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terça-feira, 10 de março de 2020

Moscou em Nova York

Título no Brasil: Moscou em Nova York
Título Original: Moscow on the Hudson
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky, Leon Capetanos
Elenco: Robin Williams, Maria Conchita Alonso, Cleavant Derricks, Alejandro Rey, Saveliy Kramarov

Sinopse:
Vladimir Ivanoff (Robin Williams) é um músico russo que vai se apresentar com sua banda em Nova Iorque. Uma vez na América ele decide ficar no país, pedindo asilo político. Só que se adaptar ao novo estilo de vida não se mostrará muito fácil. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator - comédia ou musical (Robin Williams).

Comentários:
Robin Williams foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação nesse filme. Ele mereceu esse reconhecimento pois esteve muito bem em cena, dando um lado humano para seu personagem que realmente cativou os críticos. Depois do fracasso comercial do filme "Popeye" ele decidiu tentar novamente, dessa vez com um filme mais convencional. E de fato "Moscou em Nova Iorque" é uma comédia muito boa. Apresenta um roteiro mais sofisticado, mostrando as complicadas situações vividas por um russo que decide abandonar a União Soviética, para viver nos Estados Unidos. E é desse choque cultural que o roteiro tira as melhores situações do filme. Williams está de barba, bem diferente do habitual. Ele cativa o público com seu personagem que ora se apresenta inocente demais para o mundo capitalista ao seu redor, ora como um sonhador que deseja ter um futuro melhor nessa nova nação. Na época em que o filme foi lançado ainda se vivia a guerra fria e esse personagem soviético tão humano acabou cativando o público americano que fez do filme um sucesso de bilheteria. Assim essa produção foi de fato a porta de entrada que Robin Williams vinha esperando para finalmente ser um ator de cinema. Não resta dúvida que o elegante cineasta Paul Mazursky realizou uma bela obra cinematográfica, apesar de suas modestas pretensões.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de março de 2015

O Sobrevivente

Cada ator famoso do gênero ação na década de 80 procurou trilhar um caminho próprio que acabasse caracterizando sua filmografia. Os filmes de Stallone, por exemplo, sempre flertaram com situações mais dramáticas como Rocky e até mesmo em Rambo - Programado para Matar. Já Chuck Norris era o rei das produções mais simples, de orçamentos modestos e cenas impossíveis. Entre eles Arnold Schwarzenegger foi o que mais flertou com a Ficção Cientifica. Como se não bastasse ter estrelado o clássico do gênero "O Exterminador do Futuro", ele alcançaria grande sucesso ainda com "Predador" e "O Vingador do Futuro", dois clássicos Sci-Fi daqueles anos. Assim não foi surpresa para ninguém quando surgiu com esse estranho "O Sobrevivente" (que no Brasil foi lançado também com seu título original, The Running Man). O roteiro era baseado na obra de Stephen King que curiosamente usou de um de seus pseudônimos quando o texto foi lançado,

Quando assisti recentemente "Jogos Vorazes" me lembrei imediatamente desse "The Running Man". O argumento é praticamente o mesmo. Em um futuro distante  Ben Richards (Arnold Schwarzenegger) se vê em um terrível jogo mortal onde terá que sobreviver a inúmeros combates e lutas.O diferencial é que tudo é consumido pelo povo em geral como simples diversão, numa verdadeira releitura das antigas arenas romanas de gladiadores. Assim tudo não passaria de um grande Game Show, na mais pura tradição do pão e circo para as massas empobrecidas e alienadas. Agora que você leu a sinopse de "O Sobrevivente" me diga com sinceridade: Existe alguma diferença com "Jogos Vorazes"? Eu sinceramente acho que não. O filme é bem realizado, tem boa produção e direção segura de Paul Michael Glaser, que curiosamente vinha do mesmo mundo da TV que criticava no filme. Tendo dirigido os sucessos "Miami Vice" e "Starsky e Hutch" ele certamente sabia lidar com o tema. Embora tenha sido lançado no auge da carreira do ator Arnold Schwarzenegger o filme, para surpresa de todos, não conseguiu fazer o sucesso esperado. Talvez o tema tenha soado muito complexo para aquele universo de filmes de ação da década de 80 ou então o público não comprou a ideia. De qualquer modo a produção funciona tanto como filme de ação como de Sci-Fi e merece ser redescoberto pelos fãs de ambos os gêneros. No fundo é uma crítica corrosiva sobre a futilidade reinante em nossos canais de TV, tal como o sucesso "Jogos Vorazes".


O Sobrevivente (The Running Man, Estados Unidos, 1987) Direção: Paul Michael Glaser / Roteiro: Steven E. de Souza baseado na obra de Stephen King / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Maria Conchita Alonso, Yaphet Kotto, Jim Brown, Jesse Ventura / Sinopse: Em um futuro distante Ben Richards (Arnold Schwarzenegger) se vê em um terrível jogo mortal onde terá que sobreviver a inúmeros combates e lutas. Tudo não passando de um Game Show realizado para entreter as massas ociosas e desocupadas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

As Cores da Violência

Os brasileiros reclamam com muita razão da violência extrema que impera em suas grandes cidades mas a verdade é que isso se tornou um problema mundial há muitos anos. As chamadas metrópoles não conseguem suprir as necessidades de uma coletividade enorme, com mais de um milhão de habitantes. Entre os problemas mais complicados está justamente a violência urbana. Para o jovem que mora em subúrbios, sem educação adequada e sem meios de sobrevivência, muitas vezes a única saída acaba sendo o mundo do crime, principalmente quando ele encontra um meio social que o aceita, geralmente grandes gangues formadas por outros jovens sem perspectivas como ele. Essa realidade foi muito bem captada por esse “Colors – As Cores da Violência” que mostra, sem amenizações, a criminalidade latente de uma grande cidade americana infestada de gangues de delinqüentes, geralmente identificadas por cores, formadas principalmente por jovens pobres e excluídos que se unem para dominar uma determinada região, impondo seus próprios códigos de condutas, baseados em violência e intimidação.

Sean Penn brilha ao lado do veterano (e excelente ator) Robert Duvall. É curioso ver o jovem Penn já muito preocupado em desenvolver um personagem socialmente consciente, que também parece caminhar numa fina linha que separa o crime da lei. Em um mundo tão selvagem não é de se admirar que os próprios policiais, forjados na guerra das ruas, incorporem muitos dos comportamentos dos próprios criminosos que perseguem. O filme na época de seu lançamento chocou o público por causa de sua crueza. A equipe de filmagem filmou toda a produção nas periferias mais violentas. Ao melhor estilo “câmera na mão” o elenco e o diretor Dennis Hopper saíram percorrendo becos, ruas sujas e locais perigosos para dar todo um realismo ao filme em si. O resultado é certamente dos melhores e mostra sem paleativos o problema do jovem pobre das grandes cidades. Não importa se é Rio ou Los Angeles, São Paulo ou Nova Iorque, o desafio segue anos após ano mostrando que Colors certamente está mais atual do que nunca!

As Cores da Violência (Colors, Estados Unidos, 1988) Direção: Dennis Hopper / Roteiro: Michael Schiffer / Elenco: Sean Penn, Robert Duvall, Maria Conchita Alonso / Sinopse: Dois policiais, um veterano e um novato, combatem gangues pelas ruas mais pobres de Los Angeles. Há uma guerra em curso entre os Crips e os Bloods, e os policiais tentarão evitar que tudo não acabe em uma grande explosão de violência e ódio racial.

Pablo Aluísio.