Título no Brasil: Medo da Verdade
Título Original: Gone Baby Gone
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Ben Affleck
Roteiro: Aaron Stockard, Ben Affleck
Elenco: Casey Affleck, Morgan Freeman, Ed Harris, Amy Ryan, John Ashton
Sinopse:
A garota Amanda McCready (Madeline O'Brien) desaparece misteriosamente. Para investigar o caso a fundo dois detetives começam a procurar por pistas mas descobrem que há muito mais sob a mera aparência de um desaparecimento comum. A solução do mistério custará caro para todos os envolvidos. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Atriz Coadjuvante (Amy Ryan). Também indicado na mesma categoria (Atriz Coadjuvante - Amy Ryan) no Globo de Ouro.
Comentários:
Baseado na obra de Dennis Lehane, esse filme foi a estréia do ator Ben Affleck na direção. Na época de lançamento do filme ninguém deu muita bola para esse fato até porque Affleck nunca foi considerado um grande ator, então a desconfiança sobre sua capacidade de dirigir era mais do que natural. Para surpresa de muitos porém Ben se superou e mostrou jeito para a coisa - a tal ponto que hoje em dia ele é reconhecidamente um bom cineasta, embora como ator continue bem canastrão. Além de ser bem dirigido o filme também tem um bom roteiro, com trama instigante (e pasmem mais uma vez, pois o script foi escrito pelo próprio Ben Affleck!). Talvez o único ponto realmente fraco dessa produção venha do elenco. Casey Affleck não consegue empolgar em nenhum momento e parece até mesmo sonolento em cena! Se o filme tivesse alguém mais talentoso no quesito atuação certamente teríamos uma pequena obra prima, mas não tem jeito, essa coisa de atuar não parece ser o forte da família Affleck! Mesmo assim é aquele tipo de produção que vale a recomendação, nem que seja para apreciar as belas tomadas de cena captadas na bonita - mas também cinza - Boston em Massachusetts.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
10.000 A.C.
Título no Brasil: 10.000 A.C.
Título Original: 10,000 BC
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Legendary Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser
Elenco: Steven Strait, Camilla Belle, Marco Khan
Sinopse:
D'Leh (Steven Strait) vive no ano dez mil antes de Cristo. A civilização humana ainda é muito prmitiva mas alguns grupos já desenvolvem a consciência de que a união faz a força. Ao lado de um exército de guerreiros como ele, atravessa uma região selvagem repleta de feras e predadores tais como os enormes tigres dente-de-sabre. Apaixonado, luta para salvar a mulher que ama das mãos de um temido senhor da guerra.
Comentários:
O advento dos efeitos digitais de última geração abriram portas que antes seriam impossíveis de adentrar no cinema. De repente os diretores tiveram em suas mãos a oportunidade de recriarem todo um universo próprio, há muito perdido. O problema acontece quando os avanços tecnológicos não são acompanhados de criatividade e originalidade. Um exemplo temos aqui com esse "Dez Mil Anos Antes de Cristo". Sinceramente, o cineasta Roland Emmerich não consegue mudar seus cacoetes mais insuportáveis. Ele não consegue desenvolver nem minimamente qualquer personagem e se resume a ser um diretor de efeitos especiais pois seus filmes não passam disso. Ora, melhor entregar logo a direção a um programador de computador já que a função de diretor já ficou provado que ele nunca exerceu. O filme é tão vazio quanto seu argumento. O roteiro escrito pelo próprio Emmerich traz erros históricos brutais, largamente apontados em seu lançamento. Como se isso fosse importar a ele, já que realizar blockbusters sem conteúdo algum parece ter definitivamente se tornado seu estilo pessoal. Assim melhor esquecer de fato esse filme extremamente bem realizado do ponto de vista técnico mas pessimamente desenvolvido em suas ideias.
Pablo Aluísio.
Título Original: 10,000 BC
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Legendary Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser
Elenco: Steven Strait, Camilla Belle, Marco Khan
Sinopse:
D'Leh (Steven Strait) vive no ano dez mil antes de Cristo. A civilização humana ainda é muito prmitiva mas alguns grupos já desenvolvem a consciência de que a união faz a força. Ao lado de um exército de guerreiros como ele, atravessa uma região selvagem repleta de feras e predadores tais como os enormes tigres dente-de-sabre. Apaixonado, luta para salvar a mulher que ama das mãos de um temido senhor da guerra.
Comentários:
O advento dos efeitos digitais de última geração abriram portas que antes seriam impossíveis de adentrar no cinema. De repente os diretores tiveram em suas mãos a oportunidade de recriarem todo um universo próprio, há muito perdido. O problema acontece quando os avanços tecnológicos não são acompanhados de criatividade e originalidade. Um exemplo temos aqui com esse "Dez Mil Anos Antes de Cristo". Sinceramente, o cineasta Roland Emmerich não consegue mudar seus cacoetes mais insuportáveis. Ele não consegue desenvolver nem minimamente qualquer personagem e se resume a ser um diretor de efeitos especiais pois seus filmes não passam disso. Ora, melhor entregar logo a direção a um programador de computador já que a função de diretor já ficou provado que ele nunca exerceu. O filme é tão vazio quanto seu argumento. O roteiro escrito pelo próprio Emmerich traz erros históricos brutais, largamente apontados em seu lançamento. Como se isso fosse importar a ele, já que realizar blockbusters sem conteúdo algum parece ter definitivamente se tornado seu estilo pessoal. Assim melhor esquecer de fato esse filme extremamente bem realizado do ponto de vista técnico mas pessimamente desenvolvido em suas ideias.
Pablo Aluísio.
Van Helsing - O Caçador de Monstros
Título no Brasil: Van Helsing - O Caçador de Monstros
Título Original: Van Helsing
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh
Sinopse:
Van Helsing (Hugh Jackman) é um especialista do Vaticano que trabalha com eventos e manifestações paranormais. Assim a Igreja Católica envia o caçador de monstros e seu aliado, Carl, para a Transilvânia. Seu objetivo é localizar e destruir o Conde Drácula que, ao que tudo indica, é uma criatura das trevas, um vampiro que se alimenta de sangue humano para continuar sua existência terrena. Chegando na região, Helsing acaba se aliando a uma princesa cigana chamada Anna Valerious (Beckinsale), que está determinada a acabar com uma antiga maldição em sua família, sendo que para isso deverá destruir o milenar vampiro.
Comentários:
Muitos detonam essa produção, chamam de porcaria cheia de efeitos digitais e oportunismo cinematográfico. Bom, talvez seja, porém não há como negar que há filmes que mesmo em sua ruindade conseguem divertir caso sejam encarados como meras diversões descompromissadas. "Van Helsing" vai bem por esse caminho. Ninguém em sã consciência vai assisti-lo pensando em encontrar alguma obra prima do cinema. Na época de seu lançamento foi criada uma expectativa tola sobre suas qualidades cinematográficas e isso gerou decepção no público. Já hoje em dia revendo em exibições nas TVs a Cabo e no PC a coisa já não aparenta mais ser tão desastrosa. Pra falar a verdade revi recentemente e olha que me diverti pra valer. Primeiro porque achei aquelas vampiras gostosonas aladas uma boa pedida, segundo porque em nenhum momento o filme em si se leva à sério. É aquele tipo de fita que você sabe que não foi realizada para ser dissecada, analisada em profundidade, nada disso, é um popcorn por excelência, para ver com os amigos da escola numa tarde sem nada pra fazer. Olhando sob esse ponto de vista (que é o certo, afinal de contas) posso dizer que "Van Helsing" diverte pacas! Pode assistir sem receio algum.
Pablo Aluísio.
Título Original: Van Helsing
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stephen Sommers
Roteiro: Stephen Sommers
Elenco: Hugh Jackman, Kate Beckinsale, Richard Roxburgh
Sinopse:
Van Helsing (Hugh Jackman) é um especialista do Vaticano que trabalha com eventos e manifestações paranormais. Assim a Igreja Católica envia o caçador de monstros e seu aliado, Carl, para a Transilvânia. Seu objetivo é localizar e destruir o Conde Drácula que, ao que tudo indica, é uma criatura das trevas, um vampiro que se alimenta de sangue humano para continuar sua existência terrena. Chegando na região, Helsing acaba se aliando a uma princesa cigana chamada Anna Valerious (Beckinsale), que está determinada a acabar com uma antiga maldição em sua família, sendo que para isso deverá destruir o milenar vampiro.
Comentários:
Muitos detonam essa produção, chamam de porcaria cheia de efeitos digitais e oportunismo cinematográfico. Bom, talvez seja, porém não há como negar que há filmes que mesmo em sua ruindade conseguem divertir caso sejam encarados como meras diversões descompromissadas. "Van Helsing" vai bem por esse caminho. Ninguém em sã consciência vai assisti-lo pensando em encontrar alguma obra prima do cinema. Na época de seu lançamento foi criada uma expectativa tola sobre suas qualidades cinematográficas e isso gerou decepção no público. Já hoje em dia revendo em exibições nas TVs a Cabo e no PC a coisa já não aparenta mais ser tão desastrosa. Pra falar a verdade revi recentemente e olha que me diverti pra valer. Primeiro porque achei aquelas vampiras gostosonas aladas uma boa pedida, segundo porque em nenhum momento o filme em si se leva à sério. É aquele tipo de fita que você sabe que não foi realizada para ser dissecada, analisada em profundidade, nada disso, é um popcorn por excelência, para ver com os amigos da escola numa tarde sem nada pra fazer. Olhando sob esse ponto de vista (que é o certo, afinal de contas) posso dizer que "Van Helsing" diverte pacas! Pode assistir sem receio algum.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Hurricane - O Furacão
Título no Brasil: Hurricane - O Furacão
Título Original: The Hurricane
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Sam Chaiton
Elenco: Denzel Washington, Rod Steiger, Vicellous Reon Shannon, Deborah Kara Unger
Sinopse:
Rubin Carter (Denzel Washington) é um jovem negro americano que sonha em se tornar um campeão do boxe em seu país. Quando as coisas começam a dar certo em sua carreira ele é injustamente acusado pela morte de homens brancos em sua cidade natal. Levado a julgamento é condenado a uma dura e cruel pena de prisão. Baseado em fatos reais, com roteiro escrito a partir das memórias de Carter. Indicado ao Oscar de Melhor Ator (Denzel Washington). Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator (Denzel Washington) e indicado a Melhor Direção (Norman Jewison).
Comentários:
Ontem comentei aqui sobre o filme "Em Nome do Pai", uma produção baseada em fatos reais que contava a história de um homem que ficou por longos anos encarcerado sem ter qualquer culpa nos crimes que lhe imputavam. Pois bem, por uma dessas coincidências do destino ontem faleceu Rubin "Hurricane" Carter, outro personagem que sofreu na pele a injustiça de ser acusado e condenado por um crime que não cometeu. No caso de Carter a situação foi ainda pior pois há como um ingrediente fundamental em sua condenação o racismo, tão forte e presente ainda nos dias de hoje nos Estados Unidos, apesar de todos os esforços para mudar a mentalidade de certos setores daquela sociedade. Esse é um daqueles roteiros viscerais que todo grande ator sonha um dia cair em seu colo. Para Denzel Washington foi uma graça receber o convite para interpretar Hurricane. Afinal sua vida, repleta de momentos dramáticos e terríveis, era de fato um prato cheio para abocanhar uma grande quantidade de prêmios. De fato Denzel incorpora de forma brilhante o personagem, mudando seu modo de ser e até mesmo seu visual - ele fez um tratamento especial para mudar a textura de seu próprio cabelo. Obviamente a crítica se derreteu em elogios e Denzel foi merecidamente premiado no Globo de Ouro, chegando no Oscar como franco favorito ao prêmio mas... por uma dessas ironias dos deuses do cinema ele não conseguiu vencer! Bom, se o argumento de "Hurricane - O Furacão" era sobre injustiça então o fato de não ter levado seu Oscar acabou sendo mais do que conveniente à história que contava. A vida imitando a arte! De uma forma ou outra não deixe de assistir esse drama maravilhoso que mostra como pode ser cruel os mecanismos e meandros do sistema judiciário quando se perde os mais preciosos valores em seus julgamentos.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Hurricane
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Sam Chaiton
Elenco: Denzel Washington, Rod Steiger, Vicellous Reon Shannon, Deborah Kara Unger
Sinopse:
Rubin Carter (Denzel Washington) é um jovem negro americano que sonha em se tornar um campeão do boxe em seu país. Quando as coisas começam a dar certo em sua carreira ele é injustamente acusado pela morte de homens brancos em sua cidade natal. Levado a julgamento é condenado a uma dura e cruel pena de prisão. Baseado em fatos reais, com roteiro escrito a partir das memórias de Carter. Indicado ao Oscar de Melhor Ator (Denzel Washington). Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator (Denzel Washington) e indicado a Melhor Direção (Norman Jewison).
Comentários:
Ontem comentei aqui sobre o filme "Em Nome do Pai", uma produção baseada em fatos reais que contava a história de um homem que ficou por longos anos encarcerado sem ter qualquer culpa nos crimes que lhe imputavam. Pois bem, por uma dessas coincidências do destino ontem faleceu Rubin "Hurricane" Carter, outro personagem que sofreu na pele a injustiça de ser acusado e condenado por um crime que não cometeu. No caso de Carter a situação foi ainda pior pois há como um ingrediente fundamental em sua condenação o racismo, tão forte e presente ainda nos dias de hoje nos Estados Unidos, apesar de todos os esforços para mudar a mentalidade de certos setores daquela sociedade. Esse é um daqueles roteiros viscerais que todo grande ator sonha um dia cair em seu colo. Para Denzel Washington foi uma graça receber o convite para interpretar Hurricane. Afinal sua vida, repleta de momentos dramáticos e terríveis, era de fato um prato cheio para abocanhar uma grande quantidade de prêmios. De fato Denzel incorpora de forma brilhante o personagem, mudando seu modo de ser e até mesmo seu visual - ele fez um tratamento especial para mudar a textura de seu próprio cabelo. Obviamente a crítica se derreteu em elogios e Denzel foi merecidamente premiado no Globo de Ouro, chegando no Oscar como franco favorito ao prêmio mas... por uma dessas ironias dos deuses do cinema ele não conseguiu vencer! Bom, se o argumento de "Hurricane - O Furacão" era sobre injustiça então o fato de não ter levado seu Oscar acabou sendo mais do que conveniente à história que contava. A vida imitando a arte! De uma forma ou outra não deixe de assistir esse drama maravilhoso que mostra como pode ser cruel os mecanismos e meandros do sistema judiciário quando se perde os mais preciosos valores em seus julgamentos.
Pablo Aluísio.
domingo, 20 de abril de 2014
Em Nome do Pai
Título no Brasil: Em Nome do Pai
Título Original: In the Name of the Father
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos, Irlanda, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Sheridan
Roteiro: Gerry Conlon, Terry George
Elenco: Daniel Day-Lewis, Emma Thompson, Pete Postlethwaite, Alison Crosbie
Sinopse:
O jovem irlandês Gerry (Daniel Day-Lewis) é injustamente acusado de ser membro de uma facção terrorista de seu país e é condenado a uma pesada pena de prisão perpétua pela justiça inglesa, que naquele momento estava particularmente empenhada em deter e punir os membros de grupos de libertação da Irlanda, sob dominação inglesa por séculos. Na prisão Gerry começa uma intensa luta para provar sua inocência das acusações que lhe foram impostas de forma arbitrária e completamente injustas.
Comentários:
Maravilhoso drama baseado em fatos reais vividos pelo autor Gerry Conlon que escreveu sobre sua terrível experiência no best seller "Proved Innocent". O que temos aqui é um manifesto contra a influência política sobre o judiciário, algo que infelizmente também tem se mostrado bem presente em nosso país nos dias atuais. O personagem Gerry era um jovem completamente inocente que foi preso simplesmente para se manter um status quo político na região onde morava. Foi a forma encontrada pelo governo inglês de punir e mostrar aos irlandeses que qualquer ato de subversão seria punido com rigor. O problema básico é que ele era inocente, um fato que foi propositalmente ignorado pelas autoridades britânicas. Um completo absurdo do ponto de vista jurídico. Daniel Day-Lewis como sempre brilha em sua interpretação. Seu inspirado trabalho em cena lhe valeu a indicação ao Oscar de Melhor Ator naquele ano mas infelizmente ele não levou (o que desagradou parte da crítica que apostava em seu prêmio). Emma Thompson também foi indicada de forma merecida mas também não levou. Na época muito se disse que houve influência do governo inglês para que o filme não fosse consagrado pela Academia (a produção no total foi indicada a sete estatuetas, incluindo direção, roteiro e filme mas acabou não sendo premiada em nenhum). Agora surge uma ótima oportunidade de conferir novamente esse belo filme que tanto do ponto de vista político como artístico é uma verdadeira obra prima.
Pablo Aluísio.
Título Original: In the Name of the Father
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos, Irlanda, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jim Sheridan
Roteiro: Gerry Conlon, Terry George
Elenco: Daniel Day-Lewis, Emma Thompson, Pete Postlethwaite, Alison Crosbie
Sinopse:
O jovem irlandês Gerry (Daniel Day-Lewis) é injustamente acusado de ser membro de uma facção terrorista de seu país e é condenado a uma pesada pena de prisão perpétua pela justiça inglesa, que naquele momento estava particularmente empenhada em deter e punir os membros de grupos de libertação da Irlanda, sob dominação inglesa por séculos. Na prisão Gerry começa uma intensa luta para provar sua inocência das acusações que lhe foram impostas de forma arbitrária e completamente injustas.
Comentários:
Maravilhoso drama baseado em fatos reais vividos pelo autor Gerry Conlon que escreveu sobre sua terrível experiência no best seller "Proved Innocent". O que temos aqui é um manifesto contra a influência política sobre o judiciário, algo que infelizmente também tem se mostrado bem presente em nosso país nos dias atuais. O personagem Gerry era um jovem completamente inocente que foi preso simplesmente para se manter um status quo político na região onde morava. Foi a forma encontrada pelo governo inglês de punir e mostrar aos irlandeses que qualquer ato de subversão seria punido com rigor. O problema básico é que ele era inocente, um fato que foi propositalmente ignorado pelas autoridades britânicas. Um completo absurdo do ponto de vista jurídico. Daniel Day-Lewis como sempre brilha em sua interpretação. Seu inspirado trabalho em cena lhe valeu a indicação ao Oscar de Melhor Ator naquele ano mas infelizmente ele não levou (o que desagradou parte da crítica que apostava em seu prêmio). Emma Thompson também foi indicada de forma merecida mas também não levou. Na época muito se disse que houve influência do governo inglês para que o filme não fosse consagrado pela Academia (a produção no total foi indicada a sete estatuetas, incluindo direção, roteiro e filme mas acabou não sendo premiada em nenhum). Agora surge uma ótima oportunidade de conferir novamente esse belo filme que tanto do ponto de vista político como artístico é uma verdadeira obra prima.
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de abril de 2014
Closer - Perto Demais
Título no Brasil: Closer - Perto Demais
Título Original: Closer
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Patrick Marber
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Clive Owen, Julia Roberts
Sinopse:
O complicado relacionamento envolvendo dois casais em uma cidade moderna dos Estados Unidos nos dias atuais. O que parecia algo estável se torna explosivo quando o interesse entre eles ultrapassa as fronteiras das relações da cada casal.
Comentários:
Closer é muito bom porque mostra o natural desgaste que sofre relacionamentos amorosos com o tempo. A mulher já não é tão mais atraente como antes, os homens revelam pequenas manias que enfurecem elas e por aí vai. O destaque no elenco vai obviamente para a personagem de Natalie Portman, uma garota bonita que ganha a vida explorando seus dotes femininos. Sua imagem com a peruca rosa de stripper já entrou para a galeria de figurinos inesquecíveis da cultura pop. Junte-se a isso a excelente trilha sonora e o roteiro, muito bem escrito por sinal, e você entenderá porque Closer é considerado um dos melhores filmes sobre relacionamentos amorosos lançados nos últimos anos Além disso esse filme é basicamente sobre relacionamentos. Por isso ele é mais indicado para as mulheres porque as mulheres adoram discutir sobre seus relacionamentos (os seus e os dos outros também!). Homens gostam mesmo é de assistir TV tomando cerveja e ficar falando mal do técnico de seu time de futebol! Provavelmente 99% dos homens não gostarão de Closer porque esse filme, como eu disse, é sobre o envolvimento de duas pessoas, coisa que geralmente só interessa a uma delas, a mulher! Mesmo assim, com essa visão um pouco sarcástica demais, eu acho o filme acima da média. Claro que ajuda muito as generosas cenas de nudez parcial da Portman mas ignore isso e assista pelas qualidades cinematográficas de Closer, afinal isso é apenas a opinião de mais um homem
Pablo Aluísio.
Título Original: Closer
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Patrick Marber
Elenco: Natalie Portman, Jude Law, Clive Owen, Julia Roberts
Sinopse:
O complicado relacionamento envolvendo dois casais em uma cidade moderna dos Estados Unidos nos dias atuais. O que parecia algo estável se torna explosivo quando o interesse entre eles ultrapassa as fronteiras das relações da cada casal.
Comentários:
Closer é muito bom porque mostra o natural desgaste que sofre relacionamentos amorosos com o tempo. A mulher já não é tão mais atraente como antes, os homens revelam pequenas manias que enfurecem elas e por aí vai. O destaque no elenco vai obviamente para a personagem de Natalie Portman, uma garota bonita que ganha a vida explorando seus dotes femininos. Sua imagem com a peruca rosa de stripper já entrou para a galeria de figurinos inesquecíveis da cultura pop. Junte-se a isso a excelente trilha sonora e o roteiro, muito bem escrito por sinal, e você entenderá porque Closer é considerado um dos melhores filmes sobre relacionamentos amorosos lançados nos últimos anos Além disso esse filme é basicamente sobre relacionamentos. Por isso ele é mais indicado para as mulheres porque as mulheres adoram discutir sobre seus relacionamentos (os seus e os dos outros também!). Homens gostam mesmo é de assistir TV tomando cerveja e ficar falando mal do técnico de seu time de futebol! Provavelmente 99% dos homens não gostarão de Closer porque esse filme, como eu disse, é sobre o envolvimento de duas pessoas, coisa que geralmente só interessa a uma delas, a mulher! Mesmo assim, com essa visão um pouco sarcástica demais, eu acho o filme acima da média. Claro que ajuda muito as generosas cenas de nudez parcial da Portman mas ignore isso e assista pelas qualidades cinematográficas de Closer, afinal isso é apenas a opinião de mais um homem
Pablo Aluísio.
Guerra dos Mundos
Título no Brasil: Guerra dos Mundos
Título Original: War of the Worlds
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Josh Friedman, David Koepp
Elenco: Tom Cruise, Dakota Fanning, Tim Robbins
Sinopse:
Um pai e seus dois filhos tentam sobreviver a um evento de repercussão catastrófica: a invasão de uma raça alienígena contra a Terra! Dotados de tecnologia avançada e destrutiva os ETs chegam ao nosso planeta sedentos por recursos naturais. Para isso precisam antes eliminar toda a humanidade. Indicado ao Oscar nas categorias Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Via de regra odeio remakes e quando são de clássicos do cinema odeio ainda mais, porém nesse caso tenho que dar o braço a torcer. Essa refilmagem não ficou ruim, pelo contrário, Spielberg, como grande fã do universo Sci-fi, procurou ser respeitoso ao filme original, apenas reforçando o relacionamento entre pai e filha e claro, colocando o que havia de melhor em termos de tecnologia digital para embelezar a produção. Quando esse remake foi anunciado a primeira coisa que me veio à mente foi que não iria funcionar, pois o enredo original seria considerado inocente e bobo demais para os dias de hoje. Nos anos 50, com a paranoia anticomunista e nuclear na ordem do dia a coisa toda era muito mais bem aceita pelo público, já nos dias cínicos que correm dificilmente aconteceria a mesma simbiose entre filme e público. Bom, Spielberg não é um dos maiores gênios do cinema à toa. Ele soube muito bem amenizar os aspectos mais ultrapassados do enredo para se concentrar na tensão e no suspense. Acertou em cheio. O resultado é um caso raro de remake de ficção que realmente vale a pena ser prestigiado e o melhor, com o selo de qualidade do genial Steven Spielberg.
Pablo Aluísio.
Título Original: War of the Worlds
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Josh Friedman, David Koepp
Elenco: Tom Cruise, Dakota Fanning, Tim Robbins
Sinopse:
Um pai e seus dois filhos tentam sobreviver a um evento de repercussão catastrófica: a invasão de uma raça alienígena contra a Terra! Dotados de tecnologia avançada e destrutiva os ETs chegam ao nosso planeta sedentos por recursos naturais. Para isso precisam antes eliminar toda a humanidade. Indicado ao Oscar nas categorias Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Via de regra odeio remakes e quando são de clássicos do cinema odeio ainda mais, porém nesse caso tenho que dar o braço a torcer. Essa refilmagem não ficou ruim, pelo contrário, Spielberg, como grande fã do universo Sci-fi, procurou ser respeitoso ao filme original, apenas reforçando o relacionamento entre pai e filha e claro, colocando o que havia de melhor em termos de tecnologia digital para embelezar a produção. Quando esse remake foi anunciado a primeira coisa que me veio à mente foi que não iria funcionar, pois o enredo original seria considerado inocente e bobo demais para os dias de hoje. Nos anos 50, com a paranoia anticomunista e nuclear na ordem do dia a coisa toda era muito mais bem aceita pelo público, já nos dias cínicos que correm dificilmente aconteceria a mesma simbiose entre filme e público. Bom, Spielberg não é um dos maiores gênios do cinema à toa. Ele soube muito bem amenizar os aspectos mais ultrapassados do enredo para se concentrar na tensão e no suspense. Acertou em cheio. O resultado é um caso raro de remake de ficção que realmente vale a pena ser prestigiado e o melhor, com o selo de qualidade do genial Steven Spielberg.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Orquídea Selvagem
Título no Brasil: Orquídea Selvagem
Título Original: Wild Orchid
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures, Vision PDG
Direção: Zalman King
Roteiro: Zalman King, Patricia Louisianna Knop
Elenco: Mickey Rourke, Carré Otis, Jacqueline Bisset
Sinopse:
A advogada Emily Reed (Carré Otis) vem ao Brasil para cuidar de assuntos profissionais e se vê entrando cada vez mais numa rede de sensualidade e sedução, se envolvendo perigosamente com o misterioso (mas charmoso) milionário e excêntrico americano James Wheeler (Mickey Rourke). Filme indicado ao Framboesa de Ouro nas categorias Pior Ator (Mickey Rourke) e Pior Revelação Feminina (Carré Otis).
Comentários:
Tentativa muito mal sucedida de reprisar o sucesso de “Nove Semanas e Meia de Amor”. Aqui Rourke se une ao roteirista do filme de Adrian Lyne, Zalman King, para voltar ao velho argumento de erotismo do filme anterior, só que dessa vez usando da sensualidade tropical do Brasil. A produção foi rodada principalmente na Bahia e no Rio de Janeiro, onde Rourke criou todo tipo de atrito com a imprensa local. O ator não quis falar com jornalistas e esnobou convites para vários eventos sociais. Para piorar se envolveu em brigas com alguns membros da equipe. Mickey Rourke, ao que parece, havia passado por uma cirurgia plástica mal sucedida e estava particularmente mal humorado durante as filmagens. O calor e o assédio também não ajudaram em nada. O único lado bom foi que desfrutou bastante do país, andando de moto Harley-Davidson, aproveitando as praias e as belezas naturais das locações. Também procurou ser gentil com os brasileiros que encontrava pelo caminho (pelo visto sua aversão foi única e exclusivamente contra jornalistas e não o povo em geral). A atriz cult Jacqueline Bisset também estava no elenco mas longe das cenas mais sensuais. Sua personagem não tinha a menor importância dentro do fraco roteiro e sua atuação se mostrava negligente.
Diante de tantos problemas não é de se admirar que não tenha se tornado sucesso de bilheteria. De certa forma foi até mesmo ignorado no exterior, só alcançando um pouco de repercussão aqui mesmo no Brasil, onde fez bonito nas salas de cinema e depois no mercado de vídeo VHS. Mickey Rourke sempre conseguia bons números aqui no Brasil onde seus filmes sempre eram bem recebidos pelo público. Um exemplo era o próprio “Nove Semanas e Meia de Amor” que ficou em cartaz anos a fio em São Paulo, se transformando em um verdadeiro cult movie. Já “Orquídea Selvagem” teve resultados bons mas bem mais modestos. A verdade é que o filme em si também não ajuda. O roteiro é sem foco, disperso e cheio de furos. Não há uma boa estória e o personagem de Rourke é vazio e sem propósito. Nem a bonita presença de Jacquelne Bisset salva o filme de ser o primeiro grande abacaxi da carreira de Mickey Rourke. Esse pelo menos parece ter encontrado algo de bom nas filmagens pois se apaixonou por Carré Otis, a modelo que era sua partner nas cenas mais sensuais. Anos depois se casaria com ela mas o casamento não duraria pois se divorciaria no meio de um grande escândalo envolvendo inclusive acusações de agressão doméstica contra ele. Rourke foi preso e devidamente fichado pela Polícia de Los Angeles. Enfim, histórias sobre o filme não faltam, o que falta mesmo é qualidade cinematográfica dessa produção erótica de baixa carga sensual.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wild Orchid
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures, Vision PDG
Direção: Zalman King
Roteiro: Zalman King, Patricia Louisianna Knop
Elenco: Mickey Rourke, Carré Otis, Jacqueline Bisset
Sinopse:
A advogada Emily Reed (Carré Otis) vem ao Brasil para cuidar de assuntos profissionais e se vê entrando cada vez mais numa rede de sensualidade e sedução, se envolvendo perigosamente com o misterioso (mas charmoso) milionário e excêntrico americano James Wheeler (Mickey Rourke). Filme indicado ao Framboesa de Ouro nas categorias Pior Ator (Mickey Rourke) e Pior Revelação Feminina (Carré Otis).
Comentários:
Tentativa muito mal sucedida de reprisar o sucesso de “Nove Semanas e Meia de Amor”. Aqui Rourke se une ao roteirista do filme de Adrian Lyne, Zalman King, para voltar ao velho argumento de erotismo do filme anterior, só que dessa vez usando da sensualidade tropical do Brasil. A produção foi rodada principalmente na Bahia e no Rio de Janeiro, onde Rourke criou todo tipo de atrito com a imprensa local. O ator não quis falar com jornalistas e esnobou convites para vários eventos sociais. Para piorar se envolveu em brigas com alguns membros da equipe. Mickey Rourke, ao que parece, havia passado por uma cirurgia plástica mal sucedida e estava particularmente mal humorado durante as filmagens. O calor e o assédio também não ajudaram em nada. O único lado bom foi que desfrutou bastante do país, andando de moto Harley-Davidson, aproveitando as praias e as belezas naturais das locações. Também procurou ser gentil com os brasileiros que encontrava pelo caminho (pelo visto sua aversão foi única e exclusivamente contra jornalistas e não o povo em geral). A atriz cult Jacqueline Bisset também estava no elenco mas longe das cenas mais sensuais. Sua personagem não tinha a menor importância dentro do fraco roteiro e sua atuação se mostrava negligente.
Diante de tantos problemas não é de se admirar que não tenha se tornado sucesso de bilheteria. De certa forma foi até mesmo ignorado no exterior, só alcançando um pouco de repercussão aqui mesmo no Brasil, onde fez bonito nas salas de cinema e depois no mercado de vídeo VHS. Mickey Rourke sempre conseguia bons números aqui no Brasil onde seus filmes sempre eram bem recebidos pelo público. Um exemplo era o próprio “Nove Semanas e Meia de Amor” que ficou em cartaz anos a fio em São Paulo, se transformando em um verdadeiro cult movie. Já “Orquídea Selvagem” teve resultados bons mas bem mais modestos. A verdade é que o filme em si também não ajuda. O roteiro é sem foco, disperso e cheio de furos. Não há uma boa estória e o personagem de Rourke é vazio e sem propósito. Nem a bonita presença de Jacquelne Bisset salva o filme de ser o primeiro grande abacaxi da carreira de Mickey Rourke. Esse pelo menos parece ter encontrado algo de bom nas filmagens pois se apaixonou por Carré Otis, a modelo que era sua partner nas cenas mais sensuais. Anos depois se casaria com ela mas o casamento não duraria pois se divorciaria no meio de um grande escândalo envolvendo inclusive acusações de agressão doméstica contra ele. Rourke foi preso e devidamente fichado pela Polícia de Los Angeles. Enfim, histórias sobre o filme não faltam, o que falta mesmo é qualidade cinematográfica dessa produção erótica de baixa carga sensual.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Grey Gardens
Título no Brasil: Grey Gardens
Título Original: Grey Gardens
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Michael Sucsy
Roteiro: Michael Sucsy, Patricia Rozema
Elenco: Drew Barrymore, Jessica Lange, Jeanne Tripplehorn
Sinopse:
Mãe e filha vivem abandonadas em uma antiga casa caindo aos pedaços em um balneário para ricaços no Estado de Nova Iorque. Sua rotina muda com a chegada de uma equipe de documentaristas que desejam filmar a rotina e o cotidiano delas. Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme para a TV e de melhor atriz para Drew Barrymore. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor atriz para Jessica Lange.
Comentários:
Filme muito sensível e humano que foi baseado em um documentário que mostrava a realidade de duas mulheres, mãe e filha, que viviam isoladas e abandonadas numa antiga casa em East Hampton, um balneário para ricaços no Estado de Nova Iorque. Acontece que ambas eram de famílias ricas mas que se encontravam em completa miséria após o patriarca perder tudo na quebra da bolsa em 1929. Depois de sua morte ficaram as duas completamente esquecidas e abandonadas à própria sorte na outrora elegante casa. Vivendo com o antigo glamour de um tempo passado as duas ainda mantinham aquela superioridade típica de pessoas ricas embora há muito tivessem perdido tudo. Para completar o quadro surreal ambas eram parentes da primeira-dama dos Estados Unidos, Jacqueline Kennedy. O filme mostra as filmagens do documentário original, quando elas ficaram conhecidas do grande público. O embaraço foi tão grande que Jacqueline mandou realizar uma reforma completa na casa que estava caindo aos pedaços.
Baseado em fatos reais esse telefilme é muito interessante porque é realmente de cortar o coração. Mostra a realidade das pessoas que foram abandonadas, esquecidas, colocadas de lado. Também é um belo retrato da hipocrisia humana ao mostrar a verdadeira face de certos “amigos” que conhecemos ao longo da vida. Enquanto eram ricas e poderosas mãe e filha eram constantemente visitadas por seus parentes e conhecidos. Depois que ficaram na ruína foram solenemente esquecidas, deixadas no ostracismo, vivendo no meio do lixo que se transforma a casa. Os personagens, ricos em personalidade e carisma, certamente são um presente para qualquer atriz. Aqui se sobressaem de forma sublime Drew Barrymore e Jessica Lange. Drew interpreta a filha, uma pessoa que vive em um mundo próprio, sonhando um dia se tornar uma estrela famosa na Broadway. Já Lange faz a mãe, uma pessoa idosa que constantemente puxa briga com sua filha. Jéssica Lange está maravilhosa no papel de idosa, pois seu personagem é bem mais velha do que ela própria. Drew também surpreende ao fazer a filha meio amalucada mas muito sensível e carismática. No saldo final “Grey Gardens” é muito superior a muito filme de cinema por aí. Roteiro sensível, profundo e bem estruturado que realmente mexe com o espectador. Especialmente indicado para pessoas sensíveis e emocionais.
Pablo Aluísio.
Título Original: Grey Gardens
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Michael Sucsy
Roteiro: Michael Sucsy, Patricia Rozema
Elenco: Drew Barrymore, Jessica Lange, Jeanne Tripplehorn
Sinopse:
Mãe e filha vivem abandonadas em uma antiga casa caindo aos pedaços em um balneário para ricaços no Estado de Nova Iorque. Sua rotina muda com a chegada de uma equipe de documentaristas que desejam filmar a rotina e o cotidiano delas. Vencedor do Globo de Ouro de melhor filme para a TV e de melhor atriz para Drew Barrymore. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor atriz para Jessica Lange.
Comentários:
Filme muito sensível e humano que foi baseado em um documentário que mostrava a realidade de duas mulheres, mãe e filha, que viviam isoladas e abandonadas numa antiga casa em East Hampton, um balneário para ricaços no Estado de Nova Iorque. Acontece que ambas eram de famílias ricas mas que se encontravam em completa miséria após o patriarca perder tudo na quebra da bolsa em 1929. Depois de sua morte ficaram as duas completamente esquecidas e abandonadas à própria sorte na outrora elegante casa. Vivendo com o antigo glamour de um tempo passado as duas ainda mantinham aquela superioridade típica de pessoas ricas embora há muito tivessem perdido tudo. Para completar o quadro surreal ambas eram parentes da primeira-dama dos Estados Unidos, Jacqueline Kennedy. O filme mostra as filmagens do documentário original, quando elas ficaram conhecidas do grande público. O embaraço foi tão grande que Jacqueline mandou realizar uma reforma completa na casa que estava caindo aos pedaços.
Baseado em fatos reais esse telefilme é muito interessante porque é realmente de cortar o coração. Mostra a realidade das pessoas que foram abandonadas, esquecidas, colocadas de lado. Também é um belo retrato da hipocrisia humana ao mostrar a verdadeira face de certos “amigos” que conhecemos ao longo da vida. Enquanto eram ricas e poderosas mãe e filha eram constantemente visitadas por seus parentes e conhecidos. Depois que ficaram na ruína foram solenemente esquecidas, deixadas no ostracismo, vivendo no meio do lixo que se transforma a casa. Os personagens, ricos em personalidade e carisma, certamente são um presente para qualquer atriz. Aqui se sobressaem de forma sublime Drew Barrymore e Jessica Lange. Drew interpreta a filha, uma pessoa que vive em um mundo próprio, sonhando um dia se tornar uma estrela famosa na Broadway. Já Lange faz a mãe, uma pessoa idosa que constantemente puxa briga com sua filha. Jéssica Lange está maravilhosa no papel de idosa, pois seu personagem é bem mais velha do que ela própria. Drew também surpreende ao fazer a filha meio amalucada mas muito sensível e carismática. No saldo final “Grey Gardens” é muito superior a muito filme de cinema por aí. Roteiro sensível, profundo e bem estruturado que realmente mexe com o espectador. Especialmente indicado para pessoas sensíveis e emocionais.
Pablo Aluísio.
Harry & Sally - Feitos um Para o Outro
Título no Brasil: Harry & Sally - Feitos um Para o Outro
Título Original: When Harry Met Sally
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tri Star
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher
Sinopse:
O filme acompanha a amizade de Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan). Passando por vários relacionamentos fracassados eles finalmente entendem após muitos anos que foram realmente feitos um para o outro.
Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi o maior nome das chamadas comédias românticas. Fazendo sempre o mesmo papel, basicamente da namoradinha da América, ela foi colecionando um sucesso após o outro. Bonita e simpática, com aquele jeito de paixão do colégio, ela encantou o público em geral. Um de seus maiores êxitos de bilheteria foi esse simpático “Harry & Sally” que procurava mostrar em seu enredo a amizade de um homem e uma mulher que após longos anos descobrem que são, como diz o título nacional, feitos um para o outro. Não há segredo nesse tipo de argumento. De certa forma o filme mostra que é simplesmente impossível ocorrer uma amizade sincera entre um homem e uma mulher se algum deles se sente atraído pelo outro. Embora muitas mulheres não aceitem esse tipo de pensamento a realidade dos fatos mostra justamente isso. No caso desse filme a atração é sentida desde o início por Harry (Billy Crystal, o eterno apresentador da cerimônia da Academia). Embora ele seja apaixonado por Sally, resolve com medo de perder sua amizade, esconder seus verdadeiros sentimentos. Enquanto Sally vai colecionando um relacionamento fracassado atrás do outro, Harry segue ali ao seu lado, fiel como um cãozinho de estimação. Muita gente obviamente se identificou com o roteiro, que bem escrito, jamais parte para soluções fáceis, realmente desenvolvendo muito bem os personagens principais. É no fundo uma situação até bem comum que acontece no dia a dia de várias pessoas.
O filme foi realizado pelo cineasta Rob Reiner que teve sensibilidade em deixar a estória fluir da forma mais natural possível. De certa forma repete a sensibilidade que já tinha mostrado em “Conta Comigo”, produção nostálgica que encantou a muitos na década de 80, se repete aqui. “Harry & Sally” sempre é lembrado também por causa da famosa cena do orgasmo feminino. Sally (Meg Ryan) resolve demonstrar a Harry (Billy Crystal) como é simples e fácil fingir um orgasmo. Então ali mesmo, na mesa de um restaurante, começa a imitar os sons típicos do que seria uma mulher chegando ao êxtase sexual. Simplesmente hilário e ao mesmo tempo revelador, principalmente para aqueles que pensam que são o supra sumo entre os lençóis. Ah as mulheres e suas armas de sedução! Pobres homens indefesos! Enfim fica a dica de “Harry & Sally”, uma comédia romântica deliciosa que certamente vai agradar não apenas a elas mas a eles também!
Pablo Aluísio.
Título Original: When Harry Met Sally
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tri Star
Direção: Rob Reiner
Roteiro: Nora Ephron
Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher
Sinopse:
O filme acompanha a amizade de Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan). Passando por vários relacionamentos fracassados eles finalmente entendem após muitos anos que foram realmente feitos um para o outro.
Comentários:
Nas décadas de 80 e 90 a atriz Meg Ryan foi o maior nome das chamadas comédias românticas. Fazendo sempre o mesmo papel, basicamente da namoradinha da América, ela foi colecionando um sucesso após o outro. Bonita e simpática, com aquele jeito de paixão do colégio, ela encantou o público em geral. Um de seus maiores êxitos de bilheteria foi esse simpático “Harry & Sally” que procurava mostrar em seu enredo a amizade de um homem e uma mulher que após longos anos descobrem que são, como diz o título nacional, feitos um para o outro. Não há segredo nesse tipo de argumento. De certa forma o filme mostra que é simplesmente impossível ocorrer uma amizade sincera entre um homem e uma mulher se algum deles se sente atraído pelo outro. Embora muitas mulheres não aceitem esse tipo de pensamento a realidade dos fatos mostra justamente isso. No caso desse filme a atração é sentida desde o início por Harry (Billy Crystal, o eterno apresentador da cerimônia da Academia). Embora ele seja apaixonado por Sally, resolve com medo de perder sua amizade, esconder seus verdadeiros sentimentos. Enquanto Sally vai colecionando um relacionamento fracassado atrás do outro, Harry segue ali ao seu lado, fiel como um cãozinho de estimação. Muita gente obviamente se identificou com o roteiro, que bem escrito, jamais parte para soluções fáceis, realmente desenvolvendo muito bem os personagens principais. É no fundo uma situação até bem comum que acontece no dia a dia de várias pessoas.
O filme foi realizado pelo cineasta Rob Reiner que teve sensibilidade em deixar a estória fluir da forma mais natural possível. De certa forma repete a sensibilidade que já tinha mostrado em “Conta Comigo”, produção nostálgica que encantou a muitos na década de 80, se repete aqui. “Harry & Sally” sempre é lembrado também por causa da famosa cena do orgasmo feminino. Sally (Meg Ryan) resolve demonstrar a Harry (Billy Crystal) como é simples e fácil fingir um orgasmo. Então ali mesmo, na mesa de um restaurante, começa a imitar os sons típicos do que seria uma mulher chegando ao êxtase sexual. Simplesmente hilário e ao mesmo tempo revelador, principalmente para aqueles que pensam que são o supra sumo entre os lençóis. Ah as mulheres e suas armas de sedução! Pobres homens indefesos! Enfim fica a dica de “Harry & Sally”, uma comédia romântica deliciosa que certamente vai agradar não apenas a elas mas a eles também!
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)