Eu não poderia imaginar que iriam produzir uma sequência de "Cortina de Fogo" de 1991. Afinal, já faz quase 30 anos que o primeiro filme foi lançado! Eu assisti ainda nos tempos das fitas VHS. Acredito que pouca gente ainda se lembrava daquele filme de bombeiros com Kurt Russell. Pois é, os produtores lembravam. Praticamente apenas dois atores do primeiro filme dão as caras por aqui. William Baldwin e Donald Sutherland surgem no filme para criar um elo de ligação com o original. Baldwin tem que lidar com o filho do personagem de Kurt Russell, aqui interpretado por Joe Anderson. Para quem não lembra o pai dele morreu no primeiro filme, tentando salvar seu melhor amigo que por acaso era o grande incendiário de Chicago! O velho Donald é o incendiário do primeiro filme, agora velho e preso numa cadeira de rodas, que decide ajudar na captura de novos incendiários, sujeitos bem inteligentes e "profissionais" em sua "área".
O bombeiro Sean McCaffrey (Joe Anderson) seguiu a carreira do tio, do pai e do avô, mas não é nada fácil porque ele também tem uma bagagem de traumas do passado, principalmente por seu pai ter morrido em um grande incêndio. Agora ele trabalha em um setor dos bombeiros cuja função é justamente descobrir quando um incêndio é criminoso. Um grupo de garotos, vestidos de fantasias do dia das bruxas, acaba morrendo quando tentam entrar numa casa abandonada. A tal cortina de fogo se forma atrás da porta e quando eles vão abri-la tudo vai pelos ares. Sean leva o caso em um modo bem pessoal, pois para ele a morte das crianças foi bem sentida. Acaba entrando em um espiral de conspirações envolvendo companhias de seguros e... venda de armas ilegais para o exterior. Eu achei esse o maior problema do roteiro. Deveriam ter simplificado mais a trama, se concentrando no vida do protagonista, seu acerto de contas com o passado, etc. Nada de criar algo muito confuso, envolvendo todos os tipos de vilões. O pior é que no final fica aquela sensação de pressa, pois tentam resolver tudo de uma vez só, numa única cena. Ficou forçado. Muitas vezes o simples é bem mais eficiente.
Cortina de Fogo 2 (Backdraft 2, Estados Unidos, 2019) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Gregory Widen / Elenco: Joe Anderson, William Baldwin, Donald Sutherland, Alisha Bailey / Sinopse: O filme conta a história do bombeiro Sean McCaffrey (Joe Anderson). Filho de um bombeiro que morreu em serviço ele agora trabalha no setor de investigação de incêndios criminosos. Quando um grupo de crianças é morta no dia das bruxas ele passa a cuidar do caso, procurando descobrir quem foi o incendiário responsável por aquele crime terrível.
Pablo Aluísio.
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sábado, 4 de janeiro de 2020
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
The Hollow Point
Esse
filme se passa no moderno oeste americano, sendo mais específico na
fronteira entre México e Estados Unidos. É um lugar perigoso, onde os
cartéis mexicanos da droga começam a dominar. É no meio desse deserto
que trabalha o veterano xerife Leland (Ian McShane). Homem da lei
experiente, ele começa a desconfiar do vai e vem sem fim de caminhonetes
dirigidas por jovens da região. A maioria desses rapazes são
desempregados que topariam qualquer trabalho, mas Leland começa a ficar
bem desconfiado pois eles parecem transportar velhas peças de
ferro-velho, algo que não faria muito sentido. Ao parar
um desses jovens ele acaba perdendo o controle da situação e em um
gesto impensado termina matando o garoto com um tiro certeiro na cabeça.
John Wallace (Patrick Wilson), também um xerife da fronteira, é então
designado para investigar a morte. Logo de cara ele vai até a casa de
Leland para pegar sua estrela e sua arma, demonstrando que a partir
daquele momento o velho policial estaria fora de suas funções
oficialmente. O que Wallace nem desconfia é que ele está prestes a
enfrentar uma situação de extrema violência, da qual nem ele mesmo
poderia escapar sem danos irreparáveis.
Esse filme tem uma lição muito interessante ao passar para o espectador. Os dois xerifes possuem modos de agir e pensar bem diferentes. O veterano acredita que muitas vezes é vital fazer justiça pelas próprias mãos. Já o mais jovem pensa diferente. Ele quer seguir todas as regras do manual, sem se desviar do que ele acredita ser o certo. Com o tempo, exposto a uma violência descomunal, o próprio Wallace acaba agindo como o veterano da lei, mostrando que em certas situações realmente não há salvação. A cena final é bem representativa disso. O filme é protagonizado por Patrick Wilson, um bom ator de que sempre gostei, embora ele nunca tenha alcançado o status de grande astro. Seu personagem passa por uma situação limite, de dar nos nervos, ao ter sua mão decepada em uma situação sangrenta e bem violenta. Ao se ver mutilado ele começa a rever seus velhos conceitos. Outra boa surpresa do elenco vem da presença do ator John Leguizamo. Não me lembro de ter visto ele interpretar um criminoso tão violento e insano como o desse filme. Por ter origem latina Leguizamo sempre foi estigmatizado no cinema americano, interpretando tipos marginais (ou insanamente lunáticos), mas aqui ele conseguiu imprimir uma sordidez digna de aplausos ao presidiário que interpreta. Em suma, mais um bom filme que nos remete aos bons filmes de faroeste do passado, com seu roteiro versando sobre vingança, violência e morte no meio de um deserto imprestável.
The Hollow Point (Estados Unidos, 2016) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Nils Lyew / Elenco: Patrick Wilson, Ian McShane, John Leguizamo, Jim Belushi, Lynn Collins / Sinopse: Xerifes da fronteira entre México e Estados Unidos precisam lidar com um matador profissional, presidiário, que executa pessoas que fazem parte de uma lista negra de assassinatos.
Pablo Aluísio.
Esse filme tem uma lição muito interessante ao passar para o espectador. Os dois xerifes possuem modos de agir e pensar bem diferentes. O veterano acredita que muitas vezes é vital fazer justiça pelas próprias mãos. Já o mais jovem pensa diferente. Ele quer seguir todas as regras do manual, sem se desviar do que ele acredita ser o certo. Com o tempo, exposto a uma violência descomunal, o próprio Wallace acaba agindo como o veterano da lei, mostrando que em certas situações realmente não há salvação. A cena final é bem representativa disso. O filme é protagonizado por Patrick Wilson, um bom ator de que sempre gostei, embora ele nunca tenha alcançado o status de grande astro. Seu personagem passa por uma situação limite, de dar nos nervos, ao ter sua mão decepada em uma situação sangrenta e bem violenta. Ao se ver mutilado ele começa a rever seus velhos conceitos. Outra boa surpresa do elenco vem da presença do ator John Leguizamo. Não me lembro de ter visto ele interpretar um criminoso tão violento e insano como o desse filme. Por ter origem latina Leguizamo sempre foi estigmatizado no cinema americano, interpretando tipos marginais (ou insanamente lunáticos), mas aqui ele conseguiu imprimir uma sordidez digna de aplausos ao presidiário que interpreta. Em suma, mais um bom filme que nos remete aos bons filmes de faroeste do passado, com seu roteiro versando sobre vingança, violência e morte no meio de um deserto imprestável.
The Hollow Point (Estados Unidos, 2016) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Nils Lyew / Elenco: Patrick Wilson, Ian McShane, John Leguizamo, Jim Belushi, Lynn Collins / Sinopse: Xerifes da fronteira entre México e Estados Unidos precisam lidar com um matador profissional, presidiário, que executa pessoas que fazem parte de uma lista negra de assassinatos.
Pablo Aluísio.
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