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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Ida Red - O Preço da Liberdade

O filme conta a história de dois Irmãos criminosos que resolvem roubar um caminhão com remédios. O problema é que esse caminhão pertence ao governo dos Estados Unidos. A Carga era federal. Assim, o FBI entra no caso. A vida deles obviamente complica, porque os federais vão pra cima. Para despistar e acobertar seus crimes, eles começam a matar os membros da quadrilha que participaram desse roubo. E isso piora ainda mais a situação, porque de roubo o crime deles passa a ser homicídio. Esses dois irmãos são de uma família com um passado de crimes. A própria mãe deles está presa há muitos anos em uma penitenciária federal. Cumpre pena e está morrendo de câncer. Eles até tentam subornar um membro da comissão de Livramento condicional, mas sai tudo errado. Afundaram na criminalidade de uma forma que vai ser difícil sair dela. 

Um time muito bom, muito bem roteirizado e com bom elenco. É surpreendente porque não teve tanta divulgação quanto merecia. Em uma área com filmes de ação sem muita substância e conteúdo, esse filme se destaca completamente. Há todo um drama desenvolvido em cima dos personagens que também são bem trabalhados pelo roteiro. Um dos irmãos possui tendências homossexuais. Isso surpreende porque em um filme de ação com muita troca de tiros, não era de se esperar que um desses personagens fosse gay. Mesmo assim, não se preocupe com maiores melodramas. O filme é bom e se propõe a ser um filme de ação eficiente. E nesse campo, não há nada do que reclamar. Destaque para a cena do intenso tiroteio entre policiais e criminosos após mais um roubo, um crime envolvendo um ricaço do Oriente Médio. Tudo muito bem-produzido e dirigido.

Ida Red - O Preço da Liberdade (Ida Red, Estados Unidos, 2021) Direção: John Swab / Roteiro: John Swab / Elenco: Josh Hartnett, Frank Grillo, Melissa Leo / Sinopse: Enquanto ficam na mira do FBI dois irmãos envolvidos com o mundo do crime decidem executar um plano ousado. Eles almejam roubar um milionário do Oriente médio que vai chegar ao Estados Unidos para uma visita na América.

Pablo Aluísio.

Uma Noite de Crime: Anarquia

Mais um filme da franquia "Uma noite do crime". Não que eu esperasse ser um grande filme, até porque essa série não é lá das melhores. Mas esperava algo melhor, realmente, inclusive no quesito violência. E para quem não conhece, essa série parte de uma premissa que é, em minha opinião, interessante. Nesse mundo distópico o governo americano determina que durante 24 horas não haverá punição de crimes. Diante disso, o roteiro parte da premissa que grande parte da população se tornaria criminosa. Sairia cometendo todos os tipos de barbaridades pelas ruas. É uma visão pessimista. Vamos ser sinceros. De qualquer forma, se não fosse assim, não haveria filme, não é mesmo? Então, pois bem. 

Chegamos nessa noite sem limites. Um grupo de mulheres foge pela rua e um casal tenta sobreviver após seu carro quebrar na autoestrada. Eles ficam a mercê de todos os criminosos que você pode imaginar. Bandos com máscara, jovens violentos. Todo tipo de crime. Então, surge para surpresa de todos, um homem solitário dentro de um carro. Fortemente armado, ele passa a defender aquelas pessoas. Pelo subtítulo de Anarquia eu esperava muito mais do filme. Pensei que o roteiro ia investir fundo nesse conceito de anarquismo, mas errei. Michael Bay está entre os realizadores. Ele não seria tão ousado nesse conceito. O filme assim, no final das contas, ao meu ver, se revelou bem fraco. Abaixo da adrenalina que poderia prometer.

Uma Noite de Crime: Anarquia (The Purge: Anarchy, Estados Unidos, 2014) Direção: James DeMonaco / Roteiro: James DeMonaco / Elenco: Frank Grillo, Carmen Ejogo, Zach Gilford / Sinopse: Um grupo de pessoas comuns tenta sobreviver a uma noite de anarquia, crimes, violência e barbarismo nas ruas das grandes cidades dos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Perseguição

Caçador e minerador (Liam Neeson) sofre acidente de avião em região inóspita do Alaska. Ao seu lado se forma um pequeno grupo de sobreviventes que tentam encontrar algum povoado ou região habitada. No caminho são atacados por uma matilha de lobos selvagens. "A Perseguição" tem todos os elementos que esperamos encontrar em filmes assim, de luta pela sobrevivência: bela fotografia (a região onde a produção foi realizada é muito bonita), bons atores, situações de risco e perigo mas faltou aquele "algo a mais". Talvez o assunto já esteja um pouco saturado no cinema ou então o problema seja com o personagem de Liam Neeson - sempre sorumbático, deprimido por causa da morte da mulher. Sem ser particularmente heróico o papel se perde no meio da nevasca não conseguindo criar vínculo com o espectador. Outro problema é a forma como o roteiro lida com os lobos - aqui muito próximos de predadores mitológicos, quase lobisomens. São malvados e cruéis, se tornando forçada sua presença em cena. O pior acontece no desfecho, quando finalmente acontece o clímax o filme termina abruptamente, sem desfecho. É aquele tipo de "final aberto" que tem se tornado modinha em Hollywood - para aborrecimento de quem quer saber o que acontece na conclusão do filme.

O diretor de "A Perseguição" é o cineasta Joe Carnahan. Seu maior êxito comercial é o terrível "Esquadrão Classe A" (também com Neeson). Aqui pelo menos ele se conteve mais e procura disponibilizar um argumento mais pé no chão, sem os arroubos de besteirol que encontramos no seu filme anterior. Pelo menos o bom senso aqui prevaleceu. Em resumo é isso. "The Grey" tinha tudo para ser muito bom mas faltou alguma coisa. Não empolga, não cativa mas pode até vir a funcionar em casa numa noite sem nada para fazer. Entretenimento regular mas esquecível.

A Perseguição (The Grey, Estados Unidos, 2012) Direção: Joe Carnahan / Roteiro: Joe Carnahan, Ian Mackenzie Jeffers / Elenco: Liam Neeson, Dermot Mulroney, Frank Grillo / Sinopse: Um avião cai no meio das paisagens mais hostis do Alasca. Os sobreviventes então tentam sobreviver em meio ao frio, ao tempo impiedoso e ao ataque de um grupo de lobos famintos e selvagens.

Pablo Aluísio.