“Cavaleiro Elétrico” conta a estória do cowboy de rodeios Sonny Steele (Robert Redford). Envelhecido e entregue ao alcoolismo o velho campeão vive agora uma rotina de desilusão e falta de esperanças. Contratado por uma agência de publicidade ele se limita a fazer aparições em eventos e shows apenas para promover a marca que lhe paga seu salário. De Cowboy e campeão passa a condição de um mero garoto-propaganda! Obviamente que tudo isso acaba mexendo com sua cabeça. Longe das competições e da glória só lhe resta agora viver do passado em um presente inglório e sem perspectivas. Seu destino porém muda quando ele fica indignado pelo tratamento dado a um cavalo puro sangue de 12 milhões de dólares. O animal é sistematicamente drogado e espancado para agir de acordo com o que exige o show. Procurando por redenção decide então jogar tudo para o alto com o objetivo de libertar o cavalo e o devolver para a natureza selvagem. Seu plano é levar o cavalo para os campos sem fim do estado americano de Utah! E não é complicado entender a razão. O animal de certa forma acaba se tornando seu próprio espelho, pois o velho cowboy também não suporta mais aquela rotina massacrante dos rodeios falsos de Las Vegas, da roupas espalhafatosas e ridículas e do circo que se cria ao seu redor.
Como se pode perceber o filme é uma homenagem ao espírito e estilo de vida dos cowboys americanos (os verdadeiros, não os falsos do mundo do entretenimento). O personagem interpretado por Robert Redford demonstra muito bem isso. Ele simplesmente não agüenta mais viver em um mundo completamente falso que tenta imitar de forma patética a figura mitológica do cowboy real. Vestindo um figurino absurdo e desconfortável (uma das roupas chega a ser toda enfeitada com luzinhas de natal), ele chega ao seu limite. Após dar um basta em tudo ganha o campo aberto, a natureza, ao lado do cavalo que ele deseja devolver para a liberdade em seu meio natural.
Obviamente por se tratar de um animal tão valioso ele logo se torna um procurado da justiça e da lei. Robert Redford encarna com perfeição o chamado “homem de Marlboro”. Ao seu lado também em estado de graça surge Jane Fonda, que vive uma jornalista que fica completamente intrigada pela estória toda de Sonny e o cavalo Rising Star. No fundo “Cavaleiro Elétrico” trata sobre o valor da liberdade e da impossibilidade de sermos o que não somos. Um argumento muito sensível e verdadeiro que merece ser redescoberto pelas novas gerações de cinéfilos.
Cavaleiro Elétrico (The Electric Horseman, EUA, 1979) Direção: Sydney Pollack / Roteiro: Robert Garland, Paul Gaer / Elenco: Robert Redford, Jane Fonda, Valerie Perrine, Willie Nelson, John Saxon / Sinopse: Velho cowboy (Robert Redford) sobrevive como garoto-propaganda em eventos de Las Vegas até decidir libertar um cavalo puro sangue. Perseguido pela polícia e autoridades ele ganha o campo aberto ao lado de uma jornalista (Jane Fonda) para libertar o animal.
Pablo Aluísio.
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sábado, 19 de janeiro de 2019
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Ruas de Violência
Título no Brasil: Ruas de Violência
Título Original: Thief
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Michael Mann
Roteiro: Frank Hohimer, Michael Mann
Elenco: James Caan, Tuesday Weld, Willie Nelson
Sinopse:
Ladrão profissional, especializado em roubos de diamantes, pretende realizar o grande assalto de sua vida, tudo com o objetivo de deixar sua família numa posição tranquila caso algo lhe aconteça. Seus planos porém passarão por uma reviravolta inesperada após ele decidir se aliar a um gângster de Nova Iorque. Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes.
Comentários:
Belo filme policial que anda pouco lembrado nos dias de hoje. O roteiro se apóia na ótima presença do ator James Caan, aqui ainda colhendo os frutos da popularidade alcançada por seu personagem Sonny Corleone na saga "O Poderoso Chefão". Interessante salientar que a produção também é conhecida no Brasil como "Profissão: Ladrão", sendo que o título "Ruas de Violência" veio depois, em sua exibição na TV brasileira. A produção é um pouco modesta, fruto da época, mas conta com um roteiro bem orquestrado, que dá preferência para os momentos de tensão em detrimento da pura ação. Isso levou alguns críticos a reclamarem, afirmando que faltava maior ritmo dentro do desenvolvimento da trama. Bobagem, penso completamente o oposto, pois o desenrolar mais gradual abre margens para um melhor desenvolvimento dos personagens. Michael Mann ainda estava dando seus primeiros passos como diretor quando realizou esse filme. Anos depois faria seus melhores trabalhos, como por exemplo "O Último dos Moicanos", "Fogo Contra Fogo" e "O Informante". Assim esse filme serve sobretudo para conhecer seu trabalho no começo da carreira.
Pablo Aluísio.
Título Original: Thief
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Michael Mann
Roteiro: Frank Hohimer, Michael Mann
Elenco: James Caan, Tuesday Weld, Willie Nelson
Sinopse:
Ladrão profissional, especializado em roubos de diamantes, pretende realizar o grande assalto de sua vida, tudo com o objetivo de deixar sua família numa posição tranquila caso algo lhe aconteça. Seus planos porém passarão por uma reviravolta inesperada após ele decidir se aliar a um gângster de Nova Iorque. Filme indicado à Palma de Ouro em Cannes.
Comentários:
Belo filme policial que anda pouco lembrado nos dias de hoje. O roteiro se apóia na ótima presença do ator James Caan, aqui ainda colhendo os frutos da popularidade alcançada por seu personagem Sonny Corleone na saga "O Poderoso Chefão". Interessante salientar que a produção também é conhecida no Brasil como "Profissão: Ladrão", sendo que o título "Ruas de Violência" veio depois, em sua exibição na TV brasileira. A produção é um pouco modesta, fruto da época, mas conta com um roteiro bem orquestrado, que dá preferência para os momentos de tensão em detrimento da pura ação. Isso levou alguns críticos a reclamarem, afirmando que faltava maior ritmo dentro do desenvolvimento da trama. Bobagem, penso completamente o oposto, pois o desenrolar mais gradual abre margens para um melhor desenvolvimento dos personagens. Michael Mann ainda estava dando seus primeiros passos como diretor quando realizou esse filme. Anos depois faria seus melhores trabalhos, como por exemplo "O Último dos Moicanos", "Fogo Contra Fogo" e "O Informante". Assim esse filme serve sobretudo para conhecer seu trabalho no começo da carreira.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
We Are the World
Título no Brasil: We Are the World
Título Original: We Are the World
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: Tom Trbovich
Roteiro: Mikal Gilmore
Elenco: Michael Jackson, Ray Charles, Bob Dylan, Jackson Five, Cyndi Lauper, Huey Lewis, Bette Midler, Willie Nelson, Lionel Richie, Smokey Robinson, Kenny Rogers, Diana Ross, Bruce Springsteen, Tina Turner, Dionne Warwick, Stevie Wonder, Dan Aykroyd, Harry Belafonte, Lindsey Buckingham Billy Joel Al Jarreau Jane Fonda, Kim Carnes
Sinopse:
Documentário que resgata a gravação e lançamento do famoso álbum "We Are The World" que em meados dos anos 1980 se propôs a arrecadar fundos para combater a fome e a miséria no continente africano. Indicado ao Emmy Awards na categoria Melhor Documentário Musical. Vencedor do Grammy Awards na categoria Melhor Filme Musical.
Comentários:
Um interessante documentário que marcou época em seu lançamento. O projeto "We Are The World" ficou muito famoso por causa da constelação de estrelas do mundo da música que foram reunidas para cantar a música tema do projeto beneficente que naquela altura tinha o objetivo de levantar dinheiro dentro da sociedade americana para ajudar no combate à fome nos países da África, continente sempre assolado por guerras, miséria e doenças. Embora não tenha sido um projeto criado por Michael Jackson temos que reconhecer que ele só se tornou um fenômeno por causa de sua presença. Após abraçar a causa o artista telefonou pessoalmente para dezenas de outros grandes nomes da música para que viessem participar da faixa principal do álbum que seria lançado. Todo o dinheiro arrecadado nas vendas seria levado para a África, dando corpo assim ao projeto que ficou conhecido como "Usa For Africa". O resultado tanto em termos artísticos como humanitários foi realmente muito bom, reacendendo o que havia de melhor em todos esses astros. Um importante registro dessa união da classe artística em prol dos necessitados irmãos africanos.
Pablo Aluísio.
Título Original: We Are the World
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: CBS Pictures
Direção: Tom Trbovich
Roteiro: Mikal Gilmore
Elenco: Michael Jackson, Ray Charles, Bob Dylan, Jackson Five, Cyndi Lauper, Huey Lewis, Bette Midler, Willie Nelson, Lionel Richie, Smokey Robinson, Kenny Rogers, Diana Ross, Bruce Springsteen, Tina Turner, Dionne Warwick, Stevie Wonder, Dan Aykroyd, Harry Belafonte, Lindsey Buckingham Billy Joel Al Jarreau Jane Fonda, Kim Carnes
Sinopse:
Documentário que resgata a gravação e lançamento do famoso álbum "We Are The World" que em meados dos anos 1980 se propôs a arrecadar fundos para combater a fome e a miséria no continente africano. Indicado ao Emmy Awards na categoria Melhor Documentário Musical. Vencedor do Grammy Awards na categoria Melhor Filme Musical.
Comentários:
Um interessante documentário que marcou época em seu lançamento. O projeto "We Are The World" ficou muito famoso por causa da constelação de estrelas do mundo da música que foram reunidas para cantar a música tema do projeto beneficente que naquela altura tinha o objetivo de levantar dinheiro dentro da sociedade americana para ajudar no combate à fome nos países da África, continente sempre assolado por guerras, miséria e doenças. Embora não tenha sido um projeto criado por Michael Jackson temos que reconhecer que ele só se tornou um fenômeno por causa de sua presença. Após abraçar a causa o artista telefonou pessoalmente para dezenas de outros grandes nomes da música para que viessem participar da faixa principal do álbum que seria lançado. Todo o dinheiro arrecadado nas vendas seria levado para a África, dando corpo assim ao projeto que ficou conhecido como "Usa For Africa". O resultado tanto em termos artísticos como humanitários foi realmente muito bom, reacendendo o que havia de melhor em todos esses astros. Um importante registro dessa união da classe artística em prol dos necessitados irmãos africanos.
Pablo Aluísio.
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