Sempre a considerei uma das atrizes mais subestimadas da história de Hollywood. Talentosa e competente nunca conseguiu ter o espaço que merecia. Assim deixo a indicação desse "She's So Lovely", uma crônica melancólica sobre os destinos que cada um partilha ao longo da vida.
Pablo Aluísio.
Título Original: She's So Lovely
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: John Cassavetes
Elenco: Sean Penn, Robin Wright, John Travolta, James Gandolfini
Sinopse:
Maureen (Robin Wright) é uma jovem grávida de seu primeiro filho. Para seu desespero seu marido Eddie (Sean Penn) está sumido. Teria ele ido embora, com medo das responsabilidades? Não se sabe. Nervosa e com ansiedade ela resolve aceitar o convite do vizinho Kiefer (James Gandolfini) para ir em sua casa, tomar alguns drinks e relaxar, mas as coisas fogem do controle e ele tenta estuprá-la. Algum tempo depois Eddie retorna e descobre que a vida de sua ex-esposa está um completo caos emocional.
Comentários:
Esse filme chegou a ser premiado em Cannes e no Screen Actors, mas poucos ainda se lembram dele. Um filme chamado "Loucos de Amor" pode dar a falsa impressão de que se trata de uma daquelas comédias românticas bobas. Nada mais longe da verdade. Embora o lado emocional (e com um pouco de força, romântico) esteja presente nessa estória o que temos aqui é realmente um drama. Esse é aquele tipo de filme que você ia até a locadora nos anos 90 e acabava levando para casa apenas por causa do elenco. Mesmo naquela época a fita passou longe de ser muito popular ou ter muita repercussão, porém o fato é que a presença de Sean Penn e John Travolta compensava o risco. Além deles dois outros nomes chamam bastante a atenção. O primeiro é a presença no elenco de James Gandolfini. Ele interpreta um sujeito asqueroso que se esconde por trás de uma imagem de bonachão e gente boa. Embora fosse um veterano nas telas o ator ainda não era conhecido do grande público na época pois ele só iria se tornar famoso de verdade dois anos depois com a estreia da excelente série "Família Soprano". Já Robin Wright era esposa de Sean Penn quando o filme foi rodado. Sempre a considerei uma das atrizes mais subestimadas da história de Hollywood. Talentosa e competente nunca conseguiu ter o espaço que merecia. Assim deixo a indicação desse "She's So Lovely", uma crônica melancólica sobre os destinos que cada um partilha ao longo da vida.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Jiu Ceng Yao Ta
Esse é um filme chinês de fantasia que foi recentemente lançado nos Estados Unidos com o título de "Chronicles Of The Ghostly Tribe". É a tal coisa, fica claro desde o começo que os chineses estão tentando seguir os passos dos grandes blockbusters americanos ao estilo "O Senhor dos Anéis" ou até mesmo "O Hobbit". Dito isso você já deve ter uma ideia do que encontrará. O enredo, devo dizer, não faz muito sentido. No começo do filme encontramos um grupo de arqueólogos que encontram ossos de dragão em uma caverna remota. A partir desse ponto as coisas começam a acontecer rapidamente, principalmente quando surge a lenda de uma tribo ancestral de fantasmas do passado (eu disse que a coisa toda não faz muito sentido, não foi?). Pois é. Os chineses certamente possuem os recursos para realizar uma produção bem feita, com monstros digitais e tudo o mais. Isso fica bem claro no filme. Os efeitos especiais são realmente bem feitos, não deixando nada a dever aos americanos, só que o enredo é mal desenvolvido. Esqueceram de caprichar no roteiro, isso é um fato.
Os anos vão passando (como se isso fosse fazer alguma diferença) até que os heróis da resistência (vamos chamá-los assim) encontram em uma cidade deserta um grupo de monstros que mais se parecem com os lobisomens da franquia "Um Lobisomem Americano em Londres". Essa aliás é a melhor parte de todo o filme. O roteiro tem muito papo furado e lá pela metade você quase desiste de assistir até o fim, porque tudo é mal construído em termos de lógica, mas segure firme pois o filme melhora! Quem insistir vai ver logo que o filme ganha pique em sua terça parte final e os efeitos especiais (repito, todos bem realizados), compensam o esforço. Como se trata de um filme chinês obviamente não compensa discutir sobre o diretor do filme e nem o elenco pois todos são desconhecidos do público ocidental. O que vale mesmo aqui são os monstros, como já falei. Há desde morcegos destrutivos, passando por dinossauros das profundezas e até mesmo lobisomens sanguinários. Se o seu negócio é ver monstros e mais monstros então provavelmente vai curtir. A estória? Esqueça, essa realmente não tem pé e nem cabeça. Desligue o cérebro e procure se divertir o máximo possível com os bichanos que vão surgindo cena após cena. E isso é tudo.
Jiu Ceng Yao Ta (China, 2015) Direção: Chuan Lu / Roteiro: Chuan Lu, Bobby Roth / Elenco: Mark Chao, Jin Chen, Li Feng / Sinopse: Grupo de pesquisadores chineses encontram uma antiga caverna com ossos de monstros de um passado distante. O que eles nem desconfiam é que no lugar há uma passagem para outra dimensão. Ao cruzar o portal eles acabam libertando todos os tipos de bestas monstruosas para o nosso mundo.
Pablo Aluísio.
Os anos vão passando (como se isso fosse fazer alguma diferença) até que os heróis da resistência (vamos chamá-los assim) encontram em uma cidade deserta um grupo de monstros que mais se parecem com os lobisomens da franquia "Um Lobisomem Americano em Londres". Essa aliás é a melhor parte de todo o filme. O roteiro tem muito papo furado e lá pela metade você quase desiste de assistir até o fim, porque tudo é mal construído em termos de lógica, mas segure firme pois o filme melhora! Quem insistir vai ver logo que o filme ganha pique em sua terça parte final e os efeitos especiais (repito, todos bem realizados), compensam o esforço. Como se trata de um filme chinês obviamente não compensa discutir sobre o diretor do filme e nem o elenco pois todos são desconhecidos do público ocidental. O que vale mesmo aqui são os monstros, como já falei. Há desde morcegos destrutivos, passando por dinossauros das profundezas e até mesmo lobisomens sanguinários. Se o seu negócio é ver monstros e mais monstros então provavelmente vai curtir. A estória? Esqueça, essa realmente não tem pé e nem cabeça. Desligue o cérebro e procure se divertir o máximo possível com os bichanos que vão surgindo cena após cena. E isso é tudo.
Jiu Ceng Yao Ta (China, 2015) Direção: Chuan Lu / Roteiro: Chuan Lu, Bobby Roth / Elenco: Mark Chao, Jin Chen, Li Feng / Sinopse: Grupo de pesquisadores chineses encontram uma antiga caverna com ossos de monstros de um passado distante. O que eles nem desconfiam é que no lugar há uma passagem para outra dimensão. Ao cruzar o portal eles acabam libertando todos os tipos de bestas monstruosas para o nosso mundo.
Pablo Aluísio.
A Invasão 2
Título no Brasil: A Invasão 2
Título Original: The Second Arrival
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Rootbeer Films
Direção: Kevin Tenney
Roteiro: Mark David Perry
Elenco: Patrick Muldoon, Jane Sibbett, Michael Sarrazin
Sinopse:
Jack Addison (Patrick Muldoon) é o irmão mais novo e nerd de Zane Zaminsky (interpretado por Charlie Sheen no primeiro filme, lançado em 1996). Usando de técnicas de informática ele atuando como hacker consegue ter acesso a um arquivo classificado Top Secret. Nele ele consegue os códigos para entrar em contato com uma civilização extraterrestre que planeja invadir o planeta Terra.
Comentários:
Continuação muito fraca (sendo bem sincero, bem ruim) do filme "A Invasão", aquele mesmo estrelado por Charlie Sheen. Praticamente nada se salva, na época em que o filme foi lançado se dizia que a única coisa que prestava era o poster do filme - que tinha realmente um design bem feito. Fora isso temos aqui um desastre completo. O roteiro é mal escrito e a estória (na base da pseudo ciência barata) não funciona. Furos de lógica estão em todas as partes, com destaque para os supostos objetivos e intenções dos alienas (se aquilo fosse verdade poderíamos chegar na conclusão que a civilização na Terra realmente seria a única forma de inteligência no universo!). O ator Patrick Muldoon é completamente sem talento. O absurdo é que ele é, no enredo obtuso, o "irmão" do personagem de Charlie Sheen! Vejam que mediocridade... como Sheen não quis participar dessa sequência por causa do péssimo roteiro o texto foi reescrito às pressas, onde havia o personagem de Charlie Sheen ele virou seu irmão... tudo pessimamente amarrado. E os efeitos especiais? Melhor nem comentar, ainda mais nos dias atuais onde qualquer adolescente com um bom PC em casa consegue fazer algo bem melhor. Enfim, um dos piores filmes Sci-fi dos anos 90. Bomba completa!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Second Arrival
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Rootbeer Films
Direção: Kevin Tenney
Roteiro: Mark David Perry
Elenco: Patrick Muldoon, Jane Sibbett, Michael Sarrazin
Sinopse:
Jack Addison (Patrick Muldoon) é o irmão mais novo e nerd de Zane Zaminsky (interpretado por Charlie Sheen no primeiro filme, lançado em 1996). Usando de técnicas de informática ele atuando como hacker consegue ter acesso a um arquivo classificado Top Secret. Nele ele consegue os códigos para entrar em contato com uma civilização extraterrestre que planeja invadir o planeta Terra.
Comentários:
Continuação muito fraca (sendo bem sincero, bem ruim) do filme "A Invasão", aquele mesmo estrelado por Charlie Sheen. Praticamente nada se salva, na época em que o filme foi lançado se dizia que a única coisa que prestava era o poster do filme - que tinha realmente um design bem feito. Fora isso temos aqui um desastre completo. O roteiro é mal escrito e a estória (na base da pseudo ciência barata) não funciona. Furos de lógica estão em todas as partes, com destaque para os supostos objetivos e intenções dos alienas (se aquilo fosse verdade poderíamos chegar na conclusão que a civilização na Terra realmente seria a única forma de inteligência no universo!). O ator Patrick Muldoon é completamente sem talento. O absurdo é que ele é, no enredo obtuso, o "irmão" do personagem de Charlie Sheen! Vejam que mediocridade... como Sheen não quis participar dessa sequência por causa do péssimo roteiro o texto foi reescrito às pressas, onde havia o personagem de Charlie Sheen ele virou seu irmão... tudo pessimamente amarrado. E os efeitos especiais? Melhor nem comentar, ainda mais nos dias atuais onde qualquer adolescente com um bom PC em casa consegue fazer algo bem melhor. Enfim, um dos piores filmes Sci-fi dos anos 90. Bomba completa!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Newton Boys
Título no Brasil: Newton Boys - Irmãos Fora-da-Lei
Título Original: The Newton Boys
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Richard Linklater
Elenco: Matthew McConaughey, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Julianna Margulies
Sinopse:
Quatro irmãos da família Newton, tradicional fazendeira do interior, resolvem procurar por outro caminho na vida. O campo já não traz mais o pão de cada dia e eles estão prestes a perder a propriedade rural para um banco. Assim eles decidem formar uma quadrilha de roubo a bancos. Em pouco tempo os Newton Boys, como passam a ser chamados pela imprensa, começam a causar pânico por onde passam, até decidirem promover o maior roubo de banco da história dos Estados Unidos. Algo que custará caro para todos eles.
Comentários:
Sempre vi esse filme como uma tentativa tardia de revitalizar os antigos filmes de gangsters, como aqueles clássicos produzidos na década de 1940. Filmes que foram extremamente populares em sua época. A receita do roteiro escrito pelo diretor Richard Linklater é bem simples de entender. Ele apenas adaptou o livro original de Claude Stanush para uma roupagem mais moderna, escalando atores jovens e galãs para os personagens principais. Ganhou em estética, mas ao mesmo tempo perdeu em veracidade histórica (já que os verdadeiros gangsters não se pareciam com modelos como esses que vemos nesse filme!). Assim o estúdio escalou Matthew McConaughey para ser o protagonista, uma vez que ele estava sendo bastante cotado para se tornar o astro do amanhã, já que sua popularidade aumentava a cada dia. Ethan Hawke, que tinha mais bagagem no quesito atuação, também foi contratado para contrabalancear de certa maneira a inexperiência de Matthew. Um dos aspectos curiosos ao se rever essa produção é constatar que a atriz Julianna Margulies está no elenco. Ela, que iria se tornar no futuro a estrela de uma série de grande sucesso nos Estados Unidos chamada "The Good Wife", aqui surge bem jovem, com maquiagem pesada e exagerada - típica das mulheres dos anos 40. No mais é aquilo de sempre: muitos crimes e tiroteios com as famosas metralhadoras conhecidas como "Tommy Gun", a preferida dos criminosos e gangsters daqueles tempos em que Al Capone reinava em Chicago.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Newton Boys
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Richard Linklater
Elenco: Matthew McConaughey, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Julianna Margulies
Sinopse:
Quatro irmãos da família Newton, tradicional fazendeira do interior, resolvem procurar por outro caminho na vida. O campo já não traz mais o pão de cada dia e eles estão prestes a perder a propriedade rural para um banco. Assim eles decidem formar uma quadrilha de roubo a bancos. Em pouco tempo os Newton Boys, como passam a ser chamados pela imprensa, começam a causar pânico por onde passam, até decidirem promover o maior roubo de banco da história dos Estados Unidos. Algo que custará caro para todos eles.
Comentários:
Sempre vi esse filme como uma tentativa tardia de revitalizar os antigos filmes de gangsters, como aqueles clássicos produzidos na década de 1940. Filmes que foram extremamente populares em sua época. A receita do roteiro escrito pelo diretor Richard Linklater é bem simples de entender. Ele apenas adaptou o livro original de Claude Stanush para uma roupagem mais moderna, escalando atores jovens e galãs para os personagens principais. Ganhou em estética, mas ao mesmo tempo perdeu em veracidade histórica (já que os verdadeiros gangsters não se pareciam com modelos como esses que vemos nesse filme!). Assim o estúdio escalou Matthew McConaughey para ser o protagonista, uma vez que ele estava sendo bastante cotado para se tornar o astro do amanhã, já que sua popularidade aumentava a cada dia. Ethan Hawke, que tinha mais bagagem no quesito atuação, também foi contratado para contrabalancear de certa maneira a inexperiência de Matthew. Um dos aspectos curiosos ao se rever essa produção é constatar que a atriz Julianna Margulies está no elenco. Ela, que iria se tornar no futuro a estrela de uma série de grande sucesso nos Estados Unidos chamada "The Good Wife", aqui surge bem jovem, com maquiagem pesada e exagerada - típica das mulheres dos anos 40. No mais é aquilo de sempre: muitos crimes e tiroteios com as famosas metralhadoras conhecidas como "Tommy Gun", a preferida dos criminosos e gangsters daqueles tempos em que Al Capone reinava em Chicago.
Pablo Aluísio.
O Apóstolo
Título no Brasil: O Apóstolo
Título Original: The Apostle
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Robert Duvall
Roteiro: Robert Duvall
Elenco: Robert Duvall, Farrah Fawcett, Billy Bob Thornton, Miranda Richardson
Sinopse:
Eulis 'Sonny' Dewey (Robert Duvall) é um pregador protestante que tem a firme convicção de que foi abençoado por Deus. Ele tem um bom ministério religioso, seguidores e uma boa esposa. Seu mundo porém desmorona quando ele descobre que sua mulher está tendo um caso com um membro de sua igreja. Enfurecido, pega um taco de beisebol e atinge a cabeça de sua esposa, que entra em coma. Após esse ato de extrema violência ele resolve fugir, indo parar numa pequena cidade do sul, onde pretende recomeçar sua vida do zero!
Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal do ator Robert Duvall. Ele produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro. O que inspirou Duvall foi um caso real acontecido com um pregador que ele inclusive conhecia pessoalmente. O caso chocou sua comunidade. Como aquele homem que se dizia tão bondoso e seguidor da filosofia de Jesus Cristo era capaz de praticar um ato de tamanha violência doméstica contra sua própria esposa? Na vida real a esposa do pastor havia sido assassinada por ele! Mais chocante do que isso impossível! Para não sofrer processos, Duvall obviamente inseriu dentro dessa história real adaptada várias peças de pura ficção. Ainda assim é um filme com tintas fortes, que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Após lançar o filme o ator acabou sendo premiado não apenas com uma série de boas críticas, mas também por uma inesperada (e justa) indicação ao Oscar de Melhor Ator. Realmente é impossível ficar indiferente à ótima atuação de Duvall que se entregou de corpo e alma (literalmente) para interpretar o protagonista, um homem com uma belo talento para a oratória, mas que tem um coração realmente enegrecido pelo orgulho e ira. Um bom retrato para os que já conheceram pregadores desse tipo.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Apostle
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Robert Duvall
Roteiro: Robert Duvall
Elenco: Robert Duvall, Farrah Fawcett, Billy Bob Thornton, Miranda Richardson
Sinopse:
Eulis 'Sonny' Dewey (Robert Duvall) é um pregador protestante que tem a firme convicção de que foi abençoado por Deus. Ele tem um bom ministério religioso, seguidores e uma boa esposa. Seu mundo porém desmorona quando ele descobre que sua mulher está tendo um caso com um membro de sua igreja. Enfurecido, pega um taco de beisebol e atinge a cabeça de sua esposa, que entra em coma. Após esse ato de extrema violência ele resolve fugir, indo parar numa pequena cidade do sul, onde pretende recomeçar sua vida do zero!
Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal do ator Robert Duvall. Ele produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro. O que inspirou Duvall foi um caso real acontecido com um pregador que ele inclusive conhecia pessoalmente. O caso chocou sua comunidade. Como aquele homem que se dizia tão bondoso e seguidor da filosofia de Jesus Cristo era capaz de praticar um ato de tamanha violência doméstica contra sua própria esposa? Na vida real a esposa do pastor havia sido assassinada por ele! Mais chocante do que isso impossível! Para não sofrer processos, Duvall obviamente inseriu dentro dessa história real adaptada várias peças de pura ficção. Ainda assim é um filme com tintas fortes, que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Após lançar o filme o ator acabou sendo premiado não apenas com uma série de boas críticas, mas também por uma inesperada (e justa) indicação ao Oscar de Melhor Ator. Realmente é impossível ficar indiferente à ótima atuação de Duvall que se entregou de corpo e alma (literalmente) para interpretar o protagonista, um homem com uma belo talento para a oratória, mas que tem um coração realmente enegrecido pelo orgulho e ira. Um bom retrato para os que já conheceram pregadores desse tipo.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de dezembro de 2016
A Garota Dinamarquesa
O filme se passa na década de 1920, na fria Dinamarca. Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal de artistas que tentam viver de seus quadros. São até bem felizes diante das circunstâncias. Tudo caminha bem até Einar começar a apresentar um comportamento fora dos padrões da época. Eventualmente ele se veste de mulher para posar para a esposa, que está sempre explorando a imagem feminina em suas pinturas. Com o tempo porém Einar começa a tomar gosto pelos vestidos e roupas feitas para o universo feminino. Mais do que isso, ele começa a ter uma certa repulsa por sua personalidade masculina. Em pouco tempo surge uma versão feminina de si mesmo chamada Lili Elbe. Nem precisa dizer que o casamento entra em crise. A esposa Gerda até leva numa boa as primeiras manifestações desse lado afeminado do marido, mas tudo desanda quando ele começa não apenas a se vestir como uma mulher, mas a também se envolver com outros homens. Diante de uma situação tão delicada acaba confessando para a esposa que em seu passado teve algumas experiências homossexuais. A esposa, que sempre viu o marido como um homem heterossexual, fica obviamente sem chão com a nova situação e assim ambos decidem procurar por ajuda médica. Naqueles tempos a homossexualidade era considerada uma doença, algo a ser tratado.
Einar é então submetido a todos os tipos de tratamento exóticos (alguns até absurdos) até que conhece um médico que lhe propõe uma solução radical para seus problemas, uma inédita operação de troca de sexo, onde seus órgãos sexuais masculinos seriam removidos, sendo construído depois uma vagina por procedimentos cirúrgicos. Einar acaba então sendo o primeiro ser humano da história a passar por uma cirurgia dessas, que visava trocar seu sexo. Seu caso criou toda uma nova literatura médica que desde então passou a tratar o tema como uma nova realidade chamada de transsexualismo. Bom, o que me levou a assistir esse filme foi o Oscar vencido pelo ator Eddie Redmayne por sua atuação como esse transexual pioneiro. Eddie foi uma escolha sensata para interpretar esse personagem. O ator já tem naturalmente um aspecto bem indefinido, diria até transgênero. Com estrutura física frágil e indefeso ele combinou muito bem com o papel. Sua Lili porém não é a personagem mais forte dessa história. De certa forma, se formos pensar bem, a verdadeira personagem principal desse enredo, aquela que precisa superar todas as diversidades e aguentar a barra da situação, demonstrando ter uma grande força interior é a sua esposa. A história desse filme é baseada em fatos reais e a grande conclusão que tirei de tudo é que Gerda Wegener deve ter sido realmente uma grande mulher, uma pessoa realmente admirável. Passar por tudo o que ela passou definitivamente não foi fácil.
A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, 2015) Direção: Tom Hooper / Roteiro: Lucinda Coxon, baseada no livro escrito por David Ebershoff / Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard / Sinopse: Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal que passa por uma grave crise de relacionamento após o marido assumir uma identidade feminina. Depois de anos casado, ele decide assumir seu lado mulher, se arriscando a se submeter a uma perigosa operação de mudança de sexo.
Pablo Aluísio.
Einar é então submetido a todos os tipos de tratamento exóticos (alguns até absurdos) até que conhece um médico que lhe propõe uma solução radical para seus problemas, uma inédita operação de troca de sexo, onde seus órgãos sexuais masculinos seriam removidos, sendo construído depois uma vagina por procedimentos cirúrgicos. Einar acaba então sendo o primeiro ser humano da história a passar por uma cirurgia dessas, que visava trocar seu sexo. Seu caso criou toda uma nova literatura médica que desde então passou a tratar o tema como uma nova realidade chamada de transsexualismo. Bom, o que me levou a assistir esse filme foi o Oscar vencido pelo ator Eddie Redmayne por sua atuação como esse transexual pioneiro. Eddie foi uma escolha sensata para interpretar esse personagem. O ator já tem naturalmente um aspecto bem indefinido, diria até transgênero. Com estrutura física frágil e indefeso ele combinou muito bem com o papel. Sua Lili porém não é a personagem mais forte dessa história. De certa forma, se formos pensar bem, a verdadeira personagem principal desse enredo, aquela que precisa superar todas as diversidades e aguentar a barra da situação, demonstrando ter uma grande força interior é a sua esposa. A história desse filme é baseada em fatos reais e a grande conclusão que tirei de tudo é que Gerda Wegener deve ter sido realmente uma grande mulher, uma pessoa realmente admirável. Passar por tudo o que ela passou definitivamente não foi fácil.
A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, 2015) Direção: Tom Hooper / Roteiro: Lucinda Coxon, baseada no livro escrito por David Ebershoff / Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard / Sinopse: Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal que passa por uma grave crise de relacionamento após o marido assumir uma identidade feminina. Depois de anos casado, ele decide assumir seu lado mulher, se arriscando a se submeter a uma perigosa operação de mudança de sexo.
Pablo Aluísio.
Jornada nas Estrelas - Insurreição
Título no Brasil: Jornada nas Estrelas - Insurreição
Título Original: Star Trek - Insurrection
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Frakes
Roteiro: Rick Berman
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, F. Murray Abraham
Sinopse:
Data (Brent Spiner) descobre que no planeta conhecido como Ba'ku há um tipo de radiação que deixa todos os seus habitantes jovens. Tal descoberta obviamente começa a despertar a cobiça daqueles que desejam explorar esse tipo de fenômeno raro. Para o Capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) todo a população do planeta deve ser mantida onde está, seguindo a primeira diretriz da federação, mas seu superior, o Almirante Matthew Dougherty (Anthony Zerbe) pensa de forma bem diferente.
Comentários:
Esse foi o penúltimo filme para o cinema com a tripulação do Capitão Jean-Luc Picard e sua nova geração. O roteiro já dava claros sinais de desgaste, não apenas pelos anos em que a série ficou no ar, mas também pela falta de novas ideias para os longas lançados no cinema. Esse "Star Trek - Insurrection" até tem um bom argumento, discutindo os limites em que um oficial da frota estelar pode ultrapassar. Na trama Picard entrava em conflito com seu superior pois esse desejaria explorar um planeta distante e pacífico, retirando de lá todos os nativos. Essa decisão seria um ato abusivo, que claramente rompia com a primeira diretriz da frota (aquela em que os exploradores não poderiam influenciar nas civilizações onde chegariam). Dessa insubordinação em se recusar a cumprir ordens arbitrárias nasceria uma verdadeira insurreição por parte de Picard e seus subordinados na Enterprise. Mesmo com essa premissa interessante o filme apresenta vários problemas, entre eles uma falta de ritmo que irrita. Provavelmente isso se deu ao fato do filme ter sido dirigido pelo ator Jonathan Frakes que interpretava o comandante William T. Riker. Embora ele tivesse experiência em dirigir episódios da série na TV, o fato é que o cinema tem suas próprias características que Frakes demonstrou não conhecer direito. De qualquer forma para os fãs de "Star Trek" o filme pode até ser considerado bom. Já para o resto do público ele parecerá apenas bem razoável.
Pablo Aluísio.
Título Original: Star Trek - Insurrection
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Frakes
Roteiro: Rick Berman
Elenco: Patrick Stewart, Jonathan Frakes, Brent Spiner, F. Murray Abraham
Sinopse:
Data (Brent Spiner) descobre que no planeta conhecido como Ba'ku há um tipo de radiação que deixa todos os seus habitantes jovens. Tal descoberta obviamente começa a despertar a cobiça daqueles que desejam explorar esse tipo de fenômeno raro. Para o Capitão Jean-Luc Picard (Patrick Stewart) todo a população do planeta deve ser mantida onde está, seguindo a primeira diretriz da federação, mas seu superior, o Almirante Matthew Dougherty (Anthony Zerbe) pensa de forma bem diferente.
Comentários:
Esse foi o penúltimo filme para o cinema com a tripulação do Capitão Jean-Luc Picard e sua nova geração. O roteiro já dava claros sinais de desgaste, não apenas pelos anos em que a série ficou no ar, mas também pela falta de novas ideias para os longas lançados no cinema. Esse "Star Trek - Insurrection" até tem um bom argumento, discutindo os limites em que um oficial da frota estelar pode ultrapassar. Na trama Picard entrava em conflito com seu superior pois esse desejaria explorar um planeta distante e pacífico, retirando de lá todos os nativos. Essa decisão seria um ato abusivo, que claramente rompia com a primeira diretriz da frota (aquela em que os exploradores não poderiam influenciar nas civilizações onde chegariam). Dessa insubordinação em se recusar a cumprir ordens arbitrárias nasceria uma verdadeira insurreição por parte de Picard e seus subordinados na Enterprise. Mesmo com essa premissa interessante o filme apresenta vários problemas, entre eles uma falta de ritmo que irrita. Provavelmente isso se deu ao fato do filme ter sido dirigido pelo ator Jonathan Frakes que interpretava o comandante William T. Riker. Embora ele tivesse experiência em dirigir episódios da série na TV, o fato é que o cinema tem suas próprias características que Frakes demonstrou não conhecer direito. De qualquer forma para os fãs de "Star Trek" o filme pode até ser considerado bom. Já para o resto do público ele parecerá apenas bem razoável.
Pablo Aluísio.
sábado, 10 de dezembro de 2016
Lone Star - A Estrela Solitária
Título no Brasil: Lone Star - A Estrela Solitária
Título Original: Lone Star
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Sayles
Roteiro: John Sayles
Elenco: Chris Cooper, Kris Kristofferson, Matthew McConaughey, Elizabeth Peña
Sinopse:
Os restos mortais de um homem assassinado é encontrado em um condado distante do Texas chamado Rio County. O xerife da localidade Sam Deeds (Chris Cooper) começa então a investigar o crime. Pelo estado da vítima ele foi morto há muitos anos. Isso leva o xerife a suspeitar de um velho policial, Charlie Wade (Kris Kristofferson). Conhecido como corrupto e racista, ele foi inimigo do próprio pai de Sam, o honesto xerife Buddy Deeds (Matthew McConaughey). Teria aquele crime algo a ver com o passado violento do lugar? Só o tempo dirá.
Comentários:
Indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro (assinado pelo próprio diretor John Sayles), essa produção é certamente um dos melhores filmes policiais dos anos 90. O filme tem duas linhas narrativas, uma no presente e outra no passado. Ligando ambas as épocas surge um crime, que foi cometido há muitos anos. Na região existia um conhecido policial corrupto, interpretado pelo cantor country Kris Kristofferson em uma das suas melhores atuações no cinema. Sujeito inescrupuloso, extremamente racista e perseguidor (com suspeitas de ser um líder do grupo Ku Klux Klan) seu nome vai surgindo cada vez mais com frequência durante as investigações. Esse "Dirty Cop" foi um inimigo declarado do pai falecido do próprio xerife que vai comandando as investigações. Muito bem produzido o filme vale bastante, não apenas em relação ao ótimo roteiro, mas também ao elenco. Matthew McConaughey ainda não era um astro e esse foi um dos seus primeiros grandes filmes, sob um ponto de vista de qualidade. Com elenco todo coeso, ótimo argumento, boa reconstituição de época e uma trama que não deixa o espectador perder o interesse em nenhum momento, esse é um daqueles filmes que merecem ser redescobertos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Lone Star
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: John Sayles
Roteiro: John Sayles
Elenco: Chris Cooper, Kris Kristofferson, Matthew McConaughey, Elizabeth Peña
Sinopse:
Os restos mortais de um homem assassinado é encontrado em um condado distante do Texas chamado Rio County. O xerife da localidade Sam Deeds (Chris Cooper) começa então a investigar o crime. Pelo estado da vítima ele foi morto há muitos anos. Isso leva o xerife a suspeitar de um velho policial, Charlie Wade (Kris Kristofferson). Conhecido como corrupto e racista, ele foi inimigo do próprio pai de Sam, o honesto xerife Buddy Deeds (Matthew McConaughey). Teria aquele crime algo a ver com o passado violento do lugar? Só o tempo dirá.
Comentários:
Indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro (assinado pelo próprio diretor John Sayles), essa produção é certamente um dos melhores filmes policiais dos anos 90. O filme tem duas linhas narrativas, uma no presente e outra no passado. Ligando ambas as épocas surge um crime, que foi cometido há muitos anos. Na região existia um conhecido policial corrupto, interpretado pelo cantor country Kris Kristofferson em uma das suas melhores atuações no cinema. Sujeito inescrupuloso, extremamente racista e perseguidor (com suspeitas de ser um líder do grupo Ku Klux Klan) seu nome vai surgindo cada vez mais com frequência durante as investigações. Esse "Dirty Cop" foi um inimigo declarado do pai falecido do próprio xerife que vai comandando as investigações. Muito bem produzido o filme vale bastante, não apenas em relação ao ótimo roteiro, mas também ao elenco. Matthew McConaughey ainda não era um astro e esse foi um dos seus primeiros grandes filmes, sob um ponto de vista de qualidade. Com elenco todo coeso, ótimo argumento, boa reconstituição de época e uma trama que não deixa o espectador perder o interesse em nenhum momento, esse é um daqueles filmes que merecem ser redescobertos.
Pablo Aluísio.
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