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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dias de Trovão

Tom Cruise namorava a maravilhosa Nicole Kidman quando fez esse filme. Era o casal sensação de Hollywood nos anos 90. Ele, o ator mais bem pago da indústria cinematográfica americana. Ela, a jovem australiana que havia virado a grande estrela estrangeira de sua idade. E o filme? Era basicamente uma versão sobre duas rodas de outro sucesso do Cruise, o filme "Ases Indomáveis". Eu me lembro que a critica não gostou muito. Choveram críticas sobre a suposta superficialidade do roteiro. Mas quer saber de uma coisa? Eu acho que era um exagero. O filme era uma típica produção de verão. Diversão pura - e nesse quesito funcionava bem.

O diretor Tony Scott era um craque nesse tipo de filme. É muito lamentável que depois de tantos sucessos no cinema ele tenha se suicidado. Que triste! De qualquer maneira fica o registro desse filme dos anos 90 que, se minha memória não me trai, vi no cinema, nas saudosas sessões de cinema que eu era habituado a assistir naquela época. Saudades de um tempo em que ir ao cinema não era perigo de vida! De uma forma ou outra deixo a dica para quem ninguém viu. Detalhe para os carros velozes e os figurinos chamativos, principalmente dos pilotos em suas máquinas.

Dias de Trovão (Days of Thunder, Estados Unidos, 1990) Direção: Tony Scott / Roteiro: Robert Towne, Tom Cruise / Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Robert Duvall / Sinopse: O astro internacional de cinema Tom Cruise interpreta o jovem, competitivo e ambicioso piloto de corridas que não vê limites para seus planos de se tornar um grande campeão das pistas ao mesmo tempo em que tenta conquistar uma linda mulher que pode ser o amor de sua vida!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Ases Indomáveis

Maverick (Tom Cruise) é um jovem piloto de caças que vai para a elite da aviação militar norte-americana. Sem saber acaba se envolvendo com Charlotte (Kelly McGillis), sua instrutora de vôo. Hoje resolvi rever "Top Gun: Ases Indomáveis"! O filme continua muito bom, com ótimas cenas de combates entre caças F14 da marinha americana e um pano de fundo para trazer humanidade aos pilotos. Além disso o filme tem uma boa sub trama envolvendo o personagem Maverick (Tom Cruise) e sua instrutora (a bonita Kelly MgGillis). Vendo hoje, depois de tantos anos, cheguei na conclusão que esse realmente deve ser um dos primeiros "filmes clips" da história do cinema. Essa denominação eu uso porque ele tem muito da linguagem MTV, tudo muito rápido, com edição esperta, trilha sonora de FM e nada de muito profundo ou pesado (mesmo quando seu companheiro de vôo Goose morre nada fica muito dramático). Top Gun foi o primeiro grande sucesso de bilheteria da carreira de Tom Cruise que a partir daqui virou astro de primeira grandeza.

Um remake do filme estava em produção mas a morte do diretor Tony Scott provavelmente coloque o projeto na gaveta. Não deixa de ser curioso o fato de "Top Gun" não ter tido uma continuação na década de 80. Muitos atribuem isso ao fato do próprio Tom Cruise não ter topado realizar uma sequência. Embora tenha sido um enorme sucesso de bilheteria o ator temia ficar preso a esse personagem bem antes de desenvolver outros projetos interessantes em sua carreira. O estúdio bem que tentou mas não houve jeito. Basta ver os números finais de "Top Gun" para entender porque os executivos queriam tanto realizar uma continuação. Com custo de pouco mais de 15 milhões o filme conseguiu arrecadar nas bilheterias a estrondosa soma de quase 400 milhões de dólares - um sucesso espetacular! De qualquer modo a produção deve ser revista deixando de lado o aspecto mais ufanista de seu argumento. Muitos vêem "Ases Indomáveis" apenas como propaganda da indústria de armas dos ianques. Não vamos chegar a tanto, o filme é apenas uma diversão sem maiores consequências e deve ser encarado dessa forma. Fazendo assim você certamente irá se divertir bastante ao som do grupo Berlin e das tomadas aéreas. Sente no cockpit e se divirta!

Ases Indomáveis (Top Gun, Estados Unidos, 1986) Direção: Tony Scott / Roteiro: Jim Cash, Jack Epps Jr., Ehud Yonay / Elenco: Tom Cruise, Kelly McGillis, Val Kilmer, Anthony Edwards, Tom Skerritt, Michael Ironside, John Stockwell, Rick Rossovich, Barry Tubb, Whip Hubley, Meg Ryan, Tim Robbins / Sinopse: Maverick (Tom Cruise) é um jovem piloto de caças que vai para a elite da aviação militar norte-americana. Sem saber acaba se envolvendo com Charlotte (Kelly McGillis), sua instrutora de vôo.

Pablo Aluísio. 

sábado, 5 de julho de 2014

Missão Impossível 3

Título no Brasil: Missão Impossível 3
Título Original: Mission Impossible III
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: Alex Kurtzman, Roberto Orci,
Elenco: Tom Cruise, Philip Seymour Hoffman, Michelle Monaghan, Jonathan Rhys Meyers, Keri Russell, Laurence Fishburne, Ving Rhames

Sinopse:
O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) decide abandonar o trabalho de campo para apenas treinar novos agentes. Nessa nova fase de sua vida conhece Julia (Michelle Monaghan) a quem pretende pedir em casamento para levar uma vida normal ao seu lado. Seus planos porém vão por água abaixo quando surge no horizonte um violento traficante de armas que está disposto a impor sua visão do crime à sociedade.

Comentários:
Esse foi o filme de rompimento de Tom Cruise com a Paramount Pictures. Desde os tempos de "Top Gun" o ator vinha mantendo uma parceria de sucesso com o estúdio. Depois de um complicado processo de divórcio ele rompeu com seu antigo empresário e após o lançamento desse "Mission Impossible III" também rompeu com a Paramount. Era o fim de uma era. O filme havia custado 150 milhões de dólares, fez boa bilheteria mas mesmo assim os executivos entenderam que o retorno financeiro foi bem abaixo das expectativas. Em minha opinião a franquia "Missão Impossível" só sobrevive por causa das espetaculares cenas de ação, cada uma tentando superar a anterior em limites de exageros. Em termos de argumento é algo muito antigo, ultrapassado, dos tempos da guerra fria e que nos dias atuais faz pouco sentido. Cruise que sempre foi fã da série original apostou forte nessa linha de filmes ainda mais depois que praticamente desistiu de sua jornada de ganhar um Oscar de Melhor Ator, prêmio que ele parece admitir jamais vencerá. Depois de ser indicado por três vezes ao Oscar (por "Magnólia", "Nascido em 4 de Julho" e "Jerry Maguire") o ator parece mesmo ter desistido. O forte dessa terceira parte da franquia é o elenco de apoio, que conta com nomes do quilate de Philip Seymour Hoffman e Jonathan Rhys Meyers. No meio de tantas explosões eles certamente mantém o interesse. Vale a pena inclusive rever o filme por causa justamente de suas participações.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de junho de 2014

No Limite do Amanhã

Título no Brasil: No Limite do Amanhã
Título Original: Edge of Tomorrow
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Doug Liman
Roteiro: Christopher McQuarrie, Jez Butterworth
Elenco: Tom Cruise, Emily Blunt, Bill Paxton

Sinopse:
Futuro. A Terra luta por sua própria sobrevivência após ser invadida por uma estranha raça de alienígenas. O Major Cage (Tom Cruise) é um ex-publicitário que exerce a função de relações públicas das forças armadas americanas. Seu trabalho consiste em ir em programas de TV para fazer propaganda e levantar o moral das tropas. Ele não tem a menor intenção de ir para o campo de batalha mas acaba sendo enviado para a invasão do norte da França. Lá acaba passando por uma estranha experiência que irá mudar os rumos de sua vida e de toda a humanidade.

Comentários:
Esse filme do Tom Cruise me fez lembrar muito de outro dele recentemente lançado, "Oblivion". Ambos são ficções passadas em um planeta Terra invadido por forças alienígenas. Nos dois casos os invasores são seres biológicos de origem desconhecida. Aqui eles são retratados como monstros de design bem interessante. Alguns são bem parecidos com insetos gigantes, principalmente aranhas (o que me fez recordar imediatamente de "Tropas Estelares"). Com tantas lembranças de outras produções não qualificaria essa fita de original ou nada parecido. A única novidade vem do roteiro que é do estilo fragmentado. Não sei se vocês se lembram de um antigo filme do Bill Murray chamado "Feitiço do Tempo". Lá ele acordava todas as manhãs para viver o mesmo dia, sempre! Pois bem, a premissa aqui me lembrou bastante daquela antiga comédia. O personagem de Cruise está sempre retornando ou como ele diz, em linguagem de videogame, está sempre reiniciando a vida (ou o jogo). Assim que algo lhe acontece e ele aparentemente é abatido em combate, volta para a mesma manhã do dia anterior. Superficialmente pode parecer cansativo esse tipo de coisa mas os roteiristas conseguiram fugir do tédio e do aborrecimento, injetando ritmo e agilidade às situações. Mesmo assim não vá esperando por nada muito profundo. Após ser explicado o estranho evento, o roteiro abraça de vez o estigma mais clichezado do cinema comercial americano e tudo caminha para um final bem convencional, sem maiores surpresas. Cruise está lá e irá salvar o mundo - quantas vezes você não já viu isso no cinema? Sendo bem sincero, como o filme foi bem badalado, estava esperando muito mais. Do jeito que está, é apenas ok! Um passatempo divertido, embora passe longe, bem longe, de ser uma obra prima Sci-fi.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Oblivion

Título no Brasil: Oblivion
Título Original: Oblivion
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Karl Gajdusek, Michael Arndt
Elenco: Tom Cruise, Morgan Freeman, Andrea Riseborough

Sinopse:
O planeta Terra é invadida por extraterrestres chamados de saqueadores. Eles pretendem roubar todos os recursos naturais da ecosfera. A humanidade reage e para isso utiliza armas nucleares que devastam cidades e países inteiros. A guerra é vencida mas o mundo se torna inabitável. Os humanos que sobreviveram são enviados a Titã, o maior satélite natural de Saturno. Jack (Tom Cruise) fica na Terra em um posto avançado fazendo manutenção em drones utilizados para combater focos de resistência inimiga. Sua missão porém irá revelar muito mais sobre a real situação em que vive!

Comentários:
No meio de tantos filmes de ficção que não mais empolgam esse "Oblivion" consegue surpreender. Temos aqui um design de produção de primeira, efeitos digitais de muito bom gosto e um roteiro inteligente, baseado numa graphic novel, com elementos que vão de "Matrix" a "Star Wars", passando até por filmes menores como "Tropas Estelares". Tem furos de lógica? Sim, infelizmente tem. Há certas coisas que não fazem o menor sentido. No enredo a Lua é destruída pelos invasores. Se isso realmente acontecesse a atmosfera e o clima na Terra seriam bem diferentes dos que vimos no filme. Não seria em absoluto aquele mar de tranquilidade! Bom, basta ler algum livro de astronomia para ver que aquela realidade não tem lógica nenhuma dentro da ciência. Mas noves fora isso, vamos combinar que é tudo muito bom mesmo, divertido, bem feito, até inovador (a nave do Cruise é um show à parte, um design que fará a alegria dos fãs de maquetes). Além disso como era de se esperar tudo é realizado com o melhor que Hollywood pode dar em termos de efeitos digitais. Cada detalhe é muito bem reproduzido. Adorei aquela torre onde o Cruise passa suas horas de descanso, com aquele piscina elevada, ao lado de uma bela mulher! Tudo é tão asséptico e clean que nos deixam desconfiados (e é para desconfiar mesmo pois o roteiro traz algumas reviravoltas que mantém o interesse até o fim). O final vai deixar alguns decepcionados, por ser meloso e otimista demais, mas em tempos onde todos os filmes de ficção são tão pessimistas sobre o futuro aquele tipo de conclusão vai soar até mesmo como original.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A Firma

Título no Brasil: A Firma
Título Original: The Firm
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Sydney Pollack
Roteiro: David Rabe, baseado na obra de John Grisham 
Elenco: Tom Cruise, Jeanne Tripplehorn, Gene Hackman

Sinopse:
Mitch McDeere (Tom Cruise) é um jovem advogado que parece encontrar a grande chance de sua carreira, ao ser admitido em uma das melhores e mais conhecidas firmas de advocacia dos Estados Unidos. O que ele não desconfia é que tudo se trata de uma mera fachada para lavagem de dinheiro de criminosos internacionais. Após a morte de dois sócios da firma, McDeere precisa decidir o que irá fazer, cair fora do negócio, correndo o risco de ser morto também ou se tornar informante do FBI, algo que também não será muito fácil de realizar.

Comentários:
Cruise se une ao escritor de best sellers John Grisham e ao consagrado cineasta Sydney Pollack para levar o livro de sucesso aos cinemas. Interpretando um jovem advogado que se vê envolto numa teia de mentiras e conspirações, Tom Cruise conseguiu mais um êxito comercial em sua carreira. Embora tenha feito sucesso nas bilheterias, o filme também tem seus problemas - é frio e distante demais, não conseguindo criar um bom vínculo com o público. Por essa época Cruise ainda estava em busca de seu Oscar, mas não conseguiu arrancar uma indicação por seu trabalho que passou em brancas nuvens pela Academia. As duas únicas indicações do filme - Holly Hunter como melhor atriz coadjuvante e Dave Grusin na categoria Melhor Trilha Sonora Original - não foram consideradas favoritas aos prêmios e não trouxeram nenhuma estatueta ao filme. Situações como essa talvez explique o fato de Cruise ter desistido de concorrer ao prêmio de Melhor Ator no Oscar. Hoje em dia o astro está mais preocupado mesmo em garantir polpudas bilheterias e não mais reconhecimento da crítica. Seus trabalhos mais recentes são blockbusters realizados para gerar muito dinheiro, mas poucos elogios dos especialistas em cinema. Pelo visto o que realmente importa para Cruise hoje em dia é se manter como um nome quente e popular em Hollywood, deixando o reconhecimento por seu trabalho como algo de menor importância, em segundo plano. Curiosamente "A Firma" acabaria virando série de TV muitos anos depois, em 2012. Infelizmente o seriado não faria sucesso, sendo cancelado após a exibição de poucos episódios.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de junho de 2014

Vanilla Sky

Título no Brasil: Vanilla Sky
Título Original: Vanilla Sky
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cameron Crowe
Roteiro: Alejandro Amenábar, Mateo Gil
Elenco: Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Diaz

Sinopse:
David Aames (Tom Cruise) é um sujeito rico, bem sucedido, que coleciona namoradas, entre elas Sofia (Penélope Cruz) que tem um relacionamento amoroso com seu melhor amigo. Um mero detalhe para David. Seu estilo de vida mulherengo porém logo lhe trará muitos problemas. Uma ex-namorada obcecada por ele, a instável Julie (Cameron Diaz), acaba causando um terrível acidente que desfigura completamente o rosto de David. Após várias cirurgias para restaurar sua face ele começa a apresentar sintomas estranhos, com alucinações recorrentes.

Comentários:
Refilmagem do filme espanhol Abra Los Ojos de Alejandro Amenabar. O roteiro intrigante mostrava um personagem que após um acidente de carro ficava com o rosto deformado. Cruise assim passa quase o tempo todo em cena com uma estranha máscara. O enredo diferente não agradou muito aos fãs do ator que mesmo prestigiando a produção nas bilheterias não conseguiram gostar muito do resultado final. Nos bastidores Cruise se envolveu com a atriz Penelope Cruz após romper com sua esposa Nicole Kidman. Embora o filme não tenha tido a recepção que se esperava contou com um bônus mais do que especial: uma canção original de Paul McCartney composta exclusivamente para a produção. A música inclusive chegou a concorrer ao Oscar (também foi indicada na Globo de Ouro). Cruise tinha esperanças de ser indicado na categoria de Melhor Ator pela academia mas ficou a ver navios, apesar de seu trabalho ser considerado corajoso, afinal de contas não é todo dia que um ator que faz o estilo galã aceita interpretar um homem desfigurado e deformado.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de abril de 2014

Guerra dos Mundos

Título no Brasil: Guerra dos Mundos
Título Original: War of the Worlds
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Josh Friedman, David Koepp
Elenco: Tom Cruise, Dakota Fanning, Tim Robbins

Sinopse:
Um pai e seus dois filhos tentam sobreviver a um evento de repercussão catastrófica: a invasão de uma raça alienígena contra a Terra! Dotados de tecnologia avançada e destrutiva os ETs chegam ao nosso planeta sedentos por recursos naturais. Para isso precisam antes eliminar toda a humanidade. Indicado ao Oscar nas categorias Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Via de regra odeio remakes e quando são de clássicos do cinema odeio ainda mais, porém nesse caso tenho que dar o braço a torcer. Essa refilmagem não ficou ruim, pelo contrário, Spielberg, como grande fã do universo Sci-fi, procurou ser respeitoso ao filme original, apenas reforçando o relacionamento entre pai e filha e claro, colocando o que havia de melhor em termos de tecnologia digital para embelezar a produção. Quando esse remake foi anunciado a primeira coisa que me veio à mente foi que não iria funcionar, pois o enredo original seria considerado inocente e bobo demais para os dias de hoje. Nos anos 50, com a paranoia anticomunista e nuclear na ordem do dia a coisa toda era muito mais bem aceita pelo público, já nos dias cínicos que correm dificilmente aconteceria a mesma simbiose entre filme e público. Bom, Spielberg não é um dos maiores gênios do cinema à toa. Ele soube muito bem amenizar os aspectos mais ultrapassados do enredo para se concentrar na tensão e no suspense. Acertou em cheio. O resultado é um caso raro de remake de ficção que realmente vale a pena ser prestigiado e o melhor, com o selo de qualidade do genial Steven Spielberg.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Ases Indomáveis

Título no Brasil: Ases Indomáveis
Título Original: Top Gun
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Jim Cash, Jack Epps Jr
Elenco: Tom Cruise, Tim Robbins, Kelly McGillis, Val Kilmer, Anthony Edwards, Meg Ryan
                   
Sinopse:
O piloto de caças Maverick (Tom Cruise) entra na escola de elite da Marinha americana. Seu objetivo é se tornar um ás de sua categoria, um verdadeiro Top Gun. Lá se torna amigo de Goose (Anthony Edwards), seu co-piloto. A concorrência entre os alunos é feroz e todos querem ser o primeiro da turma. Iceman (Val Kilmer) se torna seu principal rival por ser um piloto arrojado e ousado. Cabe a Maverick superar esse desafio enquanto tenta conquistar o coração de Charlie (Kelly McGillis), sua instrutora de aviação militar.

Comentários:
Finalmente Tom Cruise encontra o filme que mudaria toda a sua carreira. Grande sucesso de bilheteria o transformou em astro de primeira grandeza! O filme continua muito bom, com ótimas cenas de combates entre caças F14 da marinha americana e um pano de fundo para trazer humanidade aos pilotos. Além disso o filme tem um bom romance envolvendo o personagem Maverick (Tom Cruise) e sua instrutora (a bonita Kelly MgGillis). Vendo hoje, depois de tantos anos, cheguei na conclusão que esse realmente deve ser um dos primeiros "filmes clips" da história do cinema. Essa denominação eu uso porque ele tem muito da linguagem MTV, tudo muito rápido, com edição esperta, trilha sonora de FM e nada de muito profundo ou pesado (mesmo quando seu companheiro de vôo Goose morre nada fica muito dramático).

Até hoje eu não entendi porque Top Gun nunca ganhou uma continuação na época. Todo mundo sabe que nos anos 80 todos os grandes sucessos do cinema (Rambo, Caça Fantasmas, De Volta Para o Futuro, A Hora do Espanto, etc) tiveram sequências mas Top Gun não. Complicado entender. De qualquer forma foi melhor assim. Em breve teremos um remake, algo que acho sem sentido uma vez que esse filme pop dos anos 80 só funcionaria bem mesmo naquela década, onde todo mundo usava roupas pra lá de estranhas e penteados diferentes. Além disso canções como as do grupo Berlim (da famosa canção tema Take Me Breath Away) soam datadas hoje em dia. Vamos esperar pra ver no que dá. Esse original pelo menos ainda continua muito divertido e marcante.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

De Olhos Bem Fechados

Título no Brasil: De Olhos Bem Fechados
Título Original: Eyes Wide Shut
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Stanley Kubrick, Frederic Raphael
Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Todd Field

Sinopse:
Dr. William Harford (Tom Cruise), um médico de Nova York, que é casado com uma curadora de arte, Alice Harford (Nicole Kidman), resolve descobrir o limite de seu relacionamento com a esposa ao experimentar a liberdade sexual e moral de um perigoso jogo de sexo, poder e sedução, numa longa noite de excessos pela cidade.

Comentários:
O último filme do mito Stanley Kubrick. Ao que tudo indica Cruise não deixaria passar a oportunidade de estrelar um filme dirigido pelo famoso cineasta, mesmo que o roteiro e o argumento não fossem lá grande coisa. Ao lado da esposa (na terceira e última atuação juntos no cinema) Cruise se despiu de vaidades, aceitando protagonizar ousadas cenas de sexo e sensualidade (para um astro de seu status, é claro). Após uma conturbada filmagem o filme foi lançado com reações adversas. Muitos não gostaram do resultado final e consideram a pior obra da filmografia do gênio Kubrick. Uma coisa porém é certa, mesmo não sendo unanimidade o filme segue como um dos mais marcantes da filmografia de Tom Cruise. Se do ponto de vista profissional o filme virou uma referência para o ator, no aspecto profissional as coisas não foram tão bem. O relacionamento com sua esposa, Nicole Kidman, se deteriorou bastante, o que causaria o rompimento definitivo entre eles pouco tempo depois. Para alguns, a atriz culpava Cruise por ele ter deixado que ela se expusesse em demasia no filme, em uma concessão descabida, supostamente dada à genialidade de Kubrick. E por falar em genialidade, o mestre Kubrick mostra aqui claros sinais de desgate, falta de novas ideias e saturação. Ele parece querer se esconder atrás da imagem de seu próprio mito mas em vão. "Eyes Wide Shut" é uma obra opaca, sem vida, que tenta desesperadamente se apoiar em cenas chocantes e escandalosas para lhe dar algum sentido artístico. Os esforços porém soam sem resultado. Se não houvesse a assinatura de Stanley Kubrick nos créditos o filme certamente seria massacrado ainda mais pela crítica em seu lançamento. Hoje seria ignorado, certamente. Não foi um canto de cisne à altura de um mito do cinema como Stanley Kubrick, infelizmente.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Minority Report - A Nova Lei

Título no Brasil: Minority Report - A Nova Lei
Título Original: Minority Report
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick
Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell

Sinopse: 
2054. Em uma sociedade futurista e altamente tecnológica a humanidade consegue finalmente erradicar o crime nas ruas. Isso porque um novo sistema extremamente avançado consegue prever os atos criminosos antes que eles venham a acontecer de fato. John Anderton (Tom Cruise) é um policial que trabalha nessa nova realidade. Sua conduta é impecável mas ele é surpreendido ao ser apontado por esse mesmo sistema como o autor de um futuro assassinato. Agora ele terá que provar, de uma forma ou outra, sua inocência dentro dessa complicada rede de interesses e acusações.

Comentários:
Tive oportunidade de assistir no cinema e gostei do resultado, dos efeitos especiais e da trama. O filme também apresenta uma ótima direção de arte, efeitos especiais de bom gosto e extremamente bem inseridos na trama e um enredo muito bem bolado formam o quadro desse mais do que interessante filme de Steven Spielberg. Novamente temos um belo filme baseado na obra do autor Philip K. Dick (para quem não se lembra o mesmo autor do conto que anos depois daria origem a um clássico do cinema, "Blade Runner"). Pois bem, como sempre acontece com os temas de Dick aqui também temos um enredo muito original, sui generis, e extremamente bem desenvolvido. Uma das coisas que mais me chamou a atenção na época - e me deixou com uma certa sensação de estranheza - foi essa força policial que agia antes que os crimes fossem cometidos. Ideia original não é mesmo? Com isso surge um mundo sem crimes, mas será que aquele universo é realmente isento de problemas e falhas? A dobradinha Tom Cruise e Steven Spielberg novamente funciona muito bem nessa produção que consegue aliar diversão e ação com conceitos visionários e inovadores.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A Lenda

Título no Brasil: A Lenda
Título Original: Legend
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: William Hjortsberg
Elenco: Tom Cruise, Mia Sara, Tim Curry

Sinopse: 
Jack (Tom Cruise) é um jovem que precisa vencer o senhor da escuridão para que assim possa trazer paz e harmonia para seu mundo, desposando a jovem princesa de seus sonhos. Fantasia com ares medievais dirigido pelo grande cineasta Ridley Scott.

Comentários:
Tom Cruise resolve finalmente assumir seu lado galã de vez. E nada melhor para isso do que interpretar um príncipe dos sonhos em uma fantasia juvenil. Dirigido pelo grande Ridley Scott (de Alien, o Oitavo Passageiro) o filme tentava transportar para as telas uma estória cheia de fadas, duendes, unicórnios e seres mágicos. A produção foi concebida para ser um grande sucesso ao estilo Star Wars. Não deu muito certo. O filme foi criticado por ser excessivo, com direção de arte duvidosa e kitsch. Cruise também não está bem em cena, seu personagem é vazio e destituído de profundidade, raso demais até para um conto de fadas. Com custo milionário "A Lenda" afundou nas bilheterias se tornando um grande fracasso. Não seria dessa vez que Cruise iria despontar para o estrelado, para o time das grandes estrelas.

Pablo Aluísio.

domingo, 10 de novembro de 2013

Um Sonho Distante

Título no Brasil: Um Sonho Distante
Título Original: Far and Away
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: Bob Dolman, Ron Howard
Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Thomas Gibson

Sinopse: 
O jovem Joseph Donnelly (Tom Cruise) decide deixar sua terra natal, a Irlanda, em busca de uma nova vida na América. Seu objetivo é participar da corrida em busca de novas terras na colonização do território do Oklahoma em 1893. O filme é um retrato da expansão rumo ao oeste dos Estados Unidos da América.

Comentários:
Após conhecer Nicole Kidman no set de "Dias de Trovão" e se apaixonar por ela, Cruise retorna à parceria nessa super produção com ares de filmes antigos. A pretensão do ator era realmente estrelar um épico ao velho estilo, com muitas cenas edificantes, músicas grandiosas e paisagens de cartão postal. Aqui ele interpreta um imigrante irlandês que vem tentar a sorte na América em 1892. O filme tem linda fotografia, uma direção de arte suntuosa e uma produção de encher os olhos mas não conseguiu cair no gosto do público. Feito para render milhões o filme comercialmente falando ficou bem abaixo das expectativas. De qualquer forma é um bom momento na carreira de Cruise, um filme que foi prejudicado por um marketing equivocado mas que mesmo assim vale a pena como bom entretenimento.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Trovão Tropical

Um diretor megalomaníaco coloca na cabeça que vai realizar o maior filme de guerra na história. Esqueça "Apocalypse Now", "Nascido Para Matar" ou "Platoon". Ele está certo que realizará o filme definitivo da guerra do Vietnã. Para isso leva todo o seu elenco (na verdade atores bem almofadinhas) para o meio da selva asiática, tudo com o objetivo de dar maior realismo para as cenas que recriam um dos mais sangrentos conflitos da história dos EUA. Essa é a sinopse dessa comédia que consegue fundir cenas do mais puro pastelão com interpretações que deram o que falar. Tom Cruise, por exemplo, surpreende, mostrando ter muito timing também para o humor mais escrachado. Aliás esse é um filme completamente fora do comum dentro da filmografia de Cruise. Nessa comédia que satiriza os filmes de guerra tradicionais ele interpreta um produtor de cinema careca, gordo e barrigudo! Para surpresa geral Cruise mostra um desconhecido talento de humor em cena, se despindo completamente de sua vaidade pessoal. O seu personagem é a antítese de sua imagem no cinema criada em todos esses anos. Para um papel totalmente sem pretensão Cruise acabou sendo indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, uma surpresa e tanto!

E o que dizer de Robert Downey Jr interpretando um negro durão? Alguns setores de consciência negra nos EUA ficaram um pouco incomodados com a caricatura mas depois finalmente compreenderam que tudo não passava de uma interpretação cômica e todos os excessos faziam parte do jogo para deixar o filme ainda mais engraçado. A mistura de tantos talentos acabou dando certo do ponto de vista comercial. A fita fez boa bilheteria e a participação de Cruise, um dos grandes destaques da produção, foi considerada mais do que positiva em sua carreira. Não é nenhuma obra prima que você não possa perder mas consegue até divertir bastante, ainda mais se você for cinéfilo e conseguir pegar todas as referências com os grandes clássicos de filmes de guerra (um gênero que atualmente anda com problemas de criatividade e inovação).

Trovão Tropical (Tropic Thunder, Estados Unidos, 2008) Direção: Ben Stiller / Roteiro: Justin Theroux, Ben Stiller / Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Robert Downey Jr, Tom Cruise / Sinopse: Diretor em busca de realismo para seu filme que pretende ser o "Maior de todos os tempos" leva um grupo de atores para a selva real do Vietnã, dando origem a muitas confusões.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Jack Reacher – O Último Tiro

Um atirador de elite se posiciona em cima de um prédio de uma grande cidade americana. Seu alvo são pessoas comuns, que estão apenas andando despreocupadamente. Em pouco tempo começa a matança. Essa é a cena inicial de “Jack Reacher – O Último Tiro” o novo filme de ação estrelado por Tom Cruise. Ele interpreta um veterano do exército que após deixar o serviço militar decide sair pelo mundo, sem deixar grandes rastros atrás de si. Ele não é um procurado ou um criminoso mas apenas um ex-soldado que entende já ter feito muito nas campanhas de que participou. Seu nome surge quando o departamento de polícia finalmente encontra o franco atirador. Sem dizer uma única palavra ele apenas rabisca em um papel: “Encontrem Jack Reacher!”. Mas afinal qual seria a ligação do ex-militar condecorado com o terrível atentado? Revelar mais seria temerário. O que posso adiantar é que esse filme, apesar de ser tecnicamente uma fita de ação, tem muito mais a revelar ao espectador do que inicialmente se espera.

De fato a complexa trama vai se revelando aos poucos, com as peças se encaixando gradualmente. O filme alia um roteiro inteligente, bem estruturado, com algumas seqüências de ação muito bem realizadas, o que não causa tanta surpresa uma vez que Cruise já tem muita experiência nesse tipo de produção (basta lembrar de seus sucessos na franquia “Missão Impossível”). Existem algumas reviravoltas na estória mas nada inverossímil demais ou que force a barra. No geral o filme agrada, embora os fãs de filmes de ação possam achar certas partes meio cansativas ou paradas. Isso acontece porque realmente há toda uma situação a ser desvendada e isso exige tempo. O filme é longo – mais do que o habitual – mas se o espectador tiver interesse no que ocorre na tela não se sentirá entediado. Em termos de ação destaco a boa cena de perseguição pelas ruas da cidade, com Cruise pilotando um carro envenenado e o confronto final, na pedreira, que conta com Robert Duvall, ator veterano que não participa muito do filme mas que ajuda a compor o quadro final do clímax. Em suma é isso. “Jack Reacher” pode até virar uma nova franquia na carreira de Cruise – isso se fizer sucesso e ele ainda tiver idade para encarar esse tipo de fita, é claro. No geral está recomendado.
   
Jack Reacher – O Último Tiro (Jack Reacher, Estados Unidos, 2012) Direção: Christopher McQuarrie / Elenco:  Tom Cruise, Rosamund Pike, Robert Duvall, Jai Courtney, Richard Jenkins, Werner Herzog / Sinopse: Após um terrível atentado onde pessoas inocentes são mortas por um atirador de elite o nome de Jack Reacher, um veterano condecorado surge nas investigações. Teria ele algo a ver com a matança?

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de julho de 2013

Operação Valquíria

Esse é aquele tipo de filme que todo mundo sabe como vai terminar mas que mesmo assim não deixa de ser interessante. Além disso é ótimo para quem se interessa pela história da Segunda Grande Guerra Mundial porque foi um fato real, que tentou mudar os rumos do maior conflito armado que o mundo já viu. Como se sabe a Alemanha Nazista era liderada com mãos de ferro pelo sanguinário ditador Adolf Hitler. Ele tinha um plano insano de expandir o chamado Terceiro Reich para além das fronteiras da Alemanha. Em sua distorcida visão havia uma raça superior formada pelos arianos, alemães altos e loiros, que deveriam dominar as demais raças inferiores (praticamente todo o resto do mundo). Para crescer e dominar a nova raça deveria ter um “espaço vital” e por essa razão Hitler começou a invadir todos os países da Europa. Aos poucos Tchecoslováquia, Polônia, Áustria e outros foram caindo em questão de semanas. O sucesso espetacular parecia garantir ao Fuhrer a dominação do mundo. Isso durou até o momento em que resolveu invadir a União Soviética (Rússia e países controlados por Moscou sob um regime comunista brutal). Péssima ideia pois a partir dessa invasão a Alemanha literalmente começou a perder a guerra pois o exército russo sob o comando de Stálin fez picadinho das tropas de Hitler.

O filme começa justamente quando as tropas do Eixo começavam a sofrer uma derrota atrás da outra no front russo. Foi a partir desse momento que um grupo de oficiais do exército decidiu se livrar de seu megalomaníaco e lunático líder. Aliás é bom de se dizer que Hitler em momento algum da guerra foi bem visto pelos altos oficiais do exército alemão. O ditador era encarado por muitos generais como um maluco sem qualquer tipo de visão militar ou estratégica (de fato enquanto esteve servindo o exército alemão na I Guerra Hitler nunca havia passado do reles posto de cabo). Comandados por um inepto muitos oficiais resolveram dar cabo ao chefe nazista. A operação que tentou acabar com a vida de Hitler foi a “Operação Valquíria”. A idéia era colocar uma bomba durante uma das reuniões do ditador com alguns comandantes militares. Depois de sua morte o exército alemão tentaria uma última e desesperada tentativa de rendição com os aliados. Tom Cruise interpreta o Coronel Claus von Stauffenberg, o oficial responsável em colocar a bomba perto de Hitler numa casamata secreta no meio da floresta onde o ditador se encontraria com seu QG. Como se sabe as coisas não deram muito certo e Hitler só foi parado mesmo quando o exército vermelho entrou em Berlim, destruindo tudo pelo caminho. Mas isso é o de menos, releve o fato de você saber como o filme termina e assista acompanhado tudo com os olhares curiosos de quem presencia a história se desenvolvendo ao sabor dos ventos.

Operação Valquíria (Valkyrie, Estados Unidos, 2008) Direção: Bryan Singer / Roteiro: Christopher McQuarrie, Nathan Alexander / Elenco: Tom Cruise, Kenneth Branagh, Bill Nighy, Tom Wilkinson, Terence Stamp / Sinopse: O filme detalha os planos para matar o ditador e líder nazista Adolf Hitler por um grupo de altos oficiais do exército alemão descontentes com os rumos da Guerra após a invasão da Rússia.

Pablo Aluísio.

domingo, 7 de julho de 2013

A Guerra dos Mundos

O original é um dos grandes clássicos do cinema sci-fi americano da década de 50. Esse aqui é o badalado remake que foi realizado com orçamento milionário, tendo no elenco o astro Tom Cruise e na direção o aclamado Steven Spielberg. Curiosamente os produtores optaram por um roteiro bem fiel ao primeiro filme, com algumas mudanças, é óbvio, mas também com uma postura de respeito e veneração pela obra original. O enredo todos conhecemos. De repente o nosso pequeno planeta Terra recebe visitantes nada simpáticos, vindos do universo com o firme propósito de destruir a humanidade e explorar os recursos naturais do nosso ecossistema. A primeira vez que assisti “Guerra dos Mundos” me lembrei de um programa Cosmos em que o excelente Carl Sagan questionava se era realmente uma boa idéia tentar entrar em contato com vida inteligente no universo, caso ela existisse. Isso porque a humanidade poderia virar alvo de uma raça superior do ponto de vista tecnológico.

Pois é justamente isso que temos aqui. Dirigido por Steven Spielberg o filme era a aposta de Cruise para voltar ao topo das maiores bilheterias. O fato é que remakes que ousam mexer com filmes consagrados do passado sempre correm o risco de se darem mal. A crítica torceu o nariz para a produção mas a união de Spielberg, Cruise e efeitos especiais de última geração se mostraram imbatíveis nas bilheterias. O filme se tornou um grande sucesso, chegando quase aos 600 milhões de dólares em faturamento. Mesmo com todo esse êxito comercial a produção ainda não consegue, mesmo nos dias de hoje, agradar aos especialistas no gênero que a consideram megalomaníaca e desprovida de alma. De qualquer forma como puro e simples entretenimento o novo “Guerra dos Mundos” cumpre o que promete. Se no primeiro filme o medo dos visitantes era uma metáfora da guerra fria, agora Spielberg manipula os acontecimentos em favor da mais simplória diversão pipoca. Se é isso que você procura então não deixe de conferir a essa nova visão do antigo clássico de ficção.

A Guerra dos Mundos (War of the Worlds, Estados Unidos, 2005) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Josh Friedman, David Koepp / Elenco: Tom Cruise, Dakota Fanning, Miranda Otto, Tim Robbins / Sinopse: O planeta Terra é invadido por terríveis seres espaciais que desejam se apoderar dos recursos naturais do ecossistema, destruindo a humanidade nesse processo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Oblivion

Está chegando nas telas o novo filme do astro Tom Cruise. Desde que rompeu com a Paramount o ator vem tentando colocar sua carreira nos eixos novamente. Depois do sucesso de seu último “Missão Impossível” ele finalmente voltou a cair nas graças dos grandes estúdios, se tornando novamente um nome forte nas bilheterias. Agora mira no público Sci-Fi nessa nova ficção futurista passada no distante ano de 2077. A Terra está devastada após anos de guerras e tragédias, o que sobrou do planeta são apenas resquícios de matéria prima ao qual cabe a Jack Harper (Tom Cruise) dar a devida segurança para que sejam extraídos e levados até uma colônia lunar. Tudo corre relativamente bem até que Jack encontra uma sobrevivente (Olga Kurylenko) dentro de uma nave em ruínas após um acidente. Estranhamente essa desconhecida consegue criar um vínculo sensorial, de complicada explicação, com ele. Aos poucos Harper vai percebendo que nem tudo é o que aparenta ser naquele ambiente hostil e devastado.

Esse “Oblivion” não deixa de ser um filme muito bem produzido, interessante, com uma inovadora direção de arte, realmente inspirada, tudo intercalado com algumas ótimas cenas de ação (a Terra devastada também é habitada por alienígenas que percorrem o planeta em busca de recursos vitais). Tom Cruise parece bem à vontade na pele de um misto de soldado e engenheiro que tem que garantir segurança enquanto os últimos recursos da Terra são extraídos. O que complica "Oblivion" é querer se passar por algo que definitivamente não é. O problema é que em determinado ponto do filme o argumento se torna pretensioso, querendo criar um subtexto que chega a lembrar até mesmo grandes clássicos do cinema como “2001”. Essa pretensão sem sentido acaba tornando a trama extremamente confusa (e chata, para dizer a verdade). Obviamente que o diretor Joseph Kosinski passa longe de ser um Stanley Kubrick e por isso tudo acaba indo por água abaixo. Sem saber direito para onde ir o cineasta, depois de promover uma “reviravolta forçada”, tenta consertar o estrago alongando a estória além do necessário, quebrando seu ritmo e cansando o público, que aqui obviamente é aquele que consome “blockbusters” em série, ou seja, nada interessado em roteiros “cabeças” ou profundos demais. A solução de tudo também soa tão decepcionante, quase bobo! Assim “Oblivion” perde a ótima oportunidade de ser apenas uma ficção eficiente, bem realizada, para se tornar um produto que afundou por causa de suas próprias pretensões sem cabimento. Faltou mesmo talento para ir até onde o argumento exigia.

Oblivion (Oblivion, Estados Unidos, 2013) Direção: Joseph Kosinski / Roteiro: Joseph Kosinski, William Monahan / Elenco: Tom Cruise, Morgan Freeman, Nikolaj Coster-Waldau, Olga Kurylenko / Sinopse: No ano de 2077 a Terra está devastado. Participando de uma missão no planeta Jack Harper (Tom Cruise) acaba encontrando uma sobrevivente de uma nave espacial acidentada. Esse encontro mudará completamente os rumos de sua vida.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de março de 2013

Colateral

Hollywood parece ter fascinação por assassinos profissionais. Um exemplo é esse filme chamado “Colateral”. Na trama o taxista Max (Jamie Foxx) acaba pegando como passageiro Vincent (Tom Cruise), um sujeito que parece ser uma boa pessoa, simpático e generoso. Com notas de dinheiro ele convence Max a leva-lo em diferentes endereços pois ele tem alguns “serviços” a cumprir antes de voltar para sua cidade de origem. Até ai tudo bem, o problema é que Vincent é um assassino profissional que temo como objetivo matar uma série de pessoas que irão testemunhar contra um perigoso cartel de traficantes. Assim seu objetivo é muito simples: ir ao encontro dessas pessoas, executar uma a uma, e depois do serviço concluído pegar o primeiro avião de volta. Max, o taxista, nada mais é do que um “efeito colateral”, um sujeito que estava no local errado, na hora errada. Desde que ele não atrapalhe os planos de Vincent será prontamente liberado. O problema é que por princípios éticos Max resolve intervir para tentar salvar uma das vitimas de Vincent. Má idéia.

“Colateral” é um bom filme de assassino profissional. Tom Cruise deixa de lado seu bom mocismo e enfrenta pela primeira vez um papel de vilão em uma grande superprodução. Seu famoso sorriso acaba funcionando para o papel pois ele logo se torna uma marca registrada de sua psicopatia. O enredo funciona em tempo real, praticamente contando apenas com a situação básica em que o assassino, com o motorista de táxi como refém, sai pelas ruas da cidade de Los Angeles para cumprir seu serviço contratado. A cada morte um novo desafio, novos problemas a superar. O diretor Mann consegue com muita habilidade evitar o marasmo que o filme poderia cair ao apenas mostrar uma sucessão de execuções sumárias. Ao invés disso joga com o suspense e o clima de tensão a todo momento, deixando o espectador realmente grudado na tela à espera dos próximos acontecimentos. Por essas e outras razões recomendamos esse “Colateral” um filme que no fundo apenas mostra um “profissional” tentando cumprir sua meta da melhor forma possível. Nada pessoal.
   
Colateral (Collateral, Estados Unidos, 2004) Direção: Michael Mann / Roteiro: Stuart Beattie / Elenco: Tom Cruise, Jamie Foxx, Jada Pinkett Smith, Mark Ruffalo, Peter Berg, Bruce McGill / Sinopse: Vincent (Tom Cruise) é um assassino profissional que chega a Los Angeles para cumprir um serviço: matar testemunhas que irão depor em um importante julgamento de traficantes de um poderoso cartel. Em seu caminho acaba fazendo de refém um taxista negro (Jamie Foxx) que tentará de alguma maneira salvar a vida das vítimas dele. Indicado aos Oscars de Melhor Edição e Melhor Ator Coadjuvante (Jamie Foxx).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Leões e Cordeiros

Através de três estórias paralelas o espectador é convidado a refletir sobre a intervenção militar americana no Oriente Médio. Na primeira linha narrativa acompanhamos as tentativas da jornalista Janine Roth (Meryl Streep) em entrevistar o jovem senador Jasper Irving (Tom Cruise), um defensor da política externa dos Estados Unidos. Com todos os argumentos errados ele demonstra, mesmo que de forma indireta, o equivoco daquela guerra sem sentido. Na segunda linha narrativa somos apresentados ao professor universitário Stephen Malley (Robert Redford) que tenta, através de sólida argumentação, convencer seus alunos do erro do envolvimento americano naquele país. Para piorar o veterano mestre ainda tem que lidar com os medos e anseios de seu aluno Todd (Andrew Garfield) que totalmente desmotivado com a vida acadêmica pensa em ir para o exército. Por fim o espectador é levado até o front, onde dois soldados americanos, Ernest (Michael Peña) e Arian (Derek Luke), tentam sobreviver ao fogo cerrado do combate.

Após romper definitivamente com a Paramount por causa de atritos ocorridos durante “Missão Impossível 3” Tom Cruise se lançou como ator independente. Um de seus primeiros projetos nessa nova fase de sua carreira foi esse bom drama dirigido por Robert Redford. O filme segue o estilo mosaico, várias estórias paralelas são contadas para no final se revelar as conexões que as unem. No filme Tom Cruise interpreta um astuto político em Washington. Ao lado de Meryl Streep e Robert Redford o ator fica um pouco ofuscado mas consegue disponibilizar uma boa atuação. O roteiro do filme é muito bem trabalhado, apoiado quase que exclusivamente em tornos de diálogos extremamente bem escritos e inteligentes. A proposta do filme não é tanto dar respostas mas sim fazer perguntas pertinentes. Longe de soluções fáceis o filme “Leões e Cordeiros” é no fundo um estudo sobre tudo o que aconteceu depois de 11 de setembro. Todos os efeitos danosos e sem sentido que ocorreram com os Estados Unidos depois daqueles ataques. O filme foi lançado discretamente e teve mais repercussão apenas entre um público bem mais seleto, intelectualizado. De qualquer modo se você estiver em busca de uma produção que discuta o  intervencionismo militar americano nos países do Oriente Médio de forma muito inteligente e com conteúdo esse é certamente o filme mais indicado.

Leões e Cordeiros (Lions for Lambs, Estados Unidos, 2007) Direção: Robert Redford / Roteiro: Matthew Michael Carnahan / Elenco: Robert Redford, Meryl Streep, Tom Cruise, Michael Peña, Peter Berg, Derek Luke, Andrew Garfield / Sinopse: Três linhas narrativas, uma passada no front de guerra, outra nos gabinetes políticos do senado americano e a última no meio acadêmico, tentam decifrar os mecanismos que levaram os Estados Unidos para a guerra no Oriente Médio.

Pablo Aluísio.