sábado, 25 de fevereiro de 2012

Nunca Fui Santa

Título no Brasil: Nunca Fui Santa
Título Original: Bus Stop
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joshua Logan
Roteiro: George Alverod
Elenco: Marilyn Monroe, Don Murray, Atthur O´Connell, Betty Field, Eileen Heckart, Hope Lange

Sinopse:
Baseado na peça teatral escrita por William Inge, o filme "Nunca Fui Santa" conta a história de Cherie (Marilyn Monroe). Ela é uma cantora de bares e cabarés que conhece o caipira e peão de rodeios Bo (Don Murray). Ele se apaixona imediatamente por ela e deseja que Cherie venha para Montana para viver ao seu lado numa bela fazenda, onde pretende se casar e constituir uma família, mas ela não está tão certa sobre isso. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Don Murray). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Atriz (Marilyn Monroe).

Comentários:
Um filme de transição dentro da filmografia de Marilyn Monroe. Assim que voltou de Nova Iorque ela exigiu melhores roteiros e melhores papéis para si. Marilyn havia brigado com a Fox, brigado com os produtores e estava bem insatisfeita com os filmes que a Fox lhe indicava. Assim ela fundou sua própria produtora e disse para a imprensa que não mais faria personagens de loiras burras (as mesmas que a tinham consagrado no passado). Depois disso foi para Nova Iorque e se matriculou no Actors Studio. Obviamente a Fox ficou em pânico com medo de perder sua estrela de maior bilheteria. Negociações foram feitas e Marilyn conseguiu maior controle de seus filmes. Disse para a imprensa que não faria mais comédias bobas. O irônico disso tudo é que depois de toda essa confusão Marilyn acabou estrelando justamente esse "Nunca Fui Santa" onde ela interpretava uma personagem muito parecida com as demais, em mais uma comédia romântica (embora houvesse também pinceladas de drama dentro do roteiro).

Tenho que dar o braço a torcer e dizer que apesar de "Nunca Fui Santa" ser uma comédia até banal, nessa vez pelo menos Marilyn se esforçou muito para dar ao público uma interpretação melhor. Ela faz caras e bocas nas cenas mais "dramáticas". O problema é que seu estilo está em total descompasso com seu parceiro de cena, o ator Don Murray, que parece estar em um filme dos três patetas. Enquanto ele é totalmente caricatural, Marilyn parece estar em um dramalhão de Douglas Sirk! Desnecessário dizer que o resultado final fica mesmo confuso. Apesar disso gostei do filme, pois é o roteiro é bem feito e rápido (pouco mais de 90 minutos), com boas cenas externas e um ato final que lembra bastante a linguagem puramente teatral (quando eles param na tal parada de ônibus que dá nome ao título original). Por fim uma curiosidade: Marilyn parece drogada em várias cenas - mas pelo menos nesse caso o roteiro serve de desculpa (já que ela estaria supostamente com sono por não dormir à noite).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Academia de Gênios

Título no Brasil: Academia de Gênios
Título Original: Real Genius
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Tri-Star
Direção: Martha Coolidge
Roteiro: Neal Israel, Pat Proft
Elenco: Val Kilmer, Gabriel Jarret, Michelle Meyrink, William Atherton, Jon Gries, Patti D'Arbanville

Sinopse:
Gênios adolescentes lidam com suas habilidades enquanto desenvolvem um laser de alta potência para um projeto universitário. Quando seu professor pretende transformar seu trabalho em uma arma militar, eles decidem arruinar seus planos.

Comentários:
Se não foi o primeiro filme da carreira do Val Kilmer, certamente foi um dos primeiros. Ele bem jovem interpretava esse garoto de universidade, jovem nerd, que ao lado de amigos descobria mais uma função para o raio laser. Comédia bem anos 80, brincando com o projeto "Guerra nas Estrelas" do governo Reagan, que aliás nunca saiu do papel e da propaganda do partido republicano. É uma comédia divertida, mas que em certos momentos se tenta levar à sério demais (erro absoluto em se tratando de filmes assim). Eu assisti na época, mas poucas vezes (provalmente uma única vez). Por isso não me lembro muito, mesmo assim deixo a referência aqui no blog.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Dirty Movie

Depois de rever "Clube dos Cafajestes" eu procurei pela turma do National Lampoon nos dias de hoje. Será que ainda estariam na ativa? Acabei achando o último filme feito e produzido pela revista, chamado "National Lampoon´s Dirty Movie". Não há necessariamente um roteiro aqui - tudo se resume em um produtor picareta que deseja realizar um filme sem estória, sem roteiro, nem nada, apenas uma sucessão de piadas sujas e politicamente incorretas. Conforme ele vai tentando realizar o filme as tais piadas vão surgindo na tela. Nada escapa dessas piadas, os principais alvos são obviamente negros, gays, judeus, padres, pedófilos e loiras. Para evitar processos a turma do National Lampoon colocou todas essa anedotas racistas, homofóbicas e religiosas na boca de seus personagens. No fritar dos ovos o que importa saber é se o filme tem graça. Infelizmente apenas em termos. 

Algumas piadinhas são divertidas, não há como negar, mas outras são inevitavelmente sem graça nenhuma. Ao que parece os dias de "Clube dos Cafajestes" e "Férias Frustradas" ficaram definitivamente para trás. Não é para menos uma vez que não existe mais nenhum redator da trupe original. O auge dessa revista aconteceu justamente no final da década de 70 e começo dos anos 80. Depois com o sucesso dos filmes todos acabaram deixando a publicação. A revista sobreviveu mas o bom humor já não está mais tão criativo e inteligente. Aqui percebemos nitidamente o uso exagerado, escatológico mesmo, de textos que apelam muito para fazer rir. Não é por aí. "Dirty Movie" deixa muito a desejar. O que nos resta é torcer para que algum dia a "National Lampoon" volte a ser tão divertida como um dia foi.  

National Lampoon´s Dirty Movie (Idem, Estados Unidos, 2011) Direção: Jerry Daigle, Christopher Meloni / Roteiro: Alan Donnes, Tanner Colby / Elenco: Christopher Meloni, Mario Cantone, Emily Donahoe, Diane Neal, Stylist B. / Sinopse: Produtor picareta deseja fazer um filme apenas com piadas sujas sobre negros, padres, judeus e gays. Para conseguir seu objetivo terá que convencer um diretor politicamente correto a fazer o filme. 

Pablo Aluísio.

13 - O Jogador

Vamos aos fatos: quando esse filme foi anunciado eu pensei sinceramente que fosse uma tremenda porcaria. Bom, as aparências enganam. Como fui com expectativas baixas acabei me surpreendendo de forma positiva. Eu pensei de forma equivocada que a simples presença de Jason Statham no elenco já qualificaria o filme como mais uma de suas fitas de pura ação sem cérebro. Estava errado. O filme é um thriller rápido mas envolvente que mostra um tenebroso torneio de roleta russa no submundo de Chicago. Grande parte do filme realmente gira em torno da tal "competição" e por isso muitos bons atores que estão no filme realmente não tem grande coisa a fazer em cena. Mickey Rourke, por exemplo, pouco acrescenta, não passando de um coadjuvante de luxo. Mais deformado do que o habitual o ator novamente desfila sua coleção de roupas e acessórios bizarros e apesar de seu personagem prometer muitos nas cenas iniciais não se desenvolve, desaparecendo sem alarde no terceiro ato do filme, o que não deixa de ser algo decepcionante do roteiro. 

Para quem gosta de seriados, duas surpresas: as presenças de David Zayas (de Dexter) e Alexander Skarsgård (o vampiro de True Blood). Ben Gazarra, muito envelhecido, também dá o ar da graça assim como o rapper 50 Cent (que é péssimo ator). Enfim, o filme é bom apesar disso e tem um final realista e cruel que acrescenta muitos pontos em seu saldo final. Vale a pena conferir.  

13 - O Jogador (13, Estados Unidos, 2010) Direção: Géla Babluani / Roteiro: Géla Babluani, Greg Pruss / Elenco: Jason Statham, Mickey Rourke, Sam Riley, Alice Barrett, Gaby Hoffmann / Sinopse: No submundo de Chicago um grupo de pessoas disputam um torneio de roleta russa ilegal. O vencedor será o sobrevivente, o último a ficar de pé, vivo.  

Pablo Aluísio.

Lockout

Numa estação espacial transformada em prisão de segurança máxima um grupo de prisioneiros de alta periculosidade inicia uma rebelião exigindo sua liberdade e volta para a terra. Entre os reféns estão guardas, cientistas, funcionários e... a filha do presidente dos Estados Unidos. Para libertá-la o governo americano envia Snow (Guy Pearce) um ex-militar com treinamento altamente especializado. "Lockout" nasceu de uma idéia original do cineasta Luc Besson. Quem o conhece já sabe de antemão o que irá encontrar nesse filme. A produção tem ritmo alucinante, muita ação incessante e todos os clichês que você já viu em centenas de filmes de prisão antes. O único diferencial aqui é a prisão que está em órbita e os prisioneiros que são mantidos numa espécie de congelamento até o fim do cumprimento de suas penas. O clima high tech se completa pela própria prisão em si, fortemente armada e mais parecendo uma nave espacial da franquia Aliens. Snow, o personagem de Guy Pearce, faz o estilo durão espirituoso, enquanto distribui suas bordoadas e tiros vai sacando uma piadinha irônica atrás da outra, como nos filmes de ação da década de 1980. 

A atriz que contracena com Pearce, fazendo o papel da filha do presidente dos EUA, é a bonita Maggie Grace, que mais parece uma Charlize Theron mais jovem. Ela não tem muito o que fazer em cena além de correr, pular e atirar mas até que não se sai mal no final das contas. Além de bonita também é carismática. Embora seja um projeto de Luc Besson ele não assina a direção. Aliás o cineasta ultimamente tem preferido colocar outros diretores para levar em frente suas idéias. Como virou figurinha fácil em jurís de festivais de cinema mundo afora não cairia bem a ele assinar um filme como esse, de pura ação e pancadaria, até porque ele quer mesmo é posar de cineasta de arte, culto, intelectual e todas essas coisas (embora não se furte em ganhar dinheiro com produções bem comerciais como essa). Assim "Lockout" foi dirigido pela dupla James Mether e Stephen St. Leger, ambos sem filmes de maior expressão no currículo. Dentro da proposta do filme até que não se saem mal. A produção, embora com orçamento bem modesto, consegue lidar bem com o tema que naturalmente exige muitos efeitos digitais. Eles estão lá certamente, são corretos e não fazem feio (embora também não consigam encher os olhos do espectador). No saldo final o filme consegue entreter sem maiores pretensões. O roteiro tem muitos clichês, isso é certo, mas até que dribla bem esse problema. Se você estiver interessado em assistir um filme de prisão diferente, com todo mundo no espaço, pode até ser uma boa pedida. 

Lockout - Sequestro no Espaço (Lockout, Estados Unidos / França, 2012) Direção: James Mather, Stephen St. Leger / Roteiro: Luc Besson, Stephen St. Leger, James Mather / Elenco: Guy Pearce, Maggie Grace, Peter Stormare / Sinopse: Numa estação espacial transformada em prisão de segurança máxima um grupo de prisioneiros de alta periculosidade inicia uma rebelião exigindo sua liberdade e volta para a terra. Entre os reféns estão guardas, cientistas, funcionários e... a filha do presidente dos Estados Unidos. Para libertá-la o governo americano envia Snow (Guy Pierce) um ex-militar com treinamento altamente especializado.  

Pablo Aluísio.

Tango & Cash

Raymond Tango (Sylvester Stallone) e Gabriel Cash (Kurt Russell) são dois policiais que trabalham numa investigação que tem como alvo o crime organizado. Incrimados por envolvimento nessa rede criminosa eles terão que lutar para limpar seus nomes novamente. Revi hoje Tango & Cash. Seguramente fazia uns bons dez anos que tinha visto pela última vez. Na minha opinião continua divertido. É um filme que de certa forma auto ironiza o próprio gênero a que pertence - a dos filmes de ação dos anos 80. Está tudo lá, os tiroteios, as cenas inverossímeis, os vilãos caricaturais e as famosas piadinhas no meio da troca de tiros (algumas piadinhas aqui, devo confessar, são muito boas). A sensação que tive ao rever Tango & Cash foi que a intenção de seus realizadores era mesmo de inaugurar uma nova franquia na carreira de Stallone. Obviamente que o filme bebe diretamente da fonte de "Máquina Mortifera", pois aqui também temos a dupla de tiras formada por pessoas bem opostas (Stallone interpreta Tango, bem vestido, metido a intelectual e Russell faz Cash, policial porra louca ao estilo do personagem de Mel Gibson onde até os cabelos são iguais). 

Mas ao contrário de "Máquina Mortífera" "Tango & Cash" jamais se leva à sério e não tem preocupações em desenvolver os personagens principais. Na realidade tudo é mero pretexto para a ação pura e simples. De certa forma esse talvez seja o principal problema do filme. Ao vermos Stallone e Russell trocando farpas e ironias entre si percebemos que se a amizade deles fosse melhor desenvolvida certamente teríamos um filme melhor. Outro que é desperdiçado em cena é o grande Jack Palance. Seu personagem, o vilão, é sem conteúdo. É só um cara mau fazendo maldades e nada mais. Deveriam ter aproveitado um pouco melhor sua presença em cena. Enfim, "Tango & Cash" é um filme de ação escapista, feito para divertir e nada mais. Como não foi muito bem nas bilheterias não houve mais continuações com a dupla, uma pena, pois provavelmente esses personagens poderiam ser melhor desenvolvidos em continuações.  

Tango & Cash (Tango e Cash, Estados Unidos, 1989) Direção: Andrey Konchalovskiy / Roteiro: Randy Feldman / Elenco: Sylvester Stallone, Kurt Russell, Jack Palance, Teri Hatcher / Sinopse: Raymond Tango (Sylvester Stallone) e Gabriel Cash (Kurt Russell) são dois policiais que trabalham numa investigação que como alvo o crime organizado. Incrimados por envolvimento nessa rede criminosa eles terão que lutar para limpar seus nomes novamente.  

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dupla Implacável

A carreira de John Travolta já morreu e renasceu tantas vezes que fica até complicado de acompanhar. Esse "Dupla Implacável" é mais um tentativa do ator em voltar ao topo. Com visual esquisito, careca e cavanhaque o ex astro de musicais agora quer convencer como um tipo durão, próprio para filmes de ação. Ao seu lado está Jonathan Rhys Meyers que apesar do sucesso na TV com a boa série The Tudors nunca conseguiu emplacar no cinema. E não foi dessa vez que conseguiu. A produção não é toda ruim, tem coisas interessantes mas não conseguiu colocar nem Travolta e nem Meyers no rumo do sucesso nas telas. Na verdade fui assistir esse filme com as expectativas mais baixas possíveis. Pensei que seria apenas um filmeco de ação passado em Paris. Bom, até que me surpreendi pois o filme é um thriller eficiente sobre atentados terroristas. Claro que o roteiro é simples (para não dizer simplório) mas mesmo assim diverte. John Travolta faz mais uma variação do tipo que vem apresentando nos últimos filmes. Aliás ele está totalmente fora de forma o que compromete a veracidade nas cenas que exigem mais vigor físico (como a que ele persegue uma terrorista em um telhado parisiense). 

Por falar em Paris, a decisão de fazer o filme por lá foi bem acertada, pois a cidade ainda continua linda (embora tenha sido pouca aproveitada em cena). Jonathan Rhys Meyers está apenas correto e no fundo serve de escada para Travolta. Para quem procura um sucesso para fazer a transição para o mundo do cinema o filme foi uma bola fora, já que não fez sucesso e deu prejuízo financeiro. Muitos culparam o diretor Pierre Morel pelo fracasso comercial mas o que esperavam de um sujeito que foi o roteirista de "Carga Explosiva"? Enfim, o filme não cumpriu sua missão de transformar John Travolta em herói de filmes de ação. Fica para a próxima tentativa então.  

Dupla Implacável (From Paris With Love, Estados Unidos, 2010) Direção: Pierre Morel / Roteiro: Adi Hassal baseado em estória original de Luc Besson / Elenco: John Travolta, Jonathan Rhys Meyers, Kassia Smutniak / Sinopse: Dois americanos em Paris se envolvem com um grupo de terroristas franceses. 

Pablo Aluísio.

Caso 39

Emily Jenkins (Renée Zellweger) trabalha como assistente social e em seu trabalho conhece a triste história de garota de apenas dez anos que sofreu abuso em sua família. O que ela não contava era que na realidade a pequena Lillith Sullivan (Jodelle Ferland) tem muitos segredos a esconder. Hollywood quando não faz remakes assumidos consegue reciclar velhas ideias e produzir remakes "disfarçados". Esse é um caso desses. O filme tem nuances de vários e vários filmes de terror do passado, só para se ter uma ideia da situação imediatamente me lembrei de "A Profecia", por exemplo, pois o argumento é idêntico em (quase) tudo. Dos mais recentes impossível não lembrar de "O Orfanato" e até mesmo de "Deixe Ela Entrar" (embora esse último seja posterior a esse filme).

O filme tem alguns bons sustos mas são poucos. A trama demora um pouco a engrenar, a morte do psicólogo me lembrou muito um filme antigo, clássico, de terror dos anos 70 chamado Dr. Phibes. É tão parecida a cena que se quisessem os produtores daquele filme poderiam até pensar em processar o estúdio desse Caso 39. O negócio cheirou a plágio. De bom tem a Zellwegger de camisola molhada correndo pelas ruas (pena que fugindo do capeta também, o que estraga qualquer clima de sensualidade possível :P) No final o filme prova que Hollywood está com uma falta de criatividade dos diabos! (desculpe, não pude dispensar o trocadilho infame). ;)

Caso 39 (Case 39, Estados Unidos, 2009) Direção: Christian Alvart / Roteiro: Ray Wright / Elenco: Renée Zellweger, Jodelle Ferland, Ian McShane, Kerry O'Malley, Callum Keith Rennie, Bradley Cooper / Sinopse: Emily Jenkins (Renée Zellweger) trabalha como assistente social e em seu trabalho conhece a triste história de garota de apenas dez anos que sofreu abuso em sua família. O que ela não contava era que na realidade a pequena Lillith Sullivan (Jodelle Ferland) tem muitos segredos a esconder.

Pablo Aluísio.

Hangar 18

Título no Brasil: Hangar 18
Título Original: Hangar 18
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Sunn Classic Pictures
Direção: James L. Conway
Roteiro: Ken Pettus, Thomas C. Chapman
Elenco: Darren McGavin, Robert Vaughn, Gary Collins, Philip Abbott, Joseph Campanella, Pamela Bellwood

Sinopse:
Depois que um OVNI cai no Arizona, devido a uma colisão espacial com o lançamento de um satélite da NASA, o governo dos EUA tenta encobrir o incidente por razões políticas. História supostamente baseada em fatos reais.

Comentários:
A questão envolvendo ETs e OVNIs foi muito popular nos anos 80. Havia revistas, documentários e filmes sobre o tema. Então não era de se admirar que um filme como esse fosse produzido. "Hangar 18" foi até muito conhecido na época, porem o fato é que se trata de um filme B, sem maiores atrações para um cinéfilo que esteja em busca apenas de bom cinema. Talvez, e digo apenas talvez, se Steven Spielberg tivesse se interessado por esse roteiro... quem sabe não seria um clássico Sci-fi da safra oitentista? Porém revisto hoje em dia, sem o toque do eterno Peter Pan do cinema, tudo o que é sobra são sobras de teorias da conspiração dos 80s. Tem quem goste, não há como negar.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vício Frenético

Não é novidade para ninguém que a filmografia de Nicolas Cage nos últimos tempos já saiu da fase de ser apenas ruim para virar anedota entre cinéfilos de tão ruins que são as produções. De fato Cage já virou piada nas rodinhas de pessoas que gostam do dito bom cinema. No meio de tantos filmes obtusos e constrangedores eis que finalmente surgiu uma pérola no meio do lamaçal. Sim, "Vício Frenético" é essa jóia. O filme se comparado com outros recentes do Cage é bem superior. Não é um grande filme, tem problemas de ritmo, roteiro e interpretação mas mesmo com tudo isso é salvo no final pelo fino humor negro que permeia toda a estória. Aqui Cage interpreta um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior que se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha. O irônico é que mesmo assim, com todos esses desvios de conduta, sempre acaba sendo promovido (uma crítica óbvia à força policial das grandes cidades americanas). Não gostei muito da interpretação do Cage. De olhos esbugalhados, olhar vidrado, todo torto e muitas caretas o ator apresenta um esilo caricato de representar. No começo chega a ser até estranho ver Cage tão afetado mas depois que se acostuma com o tipo, fica até divertido. Ainda bem que ele foi salvo pelo bom argumento. 

O roteiro até consegue sobreviver no meio de um amontoado de eventos que vão se sucedendo no transcorrer da produção. Talvez isso se deva ao fato do filme ser na realidade um remake de um antigo policial dirigido por Abel Ferrara. Como se sabe esse diretor sempre foi bem pouco convencional. A estrutura de seus filmes sempre foi inovadora e nada parecida com o que vemos no cinemão comercial americano. No saldo final o que realmente salva mesmo "Vício Frenético" é a ironia, o cinismo e o humor negro que utiliza para satirizar o sistema. Nesse ponto o filme realmente acerta. Em suma, aqui temos um filme policial que a despeito dos exageros do Cage em cena pode realmente agradar no final das contas. 

Vício Frenético (The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans, Estados Unidos, 2009) Direção: Werner Herzog / Roteiro: William M. Finkelstein, Victor Argo, Paul Calderon, Abel Ferrara, Zoë Lund / Elenco: Nicolas Cage, Eva Mendes, Val Kilmer, Fairuza Balk / Sinopse: Aqui Nicolas Cage interpreta o Terence McDonagh, um oficial da policia de uma New Orleans devastada. Longe de ser um exemplo o tira é corrupto, viciado em drogas, em jogos e prostituição e tudo o mais de pior se pode pensar para um policial. Um sujeito totalmente fora de controle e completamente fora da linha.  

Pablo Aluísio.