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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Top Gun: Maverick

O maior sucesso de bilheteria do ano de 2022 é uma continuação bem tardia de um filme dos anos 80. Quem poderia imaginar? "Top Gun: Maverick" já está perto de faturar um bilhão e meio de dólares. Um sucesso espetacular, ainda mais em se tratando de uma época em que a pandemia ainda está no ar. E o filme cumpre muito bem seu papel. A história em si é básica. O veterano piloto Maverick está de volta para a classe dos melhores da marinha. Isso após participar de um teste mal sucedido de um avião supersônico. Ele vai até o limite, como sempre, e o avião acaba se despedaçando por causa de sua conhecida rebeldia contra ordens superiores. E esse tipo de personalidade levou Maverick a estagnar na carreira militar. Mesmo após quase 40 anos, ele ainda continua um Capitão. Enquanto isso, pessoas de sua época como Iceman estão nos mais altos postos da marinha. Iceman, interpretado por Val kilmer, é um almirante e comandante da frota no pacífico. Maverick segue como piloto de caça. E é justamente essa ligação entre eles que se constrói o alicerce narrativo principal do filme. 

Maverick é chamado para coordenar e ensinar jovens pilotos da marinha a executarem uma missão dita como impossível. Eles devem invadir o território inimigo e bombardear uma usina de enriquecimento de urânio. O nome deste país nunca é citado, mas tudo leva a crer que se trata do Irã. O filme assim se desenvolve. Existe o aspecto objetivo da missão a se cumprir e pequenos detalhes humanos no roteiro sobre o personagem de Maverick. Ele reencontra um velho amor do passado e tem que lidar com o filho de Goose, um antigo companheiro de caça que morreu em um desastre aéreo, no primeiro filme. O que mais me admirou aqui foi ver o vaidoso Tom Cruise aceitar participar de diálogos que, de certa forma, o tornam um velho. Em certo momento do filme, um jovem piloto o chama de vovô! Quem diria que isso poderia acontecer em um filme com Tom Cruise? 

De qualquer maneira, temos aqui um filme muito bom, divertido e que apenas poderia ter usado melhor aquela excelente trilha sonora incidental dos anos 80. Aquele tema tão conhecido é usado apenas timidamente em alguns breves momentos. Top Gun: Maverick é um filme sem maiores pretensões em termos de história e desenvolvimento psicológico dos personagens, mas que cumpre muito bem seu papel de ser um filme blockbuster de verão. Talvez os produtores de Hollywood tenham aprendido alguma lição com esse sucesso todo. Que tal voltar a fazer bons filmes? Como eram aqueles que assistíamos nos anos 80? Acho que o público em geral já está meio cansado de tanto super-herói. Top Gun: Maverick prova justamente isso.

Top Gun: Maverick (Estados Unidos, 2022) Direção: Joseph Kosinski / Roteiro: Peter Craig, Ehren Kruger / Elenco: Tom Cruise, Val Kilmer, Jon Hamm, Jennifer Connelly, Ed Harris, Miles Teller, Bashir Salahuddin / Sinopse: Veterano Capitão da marinha dos EUA é enviado para treinar um grupo de jovens pilotos Top Gun. O objetivo é realizar uma missão em território inimigo. Eles devem destruir uma base de enriquecimento de urânio em um país hostil do Oriente Médio.

Pablo Aluísio. 


terça-feira, 24 de junho de 2014

Oblivion

Título no Brasil: Oblivion
Título Original: Oblivion
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Karl Gajdusek, Michael Arndt
Elenco: Tom Cruise, Morgan Freeman, Andrea Riseborough

Sinopse:
O planeta Terra é invadida por extraterrestres chamados de saqueadores. Eles pretendem roubar todos os recursos naturais da ecosfera. A humanidade reage e para isso utiliza armas nucleares que devastam cidades e países inteiros. A guerra é vencida mas o mundo se torna inabitável. Os humanos que sobreviveram são enviados a Titã, o maior satélite natural de Saturno. Jack (Tom Cruise) fica na Terra em um posto avançado fazendo manutenção em drones utilizados para combater focos de resistência inimiga. Sua missão porém irá revelar muito mais sobre a real situação em que vive!

Comentários:
No meio de tantos filmes de ficção que não mais empolgam esse "Oblivion" consegue surpreender. Temos aqui um design de produção de primeira, efeitos digitais de muito bom gosto e um roteiro inteligente, baseado numa graphic novel, com elementos que vão de "Matrix" a "Star Wars", passando até por filmes menores como "Tropas Estelares". Tem furos de lógica? Sim, infelizmente tem. Há certas coisas que não fazem o menor sentido. No enredo a Lua é destruída pelos invasores. Se isso realmente acontecesse a atmosfera e o clima na Terra seriam bem diferentes dos que vimos no filme. Não seria em absoluto aquele mar de tranquilidade! Bom, basta ler algum livro de astronomia para ver que aquela realidade não tem lógica nenhuma dentro da ciência. Mas noves fora isso, vamos combinar que é tudo muito bom mesmo, divertido, bem feito, até inovador (a nave do Cruise é um show à parte, um design que fará a alegria dos fãs de maquetes). Além disso como era de se esperar tudo é realizado com o melhor que Hollywood pode dar em termos de efeitos digitais. Cada detalhe é muito bem reproduzido. Adorei aquela torre onde o Cruise passa suas horas de descanso, com aquele piscina elevada, ao lado de uma bela mulher! Tudo é tão asséptico e clean que nos deixam desconfiados (e é para desconfiar mesmo pois o roteiro traz algumas reviravoltas que mantém o interesse até o fim). O final vai deixar alguns decepcionados, por ser meloso e otimista demais, mas em tempos onde todos os filmes de ficção são tão pessimistas sobre o futuro aquele tipo de conclusão vai soar até mesmo como original.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Oblivion

Está chegando nas telas o novo filme do astro Tom Cruise. Desde que rompeu com a Paramount o ator vem tentando colocar sua carreira nos eixos novamente. Depois do sucesso de seu último “Missão Impossível” ele finalmente voltou a cair nas graças dos grandes estúdios, se tornando novamente um nome forte nas bilheterias. Agora mira no público Sci-Fi nessa nova ficção futurista passada no distante ano de 2077. A Terra está devastada após anos de guerras e tragédias, o que sobrou do planeta são apenas resquícios de matéria prima ao qual cabe a Jack Harper (Tom Cruise) dar a devida segurança para que sejam extraídos e levados até uma colônia lunar. Tudo corre relativamente bem até que Jack encontra uma sobrevivente (Olga Kurylenko) dentro de uma nave em ruínas após um acidente. Estranhamente essa desconhecida consegue criar um vínculo sensorial, de complicada explicação, com ele. Aos poucos Harper vai percebendo que nem tudo é o que aparenta ser naquele ambiente hostil e devastado.

Esse “Oblivion” não deixa de ser um filme muito bem produzido, interessante, com uma inovadora direção de arte, realmente inspirada, tudo intercalado com algumas ótimas cenas de ação (a Terra devastada também é habitada por alienígenas que percorrem o planeta em busca de recursos vitais). Tom Cruise parece bem à vontade na pele de um misto de soldado e engenheiro que tem que garantir segurança enquanto os últimos recursos da Terra são extraídos. O que complica "Oblivion" é querer se passar por algo que definitivamente não é. O problema é que em determinado ponto do filme o argumento se torna pretensioso, querendo criar um subtexto que chega a lembrar até mesmo grandes clássicos do cinema como “2001”. Essa pretensão sem sentido acaba tornando a trama extremamente confusa (e chata, para dizer a verdade). Obviamente que o diretor Joseph Kosinski passa longe de ser um Stanley Kubrick e por isso tudo acaba indo por água abaixo. Sem saber direito para onde ir o cineasta, depois de promover uma “reviravolta forçada”, tenta consertar o estrago alongando a estória além do necessário, quebrando seu ritmo e cansando o público, que aqui obviamente é aquele que consome “blockbusters” em série, ou seja, nada interessado em roteiros “cabeças” ou profundos demais. A solução de tudo também soa tão decepcionante, quase bobo! Assim “Oblivion” perde a ótima oportunidade de ser apenas uma ficção eficiente, bem realizada, para se tornar um produto que afundou por causa de suas próprias pretensões sem cabimento. Faltou mesmo talento para ir até onde o argumento exigia.

Oblivion (Oblivion, Estados Unidos, 2013) Direção: Joseph Kosinski / Roteiro: Joseph Kosinski, William Monahan / Elenco: Tom Cruise, Morgan Freeman, Nikolaj Coster-Waldau, Olga Kurylenko / Sinopse: No ano de 2077 a Terra está devastado. Participando de uma missão no planeta Jack Harper (Tom Cruise) acaba encontrando uma sobrevivente de uma nave espacial acidentada. Esse encontro mudará completamente os rumos de sua vida.

Pablo Aluísio.